POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO LOVELLE

Atualizado em 28/05/2016
recomenda-se cuidados higiênicos à paciente, devendo sempre lavar bem as mãos1 antes de manipular a vagina2. É importante a paciente estar bem esclarecida, havendo manipulado anteriormente e reconhecendo a abertura vaginal, para com os dedos afastar os pequenos lábios e fazer a colocação do comprimido de Lovelle dentro da vagina2. Caso a paciente tenha dúvidas sobre o seu genital ou detecte alguma anormalidade, como, por exemplo, corrimento, deve consultar seu médico antes de iniciar o uso de Lovelle. Lovelle deve ser usado via vaginal. Para se obter o máximo efeito anticoncepcional, Lovelle deve ser utilizado exatamente como está descrito, e em intervalos que não excedam 24 horas. Recomenda-se que Lovelle seja sempre administrado à mesma hora (por exemplo, após o café da manhã), todos os dias, para criar o hábito do uso de Lovelle e assim evitar esquecimento e garantir a eficácia anticonceptiva. Primeiro ciclo: o uso de Lovelle deve iniciar-se no 5º dia do ciclo menstrual, isto é, cinco dias após o início da menstruação3 (o primeiro dia de sangramento é considerado o 1º dia da menstruação3). Assim, diariamente, durante 21 dias seguidos, sem interrupção, deve-se colocar 1 comprimido de Lovelle no interior da vagina2. Após o término da cartela com 21 compimidos de Lovelle, faz-se um intervalo de 7 dias sem uso da medicação, quando então deverá ocorrer o fluxo menstrual. Durante o primeiro ciclo, a segurança anticonceptiva só é alcançada com Lovelle após o uso dos comprimidos vaginais por 7 dias consecutivos. As possibilidades de ovulação4 e concepção5 devem ser consideradas antes de iniciar o tratamento. Ciclos seguintes: a administração vaginal de Lovelle deverá reiniciar com uma nova cartela, após passada esta pausa de 7 dias, ou seja, no 8º dia após ter usado o último comprimido de Lovelle da cartela anterior, mesmo que a menstruação3 (perda de sangue6) esteja em curso, e assim, sucessivamente durante todo o período que se deseja a anticoncepção. Se a paciente reiniciar algum ciclo após o dia correto ou no período pós-parto, ela deverá recorrer adicionalmente a um outro método contraceptivo de barreira (diafragma7 com espermicida, camisinha), até que tenha utilizado Lovelle vaginal durante 14 dias seguidos. Mudança de outro contraceptivo oral para Lovelle: a paciente deve ser orientada para iniciar o tratamento com Lovelle vaginal no mesmo dia em que iniciaria a próxima cartela do outro contraceptivo oral que vinha utilizando. Assim, se a paciente vier de um regime de 21 dias de comprimidos, ela deverá aguardar 7 dias após o último comprimido do contraceptivo anterior, e então, no 8º dia iniciar com Lovelle. Nesta semana de interrupção, ela experimentará perda menstrual. A paciente deve estar segura de que o intervalo não passará de 7 dias. Neste primeiro ciclo de tratamento com Lovelle vaginal, deve-se utilizar adicionalmente um método mecânico de contracepção8 (de barreira: camisinha, diafragma7 com espermicida), até que tenha utilizado Lovelle durante 14 dias seguidos. Caso ocorra sangramento intermenstrual transitório, a paciente deve continuar a medicação, uma vez que tal sangramento geralmente não tem importância médica. Se a hemorragia9 for repetida, persistente ou prolongada, o médico deve ser informado. Casos de esquecimento: quando a paciente esquecer de administrar intravaginalmente 1 comprimido de Lovelle, deverá administrá-lo assim que se lembre, administrando o seguinte no mesmo horário que vinha habitualmente fazendo. Desta forma a paciente deverá administrar 2 comprimidos de Lovelle vaginal em um único dia. No caso da paciente esquecer de administrar intravaginalmente 2 comprimidos seguidos de Lovelle, dentro da primeira ou segunda semanas da cartela, deverá administrar 2 comprimidos de Lovelle assim que se lembre, e mais 2 comprimidos no dia seguinte no mesmo horário que habitualmente vinha procedendo. Daí em diante, deverá administrar 1 comprimido de Lovelle vaginal por dia como estava utilizando, no horário habitual, até terminar a cartela. Neste caso deve-se recorrer a um método adicional mecânico de contracepção8 (de barreira: camisinha, diafragma7 com espermicida), até que tenha administrado intravaginalmente Lovelle durante 7 dias seguidos. Caso a paciente esqueça de administrar 3 comprimidos vaginais seguidos de Lovelle ou de 2 comprimidos vaginais seguidos de Lovelle na terceira semana da cartela, deve-se interromper o tratamento e descartar os comprimidos restantes. Novo tratamento deverá ser reiniciado no 8º dia após ter administrado o último comprimido. Deve-se utilizar método mecânico (de barreira: camisinha, diafragma7 com espermicida) de contracepção8, até que se tenha administrado intravaginalmente 14 comprimidos seguidos de Lovelle. No caso de não ocorrer hemorragia9 por supressão (após os 21 dias seguidos) e os comprimidos terem sido administrados corretamente, é pouco provável que tenha havido concepção5, mesmo assim Lovelle vaginal não deverá ser reiniciado até que se excluam por métodos diagnósticos as possibilidades de gravidez10. Caso a paciente não tenha utilizado corretamente Lovelle (esquecimento, início de tratamento após o dia recomendado), a possibilidade de gravidez10 deve ser considerada antes de reiniciar o tratamento. - Superdosagem: a toxicidade11 do levonorgestrel e etinilestradiol é baixa, não devendo ocorrer efeitos graves após ingestão de grandes doses de contraceptivos. Os sintomas12 neste caso incluem náuseas13, vômitos14 e sangramento por supressão. Procedimentos como lavagem gástrica15 e tratamento geral de suporte devem ser utilizados para controlar a sintomatologia. Teste de função hepática16 (determinação dos níveis de transaminases) pode ser executado até 3 semanas após a ingestão.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
2 Vagina: Canal genital, na mulher, que se estende do ÚTERO à VULVA. (Tradução livre do original
3 Menstruação: Sangramento cíclico através da vagina, que é produzido após um ciclo ovulatório normal e que corresponde à perda da camada mais superficial do endométrio uterino.
4 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
5 Concepção: O início da gravidez.
6 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
7 Diafragma: 1. Na anatomia geral, é um feixe muscular e tendinoso que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. 2. Qualquer membrana ou placa que divide duas cavidades ou duas partes da mesma cavidade. 3. Em engenharia mecânica, em um veículo automotor, é uma membrana da bomba injetora de combustível. 4. Na física, é qualquer anteparo com um orifício ou fenda, ajustável ou não, que regule o fluxo de uma substância ou de um feixe de radiação. 5. Em ginecologia, é um método contraceptivo formado por uma membrana de material elástico que envolve um anel flexível, usado no fundo da vagina de modo a obstruir o colo do útero. 6. Em um sistema óptico, é uma abertura que controla a seção reta de um feixe luminoso que passa através desta, com a finalidade de regular a intensidade luminosa, reduzir a aberração ou aumentar a profundidade focal.
8 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
9 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
10 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
11 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
12 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
13 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
14 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
15 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
16 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.

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