POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DIAMOX

Atualizado em 28/05/2016
glaucoma1: Diamox deve ser usado como medicamento adjuvante à terapia usual. A posologia empregada no tratamento do glaucoma1 crônico2 simples (ângulo aberto) varia de 250 mg a 1 g de Diamox em 24 horas, geralmente em doses divididas para quantidades maiores de 250 mg. Tem sido relatado que posologia diária maior que 1 g não produz maior efeito. Em todos os casos, a posologia deve ser ajustada com atenção individual cuidadosa para a sintomatologia e a tensão ocular. É recomendável a supervisão médica contínua. No tratamento de glaucoma1 secundário e no tratamento pré-operatório de alguns casos de glaucoma1 agudo3 congestivo (ângulo fechado), a posologia preferida é de 250 mg a cada 4 horas, embora alguns casos respondam a 250 mg, 2 vezes ao dia, em terapia em curto prazo. Em alguns casos agudos, pode ser mais satisfatório administrar uma dose inicial de 500 mg seguida de 125 ou 250 mg a cada 4 horas, dependendo do caso. Foi verificado efeito complementar, quando Diamox foi usado em associação com mióticos ou midriáticos, conforme a necessidade do caso. Epilepsia4: não é claramente conhecido se os efeitos benéficos observados na epilepsia4 são devidos à inibição direta da anidrase carbônica no SNC5, ou a um discreto grau de acidose6 produzido por doses divididas. A dose diária total sugerida é de 8 a 30 mg/kg de peso em doses divididas. Embora alguns pacientes respondam a doses baixas, a faixa ótima parece estar entre 375 mg e 1000 mg diários. Entretanto, alguns investigadores acreditam que doses diárias maiores do que 1 g não produzem resultados superiores à dose de 1 g. Quando Diamox é administrado em associação com outros anticonvulsivantes, sugere-se que a dose inicial seja de 250 mg uma vez ao dia, além da medicação existente. Isto pode ser aumentado até os níveis indicados acima. A alteração de outras medicações para Diamox deve ser gradual, de acordo com a prática usual no tratamento das epilepsias. Insuficiência cardíaca congestiva7: para a diurese8 na insuficiência cardíaca congestiva7, a dose inicial usual é de 250 a 375 mg uma vez ao dia pela manhã (5 mg/kg). Se, após uma resposta inicial, o paciente deixar de perder líquidos do edema9, não aumentar a posologia, mas permitir ao rim10 recuperar-se, retirando a medicação por um dia. Diamox promove melhor efeito diurético11 quando administrado em dias alternados, ou por 2 dias alternando com 1 dia de descanso. Falhas terapêuticas podem ser devidas à superdosagem ou doses muito freqüentes. O uso de Diamox não elimina a necessidade de outras terapias como com digitálicos, repouso e restrição salina. Edema9 medicamentoso: a posologia recomendada é de 250 mg até 375 mg de Diamox uma vez ao dia, por um ou dois dias, alternando com um dia de descanso. - Nota: as recomendações posológicas para glaucoma1 e epilepsia4 variam consideravelmente daquela para insuficiência cardíaca congestiva7, pois as primeiras duas condições não são dependentes da inibição da anidrase carbônica no rim10, o que requer doses intermitentes12, se desejar a recuperação do efeito inibitório do agente terapêutico. - Superdosagem: não existem dados disponíveis com relação à superdosagem de Diamox em seres humanos e nenhum caso de envenenamento agudo3 com essa droga foi relatado. Não se conhece antídoto13 específico. O tratamento deverá ser sintomático14 e de suporte. Poderão ocorrer desequilíbrio eletrolítico, desenvolvimento de um estado de acidose6 e efeitos sobre o sistema nervoso central15. Os níveis de eletrólitos16 no sangue17 (particularmente potássio) e o pH sangüíneo devem ser acompanhados. Há necessidade de medidas de suporte para restabelecer o equilíbrio eletrolítico e o pH. O estado acidótico pode ser geralmente corrigido com a administração de bicarbonato. Apesar de sua grande distribuição intra-eritrocítica e de suas propriedades de ligação com as proteínas18 plasmáticas, Diamox pode ser dialisável. Isto pode ser particularmente importante no tratamento de superdosagem de Diamox, quando houver complicação pela presença de insuficiência renal19. Pacientes idosos: não se dispõe de dados específicos em populações idosas.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
2 Crônico: Descreve algo que existe por longo período de tempo. O oposto de agudo.
3 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
4 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
5 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
6 Acidose: Desequilíbrio do meio interno caracterizado por uma maior concentração de íons hidrogênio no organismo. Pode ser produzida pelo ganho de substâncias ácidas ou perda de substâncias alcalinas (básicas).
7 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
8 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
9 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
10 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
11 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
12 Intermitentes: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
13 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
14 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
15 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
16 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
17 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
18 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
19 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.

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