PRECAUÇÕES MIFLASONA

Atualizado em 28/05/2016
os pacientes devem ser advertidos sobre a natureza profilática do tratamento com beclometasona inalável e de que a mesma deve ser utilizada regularmente, mesmo quando não estão presentes os sintomas1. Miflasona não é indicado para o alívio de sintomas1 asmáticos agudos, quando é necessário o uso de um broncodilatador2 inalável indicado para crises. Os pacientes devem ser orientados a ter disponível essa medicação de emergência3. A asma4 grave requer acompanhamento médico regular, inclusive teste da função pulmonar, uma vez que os pacientes estão sob risco de ataques graves e até mesmo fatais. O aumento do uso dos broncodilatadores5 no alívio dos sintomas1, em particular dos agonistas beta-2 inaláveis de curta duração, indica a deterioração do controle da asma4. Se os pacientes tiverem a sensação de que o tratamento com broncodilatadores5 de curta duração está se tornando menos eficaz ou que estão precisando de mais inalações que o usual, o médico deve ficar atento. Nesse caso, os pacientes devem ser avaliados novamente e deve-se considerar a necessidade de aumentar-se o tratamento com antiinflamatórios (por exemplo, doses mais altas de corticosteróides inaláveis ou tratamento com corticosteróides orais). Exacerbações graves da asma4 devem ser tratadas da maneira habitual. Na maioria dos pacientes, não ocorre qualquer supressão adrenal significativa, a não ser que a dose diária exceda a dose recomendada de Miflasona (por exemplo, 1.500 mcg por dia). Tem sido relatada redução dos níveis de cortisol plasmático em alguns pacientes que receberam 2.000 mcg por dia de dipropionato de beclometasona inalável. Nesses pacientes, os riscos de desenvolver-se supressão adrenal devem ser considerados em comparação com as vantagens terapêuticas e devem-se tomar precauções para se fornecer uma cobertura de esteróides sistêmicos6 em situações de estresse prolongado. A supressão continuada do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA) pode eventualmente trazer efeitos sistêmicos6, inclusive retardo de crescimento em crianças e adolescentes. A falta de resposta ou as exacerbações graves da asma4 devem ser tratadas aumentando-se a dose de dipropionato de beclometasona inalável e, se necessário, administrando-se um esteróide sistêmico7 e/ou antibiótico, se houver infecção8, e usando-se tratamento com beta-agonista9. Transição de pacientes em tratamento com corticosteróides orais: a transição de pacientes dependentes de esteróides orais para Miflasona e o acompanhamento subseqüente necessitam de cuidados especiais, como a recuperação da função adrenocortical alterada, causada por uso prolongado com esteróides sistêmicos6, e podem requerer um tempo considerável. Pacientes que tenham sido tratados com esteróides sistêmicos6 por longos períodos de tempo ou com uma dose elevada podem apresentar supressão adrenocortical. Com esses pacientes, a função adrenocortical deve ser monitorada regularmente e a dose de esteróide sistêmico7 deve ser reduzida com cautela. Após aproximadamente 1 semana, inicia-se a retirada gradual do esteróide sistêmico7. As diminuições de dosagem devem ser apropriadas ao nível de manutenção do esteróide sistêmico7 e introduzidas em intervalos de pelo menos 1 semana. Para doses de manutenção de prednisolona ou seu equivalente, de 10 mg por dia ou menos, os decréscimos de dose não devem ser superiores a 1 mg por dia em intervalos de pelo menos 1 semana. Para doses de manutenção de prednisolona maiores que 10 mg por dia, pode ser apropriado empregar-se cautelosamente decréscimos maiores da dose em intervalos semanais. Alguns pacientes não se sentem bem de uma maneira geral durante a fase de retirada, apesar da estabilização ou mesmo da melhora da função respiratória. Esses pacientes devem ser encorajados a continuar o tratamento com Miflasona e a retirar o esteróide sistêmico7, a menos que existam sinais10 objetivos de insuficiência11 adrenal. Os pacientes que, ao estarem interrompendo o tratamento com esteróides orais, tenham a função adrenocortical prejudicada devem portar um cartão de advertência indicando que eles podem precisar de esteróide sistêmico7 suplementar durante períodos de estresse, por exemplo, na piora dos ataques de asma4, em infeções pulmonares, doenças associadas, cirurgias, traumas e outros. A substituição do tratamento com esteróide sistêmico7 por tratamento inalatório algumas vezes desmascara alergias, como rinite12 alérgica ou eczema13, que permaneciam previamente controladas pela medicação sistêmica. Tais alergias devem ser tratadas sintomaticamente com anti-histamínicos e/ou com preparações tópicas, inclusive esteróides tópicos. O tratamento com Miflasona não deve ser interrompido abruptamente. É possível a ocorrência de broncospasmo paradoxal14. Caso ocorra, Miflasona deve ser descontinuado e instituído um tratamento alternativo. É necessário cautela no tratamento de pacientes com transtornos pulmonares, como bronquiectasia15 e pneumoconiose16, frente à possibilidade de infecções17 fúngicas18. Gravidez19 e lactação20: o uso de beclometasona na gravidez19 requer a avaliação dos possíveis benefícios da droga em relação aos riscos potenciais. Deve-se notar que a droga tem sido amplamente utilizada por muitos anos sem nenhuma conseqüência adversa aparente. É razoável supor-se que a beclometasona seja secretada no leite, mas nas doses utilizadas para inalação direta os possíveis níveis no leite serão baixos. O uso de dipropionato de beclometasona em mulheres lactantes21 requer que os benefícios terapêuticos da droga sejam comparados com os riscos potenciais à mãe e à criança. - Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas: não foram relatados.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Broncodilatador: Substância farmacologicamente ativa que promove a dilatação dos brônquios.
3 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
4 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
5 Broncodilatadores: São substâncias farmacologicamente ativas que promovem a dilatação dos brônquios.
6 Sistêmicos: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
7 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
8 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
9 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
10 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
11 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
12 Rinite: Inflamação da mucosa nasal, produzida por uma infecção viral ou reação alérgica. Manifesta-se por secreção aquosa e obstrução das fossas nasais.
13 Eczema: Afecção alérgica da pele, ela pode ser aguda ou crônica, caracterizada por uma reação inflamatória com formação de vesículas, desenvolvimento de escamas e prurido.
14 Paradoxal: Que contém ou se baseia em paradoxo(s), que aprecia paradoxo(s). Paradoxo é o pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria. É a aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.
15 Bronquiectasia: Sinônimo de “dilatação dos brônquios”. Há uma dilatação anormal e permanente dos brônquios cartilaginosos de médio calibre, da quinta à décima divisão brônquica. A dilatação está associada a uma destruição inflamatória dos tecidos musculares e elásticos das paredes brônquicas.
16 Pneumoconiose: Reação fibrosa crônica dos pulmões à inalação de poeiras, marcada especialmente por perda da expansibilidade, fibrose e pigmentação. Ela recebe nomes diversos segundo o tipo de poeira inalada.
17 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
18 Fúngicas: Relativas à ou produzidas por fungo.
19 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
20 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
21 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.

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