POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO TECNOVORIN 50 MG

Atualizado em 28/05/2016
vias de administração: intramuscular ou endovenosa. Como antídoto1 para os antagonistas do ácido fólico: os pacientes que recebem Tecnovorin como um resgate dos efeitos tóxicos de metotrexato, devem estar sob supervisão de um médico experiente na terapêutica2 com metotrexato em altas doses. A administração parenteral de Tecnovorin é recomendada caso seja evidenciado que a absorção é insuficiente devido a náuseas3 e/ou vômitos4. A administração de metotrexato não deve iniciar-se a menos que o clearance da creatinina5 e as concentrações de creatinina5 no soro6 sejam normais. A administração de metotrexato em altas doses não deverá ser iniciada a menos que Tecnovorin esteja fisicamente presente, já que o resgate é crítico. Empregou-se uma variedade de programas de dosificação de leucovorina em combinação com metotrexato em altas doses. Uma vez que este regime encontra-se ainda sob investigação, o médico que o prescreve deve consultar a literatura científica ao escolher uma dose específica. A alcalinização da urina7 (com bicarbonato ou acetazolamida) e hidratação venosa (3.000 ml/m2 de superfície corporal/dia) também são importantes para prevenir a toxicidade8 renal9 determinada pelo metotrexato. A administração de Tecnovorin deverá ser preferencialmente consecutiva e não simultânea com a administração de metotrexato. Todavia, leucovorina tem sido administrada de forma simultânea com pirimetamina e trimetoprima em doses orais ou intramusculares entre 0,4 a 5 mg para prevenir a anemia megaloblástica10 decorrente de altas doses destes fármacos. Geralmente se recomenda que a primeira dose de Tecnovorin seja administrada ao final das primeiras 24 a 42 horas após iniciada uma infusão de metotrexato em altas doses (decorridos 60 minutos após uma superdose), em uma dose capaz de produzir concentrações sangüíneas iguais ou superiores às concentrações de metotrexato no sangue11 (leucovorina em uma dose de 15 a 25 mg por m2 de superfície corporal produz concentrações plasmáticas padrão de aproximadamente 1 mol ou 1 x 10-6 M). A duração da administração de Tecnovorin varia com a dose de metotrexato e as concentrações plasmáticas alcançadas (incluindo a velocidade de eliminação); geralmente a administração de Tecnovorin é mantida até que as concentrações de metotrexato atinjam valores inferiores a 5 x 10-8 M. Uma dose maior e/ou uma maior duração de tratamento com Tecnovorin poderá ser necessária nos pacientes com acidúria, ascite12, desidratação13, obstrução gastrintestinal, insuficiência14 da função renal9 ou derrames pleurais ou peritoneais, tendo em vista que a excreção de metotrexato encontra-se retardada e está aumentando o tempo para que as concentrações de metotrexato plasmática se reduzam a níveis não tóxicos (menor do que 5 x 10-8M). Recomenda-se que a duração da administração de Tecnovorin nestes pacientes esteja baseada na determinação das concentrações plasmáticas de metotrexato. A infusão endovenosa de Tecnovorin não deve exceder a 160 mg/minuto. Tecnovorin é um antídoto1 específico para toxicidade8 hematopoiética do metotrexato e outros potentes inibidores da enzima15 diidrofolato redutase. O resgate com Tecnovorin da terapêutica2 com metotrexato em altas doses inicia-se habitualmente no término das 24 horas de sua administração. Um programa de dose de resgate convencional de Tecnovorin é de 10 mg/m2 oral ou parenteral seguido de 10 mg/m2 oral cada 6 horas durante 72 horas. Todavia, se nas 24 horas após a administração de metotrexato a creatinina5 no soro6 for de 50% ou superior ou mais do que a creatinina5 sérica pré-metotrexato, a dose de Tecnovorin deverá ser aumentada de imediato de 100 mg/m2 cada 3 horas até que o nível de metotrexato sérico atinja valores inferiores a 5 x 10-8M. A dose recomendada de Tecnovorin para contrapor a toxicidade8 hematológica, devido aos antagonistas do ácido fólico com menor afinidade para a hidrofolato redutase de mamíferos do que o metotrexato, é substancialmente menor e são recomendados 5 a 15 mg de Tecnovorin/dia, por alguns investigadores. Cada frasco com 50 mg de Tecnovorin pó liófilo, reconstituído com 5 ml de água para injeção16, contém 10 mg de leucovorina por ml como sal de cálcio, forma preferida para injeção intramuscular17. Não contém álcool benzílico. Os ingredientes não ativos são: 4 mg de cloreto de sódio/frasco-ampola e hidróxido de sódio q.s.p. pH 8,1. Quando reconstituído em água bacteriostática (com álcool benzílico) poderá ser utilizado em até 7 dias. Caso o produto seja reconstituído com água para injeção16, recomenda-se usar imediatamente e descartar a porção não utilizada. Após a infusão do metotrexato, a terapêutica2 de proteção com a leucovorina cálcica é iniciada, usualmente, até 24 horas após o começo do metotrexato. Quando se suspeita de superdosagem de metotrexato, a dose de leucovorina cálcica deverá ser igual ou superior a dose de metotrexato, devendo ser administrada no período da primeira hora, se possível, a partir das manifestações tóxicas. No tratamento de anemia megaloblástica10 por deficiênica de folatos: a dose recomendada é de até 1 mg, diariamente. Doses superiores a 1 mg por dia não evidenciaram maior eficácia. O ácido fólico, particularmente em altas doses, pode corrigir a anemia megaloblástica10 pela deficiência de vitamina18 B12, sem alterar as anormalidades neurológicas; estas manifestações neurológicas podem ser agravadas pela terapêutica2 com ácido fólico. Dessa forma, o diagnóstico19 da causa da anemia megaloblástica10 deve ser estabelecido antes que se institua a terapêutica2 com ácido fólico. - Superdosagem: doses excessivas de leucovorina podem anular o efeito quimioterápico dos antagonistas do ácido fólico.
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Complementos

1 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
2 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
3 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
4 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
5 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
6 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
7 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
8 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
9 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
10 Anemia megaloblástica: É uma doença na qual a medula óssea produz hemácias gigantes e imaturas. Esse distúrbio é provocado pela carência de vitamina B12 ou de ácido fólico no organismo. Uma vez que esses fatores são importantes para a síntese de DNA e responsáveis pela eritropoiese, a sua falta causa um defeito na síntese de DNA, levando ao desequilíbrio no crescimento e divisão celular.
11 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
12 Ascite: Acúmulo anormal de líquido na cavidade peritoneal. Pode estar associada a diferentes doenças como cirrose, insuficiência cardíaca, câncer de ovário, esquistossomose, etc.
13 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
14 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
15 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
16 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
17 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
18 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
19 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.

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