CISPLATINA
BIOSINTETICA
Advertência da Cisplatina
. CISPLATINA deve ser administrada sob a supervisão de um médico qualificado, com experiência no uso de agentes quimioterápicos. Manuseio apropriado (da terapia e das complicações) é possível somente se diagnóstico1 adequado e facilidades de tratamentos estiverem rapidamente disponíveis.
.Toxicidade2 renal3 cumulativa, associada com CISPLATINA, é severa. Outras toxicidades relacionadas com a dose são: mielossupressão, náusea4 e vômito5. . Ototoxicidade6, que pode ser mais pronunciada em crianças e que é manifestada por tinitus e/ou perda da freqüência auditiva alta e ocasionalmente surdez, é significante.
. Reações do tipo anafiláticas à CISPLATINA têm sido relatadas. Edema7 facial, broncoconstrição, taquicardia8 e hipotensão9 podem ocorrer minutos após administração de CISPLATINA. Epinefrina, corticosteróides e anti-histamínicos têm sido usados efetivamente no alívio dos sintomas10.
Formas Farmacêuticas e Apresentações da Cisplatina
Pó liófilo injetável de 10 mg. Embalagem com 1 frasco-ampola de pó liófilo.
Pó liófilo injetável de 50 mg. Embalagem com 1 frasco-ampola de pó liófilo.
Composições da Cisplatina
Cada frasco-ampola de 10 mg de pó liófilo contém:
CISPLATINA .................... 10 mg
Cada frasco-ampola de 50 mg de pó liófilo contém:
CISPLATINA .................... 50 mg
USO ADULTO E PEDIÁTRICO - VIA INTRAVENOSA EXCLUSIVAMENTE
Informações ao Paciente da Cisplatina
. Conservar o pó liófilo a uma temperatura inferior a 25o C e ao abrigo da luz. Conservar a solução injetável sob refrigeração (entre 2o e 8o C) e ao abrigo da luz.
. O prazo de validade encontra-se impresso no cartucho; não use o produto com prazo de validade vencido.
. CISPLATINA BIOSINTÉTICA é indicada no tratamento paliativo11 e/ou adjuvante das neoplasias12 de testículo13, de ovário14, da bexiga15 e do tipo epidermóide, em geral associada a outros citostáticos16.
. Em geral, ocorrem reações desagradáveis tais como: náuseas17 e vômitos18 que ocorrem por volta de 4 horas após a administração de CISPLATINA BIOSINTÉTICA. Ainda podem ocorrer edema7 da face19, falta de ar, palpitações20, queda de pressão arterial21. O uso crônico22 de CISPLATINA BIOSINTÉTICA pode levar a problemas renais e dos órgãos formadores do sangue23.
. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
. CISPLATINA BIOSINTÉTICA não deve ser tomada quando a mulher estiver com suspeita de estar grávida ou quando tiver confirmado um diagnóstico1 de gravidez24. Também na fase de aleitamento do recém-nascido, CISPLATINA BIOSINTÉTICA deverá ser suspensa pela possibilidade de ser eliminada através do leite materno.
. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO À SUA SAÚDE25.
Informações Técnicas da Cisplatina
A cisdiaminodicloroplatina ou CISPLATINA é um agente em cujo núcleo existe a platina metálica, pertencente ao grupo dos alquilantes bifuncionais, que atua inibindo a síntese inicial do ADN ou mesmo prejudicando a molécula do ADN já formado. Como efeito secundário, a CISPLATINA interfere na síntese do ARN e de proteínas26 essenciais ao organismo, demonstrando especial preferência para os tecidos cujas células27 apresentam alta velocidade de reprodução28 mitótica.
Os estudos farmacocinéticos, efetuados em seres humanos e em animais de experimentação, demonstraram uma distribuição tissular29 rápida, sendo que as maiores concentrações foram encontradas nos rins30, fígado31, intestinos32 delgado e grosso. A difusão no sistema nervoso central33 é extremamente fraca.
O desaparecimento da radioatividade após injeção34 da CISPLATINA marcada é bifásica, com uma meia-vida plasmática de distribuição de 25 a 49 minutos e uma meia vida de eliminação de 58 a 73 horas. Durante a fase de excreção, a sua ligação às proteínas26 plasmáticas é superior a 90%, sendo sua eliminação essencialmente urinária. Contudo excreção urinária é incompleta, sendo somente 27% a 43% da radioatividade excretada nos 5 dias posteriores a administração em humanos.
Indicações da Cisplatina
CISPLATINA BIOSINTÉTICA está indicado no tratamento paliativo11 e/ou adjuvante das neoplasias12 de testículo13, do ovário14, da bexiga15 e do tipo epidermóide, em geral associado a outros citostáticos16.
Contra-Indicações da Cisplatina
Contra-indicações absolutas: pacientes mielossuprimidos, hipersensibilidade do paciente à CISPLATINA ou a outros compostos que contenham platina, a gravidez24 e o aleitamento.Contra-indicações relativas: disfunção renal3, com os níveis de creatinemia ultrapassando o dobro dos limites normais, queda de acuidade auditiva e quando o paciente toma concomitantemente um aminoglicosídeo.
Precauções da Cisplatina
A fim de serem reduzidos os riscos de insuficiência renal35, deve-se manter uma diurese36 pelo menos igual a 3 litros nas 24 horas. Deve-se instituir, 24 horas antes da primeira administração de CISPLATINA BIOSINTÉTICA, uma hiper-hidratação, a qual deve ser mantida até o final da quimioterapia37 com a CISPLATINA. Mesmo após 24 horas do final da administração de CISPLATINA BIOSINTÉTICA, deve-se manter uma correta diurese36 do paciente. Este objetivo está diretamente dependente do volume de líquido posto para fora do organismo pelos vômitos18 freqüentes, o que justifica perfeitamente a utilização de perfusão intravenosa contínua de solução fisiológica38 (soro39 fisiológico40 ou glicofisiológico) e mesmo de manitol, assim como de emprego da furosemida se necessário.
A CISPLATINA produz nefrotoxicidade41 acumulativa, que é potencializada por antibióticos aminoglicosídeos. Devem-se realizar os seguintes exames, antes de cada tratamento ou após cada fase da quimioterapia37: creatinemia ou depuração da creatinina42; dosagem de eletrólitos43 séricos, principalmente magnésio, sódio e potássio.
Há relatos de neuropatias severas em pacientes que necessitam de altas doses ou de freqüência de doses maior que a recomendada de CISPLATINA. Essas neuropatias podem ser irreversíveis e são observadas como parestesias44, areflexia e perda de propriocepção45 e da sensação de vibração.
Tém-se notado também perda da função motora. Exames neurológicos devem ser realizados regularmente.
Têm-se observado reações do tipo anafiláticas. Essas reações têm ocorrido minutos após a administração de CISPLATINA em pacientes pré-expostos à droga e podem ser aliviadas pela administração de epinefrina, corticosteróides e anti-histamínicos.
Desde que ototoxicidade6 é acumulativa, deve-se realizar uma audiometria46 antes de cada fase da quimioterapia37 com a CISPLATINA, assim como um exame neurológico.
Contagem sangüínea periférica deve ser monitorada semanalmente. Função hepática47 deve ser monitorada periodicamente.
Gravidez24 e Lactação48 da Cisplatina
Sabe-se que a CISPLATINA produz aberrações cromossômicas em células27 animais, em culturas de tecidos, e que é teratogênico49 e embriotóxico em ratos. A segurança do uso na gravidez24 humana não foi estabelecida. Por esses motivos CISPLATINA BIOSINTÉTICA não deve ser utilizada quando ocorrer suspeita ou quando estiver confirmado um diagnóstico1 de gravidez24.
Na fase de aleitamento do recém-nascido, CISPLATINA deverá ser suspensa devido a possibilidade de ser eliminada através do leite materno.
Interações Medicamentosas da Cisplatina
Em razão dos efeitos nefro50 e ototóxicos, deve-se evitar o uso concomitante de aminoglicosídeos e anfotericina B.
Os níveis plasmáticos de agentes anticonvulsivantes podem tornar-se subterapêuticos durante terapia com CISPLATINA.
Em associação com outros agentes citostáticos16, a CISPLATINA poderá agravar os efeitos tóxicos dos mesmos. Com o metotrexato e a bleomicina, por exemplo, a diminuição da função renal3 causada pela CISPLATINA pode levar a um efeito cumulativo destas drogas no organismo, aumentando em muito suas toxicidades.
Reações Adversas da Cisplatina
A nefrotoxicidade41 é um fator dose-dependente, cumulativa e pode ser limitante para a continuação do tratamento com a CISPLATINA. Já foi observado com uma dose única de 50 mg/m² de CISPLATINA, o desenvolvimento de uma toxicidade2 renal3 em 28% a 36% dos pacientes, com o aumento da uremia51 e da creatininemia, assim como diminuição do clearance da creatinina42, após duas semanas do tratamento. A toxicidade2 renal3 torna-se mais prolongada e severa com repetidos cursos de tratamento. A função renal3 deve voltar ao normal antes que outra dose de CISPLATINA seja administrada. Prejuízo da função renal3 tem sido associado com dano dos túbulos renais. A administração de CISPLATINA usando uma infusão de 6-8 horas com hidratação intravenosa e manitol têm reduzido a nefrotoxicidade41. Contudo, a nefrotoxicidade41 ainda pode ocorrer após a utilização desses procedimentos. Tém ocorrido hiperuricemia, que é mais pronunciada após doses maiores que 50 mg/m²; a terapia com alopurinol reduz efetivamente os níveis de ácido úrico.
Tém-se observado ototoxicidade6 em 31% dos pacientes tratados com uma dose única de 50 mg/m², verificada por tinitus e/ou perda da acuidade auditiva de alguns pacientes, principalmente para as altas freqüências (4.000 a 8.000 Hz). Pode ocorrer ocasionalmente perda da habilidade de escutar tons de conversa normal. Os efeitos ototóxicos são mais severos em crianças. A perda da audição pode ser unilateral ou bilateral e tende a ser mais freqüente e severa com doses repetidas.Ototoxicidade6 pode ser inibida com irradiação craniana anterior ou simultânea. Toxicidade2 vestibular52 também tém sido observada.
A neurotoxicidade é, usualmente, caracterizada por neuropatias periféricas, que ocorrem após tratamentos prolongados (4 a 7 meses); contudo, sintomas10 neurológicos têm sido observados após uma dose única. A terapia deve ser descontinuada quando os primeiros sintomas10 forem observados. Sinal53 de Lhermitte e neuropatia autonômica54 também têm sido observados. Podem ocorrer alterações da gustação ou da sensibilidade táctil.
Podem ocorrer, infreqüentemente, neurite55 óptica, papiledema e cegueira cerebral, em pacientes recebendo as doses recomendadas. Ocorre melhora e/ou recuperação total com a suspensão do tratamento. Têm-se usado esteróides, com ou sem manitol, sem se estabelecer, contudo, sua eficácia. Com regimes de altas doses ou freqüência de doses maior que a recomendada têm-se observado visão56 turvada e alteração na percepção de cores. O único achado no exame fundoscópico é pigmentação retinal irregular da área macular.
Ocorre mielosupressão em 25% a 30% dos pacientes tratados com CISPLATINA. O nadir das plaquetas57 e leucócitos58 ocorre entre os dias 18 e 23 (faixa de 7,5 a 45), sendo que a maioria dos pacientes se recupera por volta do dia 39 (faixa de 13 a 62). Leucopenia59 ou trombocitopenia60 são mais pronunciadas em altas doses (> 50 mg/m²). Anemia61 (diminuição de 2 g de hemoglobina62/ 100 ml) ocorre aproximadamente com a mesma freqüência e no mesmo tempo que a leucopenia59 e trombocitopenia60.
Em quase todos os pacientes, a partir de 1 a 4 horas da administração da CISPLATINA, verificam-se náuseas17 e vômitos18, que muitas vezes serão limitantes ao tratamento. Podem persistir após uma semana do tratamento.
No caso de reações do tipo anafilactóide, as quais podem surgir logo aos primeiros minutos de administração da droga, como edema7 facial, angioedema63, urticária64, dispnéia65, taquicardia8, hipotensão9, etc., deve-se imediatamente suspender o tratamento e entrar-se com epinefrina, corticosteróides, adrenalina66 ou anti-histamínicos intravenosamente.
Têm-se observado hipomagnesemia, hipocalcemia67, hiponatremia68, hipocalemia69 e hipofosfatemia em pacientes tratados com CISPLATINA e estão provavelmente relacionados com danos dos túbulos renais. Têm-se observado tetania70 nos pacientes com hipocalcemia67 e hipomagnesemia. Tém-se observado, também, síndrome71 inapropriada de hormônio72 antidiurético.
Muito mais raramente foram assinaladas anorexia73, aumento de transaminases, alterações cardíacas, infarto do miocárdio74, acidente cerebrovascular, microangiopatia trombótica75, arterite cerebral e alopecia76.
Posologia da Cisplatina
Recomenda-se uma hidratação antes do tratamento com 1 a 2 litros de infusão de fluído por 8 a 12 horas antes da administração de CISPLATINA. Deve-se, então, dissolver o pó liófilo em diluente, com a finalidade de preparar-se soluções injetáveis de 1 mg de CISPLATINA para cada ml da solução (1 mg/ml). Uma vez preparada a solução, a mesma deve ser utilizada na primeira hora. A solução obtida deve ser administrada estritamente por via intravenosa (IV), através de perfusão, durante um período de 6 a 8 horas.
NÃO UTILIZAR O PERFUSOR COM PEÇAS DE ALUMÍNIO. O contato de preparações de CISPLATINA com alumínio pode causar formação de precipitado e perda de potência.
A dose usada no tratamento de tumores metastáticos testiculares, em combinação com outro agentes quimioterápicos, é de 20 mg/m² IV, diariamente por 5 dias.
Uma combinação efetiva para o tratamento de tumores metastáticos ovarianos inclui: 50 mg/m² IV de CISPLATINA, uma vez a cada 3 semanas (primeiro dia) e 50 mg/m² IV de hidrocloridrato de doxorrubicina, uma vez a cada 3 semanas (primeiro dia), sendo que estes agentes são administrados sequencialmente. Caso a CISPLATINA seja usada como agente único, ela deve ser administrada como doses de 100 mg/m² IV, uma vez a cada 4 semanas.
Em câncer77 de bexiga15 CISPLATINA deve ser administrada como agente único numa dosagem de 50 a 70 mg/m² IV, uma vez a cada 3 a 4 semanas, dependendo da exposição anterior a radioterapia78 e/ou quimioterapia37.
CISPLATINA não deve ser administrada novamente até que a creatinina42 sérica seja inferior a 1,5 mg/ 100 ml, que os níveis de elementos circulantes no sangue23 estejam em um nível aceitável (plaquetas57 ³ 100.000/mm³) e que sejam realizados testes de acuidade auditiva (devem estar dentro dos limites normais).
Deve-se ter cuidado ao se manipular a CISPLATINA. Recomenda-se o uso de luvas, uma vez que podem ocorrer reações cutâneas79. Caso ocorra o contato da solução de CISPLATINA com a pele80 ou mucosa81, lavar imediatamente o local com água e sabão.
Como monoterapia, emprega-se a CISPLATINA em doses de 50 a 100 mg/m² de superfície corporal, a cada 3 a 6 semanas, seja em perfusão única, seja em administração fracionada.
Conduta na Superdosagem da Cisplatina
Deve-se proceder a uma hemodiálise82, que ajudará a eliminar a droga do organismo, assim como realizar diariamente uma contagem de glóbulos sanguíneos83 e plaquetas57. Hidratar abundantemente o paciente.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA EXCLUSIVAMENTE PARA HOSPITAIS.
CISPLATINA - Laboratório
BIOSINTETICA
Rua Periquito, 236 - Vl. Uberabinha
São Paulo/SP
- CEP: 04514-050
Tel: 55 (011) 5561-2614
Fax: 55 (011)5561-2072
Site: http://www.biosintetica.com.br/
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