
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS PROLOPA
Atualizado em 28/05/2016
Em pacientes tratados com levodopa pode ocorrer depressão, mas esta também pode ser um efeito da doença de Parkinson2.
Recomenda-se controle hematológico e de função hepática3 durante o tratamento.
Em pacientes diabéticos, monitorar com regularidade a glicemia4 e fazer os ajustes necessários na dose de hipoglicemiantes5.
Exceto em procedimentos de urgência6, sempre que possível, deve-se descontinuar Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) gradualmente, 12 a 48 horas antes de intervenção cirúrgica que requeira anestesia7 geral, pois flutuações da pressão arterial8 e/ou arritmias9 podem ocorrer em pacientes em uso de levodopa anestesiados com halotano. O tratamento com Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) pode ser retomado após a cirurgia, com reintrodução gradual e elevação da dose até o nível posológico anterior.
Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) não deve ser interrompido abruptamente. A interrupção abrupta pode produzir quadro semelhante a síndrome10 maligna do neuroléptico11, que se caracteriza por hiperpirexia, instabilidade autonômica, rigidez muscular acentuada e delirium12, com possíveis alterações laboratoriais, incluindo aumento de creatinofosfoquinase (CPK), e pode ser fatal. Caso ocorram tais sinais13 ou sintomas14, o paciente deverá ser mantido em observação médica, se necessário, hospitalizado, e receber tratamento sintomático15 rápido e adequado, que pode incluir a reintrodução de levodopa, após avaliação apropriada.
Interações medicamentosas
Interações farmacocinéticas
A associação do anticolinérgico trihexifenidil com comprimidos convencionais de Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) 250 reduz a velocidade, mas não a extensão, da absorção de levodopa. A administração de trihexifenidil com Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) HBS não afeta a farmacocinética da levodopa.
A administração concomitante de antiácidos16 com Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) HBS reduz a extensão de absorção de levodopa em 32%.
Sulfato ferroso reduz a concentração plasmática máxima e a área sob a curva de levodopa em 30 a 50%. As alterações farmacocinéticas observadas durante a co-administração de sulfato ferroso parecem ser clinicamente significantes em alguns, mas não em todos os pacientes.
A metoclopramida aumenta a velocidade de absorção de levodopa.
Não há interações farmacocinéticas entre a levodopa e os seguintes compostos: bromocriptina, amantadina, selegilina e domperidona.
Interações farmacodinâmicas
Neurolépticos17, opióides e medicamentos antihipertensivos contendo reserpina inibem o efeito de Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida).
Se Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) for administrado a pacientes em uso de IMAO18 não-seletivo, deve-se aguardar um intervalo mínimo de 2 semanas entre a interrupção do IMAO18 e o início do tratamento com levodopa. Caso contrário, podem ocorrer efeitos adversos como crise hipertensiva (vide "Contra-indicações"). IMAOs-B seletivos, como a selegilina, e IMAOs-A seletivos, como a moclobemida, podem ser prescritos a pacientes em tratamento com Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida); recomenda-se reajustar as doses de levodopa, conforme as necessidades individuais dos pacientes, em termos de tolerabilidade e eficácia. A combinação de inibidores seletivos de MAO19-A e MAO19-B é equivalente ao uso de IMAOs não-seletivos, e não deverá ser usada com Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida).
Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) não deve ser administrado concomitantemente com simpatomiméticos (como epinefrina, norepinefrina, isoproterenol ou anfetamina), pois a levodopa pode potencializar seus efeitos. Se houver necessidade de administração concomitante, é essencial monitoração rigorosa do sistema cardiovascular20 e pode ser necessária redução da dose do simpatomimético.
A associação com outros produtos antiparkinsonianos (anticolinérgicos, amantadina, agonistas dopaminérgicos) é permitida; entretanto, tanto os efeitos desejados como os efeitos adversos podem ser intensificados, e pode ser necessária redução da dose de levodopa ou do outro antiparkinsoniano. Quando se inicia tratamento adjuvante com inibidor da COMT, pode ser necessária redução da dose de levodopa. Anticolinérgicos não devem ser retirados abruptamente quando se iniciar tratamento com Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida), pois o efeito da levodopa não é imediato.
A levodopa pode alterar os resultados de dosagens laboratoriais de catecolaminas, creatinina21, ácido úrico e glicose22.
O teste de Coombs pode ser falso positivo em pacientes em uso de Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida).
Observa-se redução do efeito, quando Prolopa® (Levodopa + Cloridrato de benserazida) é ingerido com uma refeição rica em proteínas23.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).
Complementos
1 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
2 Doença de Parkinson: Doença degenerativa que afeta uma região específica do cérebro (gânglios da base), e caracteriza-se por tremores em repouso, rigidez ao realizar movimentos, falta de expressão facial e, em casos avançados, demência. Os sintomas podem ser aliviados por medicamentos adequados, mas ainda não se conhece, até o momento, uma cura definitiva.
3 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
4 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
5 Hipoglicemiantes: Medicamentos que contribuem para manter a glicose sangüínea dentro dos limites normais, sendo capazes de diminuir níveis de glicose previamente elevados.
6 Urgência: 1. Necessidade que requer solução imediata; pressa. 2. Situação crítica ou muito grave que tem prioridade sobre outras; emergência.
7 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
8 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
9 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
10 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
11 Neuroléptico: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
12 Delirium: Alteração aguda da consciência ou da lucidez mental, provocado por uma causa orgânica. O delirium tem causa orgânica e cessa se a causa orgânica cessar. Ele pode acontecer nos traumas cranianos, nas infecções etc. Os exemplos mais típicos são o delirium do alcoólatra crônico e o delirium febril.
13 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
16 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
17 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
18 IMAO: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
19 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
20 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
21 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
22 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
23 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.