POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO HAEMATE P

Atualizado em 28/05/2016
hemofilia1 A: a dose e duração da terapia de substituição depende da severidade do distúrbio da função hemostática, da localização e extensão da hemorragia2 e das condições clínicas do paciente. Uma unidade internacional de fator VIII é equivalente àquela quantidade de fator VIII encontrada em 1 ml de pool de plasma3 humano citratado. O cálculo4 da dose requerida de fator VIII é baseado na constatação empírica de que 1 UI de fator VIII:C por kg de peso corpóreo eleva a atividade plasmática do fator VIII em cerca de 2%. A dose requerida é determinada pela seguinte fórmula: dose inicial: unidades requeridas = peso corpóreo (kg) x aumento desejado de F VIII:C (%) x 0,5. - Importante: a quantidade a ser administrada e a freqüência das aplicações deverão sempre ser orientadas para a eficácia clínica, em casos individuais. Nos eventos hemorrágicos5 mostrados a seguir, não se deve permitir que o nível de atividade do fator VIII caia abaixo do nível de atividade plasmática de referência (expresso em porcentagem do valor normal) durante o período correspondente: evento hemorrágico6: hemorragias7 menores: hemorragias7 nas articulações8; nível terapeuticamente necessário de atividade de fator VIII no plasma3: 30%; período de manutenção necessário do nível plasmático terapêutico de atividade do fator VIII: no mínimo 1 dia, dependendo da severidade da hemorragia2. Hemorragias7 maiores: hemorragias7 musculares, trauma suaves na cabeça9, extração dentária, cirurgias de médio porte, hemorragia2 na cavidade oral10: nível terapeuticamente necessário de atividade de fator VIII no plasma3: 40-50%; período de manutenção necessário do nível plasmático terapêutico de atividade do fator VIII: 3-4 dias ou até cicatrização adequada do ferimento. Hemorragia2 com risco de vida: grandes cirurgias, hemorragia2 gastrintestinal, hemorragia2 intracraniana, intra-abdominal ou intratorácica, fraturas: nível terapeuticamente necessário da atividade de fator VIII no plasma3: 60-100%; período de manutenção necessário do nível plasmático terapêutico de atividade do fator VIII: durante 7 dias. Após, terapia continuada por pelo menos mais 7 dias para manutenção do nível terapêutico de fator VIII em 30 a 50%. Sob certas circunstâncias, quantidades maiores que aquelas calculadas podem ser necessárias, especialmente nos casos de dose inicial. Particularmente nos casos de grandes intervenções cirúrgicas, é indispensável uma monitorização precisa da terapia de substituição, através de análises dos parâmetros de coagulação11 (atividade plasmática de fator VIII). Para a profilaxia em longo prazo de hemorragias7 em hemofilia1 A severa, doses de 10 a 50 UI de fator VIII:C por kg de peso corpóreo devem ser administradas em intervalos de 2 a 3 dias. Em alguns casos, especialmente em pacientes jovens, pode ser necessário diminuir os intervalos ou aumentar a dose. Em hemofílicos com anticorpos12 contra fator VIII, uma terapia específica é necessária. O efeito terapêutico pode não ser alcançado, se o sangue13 do paciente contiver elevada concentração de inibidores de fator VIII. Nestes casos, a tentativa é procurar superar a atividade desses inibidores através da administração de altas doses de fator VIII. Se necessário, medidas terapêuticas adicionais deverão ser instituídas. Doença de von Willebrand: a dosagem pode ser ajustada de acordo com a extensão e a localização do sangramento. Como regra, 20 UI a 40 UI de fator VIII por quilograma de peso corpóreo (correspondente a 44-88 UI de FvW:CofR por quilograma de peso corpóreo) são administrados a cada 8 a 12 horas. Deve-se levar em consideração que sangramentos podem ocorrer 10 a 12 dias após a cirurgia ou parto. Com a administração de 1 UI de FvW:CofR por quilograma de peso corpóreo pode-se esperar uma elevação de aproximadamente 1,5% na atividade do FvW:CofR em relação ao valor normal. A quantidade a ser administrada pode sempre ser ajustada individualmente, de acordo com o efeito clínico atingido. Em determinadas circunstâncias, podem ser necessárias quantidades superiores àquelas calculadas, principalmente em relação à dose inicial. Uma monitorização rigorosa da terapia substitutiva através da análise dos parâmetros de coagulação11 é indispensável, principalmente nos casos de cirurgias de grande porte. Modo de administração: após a reconstituição, a solução deve ser utilizada dentro de, no máximo, 8 horas, de forma lenta e por via endovenosa. Preparo da solução: deixar que o solvente atinja uma temperatura entre 20 e 37ºC; após, remover a tampa do selo de alumínio dos frascos e desinfetar as superfícies das tampas de borracha; inserir a agulha do lado ondulado do equipo no frasco-ampola do solvente. Remover a capa de proteção da outra extremidade do equipo e inverter o frasco-ampola do solvente, inserindo a agulha no frasco da preparação sem tocar na agulha. O solvente é transferido para o frasco de preparação devido ao vácuo. Girar o frasco suavemente até a dissolução total do liófilo, evitando agitação vigorosa. O liófilo deve estar completamente dissolvido com a obtenção de uma solução clara ou levemente opalescente. Não utilizar se a solução estiver turva ou com depósitos ou floculação. O tempo de reconstituição é de aproximadamente 2 minutos. Toda solução não utilizada deve ser descartada. Injeção14: aspirar a solução lentamente (se várias seringas forem usadas, deixar o filtro no frasco-ampola). Não utilizar a agulha-filtro para injeção14; administrar imediatamente por via intravenosa lenta (máximo 4 ml/minuto), tomando-se cuidado para não permitir a entrada de sangue13 na seringa15 contendo a solução. A aplicação também pode ser efetuada com um dispositivo de perfusão. Infusão: dissolver o produto por completo como descrito anteriormente e infundir imediata e lentamente por via intravenosa através de dispositivo de transfusão16 descartável. Haemate P não deve ser misturado com outros medicamentos. Somente equipamentos de injeção14/infusão aprovados podem ser usados para a administração da solução, devido à possibilidade de um insucesso terapêutico ser conseqüência da adsorção do Haemate P às superfícies internas de alguns equipamentos de infusão. Nos casos em que o produto for utilizado para tratamento domiciliar, é imprescindível ater-se estritamente às instruções do médico assistente.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hemofilia: Doença transmitida de forma hereditária na qual existe uma menor produção de fatores de coagulação. Como conseqüência são produzidos sangramentos por traumatismos mínimos, sobretudo em articulações (hemartrose). Sua gravidade depende da concentração de fatores de coagulação no sangue.
2 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
3 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
4 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
5 Hemorrágicos: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
6 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
7 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
8 Articulações:
9 Cabeça:
10 Cavidade Oral: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
11 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
12 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
13 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
14 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
15 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
16 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.

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