Plaketar
BIOLABFARMA
Plaketar®
Indicações do Plaketar
Plaketar® está indicado para reduzir o risco de apoplexia1 trombótica2 fatal ou não fatal (acidente vascular cerebral3 primário ou recorrente), em pacientes que já tenham experimentado AVC isquêmico4 completo, AVC menor, déficit neurológico isquêmico4 reversível ou ataque isquêmico4 transitório (inclusive amaurose monocular transitória). Prevenção de acidentes isquêmicos extensos, especialmente coronarianos, em pacientes com arteriosclerose5 obliterante crônica dos membros inferiores, com sintomas6 de claudicação intermitente7. Prevenção e correção dos distúrbios plaquetários induzidos por circuitos extracorpóreos: cirurgia com circulação8 extracorpórea, hemodiálise9 crônica. Plaketar® pode ser utilizado na prevenção da apoplexia1, por pacientes intolerantes ao ácido acetilsalicílico.
Forma Farmacêutica e Apresentações do Plaketar
Comprimido revestido. Caixa com 20 e 30 comprimidos.
Uso adulto
Contra-Indicações do Plaketar
Sensibilidade a qualquer componente da fórmula; presença de alterações hematopoiéticas como leucopénia, trombocitopenia10 e agranulocitose11; presença de alterações hemostáticas ou sangramento patológico ativo (úlcera péptica12, hemorragia13 intracranial); pacientes com severas lesões14 hepáticas15.
Cuidados e Advertências do Plaketar
Gerais - Plaketar® deve ser administrado com cautela a pacientes com risco de hemorragias16 devido a traumas, cirurgias ou condições patológicas. Se houver necessidade de eliminar o efeito antiplaquetário de Plaketar® antes de uma cirurgia eletiva17, o produto deve ser descontinuado de 10 a 14 dias antes do evento.
O tempo de sangramento prolongado pode ser normalizado dentro de 2 horas após a administração de 0,5 a 1 mg/kg de metilprednisolona EV. Também pode ser utilizada a desmopressina na dose de 0,2 a 0,4 mg/kg EV e de concentrado de plaquetas18 (menos usual).
Hemorragia13 gastrointestinal: Plaketar® prolonga o tempo de sangramento padrão. O produto deve ser usado com cautela em pacientes com lesões14 propensas a sangrar (úlceras19). Produtos que induzem a formação de lesões14 graves devem ser utilizados com cuidado em pacientes que estão sob terapia de Plaketar®.
Controle hematológico: Durante os primeiros 3 meses de uso de Plaketar® recomenda-se realizar hemograma completo no início do tratamento e depois a cada 15 dias de intervalo. Repetir o controle hematológico passados 15 dias da descontinuação do Plaketar®, caso o tratamento seja interrompido antes de 3 meses. Quando ocorrer neurotropenia (< 1500 neutrófilos20/mm3) ou trombocitopenia10 (< 100.000 plaquetas18/mm3), o tratamento deve ser suspenso e o hemograma controlado até restabelecimento da sua normalidade.
Controle clínico: Os pacientes, sem exceção, devem ser alertados pelo médico e acompanhados principalmente nos primeiros 3 meses de administração de Plaketar®, no que se refere a sinais21 e sintomas6 de reações adversas (neutropenia22 = febre23, dor de garganta24, ulceração25 na mucosa26 oral; trombocitopenia10 ou alteração na hemostasia27 = sangramento prolongado ou inusitado, equimoses28, fezes escuras, púrpura29; icterícia30 = pele31 e olhos32 amarelados, fezes claras, urina33 escura). Caso surja algum destes sintomas6, o paciente deve suspender o tratamento e avisar imediatamente o médico. A decisão de reiniciar o tratamento dependerá dos resultados dos exames clínicos e laboratoriais.
O diagnóstico34 clínico de púrpura29 trombocitopênica trombótica2 (PTT) caracteriza-se pela presença súbita ou não de trombocitopenia10, anemia hemolítica35, disfunção renal36, febre23 e sintomas6 neurológicos. Na sua grande maioria de vezes, a PTT foi detectada nas primeiras 8 semanas de tratamento. Como há risco de óbito37, recomenda-se aconselhamento por equipe de especialistas. O tratamento com plasmaferese pode melhorar o prognóstico38.
Gravidez39 - Estudos conduzidos em animais com elevadas doses de ticlopidina, produziram toxicidade40 maternal e fetal, sem no entanto evidenciar potencial teratogênico41. Não há adequados e bem controlados estudos em mulheres grávidas e, portanto, Plaketar® não deve ser administrado durante a gravidez39, a não ser em casos muito específicos.
Lactação42 - Estudos em ratas demonstraram que a ticlopidina é excretada no leite. Não é conhecido se a ticlopidina é excretada no leite humano. Devido ao fato de muitos medicamentos serem eliminados no leite humano e também devido o potencial para gerar reações adversas, deve-se descontinuar o medicamento ou então o aleitamento, levando-se em conta a importância de Plaketar® para a mãe.
Pediatria - Não foi estabelecida a segurança e eficácia da ticlopidina em pacientes menores de 18 anos.
Geriatria (idosos) - O clearance da ticlopidina é relativamente menor em pacientes idosos enquanto que o nível inferior da curva está aumentado. Não houve diferença na eficácia ou segurança quando do uso da ticlopidina em jovens e idosos. Também nas experiências clínicas não foram observadas diferenças nas respostas terapêuticas entre pacientes jovens e idosos, apesar de, em casos isolados, ter havido maior sensibilidade em indivíduos idosos.
Insuficiência hepática43 - Como a ticlopidina é metabolizada pelo fígado44, a dosificação de Plaketar® ou outros medicamentos também metabolizados no fígado44 pode requerer ajuste para ser iniciada ou mesmo a interrupção da terapia conjunta. Em pacientes com severas doenças hepáticas15 que podem ter sangramento diatheses, recomenda-se não administrar Plaketar®. Nos casos de hepatite45 ou icterícia30, deve-se suspender o tratamento com Plaketar®.
Interações Medicamentosas do Plaketar
Ácido acetilsalicílico e outros AINES: a ticlopidina potencializa o efeito dos antiinflamatórios não hormonais quanto a inibição da agregação plaquetária, aumentando o risco hemorrágico46. A segurança do uso concomitante da ticlopidina com o ácido acetil salicílico ou outros AINES não foi estabelecida. Não é recomendado o uso concomitante de ácido acetil salicílico com a ticlopidina. Caso o uso de antiinflamatórios seja imprescindível, deve-se proceder o cuidadoso controle clínico e laboratorial.
Antiácidos47: A administração de ticlopidina posteriormente a antiácidos47 resulta em uma diminuição de 18% no nível plasmático da ticlopidina.
Digoxina: Co-administração de ticlopidina e digoxina resulta em uma pequena redução (cerca de 15%) da digoxina plasmática, sem contudo afetar sua eficácia terapêutica48.
Teofilina: Em voluntários sadios, a administração concomitante da ticlopidina produz um significante aumento na meia-vida de eliminação (de 8,6 para 12,2 horas) e similar redução no clearance de teofilina. É necessário controle clínico nas determinações do nível plasmático de teofilina, além de adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a ticlopidina.
Fenobarbital: A administração crônica de fenobarbital não é alterada pela inibição plaquetária promovida pela ticlopidina.Fenitoína: Estudos "in vitro" demonstraram que a ticlopidina não altera a ligação da fenitoína às proteínas49 plasmáticas. Não foram elaborados estudos "in vitro". Foram reportados vários casos de sonolência e letargia50 associados a níveis plasmáticos elevados de fenitoína, após administração conjunta com ticlopidina.
Propranolol: Estudos "in vitro" com a ticlopidina não alteraram a ligação das proteínas49 plasmáticas à ticlopidina. No entanto, não há estudos "in vivo" sobre esta questão. Cuidados devem ser tomados quando se administra propranolol conjuntamente com a ticlopidina.
Antiagregantes plaquetários: Podem aumentar o risco hemorrágico46. Caso a associação não possa ser evitada, o paciente deve ser cuidadosamente controlado clínica e laboratorialmente.
Anticoagulantes51 orais: aumentam o risco hemorrágico46 pelas ações combinadas do anticoagulante52 e da ticlopidina (antiplaquetária). Se a associação não puder ser evitada, é necessário o controle clínico e laboratorial (inclusive INR).
Heparínicos: Aumentam o risco hemorrágico46. Caso o uso conjunto seja prescrito, o paciente deve se submeter a controle clínico e laboratorial (inclusive APTT).
Outros medicamentos: Embora estudos de interação específica não tenham sido realizados, em diversos estudos clínicos a ticlopidina foi administrada concomitantemente com beta-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos53 sem qualquer evidência clínica de interações adversas significativas. Houve raros relatos de diminuição nos níveis sangüíneos da ciclosporina. Assim, estes devem ser monitorizados caso haja administração conjunta com ticlopidina.
Interferência em Exames Laboratoriais do Plaketar
Função hepática54: o uso da ticlopidina foi associado a elevações da fosfatase alcalina55 e das transaminases, que ocorreram, geralmente, dentro de 1 a 4 meses do início da terapia. Ocasionalmente alguns pacientes desenvolveram pequenos aumentos na bilirrubina56.
Colesterol57: tratamento contínuo com ticlopidina pode estar associado a aumento (até 10%) de colesterol57 e triglicérides58 séricos, entre 1 a 4 meses após início da terapia, sem progressão posterior com a continuidade da terapia. As relações entre as sub-frações lipoprotéicas permanecem inalteradas. Estes efeitos estão dissociados da idade, sexo, ingestão de álcool ou diabetes59, e não têm influência sobre o risco cardiovascular.
Hematológicas: neutropenia22, raramente pancitopenia60, assim como trombocitopenia10 e anemia hemolítica35 foram relatadas durante o tratamento com ticlopidina.
Reações Adversas do Plaketar
Gastrointestinais: diarréia61, náusea62, vômito63, dispepsia64 e dores abdominais. A maioria dos casos é leve, mas cerca de 13% dos pacientes interromperam a terapia em função deles. Ocorrem usualmente durante os primeiros 3 meses de tratamento, e regridem em 1 a 2 semanas, sem necessidade de se interromper a terapia. Caso as reações sejam severas ou persistentes, o tratamento deve ser descontinuado. Em alguns casos foi diagnosticada colite65.
Hematológicas: neutropenia22 / trombocitopenia10, agranulocitose11, eosinofilia66, pancitopenia60, trombocitose67 e depressão da medula óssea68 foram relatadas. A ocorrência de neutropenia22 grave ou agranulocitose11 manifestou-se, em geral, nos primeiros 3 meses de tratamento, mas nem sempre foi acompanhada por infecção69. Mais raramente, anemia hemolítica35 com reticulose e imune trombocitopenia10.
Hemorrágicas70: A ticlopidina foi associada com o aumento das hemorragias16, sangramentos espontâneos, pós-operatórios, inclusive gastrointestinais. Está associada a um número de complicações hemorrágicas70 como hematomas71, equimoses28, hematúria72, hemorragia13 conjuntival e epistaxe73. As hemorragias16 cerebrais foram raras.
Dermatológicas: há relatos de erupções cutâneas74 maculopapulares ou urticariformes, freqüentemente com prurido75. Aparecem, normalmente, nos primeiros 3 meses da terapia (tempo médio de 11 dias) com ticlopidina. Tais manifestações regridem dentro de poucos dias após a suspensão do tratamento. Há raros relatos de erupções severas, inclusive síndrome de Stevens-Johnson76, eritema multiforme77 e dermatite78 esfoliativa.
Hepáticas15: raros casos de hepatite45 e icterícia30 colestática foram relatados durante os primeiros 3 meses de tratamento. Houve necessidade da suspensão da ticlopidina.
Outras reações: Dor de cabeça79, astenia80, tinido. Outras reações muito raras incluem: hiponatremia81, insuficiência renal82, vasculite83, reações alérgicas (incluindo angioedema84, pneumonite85 alérgica e anafilaxia86), artropatia87, neuropatia periférica88, sépsis, angioedema84, lupus89 sistêmico90, reação do soro91, nefropatia92 e miosite.
Posologia do Plaketar
A dosagem recomendada é de 2 comprimidos de Plaketar® 250 mg/dia, durante ou após as duas principais refeições.
Superdosagem: Os sintomas6 de uma dosagem excessiva podem ser problemas gastrointestinais acentuados, aumento do tempo de sangramento (hemorragias16) e das transaminases. Recomenda-se êmese93 provocada, lavagem gástrica94 e medidas gerais de suporte.
Venda sob prescrição médica.
Reg. M.S. n.º 1.0974.0089
Farm. Resp.: Dr. Dante Alario Jr. - CRF-SP n.º 5.143
Plaketar - Laboratório
BIOLABFARMA
Rua Olimpíadas, 242, 3° andar. Vila Olímpia.
São Paulo/SP
- CEP: 04551-000
Tel: 55 11 3573-6000
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