PRECAUÇÕES NORFLOXACINA

Atualizado em 28/05/2016
Norfloxacina não tem se mostrado efetivo no tratamento para sífilis1. Agentes antimicrobianos usados em altas doses por um curto período de tempo para tratar gonorréia2 podem mascarar ou retardar os sintomas3 de sífilis1 incubada. Todo paciente com gonorréia2 deve fazer teste sorológico para sífilis1 no momento de diagnóstico4. Pacientes tratados com Norfloxacina devem realizar teste sorológico para sífilis1 após três meses do término do tratamento. Raros pacientes têm apresentado história de hipersensibilidade. Reações de hipersensibilidade sérias e fatais (anafilactóides ou anafiláticas) após a primeira dose têm sido relatadas em pacientes recebendo quinolônicos. Algumas reações foram acompanhadas de colapso5 cardiovascular, perda de consciência, dormência6, edema7 faringeano ou facial, dispnéia8, urticária9 e coceira. Se ocorrer reação alérgica10 com Norfloxacina descontinuar o tratamento. Reação de hipersensibilidade aguda requer tratamento de emergência11 imediato com epinefrina. O paciente deve receber imediato atendimento médico. Norfloxacina deve ser usada com cautela em pacientes com história de convulsões. Convulsões, aumento da pressão intracraniana e psicose12 tóxica têm sido relatados em pacientes recebendo drogas dessa classe. Quinolônicos podem também causar estimulação do sistema nervoso central13 (SNC14) que pode levar a tremores, confusão e alucinação15. Se ocorrer estas reações em pacientes recebendo Norfloxacina, o tratamento deve ser interrompido e medidas apropriadas adotadas. Colite16 pseudomembranosa tem sido relatada com quase todos os agentes antibacterianos, incluindo Norfloxacina e pode variar em grau de gravidade de leve até risco de vida. Portanto, é importante considerar este diagnóstico4 em pacientes que apresentem diarréia17 logo após a administração de agentes antibacterianos. Reação de fototoxicidade moderada a severa tem sido observada em pacientes que são expostos à luz solar excessiva durante tratamento com drogas do grupo quinolônico. A exposição excessiva ao sol deve ser evitada e se ocorrer reação de fotossensibilidade, o tratamento deve ser interrompido. Gravidez18: a segurança do uso do produto em grávidas não foi estabelecido; portanto, deve-se levar em conta a relação risco-benefício antes de se iniciar o tratamento. Norfloxacina foi detectado no sangue do cordão umbilical19 e no líquido amniótico20. Lactação21: quando foi administrada uma dose de 200 mg a mulheres nutrizes22, não se detectou Norfloxacina no leite materno, entretanto, como a dose estudada foi baixa e muitas drogas são excretadas no leite, deve-se ter cautela quando Norfloxacina for administrado a nutrizes22. Pediatria: a segurança e eficácia em crianças não foram estabelecidas, portanto, Norfloxacina não deve ser usado em crianças antes da puberdade. Insuficiência renal23: Norfloxacina pode ser usado em pacientes com insuficiência renal23, entretanto, como é primariamente excretado pelo rim24, níveis urinários podem ser significativamente comprometidos por disfunção renal25 severa (ver Posologia e administração).
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Complementos

1 Sífilis: Doença transmitida pelo contato sexual, causada por uma bactéria de forma espiralada chamada Treponema pallidum. Produz diferentes sintomas de acordo com a etapa da doença. Primeiro surge uma úlcera na zona de contato com inflamação dos gânglios linfáticos regionais. Após um período a lesão inicial cura-se espontaneamente e aparecem lesões secundárias (rash cutâneo, goma sifilítica, etc.). Em suas fases tardias pode causar transtorno neurológico sério e irreversível, que felizmente após o advento do tratamento com antibióticos tem se tornado de ocorrência rara. Pode ser causa de infertilidade e abortos espontâneos repetidos.
2 Gonorreia: Infecção bacteriana que compromete o trato genital, produzida por uma bactéria chamada Neisseria gonorrhoeae. Produz uma secreção branca amarelada que sai pela uretra juntamente com ardor ao urinar. É uma causa de infertilidade masculina.Em mulheres, a infecção pode não ser aparente. Se passar despercebida, pode se tornar crônica e ascender, atingindo os anexos uterinos (trompas, útero, ovários) e causar Doença Inflamatória Pélvica e mesmo infertilidade feminina.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
5 Colapso: 1. Em patologia, é um estado semelhante ao choque, caracterizado por prostração extrema, grande perda de líquido, acompanhado geralmente de insuficiência cardíaca. 2. Em medicina, é o achatamento conjunto das paredes de uma estrutura. 3. No sentido figurado, é uma diminuição súbita de eficiência, de poder. Derrocada, desmoronamento, ruína. 4. Em botânica, é a perda da turgescência de tecido vegetal.
6 Dormência: 1. Estado ou característica de quem ou do que dorme. 2. No sentido figurado, inércia com relação a se fazer alguma coisa, a se tomar uma atitude, etc., resultando numa abulia ou falta de ação; entorpecimento, estagnação, marasmo. 3. Situação de total repouso; quietação. 4. No sentido figurado, insensibilidade espiritual de um ser diante do mundo. Sensação desagradável caracterizada por perda da sensibilidade e sensação de formigamento, e que geralmente ocorre nas extremidades dos membros. 5. Em biologia, é um período longo de inatividade, com metabolismo reduzido ou suspenso, geralmente associado a condições ambientais desfavoráveis; estivação.
7 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
8 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
9 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
10 Reação alérgica: Sensibilidade a uma substância específica, chamada de alérgeno, com a qual se entra em contato por meio da pele, pulmões, deglutição ou injeções.
11 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.
12 Psicose: Grupo de doenças psiquiátricas caracterizadas pela incapacidade de avaliar corretamente a realidade. A pessoa psicótica reestrutura sua concepção de realidade em torno de uma idéia delirante, sem ter consciência de sua doença.
13 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
14 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
15 Alucinação: Perturbação mental que se caracteriza pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensação sem objeto. Impressão ou noção falsa, sem fundamento na realidade; devaneio, delírio, engano, ilusão.
16 Colite: Inflamação da porção terminal do cólon (intestino grosso). Pode ser devido a infecções intestinais (a causa mais freqüente), ou a processos inflamatórios diversos (colite ulcerativa, colite isquêmica, colite por radiação, etc.).
17 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
18 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
19 Sangue do Cordão Umbilical: Sangue do feto. A troca de nutrientes e de resíduos entre o sangue fetal e o materno ocorre através da PLACENTA. O sangue do cordão é o sangue contido nos vasos umbilicais (CORDÃO UMBILICAL) no momento do parto.
20 Líquido amniótico: Fluido viscoso, incolor ou levemente esbranquiçado, que preenche a bolsa amniótica e envolve o embrião durante toda a gestação, protegendo-o contra infecções e choques mecânicos e térmicos.
21 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
22 Nutrizes: Mulheres que amamentam; amas de leite; que alimentam.
23 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
24 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
25 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.

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