ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES DIACQUA

Atualizado em 28/05/2016
GeraisO uso concomitante de Diacqua (espironolactona) e outros diuréticos1 poupadores de potássio, inibidores da ECA (enzima2 conversora de angiotensina), antagonistas da angiotensina II, bloqueadores da aldosterona, suplementos de potássio, uma dieta rica em potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem levar à hiperpotassemia grave. É aconselhável realizar uma avaliação periódica dos eletrólitos3 séricos, tendo em vista a possibilidade de hiperpotassemia, hiponatremia4 e uma possível elevação transitória da uréia5 plasmática especialmente em pacientes idosos e/ou com distúrbios preexistentes da função renal6 ou hepática7, para os quais a relação risco/benefício deve ser considerada.
Acidose metabólica8 hiperclorêmica reversível, usualmente em associação com hiperpotassemia, tem sido relatada em alguns pacientes com cirrose9 hepática7 descompensada, mesmo quando a função renal6 é normal.
Uso durante a gravidez10 e lactação11:
Diacqua (espironolactona) não apresentou efeitos teratogênicos12 em camundongos. Coelhos que receberam Diacqua (espironolactona) apresentaram taxa de concepção13 reduzida, aumento da taxa de reabsorção e número menor de nascimentos vivos. Nenhum efeito embriotóxico foi observado em ratos aos quais houve administração de altas doses de Diacqua (espironolactona), no entanto, houve relato de hipoprolactinemia limitada e relacionada à dose, assim como diminuição dos pesos da próstata14 ventral e da vesícula seminal15 em machos e aumento da secreção de hormônio16 luteinizante e dos pesos ovariano e uterino em fêmeas. Feminização da genitália17 externa em fetos masculinos foi relatada em um outro estudo em ratos.
O uso seguro em grávidas ainda não foi estabelecido.
A espironolactona e seus metabólitos18 podem atravessar a barreira placentária. Por esta razão, o uso de Diacqua (espironolactona) em mulheres grávidas requer a avaliação de seus benefícios bem como dos riscos que possam acarretar à mãe ou ao feto19.
O canrenona, um metabólito20 ativo da espironolactona, aparece no leite materno. Caso o uso de espironolactona durante o período da amamentação21 for considerado essencial, um método alternativo de alimentação para a criança deve ser instituído.
Efeito na capacidade de dirigir e operar máquinas:
Sonolência e tontura22 ocorrem em alguns pacientes. É recomendada precaução ao dirigir ou operar máquinas até que a resposta inicial ao tratamento seja determinada.
Experiências em animais:
A espironolactona tem demonstrado produzir tumores em ratos quando administrada em altas doses durante longo período de tratamento. Estes tumores não foram observados em macacos quando administradas altas doses diárias durante mais de 52 semanas. Não há certeza do significado desses achados com respeito ao uso clínico. No entanto, parece que os efeitos nos ratos são secundários à indução do P-450 hepático metabolizando enzimas nessas espécies. Tem se demonstrado que a disponibilidade e metabolismo23 da espironolactona em ratos são marcadamente diferentes do ser humano. Diacqua (espironolactona) não apresentou efeitos teratogênicos12 em camundongos. Os coelhos que receberam Diacqua (espironolactona) apresentaram índice de contracepção24 reduzido, índice de reabsorção elevado e baixo número de nascimentos com vida. Não foram observados nenhum efeito embriotóxico em ratos quando administradas altas doses de Diacqua (espironolactona), mas foram reportadas hipoprolactinemia dose relacionada, diminuição ventral da próstata14 e do peso da vesícula seminal15 em machos e aumento da secreção do hormônio16 luteinizante, peso uterino e ovariano, em fêmeas. Feminização da genitália17 externa de fetos machos foram relatadas em outros estudos com ratos.
Em animais, incidência25 de leucose mielóide/dose dependente (acima de 20 mg/Kg peso) foi observada em ratos alimentados com doses diárias de canrenoato de potássio (Soldactone) por um período de um ano. A espironolactona é também metabolizada em canrenoato. Não foi observado aumento da incidência25 de leucose em estudos de toxicidade26 crônica em ratos com Diacqua (espironolactona) em doses superiores a 500 mg/Kg/dia. A dose de espironolactona recomendada em humanos é de 1,4 - 5,7 mg/Kg/dia.
Nos estudos de carcinogenicidade por via oral a longo prazo (dois anos) do canrenoato de potássio, foram observados no rato:
leucemia27 mielocítica, tumores hepáticos, tireoideanos, testiculares e mamários. O canrenoato de potássio não produziu efeito mutagênico nos testes que empregaram bactérias e leveduras. Produziu efeito mutagênico positivo em vários testes "in vitro" em células28 de mamíferos após ativação do metabolismo23. Em uma experimentação "in vivo" efetuada em sistema de mamíferos, o canrenoato de potássio não foi mutagênico.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
PACIENTES IDOSOS
Aos pacientes idosos aplicam-se todas as recomendações acima descritas.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
2 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
3 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
4 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
5 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
6 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
7 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
8 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
9 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
10 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
11 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
12 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
13 Concepção: O início da gravidez.
14 Próstata: Glândula que (nos machos) circunda o colo da BEXIGA e da URETRA. Secreta uma substância que liquefaz o sêmem coagulado. Está situada na cavidade pélvica (atrás da parte inferior da SÍNFISE PÚBICA, acima da camada profunda do ligamento triangular) e está assentada sobre o RETO.
15 Vesícula seminal: As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas que elaboram um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos.Elas secretam um líquido que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que tornaria inativos os espermatozóides.
16 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
17 Genitália: Órgãos externos e internos relacionados com a reprodução. Sinônimos: Órgãos Sexuais Acessórios; Órgãos Genitais; Órgãos Acessórios Sexuais
18 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
19 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
20 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
21 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
22 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
23 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
24 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
25 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
26 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
27 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
28 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.

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