MODO DE USAR E CUIDADOS DE CONSERVAÇÃO DEPOIS DE ABERTO DIPRIVAN 1% E 2%

Atualizado em 28/05/2016

Modo de usar

DIPRIVAN é uma emulsão óleo em água, branca, aquosa e isotônica1 para injeção2 intravenosa.

Geralmente, além de DIPRIVAN, são necessários agentes analgésicos3 suplementares.

DIPRIVAN foi usado em associação com anestesia4 espinhal e epidural5, com pré-medicação normalmente usada, bloqueadores neuromusculares, agentes inalatórios e agentes analgésicos3. Nenhuma incompatibilidade farmacológica foi encontrada. Doses menores de DIPRIVAN podem ser necessárias em situações em que a anestesia4 geral é utilizada como um adjunto às técnicas anestésicas regionais.

A administração de DIPRIVAN 2% por injeção2 em bolus6 não é recomendada.

DIPRIVAN não contém conservantes antimicrobianos, assim, pode apresentar desenvolvimento de microorganismos. É importante ressaltar que, embora o EDTA seja eficaz em retardar a taxa de crescimento microbiano do DIPRIVAN, o produto não deve ser considerado como um conservante antimicrobiano. Assim sendo, imediatamente após a abertura da ampola ou frasco-ampola, a aspiração do produto deve ser feita assepticamente para uma seringa7 estéril ou para o equipamento de infusão. A administração de DIPRIVAN deve ser iniciada sem demora. Os cuidados de assepsia8 devem ser observados até o término da infusão, tanto na manipulação de DIPRIVAN como do equipamento em uso. Quaisquer infusões de fluídos adicionados à linha de infusão de DIPRIVAN, devem ser administrados próximo do local da cânula. DIPRIVAN não deve ser administrado através de filtro microbiológico9. As ampolas, os frascos-ampolas e seringas de DIPRIVAN devem ser agitados antes do uso e qualquer porção não utilizada deve ser descartada.

DIPRIVAN e qualquer seringa7 contendo DIPRIVAN destina-se a um único uso em apenas um paciente. De acordo com as orientações para a administração de outras emulsões lipídicas, uma infusão única (não diluída) de DIPRIVAN não deve exceder 12 horas. No final do procedimento cirúrgico ou após o término da estabilidade (6 horas após diluição e 12 horas sem diluição), o que ocorrer primeiro, tanto o reservatório de DIPRIVAN como o equipamento de infusão devem ser descartados e substituídos de maneira apropriada.

DIPRIVAN pode ser usado para infusão, sem diluição, em seringas plásticas ou frascos de vidro para infusão, ou ainda através das seringas prontas para uso. Quando DIPRIVAN é usado sem diluição na manutenção da anestesia4, recomenda-se que seja sempre utilizado um equipamento tal como bomba de seringa7 ou bomba volumétrica para infusão, a fim de controlar as velocidades de infusão.

DIPRIVAN 1% pode também ser administrado diluído somente em infusão intravenosa de dextrose10 a 5%, em bolsas de infusão de PVC ou frascos de vidro de infusão. As diluições, que não devem exceder a proporção de 1:5 (2 mg de propofol/ml), devem ser preparadas assepticamente imediatamente antes da administração. A mistura é estável por até 6 horas.

A diluição pode ser usada com várias técnicas de controle de infusão, porém um determinado tipo de equipo usado sozinho não evitará o risco de infusão acidental incontrolada de grandes volumes de DIPRIVAN diluído. Uma bureta, contador de gotas ou uma bomba volumétrica devem ser incluídos na linha de infusão. O risco de infusão incontrolada deve ser considerado durante a decisão da quantidade máxima de diluição na bureta.

DIPRIVAN pode ser administrado via equipo em Y próximo ao local da injeção2, em infusões de infusão intravenosa de dextrose10 a 5%, em infusão intravenosa de cloreto de sódio a 0,9% ou de dextrose10 a 4% com infusão intravenosa de cloreto de sódio a 0,18%.

O vidro da seringa7 pronta para uso (PFS) tem uma resistência friccional menor do que a apresentada pelas seringas de plástico e opera mais facilmente. Por isso, se DIPRIVAN for administrado usando a seringa7 pronta para uso, a linha de administração entre a seringa7 e o paciente não deve ser negligenciada.

Quando a apresentação em seringas prontas para uso for utilizada, deve ser assegurado que o tamanho da seringa7 seja adequado à bomba de infusão. Além disso, a bomba deve prevenir o retorno do fluido e possuir alarme de oclusão cujo valor limite não seja maior que 1000 mmHg. No caso de usar bomba programável ou bomba equivalente que ofereça opções para o uso de diferentes seringas, escolha somente o kit "PLASTIPAK" B-D 50/60 ml quando usar as seringas prontas para uso de DIPRIVAN.

DIPRIVAN 1% pode ser pré-misturado com injeções de alfentanila contendo 500 mcg/ml de alfentanila na velocidade de 20:1 a 50:1 v/v. As misturas devem ser preparadas usando técnicas estéreis e devem ser usadas dentro de 6 horas após a preparação.

A fim de reduzir a dor da injeção2 inicial, DIPRIVAN 1% usado para indução pode ser misturado com injeção2 de lidocaína em uma seringa7 plástica na proporção de 20 partes de DIPRIVAN 1% com até 1 parte de injeção2 de lidocaína 0,5% ou 1% (ver tabela de diluições) imediatamente antes da administração.

DIPRIVAN não deve ser previamente misturado para administração com fluidos para injeção2 ou infusão com exceção de DIPRIVAN 1% que pode ser misturado com glicose11 5% em bolsas de infusão de PVC ou frascos de vidro para infusão ou injeção2 de lidocaína ou alfentanila em seringas plásticas.

As diluições, que não devem exceder a proporção de 1:5 (2 mg de propofol/ml), devem ser preparadas assepticamente imediatamente antes da administração. A mistura é estável por até 6 horas.


Diluição e co-administração de DIPRIVAN com outros fármacos ou fluidos de infusão (ver item Advertências)




IMPORTANTE: ampola com ponto de corte. Veja instruções abaixo.

Segure a ampola com o ponto de corte marcado no gargalo voltado para sua direção e quebre no sentido oposto (ver ilustrações).



Administração de DIPRIVAN por Sistema TCI DIPRIFUSOR

A administração de DIPRIVAN por sistema TCI DIPRIFUSOR é restrita à indução e manutenção de anestesia4 geral, sedação12 consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico13 e sedação12 de pacientes adultos ventilados que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva14. Não é recomendado seu uso em crianças.

DIPRIVAN pode ser administrado por infusão alvo controlada (IAC) somente com o sistema TCI DIPRIFUSOR, incorporando o software TCI DIPRIFUSOR. Tal sistema irá operar somente em reconhecimento de seringas prontas para uso eletronicamente identificadas, contendo injeção2 de DIPRIVAN 1% ou 2%.

O sistema TCI DIPRIFUSOR irá automaticamente ajustar a velocidade de infusão para a concentração reconhecida de DIPRIVAN. Os usuários devem estar familiarizados com o manual da bomba de infusão, com a administração de DIPRIVAN por IAC e com o uso correto do sistema de identificação da seringa7. Tal sistema permite ao anestesista atingir e controlar a velocidade de indução desejada e a profundidade da anestesia4 ou da sedação12 consciente através do estabelecimento e ajuste das concentrações sanguíneas de propofol.

O sistema TCI DIPRIFUSOR assume que a concentração sanguínea inicial de propofol no paciente é zero. Portanto, em pacientes que receberam propofol anteriormente, a administração de uma concentração inicial menor pode ser necessária. Similarmente, o recomeço imediato da administração com o TCI DIPRIFUSOR não é recomendado caso a bomba tenha sido desligada e/ou trocada.

Orientação sobre as concentrações alvo de propofol é fornecida a seguir. Em razão da variabilidade da farmacocinética e farmacodinâmica do propofol, tanto em pacientes pré-medicados quanto nos pacientes não pré-medicados, a concentração alvo de propofol deve ser titulada de acordo com a resposta do paciente a fim de se atingir a profundidade de anestesia4 ou sedação12 consciente desejada.


Cuidados de conservação depois de aberto


DIPRIVAN 1% deve ser usado em até 6 horas após diluição. Não diluído, usar em até 12 horas.

DIPRIVAN 2% não pode ser diluído e pode ser utilizado em até 12 horas.

Conservar em temperatura entre 2ºC e 25ºC. Não congelar.

Todo medicamento deve ser mantido em sua embalagem original até o momento do uso.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Isotônica: Relativo à ou pertencente à ação muscular que ocorre com uma contração normal. Em química, significa a igualdade de pressão entre duas soluções.
2 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
3 Analgésicos: Grupo de medicamentos usados para aliviar a dor. As drogas analgésicas incluem os antiinflamatórios não-esteróides (AINE), tais como os salicilatos, drogas narcóticas como a morfina e drogas sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol.
4 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
5 Epidural: Mesmo que peridural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
6 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
7 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
8 Assepsia: É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de micro-organismos em um ambiente que logicamente não os tem. Logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção.
9 Microbiológico: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
10 Dextrose: Também chamada de glicose. Açúcar encontrado no sangue que serve como principal fonte de energia do organismo.
11 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
12 Sedação: 1. Ato ou efeito de sedar. 2. Aplicação de sedativo visando aliviar sensação física, por exemplo, de dor. 3. Diminuição de irritabilidade, de nervosismo, como efeito de sedativo. 4. Moderação de hiperatividade orgânica.
13 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
14 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.

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