

DIMERCAPROL
Hoechst Marion Roussel
DIMERCAPROL ®
Merrel Lepetit®
Forma Farmacêutica e Apresentação de Dimercaprol
Solução injetável. Caixas com 1 e 5 ampolas de 1 ml.
Composição de Dimercaprol
Cada ampola contém:
dimercaprol .................... 100 mg
Informações ao Paciente de Dimercaprol
Conservar em lugar fresco e ao abrigo da luz.
Prazo de validade: 5 anos. Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Siga corretamente as instruções de seu médico quanto ao emprego do produto, não interrompendo ou modificando o tratamento sem antes consultá-lo. Informe-o também se estiver grávida, amamentando ou se engravidar durante o tratamento.
Qualquer reação desagradável deve ser comunicada ao médico. Podem ocorrer: palpitações1, dor no local da injeção2, aumento da pressão, hálito desagradável.
Informe-o também caso você tenha problema de fígado3 ou de rim4, pressão alta, alergia5 ao dimercaprol ou se estiver tomando suplementos vitamínicos ou minerais que contém ferro.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE6.
Indicações de Dimercaprol
DIMERCAPROL está indicado no tratamento de intoxicações por arsênico, ouro e mercúrio. Em intoxicações agudas por sais de mercúrio, o tratamento é mais eficaz quando iniciado dentro de 1 a 2 horas após a intoxicação; sua eficácia cessa em aproximadamente 6 horas.
Também está indicado no tratamento de intoxicações por chumbo quando utilizado em conjunto com edetato dissódico de cálcio.
O uso em intoxicações por outros metais pesados como antimônio e bismuto é questionável.
Propriedades de Dimercaprol
Alguns metais pesados, especialmente arsênico, ouro, chumbo e mercúrio formam ligantes com grupos sulfidrila do sistema enzimático piruvato7-oxidase e inibem a função normal das enzimas que dependem dos grupos sulfidrila livres para sua ação. O dimercaprol possui maior afinidade pelo metal que a enzima8 e, portanto, reverte a inibição enzimática pela quelação do metal e evita ou reverte os efeitos tóxicos pela regeneração dos grupos sulfidrila. O complexo dimercaprol-metal resultante é relativamente estável e rapidamente excretado.
Em adição, em intoxicação por chumbo9, dimercaprol promove uma rápida, porém de curta duração, redução nas concentrações de chumbo nos eritrócitos10. Seu uso conjunto com edetato dissódico de cálcio aumenta a quantidade de agente quelante necessária para excreção significativa do metal pesado.
Após a administração intramuscular, as concentrações plasmáticas máximas são alcançadas em 30 a 60 minutos. A distribuição se faz por todos os tecidos, inclusive cérebro11. A duração de ação é de aproximadamente 4 horas. Aproximadamente 50% da dose é rapidamente metabolizada a metabólitos12 inativos, os quais são eliminados pela urina13. O complexo dimercaprol-metal é eliminado pelos rins14 e trato biliar15.
Contra-Indicações de Dimercaprol
Contra-indicado em pessoas com insuficiência hepática16 (exceto nos casos de icterícia17 pós-arsenical, a qual requer redução da dose).
DIMERCAPROL está contra-indicado no tratamento de intoxicações por ferro, cádmio, selênio, prata ou urânio pois os complexos desses metais com dimercaprol são mais tóxicos que os metais isoladamente e podem causar nefrotoxicidade18. Também está contra-indicado em intoxicações por mercúrio orgânico (o dimercaprol aumenta a distribuição do mercúrio no cérebro11) e em intoxicações por hidreto de arsênio (AsH ).
USO DURANTE A GRAVIDEZ19 E LACTAÇÃO20
Não existem estudos de reprodução21 adequados e bem controlados. Não se sabe se o dimercaprol é excretado no leite materno.
Portanto, DIMERCAPROL não deve ser usado durante a gravidez19 e lactação20, a menos que, a juízo médico os benefícios potenciais superem os possíveis riscos.
Precauções e Advertências de Dimercaprol
DIMERCAPROL deve ser usado com muito cuidado em pacientes com: hipertensão arterial22, hipersensibilidade ao dimercaprol e insuficiência renal23. O medicamento deve ser interrompido ou usado com extremo cuidado se, durante o tratamento, o paciente desenvolver insuficiência renal23 aguda.
DIMERCAPROL pode induzir hemólise24 em pacientes com deficiência da glicose25-6 fosfato desidrogenase. Portanto, seu uso deve ser feito avaliando-se a relação risco/benefício.
A alcalinização da urina13 pode proteger os rins14 durante o tratamento pela estabilização do complexo dimercaprol-metal.
Reações Adversas de Dimercaprol
As reações mais frequentes são: taquicardia26, aumento da pressão arterial27, dor no local da injeção2 e hálito desagradável.
Menos frequentemente pode ocorrer tremores, dor abdominal, dor na região lombar28, abscessos29 (geralmente estéreis) no local da injeção2. Para evitar a formação de abscessos29, deve-se administrar as injeções por via intramuscular profunda, alternando-se os locais de aplicação30.
Interações Medicamentosas de Dimercaprol
Medicamentos que contém ferro não devem ser administrados conjuntamente com DIMERCAPROL, pois resultam na formação de complexo tóxico. A administração de ferro, quando necessária pode ser feita no mínimo 24 horas após a interrupção do tratamento com dimercaprol.
Posologia e Modo de Usar de Dimercaprol
A injeção2 deve ser administrada somente por via intramuscular profunda.
Para o tratamento de intoxicações leves por arsênico ou ouro: 2,5 mg/kg, 4 vezes ao dia durante 2 dias; 2 vezes no terceiro dia e 1 vez ao dia por 10 dias.
Para o tratamento de intoxicações graves por arsênico ou ouro: 3 mg/kg a cada 4 horas durante 2 dias; 4 vezes no terceiro dia e 2 vezes ao dia por 10 dias.
Para o tratamento de intoxicação por mercúrio: 5 mg/kg inicialmente, seguido por 2,5 mg/kg, 1 ou 2 vezes ao dia durante 10 dias.
Para encefalopatia31 aguda causada por chumbo, administra-se uma dose de 4 mg/kg de DIMERCAPROL. Após a primeira dose administra-se DIMERCAPROL e edetato dissódico de cálcio em locais diferentes a intervalos de 4 horas. Em intoxicações menos severas, a dose pode ser reduzida para 3 mg/kg após a primeira dose. O tratamento deve ser mantido por 2 a 7 dias, dependendo da resposta clínica.
O sucesso do tratamento depende do seu rápido início, dose e intervalo de administrações adequados. Outras medidas de suporte devem sempre ser usadas em conjunto com DIMERCAPROL.
Superdosagem de Dimercaprol
A administração de doses acima das recomendadas pode resultar nas seguintes reações, as quais são geralmente transitórias: náusea32 e, às vezes, vômitos33, cefaléia34, sensação de queimação nos lábios, boca35, garganta36 e pênis37, sensação de constrição38 ou de dor na garganta36, peito39 ou mãos40, conjuntivite41, lacrimejamento, espasmo42 palpebral, rinorréia43, salivação, formigamento das mãos40, transpiração44 na testa, mãos40 e outras áreas, sonolência, convulsões, dor abdominal e, ocasionalmente, abscessos29 estéreis dolorosos. Muitos desses sintomas45 são geralmente acompanhados por sensação de ansiedade, fraqueza e inquietude e são geralmente aliviados pela administração de um anti-histamínico.
Náuseas46 e vômitos33 podem ser evitados pela hidratação do paciente com líquidos por via parenteral. Após melhora clínica, o paciente pode receber líquidos pela via oral.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.
DIMERCAPROL - Laboratório
Hoechst Marion Roussel
Av. das Nações Unidas, 18001
São Paulo/SP
- CEP: 04795-900
Tel: 55 (011) 5683-7847
Fax: 55 (011) 5683-7233
Email: mol@msbhmr.hmr.com.br
Site: http://www.hmr.com.br/
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