DILACORON
ABBOTT
Dilacoron
Formas Farmacêuticas e Apresentações de Dilacoron
Comprimidos Revestidos:Dilacoron 80mg - Embalagem com 30 comprimidos revestidos sulcados.
Dilacoron 120mg AP - Embalagem com 20 comprimidos revestidos.
Dilacoron 240mg Retard - Embalagem com 10 ou 30 comprimidos.
Solução Injetável:
Solução Injetável - Embalagem com 5 ampolas de 2ml
Composição de Dilacoron
A forma oral de liberação normal contém 80mg de cloridrato de verapamila (Dilacoron 80 mg).
A forma oral de liberação gradativa contém 120 mg de cloridrato de verapamila (Dilacoron AP).
A forma Retard, desenvolvida para uma cinética1 de liberação e níveis plasmáticos de 24h, contêm 240 mg de cloridrato de verapamila (Dilacoron Retard).
A forma injetável contém 5mg de cloridrato de verapamila em 2ml de solução fisiológica2.
INFORMAÇÃO AO PACIENTE:
Conservar os comprimidos em lugar fresco, ao abrigo da luz e umidade, e a solução injetável em lugar fresco, ao abrigo da luz.
O prazo de validade é 42 meses para os comprimidos e de 60 meses para solução injetável, a contar da data de sua fabricação.
NÃO USE MEDICAMENTOS COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO.
Assim como qualquer medicamento, Dilacoron só deve ser usado durante o primeiro trimestre de gravidez3, sob orientação e cuidados médicos.
A ocorrência de gestação durante o uso do medicamento deve ser comunicado imediatamente ao médico.
O uso do produto durante a amamentação4 deve ser feito somente sob orientação e cuidados médicos.
O produto deve ser usado de acordo com orientação dada pelo médico e somente ele poderá recomendar a sua interrupção.
No caso de surgirem reações desagradáveis, tais como: cansaço, vertigem5, cefaléia6, fraqueza, náusea7, constipação8, palpitações9, falta de ar, tosse e retenção urinária10, o médico deve ser imediatamente comunicado.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Pacientes com distúrbios hepáticos e/ou renais devem comunicar o fato ao médico.
Não se deve ingerir bebidas alcoólicas durante o uso de Dilacoron.
NÃO TOME REMÉDIOS SEM CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE11.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Dilacoron contém como princípio ativo o cloridrato de verapamila, um derivado sintético da papaverina, protótipo de um grupo de compostos que apresentam a propriedade comum de inibir seletivamente o fluxo dos íons12 cálcio para célula13, através da membrana.
O Cloridrato de verapamila é o cloridrato de isopropil - (N-metil-N-homoveratril) - aminopropil-3, 4 - dimetoxifenil - acetonitrilo.
Está bem estabelecido que o processo de contração em toda célula13 muscular é desencadeado pela elevação da concentração de cálcio intracelular. O cálcio desencadeia o mecanismo de deslocamento dos filamentos de actina e miosina, ao liberar o sítios ativos da actna, permitindo que as extremidades de miosina se fixem e iniciem o deslocamento.
Em níveis terapêuticos do cloridrato de verapamila inibe ao transporte transmembrana do íons12 cálcio através de "canais lentos" ou "canais de cálcio", diminuindo, assim, o cálcio intracelular disponível para iniciar o processo de contração muscular e modificando os fenômenos elétricos a nível da membrana celular14. O cloridrato de verapamila exerce sua ação bloqueante dos "canais lentos", fixando-se a face15 interna da membrana e, por isso, necessita entrar na célula13 para exercer seu efeito.
Basta uma molécula de verapamila para interagir com o sítio receptor.
Clinicamente, a ação bloqueante dos canais lentos exercida pelo cloridrato de verapamila é especificada para dois tipos de músculos16, o músculo liso vascular17 e as fibras musculares18 do sistema cardíaco de condução.
O cloridrato de verapamila bloqueia os canais de cálcio do músculo liso19 arterial. O cloridrato de verapamila bloqueia os canais de cálcio em alguns locais específicos do sistema cardíaco de condução (principalmente o nódulo AV20) diminuindo a transmissão dos estímulos ectópicos21 do átrio para o ventrículo e controlando a freqüência cardíaca. Por suas ações combinadas, vascular22 e cardíaca, a vasodilatação induzida por cloridrato verapamila não se acompanha de taquicardia23 reflexa, como habitualmente ocorre com outros vasodilatadores.
Devido a estas ações na, insuficiência24 coronária aguda e crônica (angina25 de peito26), Dilacoron por via oral reduz o consumo de nitritos, o número de crises angionosas, normaliza as alterações do segmento ST e aumenta a tolerância do esforço físico.
No tratamento de hipertensão27, Dilacoron por via oral, assim como outros vasodilatadores anti-hipertensivos, reduz a resistência vascular22 periférica, com a vantagem de não induzir efeito reflexo taquicardizante e manter o débito cardíaco28 inalterado. Nesse sentido corresponde a administração conjunta de betabloqueador e
vasodilatador anti-hipertensivo. Dilacoron mantém ou aumenta a função renal29, aumenta o fluxo plasmático, o filtrado glomerular, o fluxo urinário e a excreção de sódio. Quando associados a diuréticos30 diminui a perda de potássio.
A redução pressórica e gradativa e não acompanhada de hipotesão ortostática. Adicionalmente, Dilacoron por via oral restaura a reatividade vascular22 fisiológica2 ao exercício.
Nas arritmias31 taquicárdicas, Dilacoron por via oral promove a manuntenção do ritmo sinusal e faz a profilaxia de crises da maioria dos pacientes com taquicardia23 paroxística supraventricular. Produz reversão e/ou redução da freqüência ventricular em pacientes com fibrilação e "flutter" atrial e reduz ou elimina a extrassistolia,
especialmente em arritmias31 da insuficiência24 coronariana e da Doença de Chagas32, neste caso quando usado em doses mais elevadas.
Como profilaxia de arritmias31 após o infarto33, Dilacoron por via oral evita o surgimento de arritmias31 em pacientes com antecedente de infarto33, reduz a sua incidência34 após o infarto33 recente e oferece um efeito miocardioprotetor, quando não acompanhado de hipotensão35 ou bradicardia36.
Sob a forma injetável, em poucos minutos promove a reversão ao ritmo sinusal da grande maioria (acima de 90%) dos casos de Taquicardia23 Paroxística Supraventricular, a reversão ao ritmo sinusal e/ou normalização da freqüência ventricular em pacientes com fibrilação auricular aguda e crônica, bem como do "Flutter" atrial. Dilacoron injetável suprime focos ectópicos21, especialmente supraventriculares. Durante a anestesia37 com halotano (com ou sem emprego de adrenalina38) faz a profilaxia e tratamento de extrassislolias, especialmente ventriculares.
Nas crises hipertensivas, Dilacoron injetável em poucos minutos produz queda da pressão sangüínea39 sistólica e diastólica da ordem de 20 a 30% sem atingir níveis de hipotensão35, especialmente naqueles pacientes com complicações hipertensivas como encefalopatia hipertensiva40, epistaxes, aneurisma41 dissecante da aorta42,
toxemia43 gravídica, etc.
Na hipertensão27 grave acelerada, Dilacoron injetável, quando aplicado em sessões sucessivas durante 1 a 2 semanas, reduz os níveis pressóricos44, promovendo a readaptação dos barorreceptores45, tornando, assim, o paciente mais responsivo a terapêutica46 oral.
Indicações de Dilacoron
Dilacoron oral está indicado em:
1.Isquemia47 miocárdica a.isquemia47 silenciosa;
b.angina25 crônica estável(clássica angina25 de esforço);
c.angina25 de repouso
angina25 vasospastica(variante de Prinzmetal)
angina25 instável("in crescendo","pré-infarto33")
2.Hipertensão arterial48 leve e moderada
Para tratamento da hipertensão arterial48 leve e moderada, em monoterapia, Dilacoron tem a vantagem de poder ser usado em pacientes onde outras medicações estão contra-indicadas ou não são bem toleradas, tais como nos portadores de asma49, diabetes mellitus50, depressão, transtornos da função sexual, vasculopatia cerebral ou periférica, doença coronariana51, hiperlipidemias, hiperuricemia e senilidade.
3.Profilaxia das taquicardias supraventriculares paroxísticas
Dilacoron injetável está indicado para as taquicardias supraventriculares paroxística e crise hipertensiva:
a.conversão rápida para o ritmo sinusal das taquicardias supraventriculares paroxísticas incluindo aquelas associadas a feixes anômalos (Síndrome52 de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine).
b.controle temporário da resposta ventricular rápida no "flutter" ou fibrilação atrial, exceto quando associados com feixes anômalos (Síndrome52 de Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine).
c.redução dos níveis pressóricos44 na crise hipertensiva e na refratária.
Contra-Indicações de Dilacoron
hipotensão35 severa(exceto quando por crise de arritmia53);
choque54 cardiogênico;
insuficiência24 ventricular esquerda;
bloqueio AV de segundo e terceiro graus;
síndrome52 do nódulo sinusal55;
insuficiência cardíaca congestiva56;
bradicardia36 acentuada(abaixo de 50 b.p.m.);
flutter ou fibrilação atrial associada a feixe anômalo (Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine);
hipersensibilidade ao cloridrato de verapamila;
administração simultânea de betabloqueadores por via intravenosa.
Precauções de Dilacoron
Uso Pediátrico:
Deve-se ter bastante cautela ao administrar cloridrato de verapamila.
Estudos controlados com verapamila em pacientes pediátricos ainda não foram realizados, mas experiências com administração endovenosa em mais de 250 pacientes, metade abaixo de 12 meses de idade e cerca de 25% de recém-nascidos, indicam que os resultados do tratamento são similares aos observados em adultos. Entretanto, graves efeitos colaterais57 tem ocorrido, principalmente com a administração endovenosa em neonatos58.
Uso na gravidez3:
Estudos de reprodução59 realizados em coelhos e ratos com cloridrato de verapamila oral em doses de 1,5 (15 mg/kg/dia) e 6 (60 mg/kg/dia) vezes a dose oral diária do homem, respectivamente, não revelaram evidência de teratogenicidade. Entretanto, como nem sempre os estudos realizados em animais predizem a resposta para o homem, o uso de verapamila durante a gravidez3 deve ser bem avaliado quanto a relação risco-benefício. Cloridrato de verapamila atravessa a barreira placentária e pode ser detectado no sangue60 da veia umbilical durante o parto.
Uso na lactação61:
O cloridrato de verapamila também é excretado no leite materno. Devido a possível ocorrência de reações adversas em lactentes62, deve-se interromper a lactação61 durante o tratamento de Dilacoron.
Outros:
Deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas durante o uso de Dilacoron.
Em pacientes com função hepática63 limitada, o efeito do cloridrato de verapamila, dependendo da gravidade do caso, se intensifica e se prolonga
devido ao metabolismo64 retardado do fármaco65.
Por conseguinte, nestes casos se deve ajustar muito cuidadosa a dosificação e começar com doses menores.
Administração intravenosa:
Administração intravenosa somente deve ser praticada pelo médico.
Aconselha-se especial precaução em: bloqueio AV de I grau, bradicardia36 < 50 batidas/min.; hipotensão<90 mmHg, sistolia e taquicardias
ventriculares (complexo QRS>0,12 seg.). Em pacientes com distrofia66 muscular progressivas há observado depois da administração de varepamila por via intravenosa um caso de parada respiratório por falha da função muscular.
Na insuficiência24 coronária aguda a administração intravenosa só deve ser realizada observando cuidadosamente a indicação (exclusão de inforto do miocárdio67) e baixo estricto do paciente.
Durante a gravidez3, especialmente no primeiro trimestre e durante a lactação61, só deve administrar-se cloridrato de verapamila quando existir uma indicação absolutamente necessária.
Interações Medicamentosas de Dilacoron
Digitálicos: o uso de cloridrato de verapamila em pacientes digitalizados é bem tolerado se a dose de digoxina é adequadamente ajustada. O tratamento crônico68 com verapamila aumenta 50% a 75% os níveis séricos de digoxina durante a primeira semana de terapia, podendo resultar em intoxicação digitálica. Desta forma, ao iniciar-se o tratamento com cloridrato de verapamila em pacientes sob tratamento com digital é recomendável reduzir os digitálicos a metade, restabelecendo a dose inicial em 1-2 semanas, caso haja necessidade para o êxito terapêutico.
Betabloqueadores: a combinação de cloridrato de verapamila com betabloqueadores foi usada terapeuticamente em pacientes com angina25 estável que não respondiam a nenhuma medicação isoladamente. Cloridrato de verapamila e propranolol administrados conjuntamente propiciaram um a melhora mais significativa na tolerância ao exercício que qualquer das drogas isoladamente. Entretanto, recomenda-se cautela no uso combinado do
cloridrato de verapamila e betabloqueadores em pacientes com comprometimento da função ventricular esquerda ou em pacientes com disfunção do nódulo sinusal55 ou bloqueio AV instável.
O cloridrato de verapamila EV não deve ser usado em pacientes sob tratamento com betabloqueadores.
Deve-se evitar a administração intravenosa de betabloqueadores durante o tratamento com Dilacoron 240 mg comprimidos revestidos.
Agentes anti-hipertensivos: o cloridrato de verapamila administrado concomitantemente com agentes anti-hipertensivos orais(ex.: vasodilatadores, inibidores da enzima69 de conversão da angiotensina, diuréticos30 e betabloqueadores) terá um efeito aditivo na redução da pressão arterial70, devendo neste caso haver uma monitoração do paciente. Segundo um estudo realizado, a administração concomitante de cloridrato de verapamila e prazosin resultou em queda brusca da pressão sangüínea39.
Disopiramida: até que sejam obtidos dados sobre possíveis interações entre verapamila e fosfato de disopiramida, não se deve administrar
disopiramida entre 48 horas antes e 24 horas após a administração de verapamila.
Quinidina: em pequeno número de pacientes com cardiomiopatia hipertrófica (HSS), uso concomitante de verapamila e quinidina resultou em significativa hipotensão35. Até que maiores dados sejam obtidos, a terapia combinada71 de verapamila e quinidina em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica deve ser evitada.
Os efeitos eletrofisiológicos da quinidina e do cloridrato de verapamila sobre a condução AV foram estudados em 8 pacientes. O cloridrato de verapamila neutralizou significativamente os efeitos da quinidina sobre a condução AV.Houve um relato de aumento de níveis de quinidina durante a terapia com verapamila.
Nitratos: nenhuma interação indesejável tem sido atribuída a combinação do cloridrato de verapamila com nitratos de curta e longa ação. O perfil farmacológico de ambas as drogas e a experiência clínica sugerem interações benéficas, reduzindo a freqüência das crises e o consumo de nitratos.
Cimetidina: dois estudos clínicos demonstraram que não há interação significativa do cloridrato de verapamila com a cimetidina.
Um terceiro estudo demonstrou que a cimetidina reduziu clearance da verapamila e aumentou sua meia-vida de eliminação.
Ciclosporina: o tratamento concomitante com verapamila aumenta a faixa circulante da ciclosporina.
Fenitoína e Fenobarbital: redução do nível plasmático e do efeito de verapamila.
Lítio: a terapia com verapamila pode resultar em um decrécimo dos níveis séricos do lítio nos pacientes que recebem tratamento crônico68. Um ajuste da dose de lítio oral pode ser necessário.
Carbamazepina: o tratamento concomitante com verapamila pode aumentar as concentrações de carbamazepina.
Rifampicina: o uso concomitante de rifampicina pode reduzir acentuadamente a biodisponibilidade oral da verapamila.
Teofilina: o uso concomitante com verapamila aumenta os níveis plasmáticos de teofilina.
Agentes Anestésicos: dados clínicos e estudos em animais sugerem que a verapamila pode potencializar a atividade de agentes bloqueadores neuromusculares e anestésicos inalatórios.
Soluções Alcalinas: verapamila sob a forma de solução injetável é incompatível com soluções alcalinas(ex.: solução de bicarbonato), já que pode efetuar-se uma precipitação da base de verapamila.
Reações Adversas de Dilacoron
O cloridrato de verapamila é geralmente bem tolerado. Seus efeitos secundários são relativamente raros e são geralmente extensão de sua atividade farmacológica. Uma recente revisão da literatura mundial relata cerca de 8% de pacientes com efeitos secundários, entretanto apenas 1% necessita interromper o tratamento. As seguintes reações adversas foram relatadas:
Cardiovascular: hipotensão35, edema72 periférico, bloqueio AV de II e III graus, bradicardia36, insuficiência cardíaca congestiva56.
Sistema nervoso central73: tonteira, cefaléia6, fadiga74, nervosismo e parestesias75.
Gastrintestinal: constipação8 e náusea7.
Em casos muito raros foi observado em pacientes idosos sob tratamento prolongado, o aparecimento de ginecomastia76, a qual tem sido reversível em todos os casos depois da suspensão do medicamento. Existe relatos de aumento do nível de prolactina77.
Posologia de Dilacoron
Uso adulto:
Oral: As doses de Dilacoron devem ser individualizadas e administradas de preferência com a alimentação e deglutidas com um pouco de água, sem serem mastigadas.
A dose inicial usualmente recomendada para adultos é de 240 mg, divididas em 2 ou 3 tomadas na dependência da apresentação escolhida, aumentando-se a dose diariamente. A dose diária total para a maioria dos pacientes encontra-se na faixa de 320 a 480 mg/ dia.
Para pacientes78 que apres0ntam uma resposta acentuada a verapamila(idosos, pessoas debilitadas, de baixo peso e estatura, etc.), uma dose diária inicial de 120 mg pode ser usada. A apresentação em comprimidos sulcados (80 mg) permite o fracionamento quando necessário.
Em geral, o efeito máximo das doses administradas torna-se aparente durante as primeiras 24 a 48 horas de terapia, mas deve-se observar que nesse período, a meia-vida da verapamila aumenta, podendo, portanto, retardar a resposta terapêutica46.
Solução injetável:
Em todas as suas indicações recomenda-se o uso inicial de 5 mg por via intravenosa lenta (aproximadamente 2 minutos). Se após 5 a 10 minutos não houver resposta terapêutica46 adequada pode-se administrar nova dose de 5 mg sob controle eletrocardiográfico.
Nos casos graves, como crises hipertensivas, após infarto33 ou em arritmias31 recorrentes, recomenda-se aplicação gota79 a gota79 de 25 mg de Dilacoron injetável diluídos em 150 ou 250 ml de solução glicosada, até uma dose de 100 mg/dia, em média. A velocidade de administração estará na dependência da resposta terapêutica46, dados eletrocardiográficos e pressóricos. A administração de Dilacoron injetável deve ser reduzida ou suspensa quando houver gradativo alargamento do espaço PR, aparecimento de bloqueio AV, bradicardia36 ou queda pressórica abaixo dos níveis normais.
Em caso de acidente com hipotensão35 acentuada e bloqueio AV de alto grau, é necessário aplicar por via intravenosa substâncias simpaticomimeticas (como isoproterenol ou orciprenalina) ou parassimpaticoliticas (como atropina) ou, na falta destes, gluconato de cálcio ou similar. Não se recomenda a aplicação de Dilacoron injetável sem controle pressórico e eletrocardiográfico. Infusões diárias de 25 a 100 mg em geral são bem toleradas, respeitando-se as contra-indicações.
Uso pediátrico
Recém-nascidos: 0,75 - 1 mg (=0,3 - 0,4 ml)
Lactentes62: 0,75 - 2 mg (=0,3 - 0,8 ml)
De 1 a 5 anos: 2 - 3 mg (=0,8 - 1,2 ml)
De 5 a 14 anos: 2,5 - 5 mg (=1 - 2 ml)
Em recém-nascidos e lactentes62 no caso de apresentar-se sintomas80 de insuficiência cardíaca81 dependente de uma taquicardia23 (esgotamento energético do miocárdio67) é necessário efetuar uma digitalização antes da administração por via intravenosa.
Recomenda-se interromper a administração por via intravenosa lenta no momento do início do efeito. Caso seja necessário, a dose poderá ser repetida após 5 a 10 minutos, sempre com observação e controle eletrocardiográfico do paciente.
Superdosagem de Dilacoron
Em caso de superdosagem devem ser tomadas medidas de suporte, tais como estimulação beta-adrenérgica ou administração de solução parenteral de cálcio. Tais medidas podem aumentar o fluxo do íon82 cálcio através dos canais lentos, e tem sido utilizadas no tratamento da superdosagem com a verapamila. No caso de ocorrerem reações hipotensivas de significância clínica ou bloqueio AV de alto grau permanente, devem ser utilizados agentes vasopressores ou marca-passo83 cardíaco, respectivamente. Em caso de assistolia devem ser tomadas medidas usuais incluindo ressuscitação
cardiopulmonar.
Contra medidas em casos de efeitos secundários cardiovasculares agudos:
Medidas usuais de terapia intensiva84.
Antídodo específico: Cálcio [ex. 10 - 20 ml em uma solução intravenosa de gluconato de cálcio a 10% (2,25 - 4,5 mmol), caso necessário, repetir as doses ou como infusão gota79 a gota79 (ex. 5 mmol/hora)]. Medidas adicionais eventualmente necessárias.
Em bloqueio AV de II e III graus, bradicardia36 sinuosal, assistolia: atropina, isoprenalina, orciprenalina ou tratamento com marcapassos.
Em hipotensão35: dopamina85, dobutamina, noradrenalina86.
Se todavia se observarem sintomas80 de insuficiência24 miocárdica: dopamina85, dobutamina e, caso necessário, repetir a injeção87 de cálcio, eventualmente amiodarona em combinação com isoproterenol.
DILACORON - Laboratório
ABBOTT
Rua Nova York, 245 - Brooklin
São Paulo/SP
- CEP: 04560-108
Tel: 11-5536-7000
Fax: 011-5531-7205
Site: http://www.abbottbrasil.com.br/
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