ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES MERIGEST

Atualizado em 28/05/2016

MERIGEST está indicado para prevenir a estimulação do endométrio1 em mulheres na pós-menopausa2, podendo resultar em amenorréia3. Nos primeiros meses de terapia, podem ocorrer sangramentos irregulares, mas eles são geralmente controlados. Em certa porcentagem de mulheres, particularmente nas que se encontram mais próximas da menopausa2, pode não ocorrer amenorréia3. Para essas mulheres, uma forma alternativa de terapia de reposição hormonal pode ser mais adequada. Certas condições podem favorecer um sangramento irregular persistente, como pólipos4 uterinos que necessitam de maiores investigações. Como em todos os sangramentos que ocorrem na pós-menopausa2, devem ser aplicadas condutas apropriadas como o estudo do endométrio1 em todas as mulheres que apresentem sangramento prolongado ou que sangrem após um certo período do início do tratamento.
Mulheres na pré-menopausa2 não devem receber tratamento com MERIGEST porque podem ocorrer inibição da ovulação5 e distúrbios na regularidade do ciclo menstrual, podendo ainda ocorrer sangramentos imprevisíveis. MERIGEST não objetiva o bloqueio da contracepção6 oral e, portanto, não deve ser utilizado para evitar a gravidez7.
Atualmente, há evidências de um leve aumento do risco de carcinoma8 de mama9 em mulheres submetidas a terapia de reposição hormonal por períodos maiores do que 5 a 10 anos. Devem ser realizados exames regulares de mama9, bem como fornecimento de instruções quanto ao auto-exame das mamas10 e realização de mamografia11, quando apropriada. Em casos de pacientes com história ou presença de nódulos mamários conhecidos, com história ou doença fibrocística conhecida, recomenda-se a monitorização rigorosa das mamas10.
Recomendam-se exames clínicos e ginecológicos detalhados antes do tratamento com MERIGEST e periodicamente durante o mesmo.
Algumas doenças como, otoesclerose, enxaqueca12, esclerose múltipla13, epilepsia14, porfiria15, lúpus16 eritematoso17 sistêmico18 e fibroma19 uterino estão sujeitas à piora clínica durante a gravidez7 ou a terapia com estrógenos. Pacientes nessas condições, devem ser objeto de cuidadosa observação. Pacientes diabéticas ou com endometriose20, também devem ser muito bem monitoradas.
O tratamento deve ser descontinuado em casos de icterícia21, enxaqueca12 ou aparecimento frequente e incomum de fortes dores de cabeça22, ou quando ocorrerem quaisquer outros sintomas23 possivelmente associados a pródromos24 de oclusão vascular25.
Como o risco de trombose26 está associado a algumas situações como traumas, doenças e cirurgias, recomenda-se a interrupção do tratamento nesses casos.
A maioria dos estudos indica que a terapia de reposição hormonal apresenta poucos efeitos sobre a pressão sanguínea. Entretanto, quando os estrógenos são administrados a mulheres hipertensas, deve-se supervisionar e monitorar a pressão sanguínea a intervalos regulares.
Raramente ocorre aumento idiossincrático na pressão sanguínea, necessitando de uma descontinuação do tratamento.
Pacientes com doença hepática27 crônica leve devem ser submetidas à monitorização da função hepática27 a cada 8-12 semanas. Pacientes com colelitíase28, síndrome29 de Dubin-Johnson ou síndrome29 de Rotor devem ser cuidadosamente monitoradas.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Nenhum efeito adverso sobre a habilidade de dirigir veículo e/ou operar máquinas foi demonstrado.
Gravidez7 e lactação30
MERIGEST não deve ser usado durante a gravidez7 e a lactação30.
Interações medicamentosas
Não há registro de interações com outros medicamentos.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
2 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
3 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
4 Pólipos: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
5 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
6 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
7 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
8 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
9 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
10 Mamas: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
11 Mamografia: Estudo radiológico que utiliza uma técnica especial para avaliar o tecido mamário. Permite diagnosticar tumores benignos e malignos em fase inicial na mama. É um exame que deve ser realizado por mulheres, como prevenção ao câncer.
12 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
13 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
14 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
15 Porfiria: Constituem um grupo de pelo menos oito doenças genéticas distintas, além de formas adquiridas, decorrentes de deficiências enzimáticas específicas na via de biossíntese do heme, que levam à superprodução e acumulação de precursores metabólicos, para cada qual correspondendo um tipo particular de porfiria. Fatores ambientais, tais como: medicamentos, álcool, hormônios, dieta, estresse, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças.
16 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
17 Eritematoso: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
18 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
19 Fibroma: Neoplasia derivada do tecido fibroso. Incorretamente denominam-se assim os tumores benignos do músculo uterino, cujo nome correto seria mioma uterino.
20 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
21 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
22 Cabeça:
23 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
24 Pródromos: 1. Algo que antecede a; precursor, prenúncio, antecedente. 2. Espécie de prefácio; introdução, preâmbulo. 3. Na medicina: sinal ou sintoma inicial de doença; propatia.
25 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
26 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
27 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
28 Colelitíase: Formação de cálculos no interior da vesícula biliar.
29 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
30 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.

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