PRECAUÇÕES PACLITAX

Atualizado em 28/05/2016
deve-se evitar o contato da solução de Paclitax com equipamentos de PVC, usados no preparo e na administração de infusões endovenosas, uma vez que este contato pode extrair di-(2-etilhexil) ftalato (DEHP), que pode ser levado à corrente sangüínea do paciente. Para minimizar este risco, as soluções diluídas de Paclitax devem ser armazenadas em frascos de vidro ou de polipropileno, ou ainda em sacos plásticos de polipropileno ou de poliolefina, e devem ser administradas através de equipos revestidos com polipropileno. Paclitax deve ser administrado através de um filtro interno, com uma membrana de microporos não maiores que 0,22 mm. O uso de filtros Ivex-2 não resultou em extração significativa de DEHP. Se um paciente apresentar anomalias de condução durante a administração de Paclitax, ele deve ser adequadamente tratado e deve ser submetido a uma monitorização contínua, durante tratamentos subseqüentes. Paclitaxel pode causar anomalias fetais quando administrado a mulheres grávidas. Não há estudos em mulheres grávidas. As mulheres férteis devem ser advertidas para que evitem engravidar durante o tratamento com Paclitaxel. Pacientes neutropênicos não devem ser tratados com Paclitax até que a contagem de neutrófilos1 seja > 1.500 células2/mm3 e que as plaquetas3 estejam num nível > 100.000 células2/mm3. No caso de neutropenia4 grave (< 500 células2/mm3), durante 7 ou mais dias, por ocasião de um curso de tratamento com Paclitax, recomenda-se reduzir a dose em 20% nos cursos de tratamentos subseqüentes. Os pacientes previamente submetidos à radioterapia5 apresentaram um maior grau de mielossupressão; há pouca experiência em tais pacientes com doses superiores a 135 mg/m2. Houve uma mielossupressão mais acentuada nos pacientes que receberam paclitaxel após terem sido tratados com cisplatina. Dados farmacocinéticos destes pacientes mostraram uma diminuição de aproximadamente 33% do clearance do paclitaxel. Baseado em estudos in vitro, há a possibilidade de uma inibição do metabolismo6 do paclitaxel em pacientes tratados com cetoconazol. Assim sendo, deve-se tomar cuidado ao tratar com Paclitax os pacientes que estiverem recebendo cetoconazol. Sintomas7 leves de hipersensibilidade, tais como, rinorréia8, eritema9, dispnéia10, hipotensão11 e taquicardia12 não obrigam a interrupção do tratamento com Paclitax. Todavia, reações graves, como hipotensão11 que necessite de tratamento, dispnéia10 que necessite de broncodilatadores13, angioedema14 e urticária15 generalizada obrigam a interrupção imediata do Paclitax e tratamento sintomático16 agressivo. Os pacientes que desenvolverem reações graves de hipersensibilidade não devem ser novamente tratados com Paclitax. Foram observadas hipotensão11 e bradicardia17 durante a administração de paclitaxel, mas estes sintomas7 geralmente não necessitam de tratamento. Recomenda-se monitorizar os sinais vitais18, particularmente durante a primeira hora da infusão de Paclitax. Embora seja freqüente a ocorrência de neuropatia periférica19, o desenvolvimento de sintomas7 graves é raro e, se ocorrerem, requerem uma redução de 20% da dose nos cursos posteriores de tratamento. Não há evidência de aumento da toxicidade20 de paclitaxel nos pacientes com elevação de enzimas hepáticas21 e não há dados disponíveis sobre pacientes com colestase22 basal grave. Entretanto, a evidência disponível sugere que o fígado23 desempenha um papel importante no metabolismo6 de paclitaxel e, conseqüentemente, deve-se tomar cuidado ao administrar Paclitax a pacientes com insuficiência hepática24 grave. O potencial carcinogenético de Paclitax não foi estudado e demonstrou-se que paclitaxel é mutagênico in vitro (aberrações cromossômicas em linfócitos humanos) e in vivo (teste do micronúcleo em camundongos); entretanto, paclitaxel não induziu mutagênese no teste de Ames e no ensaio de mutação genética25 CHO/HGPTR. Não se sabe se paclitaxel é excretado pelo leite materno humano. Recomenda-se que as mães que estiverem amamentando interrompam a amamentação26, ao iniciar o tratamento com Paclitax, para evitar os ricos potenciais para as crianças. A segurança e a eficácia de paclitaxel em crianças ainda não foi estabelecida. - Advertência: Paclitax deve ser administrado sob a orientação de um médico experiente no uso de agentes quimioterápicos para o tratamento de câncer27. O tratamento de eventuais complicações somente é possível se houver equipamento disponível para fazer um diagnóstico28 correto e para instituir um tratamento adequado. Graves reações de hipersensibilidade, caracterizadas por dispnéia10 e hipotensão11 (que requerem tratamento), angioedema14 e urticária15 foram relatadas em 2% dos pacientes tratados com paclitaxel. Uma dessas reações foi fatal num paciente que foi tratado sem pré-medicação, num estado fase I. Os pacientes que forem tratados com Paclitax devem ser pré-medicados com corticosteróides, difenidramina e com antagonistas H2, para prevenir estas reações. Os pacientes que tiveram reações de hipersensibilidade ao serem tratados com paclitaxel não devem receber novamente este produto. Paclitaxel não deve ser administrado a pacientes que estejam com contagem de neutrófilos1 inferiores a 1.500 células2/mm3. Recomenda-se fazer hemogramas freqüentemente, em todos os pacientes que estiverem tomando Paclitax, para monitorizar a ocorrência de supressão de medula óssea29, principalmente de neutropenia4, que pode ser grave e resultar em infecção30. - Interações medicamentosas: em estudos de fase I utilizando doses crescentes de Paclitax (110-200 mg/m2) e cisplatina (50 ou 75 g/m2) administradas em infusões seqüenciais, a mielodepressão foi mais acentuada quando o paclitaxel foi administrado após a cisplatina do que a seqüência inversa (cisplatina após o paclitaxel). Dados farmacocinéticos destes pacientes demonstraram uma diminuição do clearance de paclitaxel em aproximadamente 33% quando o mesmo é administrado após a cisplatina. Baseado em estudo in vitro, existe a possibilidade de que o metabolismo6 do paclitaxel seja inibido em pacientes tratados com cetoconazol. Desta forma, é necessário cuidado para se administrar Paclitax em pacientes em terapia concomitante com o cetoconazol.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Neutrófilos: Leucócitos granulares que apresentam um núcleo composto de três a cinco lóbulos conectados por filamenos delgados de cromatina. O citoplasma contém grânulos finos e inconspícuos que coram-se com corantes neutros.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
4 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
5 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
6 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
7 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
8 Rinorreia: Escoamento abundante de fluido pelo nariz, com ausência de fenômeno inflamatório.
9 Eritema: Vermelhidão da pele, difusa ou salpicada, que desaparece à pressão.
10 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
11 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
12 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
13 Broncodilatadores: São substâncias farmacologicamente ativas que promovem a dilatação dos brônquios.
14 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
15 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
16 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
17 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
18 Sinais vitais: Conjunto de variáveis fisiológicas que são pressão arterial, freqüência cardíaca, freqüência respiratória e temperatura corporal.
19 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
20 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
21 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
22 Colestase: Retardamento ou interrupção do fluxo nos canais biliares.
23 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
24 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
25 Mutação genética: É uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
26 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
27 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
28 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
29 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
30 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.