PRECAUÇÕES DEXAMETASONA

Atualizado em 28/05/2016
o uso de dexametasona em mulheres grávidas ainda não é seguro, portanto, recomenda-se nestes casos, antes da prescrição uma avaliação dos fatores riscos/benefícios. As crianças de qualquer idade, em tratamento prolongado com corticosteróides, devem ser cuidadosamente observadas quanto ao seu crescimento e desenvolvimento. Por isso o uso em crianças menores de 6 anos só é aconselhável quando não houver outra alternativa. O uso em pacientes idosos (acima de 65 anos) requer um rigoroso controle médico com o ajuste da posologia. Os corticosteróides aparecem no leite materno e podem além de outros efeitos indesejáveis inibir o crescimento, portanto, mulheres em fase de aleitamento não devem fazer uso do medicamento. A redução gradual da posologia é necessária para se evitar o aparecimento de insuficiência1 adrenocortical secundária, acarretando redução do nível de defesa contra infecções2, que pode resultar da retirada muito rápida do medicamento. O creme é de uso exclusivo dermatológico, não sendo indicado para uso oftálmico nem nas otites3 externas de pacientes com perfuração timpânica. Durante o uso do medicamento por via oral pode ser necessária a restrição dietética de sal e a suplementação4 de potássio e cálcio. Deve ser administrado com cautela em pacientes portadores de colite5 ulcerativa inespecífica. Devido à presença de sulfato de neomicina no creme dermatológico, o seu uso por tempo prolongado pode favorecer o crescimento de microorganismos não sensíveis, incluindo fungos. - Interações medicamentosas: o uso concomitante com fenitoína, fenobarbital, efedrina e rifampicina reduz os níveis sangüíneos e a atividade fisiológica6 da dexametasona. Para uso simultâneo com anticoagulantes7 cumarínicos recomenda-se monitoramento constante do tempo de protrombina8. O uso de anticoncepcionais orais pode inibir o metabolismo9 hepático da dexametasona. Devido à ação hiperglicemiante da dexametasona, quando associada com hipoglicemiantes orais10 ou insulina11 necessita de ajuste posológico de ambas as drogas. O uso concomitante de salicilatos e outros antiinflamatórios pode aumentar a ação ulcerogênica da dexametasona. Com diuréticos12 aumenta a excreção de potássio.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
2 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
3 Otites: Toda infecção do ouvido é chamada de otite.
4 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
5 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
6 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
7 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
8 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
9 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
10 Hipoglicemiantes orais: Medicamentos usados por via oral em pessoas com diabetes tipo 2 para manter os níves de glicose próximos ao normal. As classes de hipoglicemiantes são: inibidores da alfaglicosidase, biguanidas, derivados da fenilalanina, meglitinides, sulfoniluréias e thiazolidinediones.
11 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
12 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.

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