ADVERTÊNCIA MIODARON
Amiodarona pode causar uma síndrome1 clínica de dispnéia2 progressiva e tosse acompanhada por alterações funcionais radiográficas e patológicas mostrando um processo intersticial3 pulmonar, algumas vezes denominado alveolite ou pneumonite4 intersticial3. A freqüência desta reação é geralmente reduzida e ocorre em pacientes quando em tratamento por mais de um ano. Esta síndrome1 é usualmente reversível quando amiodarona é descontinuada ou quando tratada com terapia esteróide, mas alguns casos severos e até fatais já foram relatados na literatura médica mundial. Assim, qualquer sintoma5 respiratório novo em paciente sob tratamento com amiodarona, deve sugerir a possibilidade de uma reação adversa pulmonar, sendo necessário a avaliação clínica da função pulmonar. Quando o paciente é submetido a tratamento prolongado, recomenda-se a avaliação pulmonar periódica cada 3 a 6 meses.
Exacerbação de Arritmias6
Amiodarona, do mesmo modo que outros agentes antiarrítmicos, pode causar exacerbações sérias da arritmia7 presente. Tal tipo de exacerbação pode incluir fibrilação ventricular, taquicardia8 ventricular incessante, aumento da resistência à cardioversão e taquicardia8 ventricular polimórfica associada com prolongamento de QT (Torsade de Pointes).
Alterações Hepáticas9
Elevações nos níveis de enzimas hepáticas10 podem ocorrer em pacientes submetidos à terapia com amiodarona, em geral não acompanhados de sintomatologia clínica. Se este aumento exceder a três vezes os níveis normais a redução de dosagem ou a suspensão do tratamento com amiodarona deve ser considerada.
As reações colaterais da amiodarona são mais comuns em pacientes submetidos a doses mais elevadas (400 mg por dia ou mais). Assim, para reduzir a ocorrência das reações adversas, o médico deve fazer todo esforço no sentido de estabelecer a dose efetiva mais baixa possível para cada paciente em específico.