PRECAUÇÕES COSOPT

Atualizado em 28/05/2016
reações cardiorrespiratórias: a exemplo do que ocorre com outros agentes oftálmicos aplicados topicamente, essa droga pode ser absorvida sistemicamente. O timolol é um b-bloqueador. Desse modo, os mesmos tipos de reações adversas observadas com a administração sistêmica dos b-bloqueadores podem ocorrer com a administração tópica. Devido à presença de maleato de timolol, insuficiência cardíaca1 deve ser adequadamente controlada antes de se iniciar a terapia com Cosopt. Em pacientes com histórico de doença cardíaca grave, sinais2 de insuficiência cardíaca1 devem ser pesquisados e a freqüência de pulso deve ser verificada. Reações respiratórias e cardíacas, incluindo morte por broncospasmo em pacientes com asma3 e raramente morte em associação com insuficiência cardíaca1, têm sido relatadas após administração de solução oftálmica de maleato de timolol. Disfunção renal4 e hepática5: Cosopt não foi estudado em pacientes com disfunção renal4 grave (ClCr < 30 ml/min). Uma vez que o cloridrato de dorzolamida e seus metabólitos6 são excretados predominantemente pelos rins7, Cosopt não é recomendado para pacientes8 com insuficiência renal9. Cosopt não foi estudado em pacientes com disfunção hepática5; portanto, deve ser usado com cautela por esses pacientes. Imunologia e hipersensibilidade: a exemplo do que ocorre com outros agentes oftálmicos aplicados topicamente, essa droga pode ser absorvida sistemicamente. A dorzolamida é uma sulfonamida; portanto, os mesmos tipos de reações adversas observadas com a administração sistêmica de sulfonamidas podem ocorrer com a administração tópica. Caso se manifestem sinais2 de reações graves ou hipersensibilidade, suspenda o uso da preparação. Em estudos clínicos, efeitos adversos oculares locais, principalmente conjuntivite10 e reações palpebrais, foram relatadas com a administração crônica de solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida. Algumas dessas reações tiveram curso e aparência clínica de reações alérgicas típicas e desapareceram após a suspensão da terapia. Reações similares têm sido relatadas com Cosopt. Se tais reações forem observadas, deve ser considerada a suspensão do tratamento com Cosopt. Enquanto estiverem recebendo b-bloqueadores, pacientes com histórico de atopia ou reações anafiláticas11 graves a uma variedade de alérgenos12 podem ser mais reativos à estimulação repetida acidental, diagnóstica ou terapêutica13 com tais alérgenos12. Esses pacientes podem não apresentar resposta às doses usuais de epinefrina usadas para tratar reações anafiláticas11. Terapia concomitante: existe uma possibilidade da ocorrência de efeito aditivo nos efeitos sistêmicos14 conhecidos dos inibidores da anidrase carbônica em pacientes recebendo concomitantemente inibidores orais e tópicos da anidrase carbônica. A administração concomitante de Cosopt e inibidores orais da anidrase carbônica não foi estudada e não é recomendada. Em pacientes que já estão recebendo bloqueadores b-adrenérgicos15 sistêmicos14 e começam a utilizar Cosopt, devem ser observados os efeitos potenciais aditivos tanto na pressão intra-ocular quanto nos efeitos sistêmicos14 conhecidos de b-bloqueio. O uso de dois bloqueadores b-adrenérgicos15 tópicos não é recomendado. Outros: o controle de pacientes com glaucoma16 agudo17 de ângulo fechado requer intervenções terapêuticas em adição aos agentes oculares hipotensivos. Cosopt não foi estudado em pacientes com glaucoma16 agudo17 de ângulo fechado. Descolamento de coróide foi relatado com a administração de terapia supressora de humor aquoso18 (por exemplo, timolol, acetazolamida) após processos de filtração. Uso de lentes de contato: Cosopt contém o conservante cloreto de benzalcônio, que pode depositar-se nas lentes de contato gelatinosas; portanto, Cosopt não deve ser administrado durante o uso dessas lentes. As lentes devem ser removidas antes da aplicação das gotas e só devem ser recolocadas 15 minutos depois. Gravidez19: não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Cosopt deve ser usado durante a gravidez19 somente se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto20. - Nutrizes21: não se sabe se o cloridrato de dorzolamida é excretado no leite humano. O maleato de timolol aparece no leite humano. Devido ao potencial de reações adversas graves em lactentes22, deve-se decidir entre descontinuar a terapia ou descontinuar a droga, levando em consideração a importância da droga para a mãe. - Uso pediátrico: a segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas. - Interações medicamentosas: estudos de interações medicamentosas específicos não foram realizados com Cosopt. Em estudos clínicos, Cosopt foi usado concomitantemente com as seguintes medicações sistêmicas, sem evidência de interações adversas: inibidores da ECA, bloqueadores do canal de cálcio, diuréticos23, antiinflamatórios não esteroidais incluindo aspirina e hormônios (por exemplo, estrogênio, insulina24, tiroxina). Entretanto, existe a possibilidade de efeitos aditivos e hipotensão25 e/ou bradicardia26 acentuada quando a solução oftálmica de maleato de timolol for administrada concomitantemente com bloqueadores dos canais de cálcio, drogas depletoras de catecolamina e bloqueadores b-adrenérgicos15 por via oral. Potencialização de b-bloqueio (por exemplo, redução da freqüência cardíaca) tem sido relatada durante tratamento combinado com quinidina e timolol, possivelmente porque a quinidina inibe o metabolismo27 do timolol por meio da enzima28 P-450, CYP2D6. A dorzolamida constituinte de Cosopt é um inibidor da anidrase carbônica e, embora administrada topicamente, é absorvida sistemicamente. Em estudos clínicos, a solução oftálmica de cloridrato de dorzolamida não foi associada com distúrbios acidobásicos. Entretanto, esses distúrbios têm sido relatados com inibidores orais da anidrase carbônica e, algumas vezes, resultaram em interações medicamentosas (por exemplo, toxicidade29 associada à terapia com altas doses de salicilato). Portanto, o potencial de tais interações medicamentosas deve ser considerado em pacientes tratados com Cosopt.
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Complementos

1 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
6 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
7 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
8 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
9 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
10 Conjuntivite: Inflamação da conjuntiva ocular. Pode ser produzida por alergias, infecções virais, bacterianas, etc. Produz vermelhidão ocular, aumento da secreção e ardor.
11 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
12 Alérgenos: Substância capaz de provocar reação alérgica em certos indivíduos.
13 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
14 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
15 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
16 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
17 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
18 Humor aquoso: Fluido aquosa e claro que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Apresenta um índice de refração menor que o cristalino, o qual está envolvido pelo humor aquoso, e está relacionado com o metabolismo da córnea e do cristalino.
19 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
20 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
21 Nutrizes: Mulheres que amamentam; amas de leite; que alimentam.
22 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
23 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
24 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
25 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
26 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
27 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
28 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
29 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.

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