REAÇÕES ADVERSAS FINDOR

Atualizado em 28/05/2016

Em pacientes sensíveis, independentemente da dose, a dipirona sódica pode provocar reações de hipersensibilidade, com manifestações cutâneas1 do tipo alérgico. A reação de hipersensibilidade de maior importância, embora bastante rara, é a ocorrência da forma alérgica, da granulocitopenia ou agranulocitose2, que é sempre um quadro muito grave.
Caso durante o uso de dipirona surjam manifestações cutâneas1 ou mucosas3, principalmente da boca4 ou garganta5, o tratamento deve ser suspenso e o médico imediatamente consultado. Pacientes com história de reação de hipersensibilidade a outras drogas ou substâncias podem constituir um grupo de maior risco e apresentar efeitos colaterais6 mais intensos, até mesmo choque7. Neste caso o tratamento deve ser imediatamente suspenso e tomadas as providências médicas adequadas: colocar o paciente deitado com as pernas elevadas e as vias aéreas livres. Diluir 1 ml de adrenalina8 a 1:1000 para 10 ml e aplicar 1 ml por via endovenosa e a seguir uma dose alta de glicocorticóide. Se necessário, fazer reposição do volume sanguíneo com plasma9, albumina10 ou soluções hidroeletrolíticas.

POSOLOGIA
Comprimidos: 1 a 2 comprimidos, três a seis vezes ao dia. No caso de febre11 persistente, administrar ¼ ou ½ comprimido de hora em hora.
Gotas: 20 a 40 gotas, três a seis vezes ao dia.
Solução injetável: 2 a 6 ml ao dia, por via intramuscular ou endovenosa. A via endovenosa (cuja aplicação deve ser feita lentamente) é especialmente indicada nos casos de reumatismo12 articular agudo13, cólicas14, algias intensas e nos casos de febre11 alta, podendo, se necessário, ser usado até 15 ml ao dia, a critério médico. Em pediatria, reduzir a dose de acordo com a idade, usando as tabelas apropriadas.
Supositório infantil: 12 a 14 anos 2 supositórios até 4 vezes ao dia; 8 a 11 anos: 1 a 2 supositórios até 4 vezes ao dia; 3 a 7 anos: 1 supositório até 4 vezes ao dia. Se doses maiores forem necessárias devem ser administradas por via oral.
Crianças com idade inferior a 3 anos não devem ser tratadas com formas retais (supositórios).

CONDUTA NA SUPERDOSAGEM
O tratamento segue os princípios gerais da conduta no controle de intoxicações exógenas15

"SIGA CORRETAMENTE O MODO  DE USAR NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS16 PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA".


Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
2 Agranulocitose: Doença causada pela falta ou número insuficiente de leucócitos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que se manifesta como ulcerações na garganta e outras mucosas, seguidas por infecções graves.
3 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
4 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
5 Garganta: Tubo fibromuscular em forma de funil, que leva os alimentos ao ESÔFAGO e o ar à LARINGE e PULMÕES. Situa-se posteriormente à CAVIDADE NASAL, à CAVIDADE ORAL e à LARINGE, extendendo-se da BASE DO CRÂNIO à borda inferior da CARTILAGEM CRICÓIDE (anteriormente) e à borda inferior da vértebra C6 (posteriormente). É dividida em NASOFARINGE, OROFARINGE e HIPOFARINGE (laringofaringe).
6 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
7 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
8 Adrenalina: 1. Hormônio secretado pela medula das glândulas suprarrenais. Atua no mecanismo da elevação da pressão sanguínea, é importante na produção de respostas fisiológicas rápidas do organismo aos estímulos externos. Usualmente utilizado como estimulante cardíaco, como vasoconstritor nas hemorragias da pele, para prolongar os efeitos de anestésicos locais e como relaxante muscular na asma brônquica. 2. No sentido informal significa disposição física, emocional e mental na realização de tarefas, projetos, etc. Energia, força, vigor.
9 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
10 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
11 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
12 Reumatismo: Termo que é utilizado em geral para se referir ao conjunto de doenças inflamatórias e degenerativas que afetam as articulações e estruturas vizinhas.
13 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
14 Cólicas: Dor aguda, produzida pela dilatação ou contração de uma víscera oca (intestino, vesícula biliar, ureter, etc.). Pode ser de início súbito, com exacerbações e períodos de melhora parcial ou total, nos quais o paciente pode estar sentindo-se bem ou apresentar dor leve.
15 Intoxicações exógenas: Intoxicação exógena ou envenenamento é o resultado da contaminação de um ser vivo por um produto químico, excluindo reações imunológicas tais como alergias e infecções. Para que ocorra um envenenamento são necessários três fatores: substância, vítima em potencial e situação desfavorável.
16 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.

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