FLUDARA

SCHERING

Atualizado em 08/12/2014


fludara®
    
Fosfato de fludarabina

Uso adulto


Composição da Fludara

Cada frasco-ampola de FLUDARA® contém 50 mg de fosfato de fludarabina (equivalente a 39,05 mg de fludarabina), manitol e hidróxido de sódio (manutenção do pH).

Farmacologia1 Clínica da Fludara

Ação farmacológica: FLUDARA contém fosfato de fludarabina, um nucleotídeo fluorado análogo  ao agente antiviral vidarabina , 9-b-D-arabinofuranosiladenina (ara-A), que é  relativamente resistente à desaminação nação por adenosina desaminase. O fosfato de fluodarabina é rapidamente desfosforilado a 2-fluoro-ara-A, o qual é captado pelas células2 e então fosforilado intracelularmente por desoxicitidina quinase ao trifosfato ativo, 2-fluoro-ara-ATP3. Este metabólito4 mostrou inibir ribonucleotídeo redutase, DNA polimerase alfa/delta e épsilon, DNA primase e DNA liga-se, inibindo assim a síntese de DNA. Além disso, ocorre inibição parcial da RNA polimerase II e conseqüente redução na síntese de proteína. Embora o mecanismo de ação de 2-fluoro-ara-ATP3 não esteja completamente esclarecido, assume-se que efeitos na síntese de DNA, RNA e proteína contribuem para a inibição do crescimento celular, sendo a inibição da síntese de DNA o fator dominante.

Farmacocinética da Fludara

Farmacocinética de fludarabina (2F-ara-A) no plasma5 e urina6: A farmacocinética de fludarabina tem sido estudada após administração intravenosa de fosfato de fludarabina (2F-ara-AMP) em injeção7 rápida em bolo, em infusão de curta duração e infusão contínua. O 2F-ara-AMP é um pró-fármaco8 de fludarabina, solúvel em água, que é desfosforilado, rápida e completamente, ao nucleosídeo 2F-ara-A. Após infusão de 25mg de 2F-ara-AMP por m2 em pacientes com LLC, durante 30 minutos, o 2F-ara-A alcançou concentrações plasmáticas máximas de 3,5± 1,2 nmol/ml, imediatamente após o término da infusão. A seguir, os níveis plasmáticos diminuíram seguindo uma cinética9 de disposição trifásica com a meia-vida inicial de cerca de 5 mm, a intermediária de 1-21, e a terminal de l0 a 30h, aproximadamente. As meias-vidas terminais mostraram a tendência de ser maiores com o uso de métodos analíticos mais sensíveis que permitem determinar concentrações plasmáticas até 72 h. A depuração plasmática total (CL) e o volume de distribuição (VD) mostraram variações consideráveis entre pacientes e estudos, com valores de Cl entre 70 e 160 ml/min/m2 e volumes de distribuição entre 62 l/ m2 (VDg) e 150 l/m2 (VDss), aproximadamente. Os níveis plasmáticos de 2F-ara-A e as áreas sob a curva de tempo versus nível plasmático aumentaram linearmente com a dose; as meias-vidas, a depuração plasmática aos volumes de distribuição foram independentes da dose, o que indica um comportamento linear. A eliminação de 2F-ara-A ocorre predominantemente por excreção  renal10. Aproximadamente 60% da injeção7 em bolo foram excretados na urina6 nas 24 h após a administração Estudos de balanço de massa em animais de laboratório com3H-2F-ara-AMP, mostraram recuperação completa das substâncias marcadas radiativamente na urina6. Outro metabólito4, 2F-ara-hipoxantina, que representa o metabólito4 principal no cão, não foi detectado em seres humanos. Pacientes com restrição da função renal10 mostraram uma redução da depuração corporal total, o que indica uma necessidade de redução da dose em tais casos. Farmacocinética celular de fosfato de fluderabina. O 2F-ara-A é transportado ativamente para dentro das células2 leucêmicas, onde é fosforilado novamente, formando o monofosfato, e subseqüentemente, o di e o trifosfato. O trifosfato, 2F-ara-ATP3, é o principal metabólito4 intracelular da fludarabina ao único conhecido com atividade citotóxica. Os níveis máximos de 2F-ara-ATP3 em linfócitos leucêmicos de pacientes com LLC foram observados em um tempo médio de 4 horas e exibiram variação considerável, com média da concentração máxima de aproximadamente 20mM. Os níveis de 2F-ara-ATP3 em células2 leucêmicas foram sempre consideravelmente maiores que os níveis máximos de 2F-ara-A no plasma5, indicando acúmulo nos sítios-alvo. A eliminação de 2F-ara-ATP3 das células2-alvo com LLC apresentou igualmente uma dispersão considerável, com meia-vida de aproximadamente 23 horas.

Indicações da Fludara

FLUDARA® (fosfato de fludarabina) é indicado para o tratamento de pacientes com leucemia11 linfocitica crônica das células2 B (LLC) que não tenham respondido, ou cuja doença tenha progredido, durante ou após pelo menos um tratamento padrão contendo um agente alquilante.

Contra-Indicações da Fludara

FLUDARA® (fosfato de fludarabina) é contra-indicado a pacientes que apresentem hipersensibilidade ao fosfato de fludarabina ou aos seus demais componentes, e pacientes com distúrbio renal10 com depuração de creatinina12 menor que 30ml/min. FLUDARA® (fosfato de fludarabina) é contra-indicado durante os períodos de gestação a lactação13.

Precauções da Fludara


Quando utilizado em altas doses, nos estudos de seleção de dose em pacientes com leucemia11 aguda, FLUDARA® (fosfato de fludarabina) foram associado a efeitos neurológicos graves, incluindo cegueira, coma14 e morte. Esta toxicidade15 grave para o sistema nervoso central16 ocorreu em 36% dos pacientes tratados com doses aproximadamente 4 vezes maiores (96mg/m2/dia por 5-7 dias) que a dose recomendada para tratamento de LLC. Toxicidade15 grave similar para o sistema nervoso central16 tem sido relatada raramente (menor que o, 2%) em pacientes tratados com doses na faixa recomendada para LLC. Os pacientes devem ser observados rigorosamente quanto a sinais17 de reações adversas relacionadas ao sistema nervoso18. O efeito de administração crônica de FLUDARA® (fosfato de fludarabina) no sistema nervoso central16 é desconhecido. Entretanto, pacientes têm recebido a dose recomendada por até 15 ciclos de terapia. Supressão grave de medula óssea19, especialmente anemia20, trombocitopenia21 e neutropenia22, têm sido relatadas em pacientes tratados com FLUDARA® (fosfato de fludarabina). Em um estudo de Fase l em pacientes com tumor23 sólido, o tempo médio para contagem mais baixa foi de 13 dias (3-25 dias) para granulócitos24 e l6  dias (2-32 dias) para plaquetas25. A maioria dos pacientes apresentava comprometimento dos valores básicos hematológicos como resultado da doença, ou como resultado de terapia mielossupressora prévia. Pode haver mielossupressão cumulativa. Embora a mielossupressão induzida  por quimioterapia26 seja geralmente reversivel, a administração de fosfato de fludarabina requer cuidadoso controle hematológico. FLUDARA® (fosfato de fludarabina) é um potente agente antineoplásico com efeitos secundários tóxicos potencialmente significativos. Pacientes recebendo terapia devem ser observados rigorosamente quanto a sinais17 de toxicidade15 hematológica e não-hematológica. Recomenda-se avaliação periódica de contagem sanguínea periférica para detectar o desenvolvimento de anemia20, neutropenia22 e trombocitopenia21. A reação-enxerto27 contra hospedeiro associada à transfusão28 tem sido raramente observada após transfusão28 de sangue29 não irradiado em pacientes tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Portanto, em pacientes que necessitem de transfusão28, e estejam sendo ou tenham sido tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina), deve-se levar em consideração o uso de produtos sangüíneos irradiados. Síndrome30 tumoral lítica associada ao tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina) tem sido relatada em pacientes com LLC com massa tumoral extensa. Uma vez que FLUDARA (fosfato de fludarabina) pode induzir uma resposta já na primeira semana de tratamento, devem ser tomadas precauções naqueles pacientes com risco de desenvolvimento desta complicação. Após um ou mais ciclos de tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina), e independentemente da existência ou não de antecedentes de anemia hemolítica31 auto-imune ou do resultado de teste de Coombs, tem sido descrito o aparecimento de casos de anemia hemolítica31 auto-imune que têm colocado a vida do paciente em risco, com ocorrência fatal em certos casos. A maioria destes pacientes expostos novamente ao tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina) voltaram a apresentar o quadro hemolítico. Portanto, os paciente sem tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina) devem ser mantidos sob cuidadosa vigilância com relação a possível aparecimento de hemólise32. A depuração corporal total de 2-fluoro-ara-A mostra uma correlação com a depuração de creatinina12, indicando a importância da via de excreção renal10 para a eliminação do composto. Até agora não existem dados clínicos disponíveis de pacientes com comprometimento de função renal10 (depuração de creatinina12 abaixo de 70 ml/min). Portanto, se existe suspeita clínica de distúrbio renal10, ou em pacientes com idade acima de 70 anos, a depuração de creatinina12 deve ser monitorada. Se a depuração de creatinina12 está entre 30 e 70 ml/min, a dose deve ser reduzida em até 50% e controle hematológico rigoroso deve ser usado para avaliar toxicidade15. Tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina) é contra-indicado se a depuração de creatinina12 for menor que 30 ml/min. Uma vez que existem dados limitados para uso de FLUDARA (fosfato de fludarabina, em pacientes idosos (> 75 anos), deve-se administrar o produto com cautela nestes pacientes. Mulheres em idade fértil ou homens devem adotar medidas contraceptivas rigorosas e eficazes, durante e pelo menos por 6 meses após o término do tratamento. Durante e após tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina), deve-se evitar o emprego de vacina33 com organismos vivos. Gestação e lactação13: Não existe qualquer experiência com o uso de FLUDARA (fosfato de fludarabina) durante a gestação. Estudos de embriotoxicidade em animais demostraram um potencial embriotóxico e (ou) teratogênico34 apresentando risco relevante para humanos na dose terapêutica35 preconizada36. FLUDARA (fosfato de fludarabina) não deve ser utilizado durante a gestação. Mulheres em idade fértil devem ser orientadas a evitar gestação e informar imediatamente ao seu médico caso ocorra. Não se sabe se esta droga é excretada no leite humano. Assim, o aleitamento deve ser interrompido durante a terapia com FLUDARA (fosfato de fludarabina).

Interações Medicamentosas da Fludara

Em uma investigação clínica usando FLUDAR A (fosfato da fludarabina) em combinação com pentostatina (desoxicoformicina) para o tratamentode leucemia11 linfocítica crônica refratária (LLC), houve uma incidência37 inaceitavelmente alta de toxicidade15 pulmonar fatal. Portanto, o uso de FLUDARA (fosfato de fludarabina) em combinação com pantostatina não é recomendável. Dipiridamol e outros inibidores de captação de adenosina podem reduzir a eficácia terapêutica35 de FLUDARA (fosfato de fludarabina).

Reações Adversas da Fludara

As reações adversas mais comuns incluem mielossupressão (neutropenia22, trombocitopenia21 a anemia20), febre38, calafrios39 a infecção40. Outros eventos freqüentemente relatados incluem mal-estar, fadiga41, anorexia42, náuseas43, vômito44 e astenia45. Infecções46 oportunistas graves têm ocorrido em pacientes com leucemia11 linfocítica tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Casos fatais têm sido relatados como uma conseqüência de reações adversas graves. As reações adversas mais freqüentemente relatadas e aquelas que estão mais claramente relacionadas à droga vêm específicadas a seguir de acordo com os diversos sistemas. Sistema hematopoiético. Eventos hematológicos (neutropenia22, trobocitopenia e anamia) têm sido descritos na maioria dos pacientes com LLC tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Mielossupressão pode ser grave acumulativa. Anemia hemolítica31 clinicamente significativa raramente tem sido relatada em pacientes recebendo FLUDARA (fosfato da fludarabina). Sistema metabólico: Síndrome30 tumoral lítica tem sido relatada em pacientes com LLC tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Esta complicação pode incluir hiperuricemia, hiperfosfatemia, hipocalcamia, acidose metabólica47, hipercalemia48, hematúria49, cristalúria de urato e insuficiência renal50 aguda. O início desta síndrome30 pode ser prenunciado por dor nos flancos51 e hematúria49. Alterações de enzimas hepáticas52 e pancreáticas são possiveis. Sistema nervoso18: Em casos raros, ocorreram astenia45, agitaçâo,confusão e distúrbios visuais em pacientes tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Neuropatia periférica53 e coma14 têm sido observados. Sistema pulmonar: Pneumonia54 tem ocorrido em associação a tratamento com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Reações de hipersensibilidade pulmonar a FLUDARA (fosfato de fludarabina) caracterizadas por dispnéia55, tossee infiltrado pulmonar interstidal têm sido observadas. Sistema gastrintestinal: Distúrbios gastrintestinais tais como náusea56 e vômito44, anorexia42, diarréia57, estomatite58 e sangramento gastrintestinal têm sido relatados em paciantes tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Sistema cardiovascular59: Edema60 tem sido freqüentemente relatado. Sistema geniturinário. Casos raros de cistite61 hemorrágica62 têm sido relatados em pacientes tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Pele63: Erupções cutâneas64 têm sido relatadas em paciantes tratados com FLUDARA (fosfato de fludarabina). Em casos extramamente raros pode desenvolver-se necrólise epidérmica tóxica65 (doença de Lyell).

Posologia da Fludara

FLUDARA (fosfato de fludarabina) deve ser administrado em ambiente hospitalar, sob a supervisão de médico habilitado e experiente no uso de terapia antineoplásica. FLUDARA (fosfato de fludarabina) deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa. Embora não tenha sido relatado nenhum caso no qual a administração paravascular de FLUDARA (fosfato de fludarabina) tenha ocasionado reações adversas locais graves, deve-se evitar a administração paravascular não-intencional deste produto. Adultos: A dose recomendada é de 25 mg/m2 de área corporal administrados diariamente, por 5 dias consecutivos, a cada 28 dias, por via intravenosa. O produto deve ser reconstituído pela adição de 2 ml de água para injeção7. Cada 1 ml da solução resultante contém 25 mg de fosfato da fludarabina. A dose necessária (calculada baseando-se na área corporal do paciente) deve ser retirada com auxílio de uma seringa66. Para injeção7 intravenosa em bolo, esta dose deve ser posteriormente diluída em 10 ml de solução de cloreto de sódio 0,9%. Alternativamente, a dose necessária retirada com auxílio de uma saringa pode ser diluída em 100 ml de solução de cloreto de sódio 0,9% e infundida por aproximadamente 30 minutos. A duração ótima do tratamento ainda não está claramente estabelecida. Recomenda-se a administração de FLUDARA (fosfato de fludarabina) até obtenção da resposta máxima (geralmente 6 ciclos) e, a seguir, a interrupção do uso do produto. Crianças: A segurança e a eficácia de FLUDARA (fosfato de fludarabina) em crianças ainda não foram estabelecidas.

Orientações Gerais de Uso e Manuseio da Fludara

FLUDARA (fosfato de fludarabina) deve ser preparado para uso parenteral por adição, em condições assépticas, de água estéril para injeção7. Quando reconstituído com 2 ml de água estéril para injeção7, o liofilizado67 deve dissolver-se completamente, no máximo, em 15 segundos. Cada 1 ml da solução resultante contém 25 mg de fosfato de fludarabina, 25 mg de manitol e hidróxido de sódio para ajuste do pH a 7,7. A faixa de pH para o produto final é 7,2 - 8,2. Em estudos clínicos, o produto tem  sido  diluído em l00 ou 125 m1 de solução de cloreto  de sódio 0,9%. Após reconstituíção, FLUDARA (fosfato de fludarabina) deve ser utilizado no prazo máximo de 8 horas. Neste período deve ser mantido em temperatura abaixo de 30ºC. Deve-se assegurar a esterilidade68 da solução reconstituída. FLUDARA (fosfato de fludarabina) não contém qualquer preservativo antimicrobiano. FLUDARA (fosfato de fludarabina) não deve ser manuseado por gestantes (enfermagem, etc.). Devem ser adotados os procedimentose medidas pertinentes para adequado manuseio e eliminação, observando-se as diretrizes empregadas para medicamentos citotóxicos69. Qualquer porção derramada ou não-utilizada pode ser eliminada por incineração. Deve-se ter cautela no manuseio e preparação da solução de FLUDARA (fosfato de fludarabina). O uso de luvas de látex e óculos de segurança é recomendado para se evitar exposição em caso de quebra do frasco ou outra condição acidental. Se a solução entrar em contato com a pele63 ou mucosas70, a área deve ser lavada cuidadosamente com água e sabão. No caso de contato com os olhos71, enxaguá-los cuidadosamente com bastante água. Exposição por inalação deve ser evitada.

Superdosagem da Fludara

Altas doses de FLUDARA (fosfato de fludarabina) têm sido associadas à toxicidade15 irreversível do sistema nervoso central16 caracterizada por cegueira, coma14 e morte tardias. Altas doses também são associadas a trombocitopenia21 e neutropenia22 graves como consequência de supressão da medula óssea19. Não se conhece qualquer antídoto72 específico para superdosagem de FLUDARA (fosfato de fludarabina). O tratamento consiste em interrupção da droga e terapia de suporte.

Apresentação - Cartucho com 5 frascos-ampola.

FLUDARA - Laboratório

SCHERING
Rua Cancioneiro de Évora, 255/339/383
São Paulo/SP - CEP: 04708-010
Tel: 0800-7021241
Site: http://www.schering.com.br/

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Complementos

1 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
2 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
3 ATP: Adenosina Trifosfato (ATP) é nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia. Ela é composta pela adenina (base azotada), uma ribose (açúcar com cinco carbonos) e três grupos de fosfato conectados em cadeia. A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos. O ATP armazena energia proveniente da respiração celular e da fotossíntese, para consumo imediato, não podendo ser estocada. A energia pode ser utilizada em diversos processos biológicos, tais como o transporte ativo de moléculas, síntese e secreção de substâncias, locomoção e divisão celular, dentre outros.
4 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
5 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
6 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
7 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
8 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
9 Cinética: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.
10 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
11 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
12 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
13 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
14 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
15 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
16 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
17 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
18 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
19 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
20 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
21 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
22 Neutropenia: Queda no número de neutrófilos no sangue abaixo de 1000 por milímetro cúbico. Esta é a cifra considerada mínima para manter um sistema imunológico funcionando adequadamente contra os agentes infecciosos mais freqüentes. Quando uma pessoa neutropênica apresenta febre, constitui-se uma situação de “emergência infecciosa”.
23 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
24 Granulócitos: Leucócitos que apresentam muitos grânulos no citoplasma. São divididos em três grupos, conforme as características (neutrofílicas, eosinofílicas e basofílicas) de coloração destes grânulos. São granulócitos maduros os NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS e BASÓFILOS.
25 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
26 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
27 Enxerto: 1. Na agricultura, é uma operação que se caracteriza pela inserção de uma gema, broto ou ramo de um vegetal em outro vegetal, para que se desenvolva como na planta que o originou. Também é uma técnica agrícola de multiplicação assexuada de plantas florais e frutíferas, que permite associar duas plantas diferentes, mas gerações próximas, muito usada na produção de híbridos, na qual uma das plantas assegura a nutrição necessária à gema, ao broto ou ao ramo da outra, cujas características procura-se desenvolver; enxertia. 2. Na medicina, é a transferência especialmente de células ou de tecido (por exemplo, da pele) de um local para outro do corpo de um mesmo indivíduo ou de um indivíduo para outro.
28 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
29 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
30 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
31 Anemia hemolítica: Doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do organismo (hemólise extravascular). Pode ter várias causas e ser congênita ou adquirida. O tratamento depende da causa.
32 Hemólise: Alteração fisiológica ou patológica, com dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue causando liberação de hemoglobina. É também conhecida por hematólise, eritrocitólise ou eritrólise. Pode ser produzida por algumas anemias congênitas ou adquiridas, como consequência de doenças imunológicas, etc.
33 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
34 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
35 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
36 Preconizada: Recomendada, aconselhada, pregada.
37 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
38 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
39 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
40 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
41 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
42 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
43 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
44 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
45 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
46 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
47 Acidose metabólica: A acidose metabólica é uma acidez excessiva do sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de bicarbonato no sangue. Quando um aumento do ácido ultrapassa o sistema tampão de amortecimento do pH do organismo, o sangue pode acidificar-se. Quando o pH do sangue diminui, a respiração torna-se mais profunda e mais rápida, porque o corpo tenta liberar o excesso de ácido diminuindo o volume do anidrido carbônico. Os rins também tentam compensá-lo por meio da excreção de uma maior quantidade de ácido na urina. Contudo, ambos os mecanismos podem ser ultrapassados se o corpo continuar a produzir excesso de ácido, o que conduz a uma acidose grave e ao coma. A gasometria arterial é essencial para o seu diagnóstico. O pH está baixo (menor que 7,35) e os níveis de bicarbonato estão diminuídos (<24 mmol/l). Devido à compensação respiratória (hiperventilação), o dióxido de carbono está diminuído e o oxigênio está aumentado.
48 Hipercalemia: É a concentração de potássio sérico maior que 5.5 mmol/L (mEq/L). Uma concentração acima de 6.5 mmol/L (mEq/L) é considerada crítica.
49 Hematúria: Eliminação de sangue juntamente com a urina. Sempre é anormal e relaciona-se com infecção do trato urinário, litíase renal, tumores ou doença inflamatória dos rins.
50 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
51 Flancos: 1. O lado (de qualquer coisa). Na anatomia humana, é cada um dos lados do corpo, dos quadris aos ombros. 2. Em construção, é a parte entre o baluarte e a cortina. 3. Em futebol, é o lado do campo. 4. Em geologia, é cada um dos lados de uma dobra. 5. Em termo militar, é a parte lateral de uma posição ou de uma tropa formada em profundidade.
52 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
53 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
54 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
55 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
56 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
57 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
58 Estomatite: Inflamação da mucosa oral produzida por infecção viral, bacteriana, micótica ou por doença auto-imune. É caracterizada por dor, ardor e vermelhidão da mucosa, podendo depositar-se sobre a mesma uma membrana brancacenta (leucoplasia), ou ser acompanhada de bolhas e vesículas.
59 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
60 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
61 Cistite: Inflamação ou infecção da bexiga. É uma das infecções mais freqüentes em mulheres, e manifesta-se por ardor ao urinar, urina escura ou com traços de sangue, aumento na freqüência miccional, etc.
62 Hemorrágica: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
63 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
64 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
65 Necrólise Epidérmica Tóxica: Sinônimo de Síndrome de Lyell. Caracterizada por necrólise da epiderme. Tem como características iniciais sintomas inespecíficos, influenza-símile, tais como febre, dor de garganta, tosse e queimação ocular, considerados manifestações prodrômicas que precedem o acometimento cutâneo-mucoso. Erupção eritematosa surge simetricamente na face e na parte superior do tronco, provocando sintomas de queimação ou dolorimento da pele. Progressivamente envolvem o tórax anterior e o dorso. O ápice do processo é constituído pela característica denudação da epiderme necrótica, a qual é destacada em verdadeiras lamelas ou retalhos, dentro das áreas acometidas pelo eritema de base. O paciente tem o aspecto de grande queimado, com a derme desnuda, sangrante, eritêmato-purpúrica e com contínua eliminação de serosidade, contribuindo para o desequilíbrio hidroeletrolítico e acentuada perda protéica. Graves seqüelas oculares e esofágicas têm sido relatadas.Constitui uma reação adversa a medicamentos rara. As drogas que mais comumente a causam são as sulfas, o fenobarbital, a carbamazepina, a dipirona, piroxicam, fenilbutazona, aminopenicilinas e o alopurinol.
66 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
67 Liofilizado: Submetido à liofilização, que é a desidratação de substâncias realizada em baixas temperaturas, usada especialmente na conservação de alimentos, em medicamentos, etc.
68 Esterilidade: Incapacidade para conceber (ficar grávida) por meios naturais. Suas causas podem ser masculinas, femininas ou do casal.
69 Citotóxicos: Diz-se das substâncias que são tóxicas às células ou que impedem o crescimento de um tecido celular.
70 Mucosas: Tipo de membranas, umidificadas por secreções glandulares, que recobrem cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
71 Olhos:
72 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.

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