POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO PEDIALYTE 45 PÓ

Atualizado em 28/05/2016
prevenção da desidratação1 e fase de manutenção da hidratação a solução preparada com Pedialyte 45 Pó, de acordo com as instruções, deve ser oferecida com freqüência ao paciente, alternada com outros líquidos (leite, sucos, chás, água, sopas). Administrações de solução podem ser feitas adicionalmente a cada evacuação líquida. As soluções para TRO devem ser administradas exclusivamente por via oral, de preferência por colher ou copo, dependendo da idade do paciente. Em caso de vômitos2 ou falta de deglutição3 voluntária, as soluções podem ser administradas por sonda nasogástrica4, pelo período necessário até que seja possível passar-se à administração por colher, copo ou mamadeira. Instruções para preparo e conservação da solução: diluir completamente o conteúdo do envelope em meio litro (500 ml) de água limpa, se possível previamente filtrada e/ou fervida. Depois de preparada, a solução deve ser mantida em vasilhame tampado e em lugar fresco, opcionalmente em refrigerador, podendo ser usada durante 24 horas. Passado esse prazo, o que restar de solução deve ser eliminada e, se necessário, deve-se preparar nova solução. Antes do preparo, armazenar os envelopes em local fresco e seco. - Superdosagem: havendo diurese5 adequada nas primeiras horas de reidratação, dificilmente ocorrerá superdosagem, pois os rins6 excretam excessos de eletrólitos7. A situação em que existe maior risco de superdosagem é o preparo incorreto, com menos água do que o recomendado, de produtos concentrados ou em pó/grânulos para diluição. Nesse caso podem ocorrer, como conseqüências mais graves de superdosagem, hipernatremia8 e/ou hiperpotassemia. Hipernatremia8 e hiperpotassemia leves são geralmente assintomáticas. Hipernatremia8 severa pode manifestar-se por febre9 elevada, sede, oligúria10 acentuada, quadro neurológico com alteração da consciência, de letargia11 ao coma12, irritabilidade, hiper-reflexia, rigidez de nuca e convulsões; não corrigida pode levar à lesão13 cerebral. Hiperpotassemia severa pode causar fraqueza e paralisia14 musculares, arritmias15 cardíacas, falência circulatória e parada cardíaca. Para tratamento de superdosagem recomenda-se acompanhamento com dosagens freqüentes de eletrólitos7 sangüíneos. Administração de água, alternadamente com a solução para TRO, ou substituição por hidratação I.V., orientada por dosagens de eletrólitos7 sangüíneos. Em hiperpotassemia, acompanhamento por ECG; medidas paliativas de curta duração, visando impedir ação tóxica sobre o miocárdio16, como injeção17 I.V. de gluconato de cálcio, infusão de soluções alcalinizantes, infusão de insulina18 e glicose19 (1U/4g) para favorecer a entrada de potássio nas células20. Nos casos mais graves, de hipernatremia8 /ou hiperpotassemia, diálise peritoneal21.
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Complementos

1 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
2 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
3 Deglutição: Passagem dos alimentos desde a boca até o esôfago; ação ou efeito de deglutir; engolir. É um mecanismo em parte voluntário e em parte automático (reflexo) que envolve a musculatura faríngea e o esfíncter esofágico superior.
4 Sonda nasogástrica: Equipamento de uso médico que pode servir tanto para alimentar pacientes que não conseguem realizar a deglutição, como para drenar líquidos do estômago (em casos de intoxicação ou cirurgias, por exemplo). A sonda é um equipamento que consiste basicamente em um tubo com duas aberturas para comunicação entre o interior e o exterior do corpo do paciente.
5 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
6 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
7 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
8 Hipernatremia: Excesso de sódio no sangue, indicativo de desidratação.
9 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
10 Oligúria: Clinicamente, a oligúria é o débito urinário menor de 400 ml/24 horas ou menor de 30 ml/hora.
11 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
12 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
13 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
14 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
15 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
16 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
17 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
18 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
19 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
20 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
21 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.

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