POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO CARBOPLATINA

Atualizado em 28/05/2016
a dose inicial recomendada para pacientes1 que não tenham sido tratados anteriormente e com função renal2 normal é de 400 mg/m2 como administração única I.V., normalmente administrada em infusão curta (15 a 60 min), uma vez a cada quatro semanas. A redução da dose inicial para 300 - 320 mg/m2 (20 a 25% da dose inicial) é recomendada com terapia mielossupressora concomitante ou prévia, ou outros fatores de risco. Nos pacientes com idade igual ou superior a 65 anos pode ser necessário ajuste da dose inicial ou subseqüente, dependendo da condição física do paciente. A determinação do nadir hematológico, através de hemogramas semanais durante os ciclos iniciais de tratamento com carboplatina, é recomendada para que futuros ajustes de dosagem possam ser feitos. Pacientes com função renal2 prejudicada: pacientes com clearance de creatinina3 < 80 ml/min têm risco aumentado de mielossupressão grave. As doses iniciais recomendadas para estes pacientes são: pacientes com clearance de creatinina3 entre 41 - 59 ml/min: 250 mg/m2, no 1º dia; pacientes com clearance de creatinina3 entre 16 - 40 ml/min: 200 mg/m2, no 1º dia. As dosagens subseqüentes devem ser ajustadas (em escala crescente ou decrescente) de acordo com a tolerância do paciente e o efeito mielossupressor esperado. Não há dados suficientes disponíveis para pacientes1 com clearance da creatinina3 abaixo de 16 ml/min, e o tratamento não é recomendado nestes casos. O uso de carboplatina em combinação com outros agentes mielossupressoras necessita de ajustes de dosagem de acordo com o esquema a ser adotado. Incompatilidades: o contato de carboplatina com material de injeção4 ou infusão contendo alumínio deve ser evitado na sua preparação ou administração. O alumínio reage com a carboplatina, levando à formação de precipitado e/ ou perda de potência. - Superdosagem: as complicações da superdosagem podem ser secundárias à supressão da medula óssea5 e/ou toxicidade6 hepática7. Não há antídoto8 conhecido para a carboplatina. O uso de carboplatina em doses maiores que as recomendadas têm sido relacionado com perda de visão9.
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Complementos

1 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
2 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
3 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
4 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
5 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
6 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
7 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
8 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
9 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.

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