PLATIRAN

B-MS

Atualizado em 09/12/2014

           PLATIRAN ®


cisplatina


solução injetável

           
           10 mg, 50 mg (0,5 mg/ml) ou 100 mg (1 mg/ml)

- APRESENTAÇÃO/COMPOSIÇÃO

PLATIRAN  0,5 mg/ml e 1mg/ml solução injetável é apresentado em embalagem com 1 frasco-ampola de 20 ml ou 100 ml. Cada frasco-ampola contém 10 mg, 50 mg ou 100 mg de cisplatina estéril, respectivamente.


USO PEDIÁTRICO OU ADULTO


PARA USO I.V. SOMENTE

- INFORMAÇÕES AO PACIENTE

Devido ao fato deste produto ser de uso restrito a hospital ou ambulatório especializado, de emprego específico em neoplasias1 malignas e ser manipulado apenas por pessoal treinado, o item  INFORMAÇÕES AO PACIENTE não consta da bula, uma vez que estas serão fornecidas pelo médico assistente conforme necessário.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Descrição de Platiran

PLATIRAN  (cisplatina; cis-diaminodicloroplatina) é um complexo de um metal pesado que contém um átomo central de platina, ligado à dois átomos de cloro e duas moléculas de amônia em posição cis. É uma solução aquosa.  PLATIRAN  está disponível em frascos âmbar contendo  1,0 mg/ml de cisplatina. Cada ml de solução também contém 9,0 mg de cloreto de sódio. Ácido clorídrico2 e/ou hidróxido de sódio é adicionado para ajustar o pH para 4,0.

Farmacologia3 Clínica de Platiran

PLATIRAN  apresenta propriedades bioquímicas similares às dos agentes alquilantes bifuncionais, produzindo ligações cruzadas interfibras e intrafibras no DNA. Aparentemente não é específico do ciclo celular.

Farmacocinética de Platiran

Após injeção4 em bolo ou infusão intravenosa, a meia-vida plasmática é de cerca de 30 minutos. A razão entre a cisplatina e a platina total, livre no plasma5 varia de 0,5 a 1,1.A cisplatina não se liga istantaneamente e de forma reversível às proteínas6 plasmáticas, que é um processo característico normal de drogas que se ligam a estas. Todavia, a platina presente na composição da cisplatina mantem-se ligada às proteínas6 plasmáticas. Estes complexos são lentamente eliminados com uma meia-vida de 5 dias ou mais.
Aproximadamente 10 a 40% da platina administrada através de doses variadas é eliminada na urina7 em 24 horas. Recuperações urinárias médias de platina de forma semelhante são encontradas após administração diária por cinco dias consecutivos. A cisplatina inalterada constitui-se na maior parte da platina eliminada na urina7 em uma hora da administração. O "clearance" renal8 da platina livre também excede o "clearance" de creatinina9, não é linear e depende da dose, da taxa de fluxo urinário e da variação individual na secreção tubular e reabsorção.
Não existe relação entre o "clearance" renal8 da platina livre ou da cisplatina e o "clearance" de creatinina9.
Embora pequenas quantidades de platina estejam presentes na bile10 e no intestino delgado11 após a administração da cisplatina, a eliminação fecal de platina parece ser insignificante.

Indicações de Platiran

Tumores Metastáticos de Testículo12

Na poliquimioterapia estabelecida com outros agentes aprovados, em pacientes portadores de tumores metastáticos de testículo12 que já se submeteram ao tratamento cirúrgico e/ou radioterápico apropriados.


Tumores Metastáticos de Ovário13

Em combinações terapêuticas estabelecidas com outros agentes quimioterapêuticos aprovados, em pacientes portadoras de tumores metastáticos de ovário13, já submetidas a procedimentos cirúrgico e/ou radioterapêutico apropriados. PLATIRAN  como  agente isolado é indicado como terapia secundária em pacientes portadores de tumores ovarianos metastáticos refratários14 à quimioterapia15 padrão, que não tenham sido previamente tratados com  PLATIRAN .


Câncer16 Avançado de Bexiga17

PLATIRAN  está indicado como agente único em pacientes portadores de câncer16 de células18 de transição de bexiga17 não mais sensível a tratamentos locais, tais como cirurgia e/ou radioterapia19.


Carcinomas Espino-celulares de Cabeça20 e Pescoço21

Em combinação quimioterapêutica com outros agentes aprovados, em pacientes portadores de carcinomas espino-celulares de cabeça20 e pescoço21, como um adjunto aos procedimentos cirúrgico e/ou radioterapêutico apropriados.

Contra-Indicações de Platiran

PLATIRAN  está contra-indicado em pacientes com insuficiência renal22 pré-existente e deficiência auditiva, a menos que no julgamento do médico e do paciente os possíveis benefícios do tratamento excedam os riscos.   PLATIRAN  não deve ser usado em pacientes com mielodepressão e está também contra-indicado em pacientes com história de reações alérgicas a este produto ou a outros compostos contendo platina.

Advertências de Platiran

PLATIRAN  deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no uso de agentes quimioterapêuticos antineoplásicos. A conduta apropriada da terapia e de suas complicações, só é possível quando se têm prontamente disponíveis diagnóstico23 adequado e facilidades de tratamento.

PLATIRAN  produz nefrotoxicidade24 cumulativa, que pode ser potencializada pelo uso de antibióticos aminoglicosídeos. Níveis séricos de creatinina9, uréia25, "clearance" de creatinina9, níveis de magnésio, sódio, potássio e de cálcio, devem ser dosados antes do início do tratamento e antes de cada ciclo subsequente. Nas doses recomendadas,  PLATIRAN  não deve ser administrado com freqüência maior do que uma vez a cada 3 a 4 semanas (vide  REAÇÕES ADVERSAS ).

Existem registros de neuropatias graves em pacientes que adotaram terapia com doses mais elevadas e frequência maiores do que aquelas recomendadas de  PLATIRAN . Estas neuropatias podem ser irreversíveis e são observadas como parestesias26 localizadas nas extremidades dos membros inferiores e superiores, arreflexia e perda da propriocepção27 e sensação vibratória. Registrou-se também perda de função motora.

É significativa a ocorrência de ototoxicidade28, que pode ser mais pronunciada em crianças manifestada por zumbido e/ou perda da audição de altas freqüências e ocasionalmente surdez. Desde que a ototoxicidade28 é cumulativa, uma audiometria29 deve ser realizada antes do início do tratamento e da aplicação de cada dose subsequente da droga (vide reações adversas).

Reações tipo anafiláticas têm sido relatadas e incluem edema30 facial, broncoconstrição, taquicardia31 e hipotensão32. Estas reações têm ocorrido dentro de minutos após o início da administração a pacientes com exposiçào prévia a   PLATIRAN  e têm sido aliviadas pela administração de epinefrina, cortcosteróides e anti-histamínicos.

PLATIRAN  pode causar dano fetal quando administrado na gravidez33.  PLATIRAN  é mutagênico em bactérias e produz aberrações cromossômicas nas células18 animais em cultura de tecidos. Em camundongos,   PLATIRAN  mostrou ser teratogênico34 e embriotóxico. Pacientes devem ser aconselhadas a evitarem a gravidez33. Se esta droga for usada durante a gravidez33 ou se a paciente engravidar durante o tratamento, a mesma deve ser informada do risco potencial para o feto35.

Observou-se o potencial carcinogênico do  PLATIRAN  em animais de laboratório. O desenvolvimento de leucemia36 aguda ligado ao uso de  PLATIRAN  raramente foi relatado no homem. Nestes relatos,   PLATIRAN  foi, em geral, administrado em associação a outros agentes leucemogênicos.

Precauções de Platiran

O hemograma deve ser realizado semanalmente. A função hepática37 deve ser monitorizada periodicamente e o exame neurológico também deve ser feito regularmente (vide  REAÇÕES ADVERSAS ).

Interação Medicamentosa

Os níveis plasmáticos de anti-convulsivantes podem tornar-se subterapêuticos durante a terapia com cisplatina. Em um ensaio randomizado38 no câncer16 avançado de ovário13, a duração da resposta  foi   negativamente afetada quando do uso de piridoxina com altretamina (hexametilmelamina) e   PLATIRAN .


Uso na Gravidez33

Ver  ADVERTÊNCIAS .


Uso na Lactação39

Existem relatos que a cisplatina é excretada no leite; pacientes recebendo cisplatina não devem amamentar

Reações Adversas de Platiran

Nefrotoxicidade24

A insuficiência renal22 cumulativa e relacionada à dose administrada é a principal toxicidade40 limitante da dose de  PLATIRAN . Manifesta-se por elevações nos níveis séricos de uréia25, creatinina9 e ácido úrico e/ou uma diminuição no ``clearance'' de creatinina9.  A toxicidade40 renal8 torna-se mais prolongada e grave com cursos repetidos da droga. A função renal8 deve voltar ao normal antes de se administrar outra dose de PLATIRAN .
A insuficiência renal22 tem sido associada ao dano tubular renal8. A administração de  PLATIRAN , usando uma infusão de 6 a 8 horas com hidratação intravenosa e manitol, tem sido empregada para reduzir a nefrotoxicidade24. Contudo, a toxicidade40 renal8 ainda pode ocorrer após a utilização desses procedimentos.
Ototoxicidade28

A ototoxicidade28 manifesta-se por zumbido e/ou perda auditiva na faixa de alta freqüência (4.000 a 8.000 Hz). Às vezes pode ocorrer uma diminuição na capacidade auditiva para tons de uma conversação normal. Os efeitos ototóxicos podem ser mais graves em crianças recebendo  PLATIRAN .   A  perda auditiva pode ser unilateral ou bilateral e tende a se tornar mais frequente e grave com a repetição das doses, entretanto a surdez tem sido raramente reportada após a dose inicial de  PLATIRAN . A ototoxicidade28 pode ser acentuada com irradiação craniana prévia ou simultânea e pode estar relacionada ao pico de concentração plasmática de  PLATIRAN . Não se sabe ao certo se a ototoxicidade28 induzida pela cisplatina é reversível. Cabe proceder a um cuidadoso controle audiométrico antes do início da terapia e antes das doses subsequentes de  PLATIRAN .
Tem-se relatado também a ocorrência de toxicidade40 vestibular41.


Hematológicas

A mielodepressão ocorre em 25 a 30% dos pacientes tratados com  PLATIRAN . Os nadires das plaquetas42 circulantes e dos leucócitos43 ocorrem entre os 18º e 23º dias, com a maioria dos pacientes recuperando-se pelo 39º dia. A leucopenia44 e a trombocitopenia45 são mais pronunciadas com doses mais elevadas (> 50 mg/m2). A anemia46 (redução de 2 g de hemoglobina47/100ml) ocorre aproximadamente à mesma frequência e ao mesmo tempo que a leucopenia44 e a trombocitopenia45.  PLATIRAN  tem demonstrado sensibilizar as hemácias48, resultando, às vezes, em anemia hemolítica49 direta com Coombs-positivo. A incidência50, gravidade e importância relativa desse efeito em relação a outra toxicidade40 hematológica não foi estabelecida, mas a possibilidade de um processo hemolítico deverá ser levada em consideração em qualquer paciente que esteja recebendo cisplatina e que apresente uma queda inexplicável na hemoglobina47. O processo hemolítico é reversível cessada a terapia.
O desenvolvimento de leucemia36 aguda ligado ao uso de  PLATIRAN  raramente foi reportado no homem. Nestes relatos,  PLATIRAN  foi, em geral, administrado em associação a outros agentes leucemogênicos.


Gastrintestinais

Quase todos os pacientes tratados com  PLATIRAN  apresentam náuseas51 e vômitos52 acentuados, que são, ocasionalmente tão graves que a droga deve ser suspensa. As náuseas51 e os vômitos52 começam, em geral, uma a quatro horas após o tratamento e duram até 24 horas. Diferentes intensidades de vômitos52, náuseas51 e/ou anorexia53 podem persistir por uma semana após o tratamento.  
Náuseas51 e vômitos52 prolongados (iniciando ou persistindo 24 horas ou mais após a quimioterapia15) ocorreram em pacientes que apresentaram controle emético completo no dia da terapia com   PLATIRAN . Diarréia54 também foi reportado.

Distúrbios Eletrolíticos Séricos

Hipomagnesemia, hipocalcemia55, hiponatremia56, hipocalemia57 e hipofosfatemia têm sido observadas em pacientes tratados com   PLATIRAN  e estão provavelmente relacionadas a danos nos túbulos renais. Tetania58 tem ocorrido ocasionalmente em pacientes com hipocalcemia55 e hipomagnesemia. Geralmente, os níveis de eletrólitos59 séricos normais são recuperados através da administração suplementar de eletrólitos59 e a suspensão do  PLATIRAN .
A síndrome60 inadequada do hormônio61 antidiurético tem também ocorrido.

Hiperuricemia

Tem sido relatado que a hiperuricemia ocorre com aproximadamente a mesma frequência que o aumento das taxas de uréia25 e creatinina9 séricas. É mais pronunciada após doses maiores que 50mg/m2 e os níveis máximos de ácido úrico ocorrem, em geral, entre 3 a 5 dias após a dose. O tratamento  com alopurinol para hiperuricemia reduz eficazmente os níveis de ácido úrico.

Neurotoxicidade (Vide Advertências)

A neurotoxicidade normalmente caracterizada por neuropatias periféricas tem ocorrido em alguns pacientes. As neuropatias podem ocorrer após tratamento prolongado (4 a 7 meses); entretanto, sintomas62 neurológicos têm ocorrido após uma dose única. Embora os sinais63 e sintomas62 geralmente se desenvolvam durante o tratamento, raramente eles podem começar após a última dose de  PLATIRAN . A neuropatia64 pode progredir após a interrupção do tratamento. Tem-se relatado a ocorrência de sinal65 de L'Hermitte, mielopatia66 da coluna dorsal e de neuropatia autonômica67
A terapia com  PLATIRAN  deve ser suspensa à primeira constatação de sintomas62. Evidência preliminar sugere que a neuropatia periférica68 pode ser irreversível em alguns pacientes.
Cãimbras musculares de início súbito e curta duração têm sido reportados. Foram, em geral, observados em pacientes que receberam uma dose cumulativa relativamente alta, e que tinham um estágio relativamente avançado de neuropatia periférica68.
Registraram-se também, perda do paladar69 e convulsões.

Toxicidade40 Ocular

Neurite70 óptica, edema30 papilar e cegueira cerebral foram registrados com pouca freqüêcia em pacientes recebendo doses padrões recomendadas de  PLATIRAN . A melhora  e/ou recuperação total ocorre normalmente após suspensão de   PLATIRAN . Esteróides com ou sem manitol têm sido utilizados, no entanto, sua eficácia não foi estabelecida.
Visão71 turva e percepção alterada de cores foram registradas após terapias com doses de  PLATIRAN  mais altas do que aquelas recomendadas.

Reações do Tipo Anafiláticas

Reações tipo anafiláticas foram registradas ocasionalmente em pacientes expostos previamente a   PLATIRAN . As reações consistem em edema30 facial, zumbido, taquicardia31 e hipotensão32, após poucos minutos de administração da droga. As reações podem ser controladas por epinefrina intravenosa, corticosteróides e anti-histamínicos. Os pacientes recebendo   PLATIRAN  devem ser cuidadosamente observados para possíveis reações tipo anafiláticas.


Hepática37

Elevações transitórias das enzimas hepáticas72 e bilirrubina73 podem ocorrer quando  PLATIRAN  for administrado nas doses recomendadas.


Outras Toxicidades

Toxicidades vasculares74 coincidentes com o uso de  PLATIRAN  em combinação com outros agentes antineoplásicos raramente têm sido relatadas. Os eventos são clinicamente heterogêneos e podem incluir infarte do miocárdio75, acidente cérebro76-vascular77, microangiopatia trombótica78, Síndrome60 hemolítico urêmica ou arterite cerebral. Vários mecanismos têm sido propostos para estas complicações vasculares74. Há também relatos do fenômeno de Raynaud79 ocorrendo em pacientes tratados com a combinação de bleomicina, vimblastina, com ou sem   PLATIRAN . Tem-se sugerido que a hipomagnesemia que se desenvolve ao mesmo tempo com o uso de  PLATIRAN  possa ser um fator a mais, embora não essencial, associado a este evento. Entretanto, não se sabe atualmente se a causa do fenômeno de Raynaud79 nestes casos é a doença, comprometimento vascular77 básico, bleomicina, vimblastina, hipomagnesemia ou uma combinação de quaisquer destes fatores.
Outras toxicidades registradas como de ocorrência pouco frequente são anormalidades cardíacas, soluços, amilase sérica elevada e erupção80 cutânea81. Alopécia82 tem também sido relatada.
Raramente foi observado toxicidade40 local do tecido83 mole após extravasamento de  PLATIRAN . Infiltração de soluções de  PLATIRAN  podem resultar em celulite84 tissular85, fibrose86 e necrose87.

Posologia e Administração de Platiran

PLATIRAN  solução deve ser usado apenas por via intravenosa e deve ser administrado por infusão I.V. como recomendado abaixo.

POSOLOGIA

Nota: AGULHAS OU EQUIPOS QUE CONTENHAM PARTES DE ALUMÍNIO E QUE POSSAM ENTRAR EM CONTATO COM O  PLATIRAN , NÃO DEVEM SER USADOS PARA SUA PREPARAÇÃO OU ADMINISTRAÇÃO. O ALUMÍNIO REAGE COM  PLATIRAN , LEVANDO À FORMAÇÃO DE UM PRECIPITADO E À PERDA DE POTÊNCIA.


Tumores Metastáticos de Testículo12

A dose usual de  PLATIRAN  par o tratamento de câncer16 de testículo12 em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 20 mg/m 2  I.V., diariamente por 5 dias cada 3 semanas por um mínimo de 4 ciclos.

Tumores Metastáticos de Ovário13

A dose usual de  PLATIRAN  para o tratamento de tumores metastáticos de ovário13 em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 75-100 mg/m 2  I.V. uma vez cada 3 a 4 semanas por um mínimo de 4 ciclos.

Como agente único,  PLATIRAN  deve ser administrado na dose de 100 mg/m² por via I.V., uma vez a cada 4 semanas.


Câncer16 Avançado de Bexiga17

PLATIRAN  deve ser administrado como agente único na dose de 50 a 70 mg/m² I.V., uma vez a cada 3 a 4 semanas dependendo da extensão dos tratamentos radioterápicos e/ou quimioterápicos anteriores. Em pacientes com tratamentos prévios muito agressivos, recomenda-se uma dose inicial de 50 mg/m², repetida a cada 4 semanas.


Carcinoma88 espino-celulares de cabeça20 e pescoço21

A dose usual de  PLATIRAN  para o tratamento de carcinoma88 espino-celulares de cabeça20 e pescoço21 em associação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 60-100 mg/m 2  I.V. uma vez ao dia cada 3 semanas.

ADMINISTRAÇÃO

Os seguintes princípios importantes devem ser levados em consideração por ocasião da administração da cisplatina:

1. A cisplatina deve ser administrada em solução intravenosa contendo pelo menos 0,3% de NaCl. Esta quantidade de íons89 cloreto é essencial para a manutenção da estabilidade da cisplatina na solução intravenosa. A droga deve ser diluída em solução fisiológica90 a 0,9% ou em 1/2 ou 1/3 de solução fisiológica90 com solução glicosada a 5%.

2. Uma diurese91 de 100 ml/hora ou mais, tenderá a minimizar a nefrotoxicidade24 da cisplatina. Isto pode ser obtido através de hidratação prévia com 2 litros de uma solução intravenosa apropriada e de hidratação similar após a administração da cisplatina (recomenda-se 2.500 ml/m 2 /24 horas). Se uma hidratação vigorosa for insuficiente para manter uma diurese91 adequada, um diurético92 osmótico93 pode ser administrado (por exemplo, manitol).

3. A cisplatina pode ser administrada por infusão de 1 mg/minuto com pré e pós hidratação como recomendado acima. Alternativamente, a cisplatina pode ser administrada em um período de 6 a 8 horas com fluido suficiente para manter uma diurese91 adequada durante e após a administração.

4. A administração da cisplatina tem sido associada a desequilíbrios eletrolíticos, incluindo hipomagnesemia sintomática94. Portanto, recomenda-se a monitorização dos eletrólitos59 séricos antes, durante e após cada ciclo de cisplatina.

Não administrar novo ciclo de  PLATIRAN  até que a creatinina9 sérica seja inferior a 1,5mg/100ml e/ou a uréia25 esteja abaixo de 25 mg/100ml e os elementos circulantes do sangue95 estejam em níveis aceitáveis (plaquetas42 maior ou igual a 100.000/mm 3  e leucócitos43 maior ou igual a 4.000/mm 3 ). Doses subsequentes de  PLATIRAN  não devem ser administradas até que uma análise audiométrica indique que a acuidade auditiva esteja dentro dos limites normais.

Assim como outros compostos potencialmente tóxicos, deve-se tomar cuidado na manipulação da solução de cisplatina. Podem ocorrer reações cutâneas96 associadas à exposição acidental à cisplatina. Recomenda-se o uso de luvas. Se a solução de cisplatina entrar em contato com a pele97 ou mucosa98, lavar bem a região imediatamente com água e sabão.

Nota: Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte das drogas anticâncer. Já foram publicados vários guias sobre este assunto (1 a 7); porém, não há um acordo geral de que todos os procedimentos recomendados nestes guias sejam necessários ou apropriados.


Superdosagem de Platiran

DEVE-SE USAR DE CAUTELA PARA PREVENIR SUPERDOSAGEM INADVERTIDA COM  PLATIRAN .
Superdosagem aguda com esta droga pode resultar em dano renal8, hepático, surdez, toxicidade40 ocular (incluindo deslocamento de retina99), mielodepressão significativa, náuseas51 e vômitos52 intratáveis e/ou neurite70. Além disso pode ocorrer morte após a superdosagem.
Nenhum antídoto100 comprovado foi estabelecido para a superdosagem. A hemodiálise101 mesmo quando iniciada, quatro horas após a superdosagem, parece ter efeito mínimo na remoção da platina do organismo devido ao rápido e alto grau de ligação protéica do  PLATIRAN . A conduta na superdosagem deve incluir medidas gerais de suporte para manter o paciente durante o período de toxicidade40 que possa ocorrer.

Estabilidade de Platiran

PLATIRAN  apresenta-se em frasco multidose, estéril sem conservantes. A cisplatina restante no frasco ambar após a aplicação inicial é estável por 28 dias, quando o frasco for protegido da luz, ou por 7 dias se armazenado sob luz ambiente fluorescente.Os frascos fechados de cisplatina solução 1,0 mg/ml devem ser armazenados à temperatura ambiente entre 15º-25ºC e protegidos da luz.
Quando armazenados como recomendado, os frascos fechados permanecem estáveis até a data de validade indicada no cartucho.
A solução de cisplatina diluída nos seguintes líquidos de infusão, é estável por 6 a 8 horas à temperatura ambiente.

cloreto de sódio 0,9%
glicose102 5% e cloreto de sodio 0,9%
glicose102 5% e cloreto de sodio 0,45%
glicose102 5% e cloreto de sodio 0,9% com manitol
glicose102 5% e cloreto de sodio 0,45% com manitol
glicose102 5% e cloreto de sódio 0,3% com manitol

Caso a infusão diluída não seja usada dentro de 6 horas, proteger da luz.

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA


USO RESTRITO À HOSPITAIS


Referências de Platiran

1. U.S. Public Health Service, National Institutes of Health. Recommendations for the Safe Handling of Parenteral Antineoplastic Drugs, 1983, NIH Publication nº 83-2621.  Superintendent of Documents, U.S.Government Printing Office, Washington, D.C. 20402.

2. AMA Council Report. Guidelines for handling Parenteral  Antineoplastics.  JAMA ,  23  : 1590-1592, 1985.

3. National Study Commission on Cytotoxic Exposure : Recommendations for Handling Cytotoxic Agents, 1987. Louis P. Jeffrey, Sc.D., Chairman National Study Commission on Cytotoxic Exposure, Massachusetts College of Pharmacy and Allied Health Sciences, 179 Lonwood Avenue, Boston, Massachusetts 02115.

4. Clinical Oncological Society of Australia : Guidelines and Recommendations for Safe Handling of Antineoplasic Agents.  Med. J. Australia, 1  : 426-428, 1983.

5. Jones, R.B.  et al .  Safe Handling of Chemotherapeutic Agents :  A Report from the Mount Sinai Medical Center.  Ca-A Cancer16 Journal  for Clinicians, 33  : 258-263, 1983.

6. American Society of Hospital Pharmacists Technical Assistance Bulletin on Handling Cytotoxic Drugs in Hospitals.  Am. J. Hosp. Pharm., 47 : 1033-1049, 1990.
7. OSHA Work-Practice Guidelines for personnel Dealing with Cytotoxic (Antineoplasic) Drugs.  Am. J. Hosp. Pharm., 43  : 1193 - 1204, 1986.

PLATIRAN - Laboratório

B-MS
Rua Carlos Gomes, 924
São Paulo/SP - CEP: 04743-002
Tel: 55 (011) 882-2000
Fax: 55 (011) 246-0151
Site: http://www.bristol.com.br/

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Complementos

1 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
2 Ácido clorídrico: Ácido clorídrico ou ácido muriático é uma solução aquosa, ácida e queimativa, normalmente utilizado como reagente químico. É um dos ácidos que se ioniza completamente em solução aquosa.
3 Farmacologia: Ramo da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas respectivas classificações.
4 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
5 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
6 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
7 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
8 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
9 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
10 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
11 Intestino delgado: O intestino delgado é constituído por três partes: duodeno, jejuno e íleo. A partir do intestino delgado, o bolo alimentar é transformado em um líquido pastoso chamado quimo. Com os movimentos desta porção do intestino e com a ação dos sucos pancreático e intestinal, o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos.
12 Testículo: A gônada masculina contendo duas partes funcionais Sinônimos: Testículos
13 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
14 Refratários: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
15 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
16 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
17 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
18 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
19 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
20 Cabeça:
21 Pescoço:
22 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
23 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
24 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
25 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
26 Parestesias: São sensações cutâneas subjetivas (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.
27 Propriocepção: Também denominada de cinestesia, é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Esta percepção permite a manutenção do equilíbrio postural e a realização de diversas atividades. Ela resulta da interação das fibras musculares que trabalham para manter o corpo na sua base de sustentação, de informações táteis e do sistema vestibular, localizado no ouvido interno.
28 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
29 Audiometria: Método utilizado para estudar a capacidade e acuidade auditivas perante diferentes freqüências sonoras.
30 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
31 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
32 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
33 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
34 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
35 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
36 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
37 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
38 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
39 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
40 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
41 Vestibular: 1. O sistema vestibular é um dos sistemas que participam do equilíbrio do corpo. Ele contribui para três funções principais: controle do equilíbrio, orientação espacial e estabilização da imagem. Sintomas vestibulares são aqueles que mostram alterações neste sistema. 2. Exame que aprova e classifica os estudantes a serem admitidos nos cursos superiores.
42 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
43 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
44 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
45 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
46 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
47 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
48 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
49 Anemia hemolítica: Doença hereditária que faz com que os glóbulos vermelhos do sangue se desintegrem no interior dos veios sangüíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do organismo (hemólise extravascular). Pode ter várias causas e ser congênita ou adquirida. O tratamento depende da causa.
50 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
51 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
52 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
53 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
54 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
55 Hipocalcemia: É a existência de uma fraca concentração de cálcio no sangue. A manifestação clínica característica da hipocalcemia aguda é a crise de tetania.
56 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
57 Hipocalemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
58 Tetania: Espasmos e contraturas dos músculos das mãos e pés, e menos freqüentemente dos músculos da face, da laringe (cordas vocais) e da coluna vertebral. Inicialmente, são indolores; mas tendem a tornar-se cada vez mais dolorosos. É um sintoma de alterações bioquímicas do corpo humano e não deve ser confundida com o tétano, que é uma infecção. A causa mais comum é a hipocalcemia (nível baixo de cálcio no sangue). Outras causas incluem hipocalemia (nível baixo de potássio no sangue), hiperpnéia (frequência respiratória anormalmente profunda e rápida, levando a baixos níveis de dióxido de carbono), ou mais raramente de hipoparatiroidismo (atividade diminuída das glândulas paratiróides). Recentemente, considera-se que a hipomagnesemia (nível baixo de magnésio no sangue) é também um dos fatores causais desta situação clínica.
59 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
60 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
61 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
62 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
63 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
64 Neuropatia: Doença do sistema nervoso. As três principais formas de neuropatia em pessoas diabéticas são a neuropatia periférica, neuropatia autonômica e mononeuropatia. A forma mais comum é a neuropatia periférica, que afeta principalmente pernas e pés.
65 Sinal: 1. É uma alteração percebida ou medida por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida. 2. Som ou gesto que indica algo, indício. 3. Dinheiro que se dá para garantir um contrato.
66 Mielopatia: Qualquer distúrbio ou doença que afeta a medula óssea ou a medula espinhal.
67 Neuropatia autonômica: Tipo de neuropatia que afeta pulmões, coração, estômago, intestino, bexiga e órgãos genitais.
68 Neuropatia periférica: Dano causado aos nervos que afetam os pés, as pernas e as mãos. A neuropatia causa dor, falta de sensibilidade ou formigamentos no local.
69 Paladar: Paladar ou sabor. Em fisiologia, é a função sensorial que permite a percepção dos sabores pela língua e sua transmissão, através do nervo gustativo ao cérebro, onde são recebidos e analisados.
70 Neurite: Inflamação de um nervo. Pode manifestar-se por neuralgia, déficit sensitivo, formigamentos e/ou diminuição da força muscular, dependendo das características do nervo afetado (sensitivo ou motor). Esta inflamação pode ter causas infecciosas, traumáticas ou metabólicas.
71 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
72 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
73 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
74 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
75 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
76 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
77 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
78 Trombótica: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
79 Fenômeno de Raynaud: O fenômeno de Raynaud (ou Raynaud secundário) ocorre subsequentemente a um grande grupo de doenças, como artrite, vasculite, esclerodermia, dentre outras. Esta forma de Raynaud pode progredir para necrose e gangrena dos dedos.
80 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
81 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
82 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
83 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
84 Celulite: Inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo subjacente, geralmente produzida por um agente infeccioso e manifestada por dor, rubor, aumento da temperatura local, febre e mal estar geral.
85 Tissular: Relativo a tecido orgânico.
86 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
87 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
88 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
89 Íons: Átomos ou grupos atômicos eletricamente carregados.
90 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
91 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
92 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
93 Osmótico: Relativo à osmose, ou seja, ao fluxo do solvente de uma solução pouco concentrada, em direção a outra mais concentrada, que se dá através de uma membrana semipermeável.
94 Sintomática: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
95 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
96 Cutâneas: Que dizem respeito à pele, à cútis.
97 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
98 Mucosa: Tipo de membrana, umidificada por secreções glandulares, que recobre cavidades orgânicas em contato direto ou indireto com o meio exterior.
99 Retina: Parte do olho responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico. Possui duas partes: a retina periférica e a mácula.
100 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
101 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
102 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.

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