Pulmozyme
PRODUTOS ROCHE QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Pulmozyme®
alfadornase (rhDNase)
Inalação 1,0 mg/ mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução para inalação
Caixa com 6 ampolas de 2,5 mL de dose única
VIA INALATÓRIA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Pulmozyme® contém
alfadornase | 1,0 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: água para injetáveis, cloreto de cálcio diidratado e cloreto de sódio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
A administração diária de Pulmozyme®, juntamente com a terapêutica1 tradicional, está indicada:
- Para portadores de fibrose cística2 (FC) com capacidade vital forçada3 (CVF) acima de 40% do previsto, para reduzir a frequência das infecções4 respiratórias que requerem antibioticoterapia (tratamento com antibiótico) intravenosa e melhorar a função respiratória;
- Para pacientes5 portadores de fibrose cística2 com idade inferior a 5 anos nos quais há potencial de benefício para a função pulmonar ou risco de ocorrência de infecção6 das vias respiratórias inferiores.
Peça ao seu médico esclarecimentos adicionais sobre a sua doença, se julgar necessário.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Pulmozyme® é o nome comercial da alfadornase, uma enzima7 que ocorre naturalmente no corpo humano8, mas que também pode ser produzida por engenharia genética. Em pacientes diagnosticados com fibrose cística2, essa enzima7 atua sobre o DNA no escarro e reduz a viscosidade9 da secreção. Em decorrência disso, a secreção pode ser mais facilmente eliminada, o que diminui o número de infecções4 pulmonares.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar Pulmozyme® se apresentar hipersensibilidade comprovada à alfadornase ou a qualquer um dos componentes do medicamento.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Pulmozyme® deve ser utilizado com o tratamento convencional para fibrose cística2. Você não deve interromper os tratamentos que vinha recebendo, inclusive a fisioterapia10 respiratória, exceto sob recomendação do seu médico.
Pulmozyme® pode ser usado, com a eficácia e segurança, com as medidas terapêuticas habitualmente utilizadas para fibrose cística2. A maioria dos pacientes é beneficiada pelo uso diário regular de Pulmozyme®. Em estudos nos quais Pulmozyme® foi administrado de modo intermitente11 (não regular), a melhora na função pulmonar foi perdida ao cessar o tratamento.
O uso de Pulmozyme® em pacientes com idade entre 6 e 14 anos está bem estabelecido. Seu uso deve ser considerado em pacientes com idade inferior a 5 anos nos quais haja potencial de benefício para a função pulmonar e risco de ocorrência de infecção6 das vias respiratórias inferiores.
A eficácia e segurança ainda não foram demonstradas em pacientes com capacidade vital forçada3 inferior a 40% do previsto.
Em estudos realizados em animais de laboratório, não foram encontradas alterações de fertilidade.
Não foram relatados efeitos de Pulmozyme® sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez12 e Lactação13
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
É pouco provável que este medicamento passe para o leite quando aplicado por inalação, porque a absorção é muito pequena. No entanto, como não se sabe se este medicamento pode ser excretado no leite humano, recomenda-se cautela na sua administração a mulheres lactantes14.
Até o momento, não há informações de que Pulmozyme® (alfadornase) possa causar doping. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.
Interações medicamentosas
Estudos clínicos indicaram que Pulmozyme® pode ser empregado, com eficácia e segurança, com outras medidas terapêuticas da fibrose cística2, como antibióticos, broncodilatadores15, enzimas pancreáticas, vitaminas, corticosteroides inalatórios e sistêmicos16 e analgésicos17. Mesmo assim, é recomendável que você informe ao seu médico sobre todas as medicações que estiver utilizando, para que ele possa verificar se existe alguma restrição.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde18.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Você deve guardar Pulmozyme® sob refrigeração, em temperatura entre 2 e 8°C e protegido contra a luz intensa. Se você for transportar Pulmozyme®, esse deve ser mantido sob refrigeração e não deve ser exposto à temperatura ambiente por período superior a 24 horas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As ampolas não utilizadas devem ser guardadas em seus compartimentos metálicos, sob refrigeração.
Cuidados de conservação depois de aberto: uma vez aberta, a ampola deve ser totalmente utilizada ou descartada.
Características físicas e organolépticas do produto
Pulmozyme® contém uma solução estéril, límpida, incolor a levemente amarelada, sem conservante. Se observar um aspecto turvo ou coloração alterada do medicamento, você não deve utilizá-lo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Pulmozyme® deve ser usado por via inalatória. A dose recomendada para a maioria dos pacientes portadores de fibrose cística2, inclusive para aqueles com idade inferior a 5 anos, é de uma ampola com dose unitária de 2,5 mg, uma vez ao dia, utilizando um sistema de nebulizador a jato / compressor recomendado. Para pacientes5 com idade superior a 21 anos, por causa de menor resposta ao tratamento, pode ser necessário aplicar inalação de 2,5 mg de Pulmozyme®, duas vezes ao dia.
O conteúdo completo de uma única ampola deve ser colocado na câmara de nebulização19 de um sistema de nebulizador recomendado para uso de Pulmozyme®.
Os estudos clínicos foram conduzidos com os seguintes nebulizadores/compressores:
- Nebulizador a jato descartável Hudson T Up-draft II/compressor Pulmo-Aide;
- Nebulizador a jato descartável Marquest Acorn II/compressor Pulmo-Aide;
- Nebulizador reutilizável PARI LC a jato/compressor PARI PRONEB;
- Nebulizador PARI E-FLOW RAPID (nebulizador eletrônico com tecnologia de membrana vibratória).
Você deve seguir as instruções do fabricante sobre o uso e a manutenção do equipamento. Pulmozyme® não deve ser diluído ou misturado a outros medicamentos no nebulizador.
Para pacientes5 com idade inferior a 5 anos ou para aqueles que não conseguirem usar o dispositivo bucal dos nebulizadores acima referidos, está indicado o uso do nebulizador PARI BABY, que contém máscara firmemente ajustável à face20 do paciente. Não existem, até o momento, dados clínicos que deem suporte à eficácia e à segurança da administração de Pulmozyme® com outros sistemas nebulizadores.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você esquecer de administrar uma dose de Pulmozyme®, você deve administrá-la assim que se lembrar. Caso esteja quase no horário da próxima dose, pule a dose esquecida. Não administre duas doses ao mesmo tempo para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvida, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Os dados sobre eventos adversos refletem a experiência dos estudos clínicos e pós-comercialização do emprego de Pulmozyme® no esquema posológico recomendado. Os pacientes foram expostos a Pulmozyme® durante até 12 meses em estudos clínicos.
Na maioria dos casos, as reações adversas são de natureza leve a transitória e não exigem alterações na dosagem de Pulmozyme®. Se você apresentar sinais21 e sintomas22 comuns à Fibrose Cística2, de modo geral, poderá continuar o tratamento com segurança.
Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utiliza este medicamento): conjuntivite23, alteração da voz, dificuldade de respirar, faringite24, laringite25, rinite26 (todos não infecciosos), diminuição dos testes da função pulmonar, dificuldade de digestão27, erupções (manchas) cutâneas28, urticária29, dor no peito30 e estado febril.
Nos estudos clínicos, poucos pacientes apresentaram eventos adversos que resultassem em descontinuação permanente de Pulmozyme®, sendo o índice de descontinuação similar para o placebo31 (2%) e para Pulmozyme® (3%).
No início do tratamento com alfadornase, assim como para muitos aerossóis, pode ocorrer diminuição da função pulmonar e aumento da expectoração32.
Menos de 5% dos pacientes tratados com alfadornase desenvolveram anticorpos33 contra a alfadornase, e nenhum desses pacientes desenvolveu anticorpos33 IgE antialfadornase (anticorpos33 relacionados a reações alérgicas). Apesar do desenvolvimento de anticorpos33 contra a alfadornase, ocorreu melhora nos testes de função pulmonar.
Os índices de mortalidade34 observados em estudos controlados foram similares para o placebo31 (1%) e para Pulmozyme® (1%). As causas das mortes foram consistentes com a evolução da fibrose cística2 e incluíram apneia35, parada cardíaca, sequestro cardiopulmonar, cor pulmonale, insuficiência cardíaca36, hemoptise37 maciça, pneumonia38, pneumotórax39 e insuficiência respiratória40.
Em um amplo estudo clínico randomizado41, controlado com placebo31, no qual 600 pacientes receberam Pulmozyme® na dose de 2,5 mg, uma ou duas vezes ao dia, durante seis meses, a maioria dos eventos adversos não foi mais comum com o Pulmozyme® que com o placebo31 e provavelmente representou as sequelas42 da patologia43 pulmonar de base. Na maioria dos casos em que os eventos estavam aumentados em pacientes tratados com alfadornase, eles foram, geralmente, de natureza leve e transitória, não requerendo alterações de dosagem.
Os eventos mais frequentes em pacientes tratados com Pulmozyme® em relação àqueles tratados com placebo31 estão relacionados na Tabela 1.
Tabela 1 – Eventos adversos relatados em um estudo controlado
Evento adverso |
Placebo31 |
Pulmozyme®, uma vez por dia |
Pulmozyme®, duas vezes por dia |
|
(n = 325) |
(n = 322) |
(n = 321) |
Rouquidão |
7% |
12% |
16% |
Faringite24 |
33% |
36% |
40% |
Laringite25 |
1% |
3% |
4% |
Erupção44 cutânea45 |
7% |
10% |
12% |
Dor torácica |
16% |
18% |
21% |
Conjuntivite23 |
2% |
4% |
5% |
A segurança de Pulmozyme®, 2,5 mg, por inalação, foi avaliada após duas semanas de administração diária em 65 pacientes com idade entre 3 meses e 5 anos e 33 pacientes com idade entre 5 e 10 anos. O número de pacientes que relataram tosse como evento adverso foi mais alto no grupo com idade menor, quando comparado ao grupo mais velho (29/ 65, 45% comparado a 10/ 33, 30%), bem como o número de pacientes que relatou tosse moderada a grave (24/ 65, 37% comparado a 6/ 33, 18%). Outros eventos adversos tenderam a ser leves a moderados. O número de pacientes que relataram rinite26 foi mais alto no grupo com idade menor (23/65, 35%, comparado a 9/33, 27%), bem como o número de relatos de erupção44 cutânea45 (4/ 65, 6%, comparado a 0/ 33). A natureza dos eventos adversos foi similar àquela vista nos grandes estudos de Pulmozyme®. Outros eventos adversos tenderam a ser leves a moderados. A natureza dos eventos adversos foi similar àquela vista nos grandes estudos de Pulmozyme®.
Reações alérgicas
Não foram relatadas reações alérgicas sérias ou anafilaxia46 atribuídas à administração de Pulmozyme®. Erupções cutâneas28 e urticária29 foram observadas raramente, tendo sido de natureza leve e transitória. Dentre todos os estudos conduzidos até o momento, pequena porcentagem (média de 2% – 4%) de pacientes tratados com Pulmozyme® desenvolveu anticorpos33 contra Pulmozyme®. Nenhum desenvolveu anafilaxia46 (reação alérgica47 sistêmica), sendo desconhecida a significância clínica dos anticorpos33 séricos contra Pulmozyme®.
Tabela 2 - Eventos observados com índices similares em pacientes tratados com Pulmozyme® e com placebo31:
Organismo como um todo |
Dor de barriga, fraqueza, febre48, síndrome49 gripal, mal-estar, infecções4 graves. |
Aparelho digestivo50 |
Obstrução intestinal, doenças da vesícula biliar51, fígado52 e pâncreas53. |
Sistema metabólico/ nutricional |
Diabetes54 mellitus, diminuição dos níveis sanguíneos de oxigênio, perda de peso. |
Aparelho respiratório55 |
Apneia35 (parada da respiração), bronquiectasia56 (dilatação dos brônquios57), bronquite, alterações das características do escarro, aumento da tosse, falta de ar, sangue58 no escarro, redução da função pulmonar, pólipos59 nasais, pneumonia38, pneumotórax39 (ar entre o pulmão60 e a caixa torácica), rinite26, sinusite61, aumento do volume do escarro, sibilos (chiados no peito30). |
Pós-comercialização
Relatos espontâneos pós-comercialização e dados de segurança coletados prospectivamente de estudos observacionais confirmam o perfil de segurança de acordo ao descrito em estudos clínicos.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
O efeito da superdose de Pulmozyme® ainda não foi estabelecido.
Pacientes portadores de fibrose cística2 inalaram até 20 mg de Pulmozyme®, duas vezes ao dia, por até seis dias, e 10 mg, duas vezes ao dia, intermitentemente (duas semanas com e duas semanas sem medicação), durante 168 dias. Seis pacientes adultos sem fibrose cística2 receberam uma dose intravenosa única de 125 mcg/kg de alfadornase, seguida sete dias depois por uma dose de 125 mcg/kg, administrada por via subcutânea62, por dois períodos consecutivos de cinco dias, sem nenhum anticorpo63 neutralizante para DNase ou nenhuma alteração nos níveis séricos de anticorpos33 contra DNA de dupla-fita sendo detectada. Todas essas doses foram bem toleradas. Estudos de dose única conduzidos em ratos e macacos com doses inalatórias até 180 vezes maiores que aquelas empregadas rotineiramente em estudos clínicos foram bem toleradas. A administração oral de doses únicas de Pulmozyme® de até 200 mg/kg também foram bem toleradas em ratos. A toxicidade64 sistêmica de Pulmozyme® não foi observada e não é esperada por causa da má absorção e curta meia-vida sérica da alfadornase. Portanto, é pouco provável que o tratamento sistêmico65 da superdose seja necessário.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS – 1.0100.0532
Farm. Resp.: Liana Gomes de Oliveira – CRF-SP nº 32.252
Fabricado por Genentech Inc., São Francisco, EUA ou Woodstock Sterile Solutions Inc., Woodstock, EUA
Embalado por: F. Hoffmann-La Roche Ltd., Kaiseraugst, Suíça
Importado por: Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Rua Dr. Rubens Gomes Bueno, 691 – CEP 04730-903 – São Paulo – SP
CNPJ: 33.009.945/0001-23
SAC 0800 7720 289