POR QUE ESTE MEDICAMENTO FOI INDICADO IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-VARICELA ZOSTER

Atualizado em 28/05/2016

Você deve usar a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3 nos seguintes casos:


Contatos na leucemia4 e em outros estados de deficiência do sistema de defesa (imunossupressivos) com o vírus5 da catapora6 ou zoster3, quando não há histórico confirmado de catapora6 (leia as notas 1 e 2).
Contatos com o vírus5 da catapora6 ou zoster3 com doença debilitante grave, quando não há histórico confirmado de catapora6. (leia as notas 1 e 2).
Crianças recém-nascidas de mães que desenvolveram catapora6 (não zoster3) 7 dias antes do parto até 1 mês depois.(leia a nota 4a).
Recém-nascidos em contato com o vírus5 da catapora6 ou zoster3, filhos de mães que não têm histórico de catapora6 ou que não não apresentam nenhum anticorpo7 (para bebês8 prematuros ou pequenos, leia a nota 4b).
Contato durante a gravidez9 de mulheres que não apresentam anticorpos10 (leia a nota 5).
Notas sobre o uso da Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3:

1) A Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3 não impede a infecção11, mesmo quando aplicada em um prazo de 72 horas após a exposição. Porém, pode reduzir um ataque se você aplicá-la em um prazo de 10 dias após a exposição. Apesar do uso da Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3, ataques clínicos (raramente graves) e sub-clínicos acontecem.

2) Contagem de anticorpos10: sempre que possível, nos contatos em que não há confirmação de catapora6, é necessário contar os anticorpos10 através de exame sensível.

3) Pacientes com deficiência no sistema de defesa.

a) Transplante de medula óssea12: você deve tomar a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3 após o contato, havendo ou não confirmação de catapora6 e independente do resultado dos testes de anticorpos10 (se você recebeu transplantes de outros órgãos, deve ser submetido a teste de anticorpos10, conforme indicado no item 2 acima).

b) Tratamento com esteróides: se você recebeu altas doses de esteróides (2mg/kg/dia de prednisolona por mais de 1 semana, por exemplo) nos três meses anteriores, você precisa usar a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3.

c) Indivíduos HIV13-positivos: se você é HIV13-positivo, com contato e sintomas14 e não tem histórico de catapora6 ou herpes zoster3, você deve receber Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3, sem necessidade de realizar teste de anticorpos10. Não há ainda evidências de aumento do risco, para doenças graves, em indivíduos HIV13-positivos assintomáticos.


4) Recém-nascidos:

a) Cerca de dois terços dos bebês8 nascidos de mães que tiveram catapora6 perto do parto desenvolverão a varicela2, apesar do tratamento preventivo15 com a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3. A infecção11 é geralmente leve, mas há casos fatais.


b) Bebês8 prematuros: bebês8 nascidos antes da 30ª semana de gestação ou com peso inferior a 1kg, de mães com histórico da doença, podem não ter os anticorpos10 maternos.


c) Os seguintes bebês8 terão os anticorpos10 maternos e NÃO precisam receber a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3:

Bebês8 nascidos depois de sete dias do início da catapora6 da mãe;

Bebês8 nascidos de mães com histórico de catapora6 e/ou resultado de teste de anticorpos10 positivo;

Bebês8 nascidos de mães que desenvolveram herpes zoster3 antes ou após o parto.


5) Contatos durante a gravidez9:


a) Nos contatos antes da gravidez9, a mulher deve receber o resultado do exame de anticorpos10 antes de fazer uso da Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3. Cerca de dois terços dessas mulheres terão anticorpos10, apesar de não terem histórico da doença.


b) O uso da Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3 nos contatos durante a gravidez9 é para diminuir a intensidade da doença na mãe. É raro acontecer dano ao feto16 após a varicela2 materna.


c) Apesar da prevenção com a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3, cerca de dois terços das gestantes com exame negativo para anticorpos10 tornam-se infectadas. As infecções17 são geralmente leves ou assintomáticas (sem sintomas14), mas há registros de casos graves. O tempo entre o contato e o uso da Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3 não afetam a ocorrência e gravidade da infecção11.


6) Tratamento da catapora6: não há evidências de que a Imunoglobulina1 Humana Anti-Varicela2 Zoster3 seja eficiente no tratamento da doença grave. Para indivíduos com sistema de defesa deficiente, que podem ter um atraso na produção de anticorpos10, os preparados intravenosos da Imunoglobulina1 Humana Normal podem ser usados como fonte imediata de anticorpos10.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Imunoglobulina: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
2 Varicela: Doença viral freqüente na infância e caracterizada pela presença de febre e comprometimento do estado geral juntamente com a aparição característica de lesões que têm vários estágios. Primeiro são pequenas manchas avermelhadas, a seguir formam-se pequenas bolhas que finalmente rompem-se deixando uma crosta. É contagiosa, mas normalmente não traz maiores conseqüências à criança. As bolhas e suas crostas, se não sofrerem infecção secundária, não deixam cicatriz.
3 Zoster: Doença produzida pelo mesmo vírus que causa a varicela (Varicela-Zóster). Em pessoas que já tenham tido varicela, o vírus se encontra em forma latente e pode ser reativado produzindo as características manchas avermelhadas, vesículas e crostas no território de distribuição de um determinado nervo. Como seqüela pode deixar neurite, com dores importantes.
4 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
5 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
6 Catapora: Doença infecciosa aguda, comum na infância, também chamada de varicela. Ela é provocada por vírus e caracterizada por febre e erupção maculopapular rápida, seguida de erupção de vesículas eritematosas muito pruriginosas.
7 Anticorpo: Proteína circulante liberada pelos linfócitos em reação à presença no organismo de uma substância estranha (antígeno).
8 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
9 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
10 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
11 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
12 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
13 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
14 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
15 Preventivo: 1. Aquilo que previne ou que é executado por medida de segurança; profilático. 2. Na medicina, é qualquer exame ou grupo de exames que têm por objetivo descobrir precocemente lesão suscetível de evolução ameaçadora da vida, como as lesões malignas. 3. Em ginecologia, é o exame ou conjunto de exames que visa surpreender a presença de lesão potencialmente maligna, ou maligna em estágio inicial, especialmente do colo do útero.
16 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
17 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.

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