POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO CIPROFLOXACINA BIOSINTÉTICA

Atualizado em 28/05/2016
formas orais: indicações/dose diária (individual no adulto): cistite1 2 x 250 mg. Infecções2 das vias aéreas e urinárias, renais do trato gastrintestinal (incluindo febre tifóide3) 2 x 250 mg a 500 mg, segundo a gravidade da infecção4. Outras infecções2 (p. ex.: infecções2 das vias respiratórias, otorrinolaringológicas, maxilofaciais, odontológicas, oftalmológicas, dos órgãos genitais masculino e feminino, das vias biliares5, dos tecidos moles, dos ossos e articulações6, sépsis, peritonite7, risco de infecção4 em pacientes com neutropenia8, esterilização intestinal seletiva em pacientes imunossuprimidos): 2 x 500 mg. Esta dose pode ser aumentada até 2 x 750 mg, dependendo da gravidade da infecção4. Forma injetável: indicações/dose diária (individual no adulto): infecções2 das vias urinárias inferiores e superiores e infecções2 renais: 2 x 100 mg. Gonorréia9: uma dose única de 100 mg. Outras infecções2 (p. ex.: vias aéreas, otorrinolaringológicas, oftalmológicas, maxilofaciais, das vias urinárias e renais, dos órgãos genitais masculino e feminino, do trato gastrintestinal das vias biliares5, dos tecidos moles, dos ossos e articulações6, ginecológicas e obstétricas, septicemia10, meningite11, peritonite7, infecções2 ou risco iminente de infecções2 (profilaxia) em pacientes imunossuprimidos (p. ex.: terapêuticas com agentes imunossupressores ou em situação de neutropenia8): 2 x 200 mg. Nos casos de infecção4 severa (p. ex.: infecções2 recidivantes12 em pacientes com mucoviscidose13, infecções2 abdominais graves, osteomielite14 e infecções2 articulares) causada por Pseudomonas, Staphylococcus ou Streptococcus, a dose pode ser aumentada para 2 x 750 mg. Os casos de gonorréia9 aguda, em pacientes de ambos os sexos e cistite1 aguda não complicada em mulheres, podem ser tratados com uma dose única de 250 mg oral ou 100 mg, endovenosa. Nos pacientes idosos a dose deve ser reduzida ao mínimo, em função da gravidade do quadro infeccioso e do clearance de creatinina15. Ciprofloxacina Biosintética não é o antibiótico de escolha para o tratamento das pneumonias por pneumococos em pacientes ambulatoriais. No entanto é indicado nas pneumonias causadas por Klebsiella, Enterobacter, Proteus, Pseudomonas, Hae mophlilus, Branhamella, Legionella e Staphylococcus. Em relação às infecções2 otorrinolaringológicas, Ciprofloxacina Biosintética está indicado na otite média16 e nas infecções2 dos seios paranasais17 (sinusite18), quando causadas por agentes Gram-negativos, incluindo Pseudomonas e Staphylococcus. Na infecção4 do trato urinário19, provocada por Chlamydia, a dose diária deve ser aumentada para 2 x 750 mg. Pacientes em CAPD com peritonite7, a dose diária recomendada é de 500 mg 4 vezes ao dia, ou 50 mg/l dialisado, intraperitonealmente, 4 vezes ao dia. Nas infecções2 do trato urinário19 não complicada ou do trato gastrintestinal, pode-se administrar até 500 mg em dose única diária. Pacientes idosos: pacientes com idade avançada, em geral, deverão receber doses mais baixas possíveis, de acordo com o quadro clínico. Posologia nas insuficiências renal20 e hepática21: em caso de insuficiência hepática22, normalmente não há necessidade de ajuste na posologia. No caso do clearance de creatinina15 ser inferior a 20 ml/min ou creatinina15 sérica > 3 mg/100 ml, deve-se administrar metade da dose diária recomendada em uma única tomada ou reparti-la em duas tomadas. Nos pacientes com insuficiência renal23 e hepática21 associadas, o mesmo esquema posológico deve ser observado, além da eventual determinação das concentrações séricas de Ciprofloxacina Biosintética. Pacientes com insuficiência renal23 em hemodiálise24 devem receber metade da dose diária recomendada em uma única administração, após a diálise25. Pacientes com insuficiência hepática22 isolada não necessitam de alterações na posologia. Adolescentes e crianças: Ciprofloxacina pode causar alterações nas articulações6 (artropatia26) que suportam o peso em animais jovens. Ainda que não se conheça relação alguma com o homem, não se recomenda seu emprego em crianças e adolescentes em crescimento. Quando o benefício do emprego de Ciprofloxacina for considerado superior ao risco potencial (p. ex.: na fibrose cística27), a dose a se empregar pode ser de 7,5-15 mg/kg/dia, para forma oral e 5-10 mg/kg/dia (via i.v.), para forma injetável, dependendo da gravidade da infecção4 e do peso do paciente, administrados a cada 12 horas. A duração do tratamento depende da gravidade da infecção4. Geralmente pode ser de 7 a 14 dias e deve ser mantida durante 2 dias depois dos sintomas28 terem desaparecido. No caso de infecções2 osteoarticulares a terapia pode prolongar-se até 4 ou 6 semanas. A média de tratamento para a diarréia29 infecciosa é de 500 mg a cada 12 horas de 5 a 7 dias. Instruções de uso: os comprimidos devem ser deglutidos com líquido, independentemente das refeições (preferencialmente 2 horas após haver comido); a administração em jejum acelera a absorção. Se o paciente não pode ingerir o comprimido, dado a severidade da infecção4 ou por outras razões, é aconselhável iniciar a terapêutica30 com Ciprofloxacina endovenosa. A administração endovenosa deve ser feita durante aproximadamente 30 minutos. Ciprofloxacina Biosintética solução em frasco para infusão pode ser administrada diretamente ou após prévia diluição. A duração do tratamento depende da gravidade do caso, bem como do curso clínico e bacteriológico do mesmo, sendo em média de 5 a 10 dias nos casos de infecções2 agudas. Em regra, o tratamento deve prosseguir regularmente pelo menos durante 3 dias após o desaparecimento da febre31 e dos sintomas28 clínicos. Nas infecções2 simples das vias urinárias inferiores é suficiente um tratamento de três dias. No caso de osteomielite14 recomenda-se no máximo 2 meses de tratamento. As infecções2 estreptocócicas devem ser tratadas por pelo menos 10 dias sob risco de complicações posteriores. O mesmo se aplica às infecções2 por Chlamydia. Decorridos alguns dias, o tratamento inicial por via endovenosa poderá prosseguir por via oral. Ciprofloxacina Biosintética somente deve ser administrada duas vezes ao dia: pela manhã e à noite, exceto em casos especiais, quando, a critério médico, poderá ser administrada de 8 em 8 horas. Compatibilidade e estabilidade: Ciprofloxacina Biosintética é compatível, por exemplo, com soro32 fisiológico33, solução de Ringer e Ringer lactato34, solução de glicose35 5% e 10%, com solução de frutose36 a 10% e solução de glicose35 a 5%, com cloreto de sódio a 0,225% ou cloreto de sódio a 0,45%. Após diluição numa solução aquosa, Ciprofloxacina Biosintética é estável por pelo menos durante 14 dias à temperatura ambiente. Entretanto, após a abertura dos frascos a estabilidade da solução é limitada por fatores microbiológicos37 e higiênicos, portanto sua utilização deve ser imediata. A atividade da Ciprofloxacina não é afetada pelo pH de 1,2 a 12,2. Ciprofloxacina Biosintética é fotossensível, de maneira que os frascos só deverão ser retirados da caixa imediatamente antes do seu uso. As soluções de Ciprofloxacina Biosintética são compatíveis com todas as soluções de medicamentos que são física ou quimicamente instáveis no pH de Ciprofloxacina Biosintética (p. ex.: penicilinas, solução de heparina), especialmente quando combinada com soluções alcalinas (pH da solução de infusão de Ciprofloxacina Biosintética: 3,9-4,5). - Superdosagem: não se dispõe de informação relativa à sobredosificação. Os níveis séricos de Ciprofloxacina diminuem mediante diálise25 (porém a diálise25 remove menos de 10%).
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
2 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Febre tifóide: Infecção produzida por uma bactéria chamada Salmonella tiphy, adquirida através de alimentos contaminados e caracterizada por febre persistente, aumento do tamanho dos tecidos linfáticos (baço, gânglios linfáticos, etc.) e erupções cutâneas. Sem tratamento adequado pode ser muito grave.
4 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Vias biliares: Conjunto de condutos orgânicos que conectam o fígado e a vesícula biliar ao duodeno. Sua função é conduzir a bile produzida no fígado, para ser armazenada na vesícula biliar e posteriormente ser liberada no duodeno.
6 Articulações:
7 Peritonite: Inflamação do peritônio. Pode ser produzida pela entrada de bactérias através da perfuração de uma víscera (apendicite, colecistite), como complicação de uma cirurgia abdominal, por ferida penetrante no abdome ou, em algumas ocasiões, sem causa aparente. É uma doença grave que pode levar pacientes à morte.
8 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
9 Gonorreia: Infecção bacteriana que compromete o trato genital, produzida por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Produz uma secreção branca amarelada que sai pela uretra juntamente com ardor ao urinar. É uma causa de infertilidade masculina.Em mulheres, a infecção pode não ser aparente. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e ascender, atingindo os anexos uterinos (trompas, útero, ovários) e causar Doença Inflamatória Pélvica e mesmo infertilidade feminina.
10 Septicemia: Septicemia ou sepse é uma infecção generalizada grave que ocorre devido à presença de micro-organismos patogênicos e suas toxinas na corrente sanguínea. Geralmente ela ocorre a partir de outra infecção já existente.
11 Meningite: Inflamação das meninges, aguda ou crônica, quase sempre de origem infecciosa, com ou sem reação purulenta do líquido cefalorraquidiano. As meninges são três membranas superpostas (dura-máter, aracnoide e pia-máter) que envolvem o encéfalo e a medula espinhal.
12 Recidivantes: Característica da doença que recidiva, que acontece de forma recorrente ou repetitiva.
13 Mucoviscidose: Doença genética autossômica recessiva que promove alteração de glândulas exócrinas do organismo. Caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que leva ao desenvolvimento de bronquiectasias, insuficiência pancreática exócrina, disfunções intestinais, anormalidades das glândulas sudoríparas e disfunção genitourinária.
14 Osteomielite: Infecção crônica do osso. Pode afetar qualquer osso da anatomia e produzir-se por uma porta de entrada local (fratura exposta, infecção de partes moles) ou por bactérias que circulam através do sangue (brucelose, tuberculose, etc.).
15 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
16 Otite média: Infecção na orelha média.
17 Seios paranasais: Seios paranasais são cavidades preenchidas de ar localizadas no interior dos ossos do crânio e da face, que se comunicam com a cavidade nasal.
18 Sinusite: Infecção aguda ou crônica dos seios paranasais. Podem complicar o curso normal de um resfriado comum, acompanhando-se de febre e dor retro-ocular.
19 Trato Urinário:
20 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
21 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
22 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
23 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
24 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
25 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
26 Artropatia: Comprometimento patológico de uma artculação.
27 Fibrose cística: Doença genética autossômica recessiva que promove alteração de glândulas exócrinas do organismo. Caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que leva ao desenvolvimento de bronquiectasias, insuficiência pancreática exócrina, disfunções intestinais, anormalidades das glândulas sudoríparas e disfunção genitourinária.
28 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
29 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
30 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
31 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
32 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
33 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
34 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
35 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
36 Frutose: Açúcar encontrado naturalmente em frutas e mel. A frutose encontrada em alimentos processados é derivada do milho. Contém quatro calorias por grama.
37 Microbiológicos: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.