PRECAUÇÕES TRACRIUM

Atualizado em 25/05/2016
Tracrium deve ser usado apenas por profissionais especializados em controle de cânula endotraqueal e suporte respiratório. Deve-se assegurar adequadação da respiração através de ventilação1 assistida ou controlada. Agentes de reversão de anticolinesterase devem estar sempre disponíveis. Não administrar Tracrium por via intramuscular. Tracrium não possui nenhum efeito conhecido sobre a consciência, limiar da dor ou cerebração. Deve ser usado somente com anestesia2 adequada. Tracrium possui um pH ácido e não deve ser misturado com soluções alcalinas na mesma seringa3 ou administrado simultaneamente durante infusão intravenosa, através da mesma agulha. Não obstante Tracrium seja um liberador de histamina4 menos potente do que a d-turbocurarina ou a metocurina, deve-se considerar a possibilidade de uma liberação substancial de histamina4 em pacientes sensíveis. Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar Tracrium a pacientes, nos quais uma liberação substancial de histamina4 seria muito arriscada (por exemplo, em pacientes com doença cardiovascular clinicamente significativa), e a pacientes com história que sugira um risco maior de liberação de histamina4 (por exemplo, reações anafilactóides graves ou asma5). Para esses pacientes, a dose inicial de Tracrium é mais baixa (0,3 a 0,4 mg/kg) em relação a outros pacientes e deve ser administrada lentamente ou em doses divididas por um minuto. Uma vez que Tracrium não apresenta efeitos clinicamente significativos sobre a frequência cardíaca na faixa de doses recomendada, ele não neutraliza a bradicardia6 produzida por muito agentes anestésicos ou estimulação vagal. Assim, a ocorrência de bradicardia6 durante a anestesia2 pode ser mais comum com o Tracrium do que com outros relaxantes musculares. Tracrium pode apresentar profundos efeitos em pacientes com miastenia7 grave, síndrome8 de Eaton-Lambert ou outras doenças neuromusculares em que se observou a potencialização de agentes não despolarizantes. A utilização de um estimulador de nervos periféricos tem especial importância para a avaliação de bloqueio neuromuscular nesses pacientes. Semelhantes cuidados devem ser tomados em pacientes com asma5 brônquica. Interações medicamentosas: as drogas que podem acentuar a ação de bloqueio neuromuscular de Tracrium incluem: enflurano, isoflurano, halotano, certos antibióticos (especialmente os aminoglicosídeos e as polimixinas), lítio, sais de magnésio, procainamida e quinidina. Se outros relaxantes musculares forem usados durante o mesmo procedimento cirúrgico, a possibilidade de um efeito sinérgico ou antagônico deve ser considerada. A prévia administração de succinilcolina não aumenta a duração do bloqueio neuromuscular induzido por Tracrium, mas acelera seu estabelecimento e pode aumentar sua profundidade. - Gravidez9: deve ser usado durante a gravidez9, apenas se o possível benefício justificar o risco potencial ao feto10. Trabalho de parto: não se sabe se os relaxantes musculares administrados durante o parto vaginal possuem efeitos adversos imediatos ou retardados sobre o feto10, ou se aumentam a probabilidade de que a ressuscitação do recém-nascido se torne necessária. A possibilidade de que o parto a fórceps seja necessário pode aumentar. A possibilidade de depressão respiratória do recém-nascido deve ser sempre levada em consideração após a cesariana, na qual um agente de bloqueio neuromuscular tenha sido administrado. Em pacientes que tenham recebido sulfato de magnésio, a reversão do bloqueio neuromuscular pode ser insatisfatória, e a dose de Tracrium deve ser diminuída, como se indica. Lactantes11: não se sabe se esta droga é excretada no leite humano. Portanto, deve-se tomar cuidado quando Tracrium for administrado a lactantes11. Uso pediátrico: não se estabeleceu a segurança e a eficácia deste produto para crianças com menos de 1 mês de vida.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
2 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
3 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
4 Histamina: Em fisiologia, é uma amina formada a partir do aminoácido histidina e liberada pelas células do sistema imunológico durante reações alérgicas, causando dilatação e maior permeabilidade de pequenos vasos sanguíneos. Ela é a substância responsável pelos sintomas de edema e irritação presentes em alergias.
5 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
6 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
7 Miastenia: Perda das forças musculares ocasionada por doenças musculares inflamatórias. Por ex. Miastenia Gravis. A debilidade pode predominar em diferentes grupos musculares segundo o tipo de afecção (debilidade nos músculos extrínsecos do olho, da pelve, ou dos ombros, etc.).
8 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
9 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
10 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
11 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.

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