POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO ZOFRAN

Atualizado em 25/05/2016
adultos: o potencial emetogênico1 do tratamento do câncer2 varia de acordo com as doses e combinações dos regimes de quimioterapia3 e radioterapia4 usados. A via de administração e a dose de Zofran devem ser flexíveis na faixa de 8-32 mg/dia, e selecionada como demonstrada abaixo. Quimioterapia3 e radioterapia4 emetogênica: para muitos pacientes recebendo quimioterapia3 ou radioterapia4 emetogênica, Zofran 8 mg deve ser administrado com 1 injeção5 intravenosa lenta imediatamente antes do tratamento ou oralmente 1-2 horas antes do tratamento, seguida de 8 mg de 12-12 horas por via oral. Para prevenir contra a êmese6 tardia após as primeiras 24 horas Zofran deve ser continuado por via oral na dose de 8 mg, 2 vezes ao dia, por até 5 dias, após um curso de tratamento. Quimioterapia3 altamente emetogênica: para pacientes7 recebendo quimioterapia3 altamente emetogênica, por exemplo, altas doses de cisplatina, Zofran demonstrou ser igualmente efetivo nos seguintes esquemas de doses nas primeiras 24 horas da quimioterapia3: a) 1 dose única de 8 mg através de injeção5 intravenosa lenta imediatamente antes da quimioterapia3. b) 1 dose de 8 mg através de injeção5 intravenosa lenta imediatamente antes da quimioterapia3 seguida de 2 doses intravenosas adicionais de 8 mg, 2 e 4 horas após, ou através de 1 infusão contínua de 1 mg/hora por até 24 horas. c) 1 dose única de 32 mg diluída em 50-100 ml de solução salina de outro fluido de infusão compatível e infundida durante 15 minutos imediatamente antes da quimioterapia3. A seleção do regime de dose deve ser determinada pela severidade emetogênica. A eficácia de Zofran em quimioterapia3 altamente emetogênica pode ser aumentada pela adição de 1 dose única intravenosa de 20 mg de fosfato sódico de dexametasona administrada antes da quimioterapia3. Para prevenir contra a êmese6 tardia, após as primeiras 24 horas, Zofran deve ser continuado, por via oral, na dose de 8 mg, 2 vezes ao dia, por até 5 dias após um curso de tratamento. Crianças: a experiência é atualmente limitada, mas o ondansetron foi efetivo e bem tolerado em crianças acima de 4 anos, quando administrado intravenosamente na dose de 5 mg/m2 durante 15 minutos, imediatamente antes da quimioterapia3, seguida de dose oral com comprimidos de 4 mg, 12 horas após. Pode-se continuar com 4 mg oralmente 2 vezes ao dia, por até 5 dias, após o término de um tratamento. Pacientes idosos: a eficácia e tolerância nos pacientes com idade acima de 65 anos foram similares àquelas observadas em adultos jovens indicando não haver necessidade de se alterar a dose ou via de administração no idoso. Náusea8 e vômito9 do pós-operatório: adultos: para prevenção da náusea8 e vômito9 do pós-operatório, Zofran pode ser administrado oralmente na dose de 8 mg, 1 hora antes da anestesia10, seguida de outras 2 doses de 8 mg em intervalos de 8 horas. Alternativamente, 1 dose única de 4 mg pode ser administrada através da injeção5 intravenosa lenta na indução da anestesia10. Para tratamento da náusea8 e vômito9 do pós-operatório já estabelecidos é recomendada uma dose única de 4 mg administrada através de injeção5 intravenosa lenta. Crianças: ainda não há experiência com o uso de Zofran na prevenção e tratamento da náusea8 e do vômito9 do pós-operatório em crianças. Idosos: existem poucas experiências com o uso de Zofran na prevenção e tratamento da náusea8 e do vômito9 do pós-operatório em pessoas idosas. Pacientes com insuficiência renal11: não é requerida qualquer alteração da via de administração, dose diária ou freqüência da dose. Pacientes com insuficiência hepática12: o clearance do ondansetron é significativamente reduzido e a meia-vida plasmática significativamente prolongada em pacientes com insuficiência hepática12 moderada ou severa. Nestes pacientes a dose total diária não deve exceder 8 mg.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Emetogênico: Que causa êmese, ou seja, que causa vômito.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
4 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
5 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
6 Êmese: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Sinônimo de vômito. Pode ser classificada como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
7 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
8 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
9 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
10 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
11 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
12 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.

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