PRECAUÇÕES HORMODOSE

Atualizado em 25/05/2016
estradiol gel, como qualquer outra forma de tratamento à base de hormônios sexuais, deve somente ser prescrito após exame clínico e ginecológico completo e exclusão de anomalia endometrial e de câncer1 de mama2. Assim como outros regimes de reposição hormonal, as pacientes que recebem tratamento prolongado devem passar regularmente por exame clínico geral e ginecológico completo, incluindo-se monitorização do endométrio3, se for necessário. A maioria dos estudos não tem demonstrado associação entre as doses usuais de estrógeno4 para tratamento de reposição hormonal e o risco de desenvolvimento de câncer1 de mama2. Alguns estudos têm relatado aumento modesto no risco de câncer1 de mama2 em mulheres que fazem uso do tratamento de reposição hormonal com estrógenos por períodos prolongados (mais de 5 anos). Enquanto os efeitos do tratamento combinado estrógenos-progestógenos não são conhecidos, as evidências disponíveis sugerem que os progestógenos não têm influência significativa no risco de câncer1 de mama2 em pacientes que usam estrógenos por longo período. Recomenda-se que, para tratamento por longos períodos, os benefícios potenciais sejam avaliados em relação aos riscos de câncer1 de mama2 em cada paciente. As mulheres sob esse tratamento, em particular aquelas com doença fibrocística de mama2 ou com história familiar de câncer1 de mama2 (parentes de 1º grau), devem fazer exames regulares das mamas5 e devem ser instruídas a fazer auto-exame das mamas5. Recomenda-se que a mamografia6 seja realizada antes do início do tratamento e repetida a intervalos regulares em pacientes de alto risco. As pacientes com leiomioma7 uterino, que pode aumentar durante o tratamento com estrógeno4, devem ser cuidadosamente monitorizadas. Uma vez que a superdosagem de estrógeno4 pode causar retenção hídrica, as pacientes com insuficiência cardíaca8, hipertensão9, distúrbios da função hepática10 ou renal11, epilepsia12 ou enxaqueca13 devem ser mantidas sob especial vigilância. Não foi relatado que mulheres sob tratamento de reposição de estrógenos tenham risco aumentado de tromboflebites14 e/ou doença tromboembólica. Entretanto, as mulheres com história familiar positiva e aquelas com história de distúrbio tromboembólico, durante a gravidez15 ou associado ao uso de estrógenos, devem ser mantidas sob acompanhamento especial. Recomenda-se cautela em pacientes com história de icterícia16 relacionada com o uso de estrógeno4. Em pacientes que desenvolveram icterícia16 colestática, o medicamento deve ser descontinuado enquanto se investiga a causa. Embora observações até o presente sugiram que os estrógenos não prejudiquem o metabolismo17 dos carboidratos, as pacientes diabéticas devem ser monitorizadas durante o início do tratamento, até que estejam disponíveis informações adicionais. A monoterapia prolongada com estrógenos aumenta o risco de hiperplasia18 e de carcinoma19 endometrial em mulheres pós-menopausadas, a não ser que se faça a suplementação20 seqüencial de um progestógeno para proteção do endométrio3. Sabe-se que a sensibilização por contato pode ocorrer com todas as aplicações tópicas. Embora seja extremamente raro, as pacientes que desenvolverem sensibilização por contato a qualquer dos componentes da fórmula devem ser alertadas de que pode ocorrer reação de hipersensibilidade com a exposição continuada ao agente causador. - Interações medicamentosas: os medicamentos que atuam como indutores de enzimas hepáticas21, tais como, barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, meprobamato, fenilbutazona, ampicilina, tetraciclina e rifampicina, podem prejudicar a atividade dos estrógenos e progestógenos. Os agentes queratolíticos, géis ou cremes depilatórios e óleos podem alterar a absorção do estradiol gel. Recomenda-se o uso de Hormodose após o banho, encontrando-se a pele22 livre dessas substâncias.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
3 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
4 Estrógeno: Grupo hormonal produzido principalmente pelos ovários e responsáveis por numerosas ações no organismo feminino (indução da primeira fase do ciclo menstrual, desenvolvimento dos ductos mamários, distribuição corporal do tecido adiposo em um padrão feminino, etc.).
5 Mamas: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
6 Mamografia: Estudo radiológico que utiliza uma técnica especial para avaliar o tecido mamário. Permite diagnosticar tumores benignos e malignos em fase inicial na mama. É um exame que deve ser realizado por mulheres, como prevenção ao câncer.
7 Leiomioma: Tumor benigno do músculo liso que pode localizar-se em qualquer órgão que seja formado pelo dito tecido.
8 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
9 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
10 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
11 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
12 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
13 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
14 Tromboflebites: Processo inflamatório de um segmento de uma veia, geralmente de localização superficial (veia superficial), juntamente com formação de coágulos na zona afetada. Pode surgir posteriormente a uma lesão pequena numa veia (como após uma injeção ou um soro intravenoso) e é particularmente frequente nos toxico-dependentes que se injetam. A tromboflebite pode desenvolver-se como complicação de varizes. Existe uma tumefação e vermelhidão (sinais do processo inflamatório) ao longo do segmento de veia atingido, que é extremamante doloroso à palpação. Ocorrem muitas vezes febre e mal-estar.
15 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
16 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
17 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
18 Hiperplasia: Aumento do número de células de um tecido. Pode ser conseqüência de um estímulo hormonal fisiológico ou não, anomalias genéticas no tecido de origem, etc.
19 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
20 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
21 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
22 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.

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