PRECAUÇÕES BETAFERON

Atualizado em 28/05/2016
pacientes que venham a ser tratados com Betaferon devem ser informados que podem ocorrer, como efeito secundário do tratamento, distúrbios depressivos e idéias suicidas, sintomas1 estes que devem ser imediatamente comunicados ao médico. Em casos raros, estes sintomas1 podem resultar em tentativa de suicídio. Pacientes que apresentam depressão e idéias suicidas devem ser monitorados cuidadosamente, devendo-se, nestes casos, considerar a interrupção do tratamento. Betaferon deve ser administrado com precaução aos pacientes com história de convulsões e distúrbios depressivos e para pacientes2 submetidos a tratamento com medicação antiepiléptica (veja Interações). Deve ser também utilizado com precaução em pacientes com distúrbios depressivos atuais e naqueles com distúrbios cardíacos preexistentes. Betaferon deve ser administrado com cuidado para pacientes2 com mielossupressão; pacientes que desenvolverem neutropenia3 devem ser monitorados cuidadosamente em relação ao aparecimento de febre4 ou infecção5. Antes de iniciar o tratamento com Betaferon e regularmente durante o tratamento, devem ser realizados leucograma e dosagem de TGO e TGP. Não existem dados em relação aos pacientes com insuficiência renal6. A função renal7 deve ser monitorada cuidadosamente quando estes pacientes receberem tratamento com Betaferon. Em estudos com portadores de esclerose múltipla8, 45% dos pacientes desenvolveram, em pelo menos uma ocasião, atividade sérica neutralizante contra o interferon beta-1b. Um terço apresentou atividade neutralizante confirmada por, pelo menos, 2 títulos positivos consecutivos. Este desenvolvimento de atividade neutralizante está associado com uma redução da eficácia clínica, que se torna evidente aos 19-24 meses de tratamento. Novos eventos adversos não foram associados com o desenvolvimento da atividade neutralizante. Porém, a possibilidade de reatividade cruzada com o interferon beta endógeno não foi investigada. Existem poucos dados a respeito de pacientes que tenham desenvolvido atividade neutralizante e tenham completado a terapêutica9 com Betaferon. Efeitos adversos relacionados ao SNC10 associados com o uso de Betaferon podem influenciar a habilidade de dirigir e utilizar máquinas em pacientes suscetíveis. A eficácia e segurança de Betaferon não foram investigadas em crianças e adolescentes com menos de 18 anos, portanto, Betaferon não deve ser administrado para este grupo etário. Gestação e lactação11: não é conhecido se Betaferon pode causar lesão12 fetal quando administrado a mulheres grávidas ou se pode afetar a capacidade reprodutiva humana. Em estudos clínicos controlados, foram observados abortamentos espontâneos em mulheres com esclerose múltipla8. Nos ensaios com macacos Rhesus, comprovou-se que o interferon beta-1b humano recombinante é embriotóxico, causando aumento na taxa de abortamento13 com as doses mais altas. Portanto, Betaferon está contra-indicado durante a gestação; mulheres em idade fértil devem adotar medidas contraceptivas apropriadas. Se a paciente engravidar ou planejar engravidar durante a administração de Betaferon, ela deve ser informada sobre os riscos potenciais e deve ser recomendada a suspensão do tratamento. Não é conhecido se o interferon beta-1b é excretado no leite materno humano. Devido à ocorrência potencial de reações adversas graves nos lactentes14, deve-se decidir entre a interrupção da amamentação15 ou do tratamento com Betaferon. Influência em testes/resultados laboratoriais: nas doses recomendadas, podem ser observadas leucopenia16 (linfopenia, neutropenia3) ou elevação de TGP. Baixo nível de cálcio, ácido úrico elevado ou TGO elevada parecem estar associados com a administração de Betaferon (interferon beta-1b). - Interações medicamentosas: não foram realizados estudos sistematizados de interação de Betaferon com outros medicamentos. Não se conhece o efeito da administração, em dias alternados, de 0,25 mg (8 milhões de U.I.) de Betaferon (interferon beta-1b) no metabolismo17 de medicamentos em pacientes com esclerose múltipla8. A terapêutica9 das recidivas18 com corticosteróides ou ACTH, por períodos de até 28 dias, tem sido bem tolerada nos pacientes em tratamento com Betaferon. Devido à falta de experiência clínica em pacientes com esclerose múltipla8, não se recomenda o uso de Betaferon em conjunto com substâncias que possam modificar a resposta do sistema imunológico19, com exceção de corticosteróides ou ACTH. Foi relatado que os interferons reduzem a atividade de enzimas hepáticas20 dependentes do citocromo P450, em seres humanos e nos animais. Deve-se ter cautela quando Betaferon é administrado em combinação com medicamentos que apresentam estreita margem terapêutica9 e são largamente dependentes do sistema hepático citocromo P450 para a sua depuração, como por exemplo os antiepilépticos. Outros medicamentos que também têm sua metabolização alterada incluem os contraceptivos orais e alguns antipiréticos21.
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Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
3 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
4 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
5 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
6 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
7 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
8 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
9 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
10 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
11 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
12 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
13 Abortamento: Interrupção precoce da gravidez, espontânea ou induzida, seguida pela expulsão do produto gestacional pelo canal vaginal (Aborto). Pode ser precedido por perdas sangüíneas através da vagina.
14 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
15 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
16 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
17 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
18 Recidivas: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
19 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
20 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
21 Antipiréticos: Medicamentos que reduzem a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal. Entretanto, eles não vão afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir. Os antipiréticos fazem com que o hipotálamo “ignore“ um aumento de temperatura induzido por interleucina. O corpo então irá trabalhar para baixar a temperatura e o resultado é a redução da febre.

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