VINCRISTINA 1 mg IV
BIOSINTETICA
Formas Farmacêuticas e Apresentações da Vincristina
Pó liófilo injetável. Embalagem com 1 frasco-ampola de pó liófilo mais uma ampola com 10 ml de diluente.
Composições da Vincristina
Cada frasco-ampola contém:
Sulfato de Vincristina .................... 1 mg
Cada ampola de 10 ml de diluente contém:
Cloreto de sódio .................... 90 mg
Álcool benzílico .................... 0,09 ml
Água bidestilada q.s.p. .................... 10 ml
USO ADULTO E PEDIÁTRICO - VIA INTRAVENOSA EXCLUSIVAMENTE
Informações ao Paciente da Vincristina
. Conservar o produto sob refrigeração (2o a 8o C).
. O prazo de validade encontra-se impresso no cartucho; não use o produto com prazo de validade vencido.
. VINCRISTINA BIOSINTÉTICA é indicado para o tratamento paliativo1 e/ou adjuvante das leucemias agudas, como medicamento único; assim como em combinação com outros agentes na moléstia de Hodgkin, linfomas não-Hodgkin, rabdomiossarcomas2, neuroblastomas, Tumor3 de Wilms, e outras entidades patológicas.
. Informe seu médico se ocorrer gravidez4 durante ou após o tratamento com VINCRISTINA BIOSINTÉTICA.
. Podem ocorrer reações desagradáveis como: sensação de formigamentos nos membros superiores e inferiores, dores musculares, dificuldade para andar, prisão de ventre grave, vômitos5, diarréias, ardor6 ao urinar, falta de ar, perda de peso, febre7, distúrbios da visão8, perda de cabelos, etc. Informe seu médico sobre o aparecimento de qualquer reação desagradável.
. O tratamento com VINCRISTINA BIOSINTÉTICA não deve ser interrompido, a não ser com indicação médica.
. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE9.
Informações Técnicas da Vincristina
Modo de Ação da Vincristina
O sulfato de Vincristina é o único alcalóide extraído da pervinca (Vinca rosa Linn., que é uma planta fluorescente comum). Em sua primeira extração foi conhecida como leurocristina. Pode ser denominada pelas siglas LCR/VCR. O sulfato de Vincristina é um antineoplásico citostático10, cujo mecanismo de ação não foi até agora totalmente elucidado, embora se saiba que esta substância inibe a divisão mitótica das células11 na metáfase. Após injeção12 I.V. rápida, VINCRISTINA BIOSINTÉTICA tem três meias-vidas (alfa, beta e gama), respectivamente de 5 minutos, 2 a 3 horas e 85 horas (limites entre 19 e 155 horas). Sua eliminação é essencialmente biliar (80%), sendo cerca de 10 a 20% eliminados pela urina13, poucos minutos após a injeção12. Mais de 90% do medicamento é distribuído nos tecidos onde permanece ligado, mas de maneira reversível.VINCRISTINA BIOSINTÉTICA difunde-se mal no líquido céfalo-raquidiano.
Indicações da Vincristina
Tratamento paliativo1 e/ou adjuvante em: leucemias agudas.
É útil, também, em associação com outras drogas em: Moléstia de Hodgkin, linfomas não Hodgkin, rabdomiossarcomas2, neuroblastomas, tumor3 de Wilms, sarcomas osteogênicos, micoses fungóides, sarcoma14 de Ewing, assim como nas neoplasias15 de mama16 e colo uterino17, melanoma18 maligno, carcinoma19 de pulmão20 de pequenas células11 e nas neoplasias15 ginecológicas da infância. Para pacientes21 portadores de púrpura22 trombocitopênica idiopática23, resistentes a outros tipos de terapêutica24, pode-se indicar VINCRISTINA BIOSINTÉTICA em termos de tentativa, nunca como medicamento de primeira escolha.
Contra-Indicações da Vincristina
Pacientes apresentando a forma desmielizante da síndrome25 de Charcot-Marie-Tooth, não devem receber o sulfato de Vincristina. VINCRISTINA BIOSINTÉTICA é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à droga. Vincristina Biosintética é contra-indicado na gravidez4 e na lactação26. Deve-se portanto tomar o devido cuidado quando se tratam mulheres em idade fértil, as quais ao primeiro sinal27 de uma possível gestação devem parar de receber o medicamento.
Advertência: VINCRISTINA BIOSINTÉTICA deve ser administrado por profissional experiente. É muito importante observar que a agulha ou o cateter esteja corretamente colocado na veia antes que qualquer quantidade do medicamento seja injetada. A ocorrência de extravasamento, durante a aplicação do sulfato de Vincristina, poderá acarretar grande irritação.Caso ocorra extravasamento, a injeção12 deve ser interrompida imediatamente e o restante da dose deve ser aplicada em outra veia. Injeção12 local de hialuronidase e aplicação de calor moderado na área do extravasamento ajudam a dissipar a droga, diminuindo o desconforto e a possibilidade de celulite28. A ADMINISTRAÇÃO INTRATECAL É FATAL - EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO. Recomenda-se que as seringas que contenham este produto sejam rotuladas:
"Não remova este adesivo até o momento da injeção12. É fatal se administrado intratecalmente - exclusivamente para uso intravenoso". O tratamento de pacientes em que ocorreu, acidentalmente, administração intratecal de sulfato de Vincristina, incluiu remoção imediata do líquido cefalorraquidiano29 e lavagem com lactato30 de Ringer, além de outras soluções, não evitou paralisia31 e morte. Em um adulto a paralisia31 progressiva foi estabilizada pelo seguinte tratamento: remoção máxima do líquido cefalorraquidiano29, retirado através de punção lombar; o espaço subaracnóide foi lavado com solução de lactato30 de Ringer, infundida continuamente através de um cateter em um ventrículo cerebral lateral, na velocidade de 150 ml/hora; assim que foi possível, foi infundido 25 ml de plasma fresco congelado32, diluído em um litro de solução de lactato30 de Ringer, numa velocidade de 75 ml/hora com remoção através de punção lombar. A velocidade da infusão foi ajustada para manter um nível de proteína no líquido cefalorraquideano de 150 mg/dl33; administrou-se 10 g de ácido glutâmico por via intravenosa, durante 24 horas, seguido de 500 mg, via oral, 3 vezes ao dia, durante um mês ou até a estabilização da disfunção neurológica. O papel do ácido glutâmico não é conhecido e o seu uso pode não ser essencial.
Precauções da Vincristina
Em caso de lise34 maciça de células11 neoplásicas35, pode advir uma nefropatia36 úrica, para o que se recomenda a alcalinização da urina13, controle da uricemia e a administração de um uricosúrico.
Deve-se exercer vigilância sobre pacientes que apresentem neuropatias prévias ao tratamento, pela possibilidade de agravamento das mesmas por razão do uso da VINCRISTINA BIOSINTÉTICA, assim como na administração deste produto com outros citostáticos37, potencialmente neurotóxicos. Existe um risco de irritação severa da conjuntiva38 ocular, por contaminação acidental, com possibilidade até de ulceração39 corneana.
Na presença de leucopenia40 ou de infecções41 complicadas, a administração de uma dose subseqüente de VINCRISTINA BIOSINTÉTICA merece cuidadosa ponderação. Caso seja diagnosticada uma leucemia42 do sistema nervoso central43, outras drogas poderão ser necessárias, visto que o sulfato de Vincristina parece não atravessar a barreira hematoencefálica em quantidades adequadas. Foram relatados o aparecimento de dispnéia44 aguda e broncoespasmo45 grave após administração dos alcalóides da vinca.
Após administração de sulfato de Vincristina alguns pacientes podem apresentar uma queda na contagem de leucócitos46 ou de plaquetas47, particularmente, quando a terapia ou a própria doença reduziu a função da medula óssea48. Portanto, um hemograma completo deve ser feito antes da administração de cada dose. Pode ocorrer elevação aguda do ácido úrico sérico durante a indução de remissão da leucemia42 aguda. Assim sendo, tais níveis devem ser determinados freqüentemente durante as primeiras 3 a 4 semanas de tratamento ou medidas apropriadas devem ser tomadas para prevenir a nefropatia36 úrica.
Os testes de laboratório, tanto "in vivo" quanto "in vitro" não demonstravam conclusivamente se esta droga é mutagênica. Pode ocorrer azoospermia49 e amenorréia50, que podem vir a ser permanentes. Pacientes tratados com sulfato de Vincristina combinado com drogas carcinogênicas, desenvolveram doenças malignas secundárias, porém não se determinou qual era a contribuição do sulfato de Vincristina.
Uso na Gravidez4 e Lactação26 da Vincristina
O sulfato de Vincristina produz danos fetais em animais de laboratório. Seu uso em mulheres grávidas é contra-indicado. Mulheres com capacidade reprodutiva devem ser aconselhadas a evitar a gravidez4.
Não se sabe se esta droga é excretada no leite humano. Devido ao perigo em potencial para o lactante51, deve-se considerar a descontinuação da lactação26.
Interações Medicamentosas da Vincristina
Chama-se a atenção para a associação com a L-asparaginase, onde VINCRISTINA BIOSINTÉTICA deve ser administrado cerca de 12 a 24 horas antes desta enzima52, a fim de evitar-se aumento de toxicidade53.
Não deve ser misturado com qualquer outra solução intravenosa que não seja soro54 fisiológico55 ou glicosado.
Quando administrado conjuntamente com fenitoína e combinações quimioterápicas de antineoplásicos pode ocorrer aumento de convulsão56, pela diminuição nos níveis sangüíneos de anticonvulsivante.
Quando administrada com mitomicina-C, as reações de dispnéia44 aguda e broncoespasmo45 grave foram mais freqüentes.
Reações Adversas da Vincristina
Em geral, as reações adversas são reversíveis e relacionam-se com a dose. A mais comum é a perda de cabelos e as mais desagradáveis são os distúrbios neuromusculares. Quando administra-se dose única semanal, as reações como leucopenia40, dor neurítica e constipação57 são, em geral, de curta duração. Diminuindo-se a dose essas reações podem diminuir, podendo até desaparecer. Quando a dose é dividida parece que ocorre um agravamento das reações. Outras reações adversas como perda de cabelo58, perda de sensibilidade, parestesia59, dificuldade em andar, marcha insegura, perda dos reflexos tendinosos profundos e de massa muscular, podem permanecer enquanto durar o tratamento. A disfunção sensorial e motora pode se agravar com a continuação do tratamento. As reações adversas tendem a desaparecer após 6 semanas do fim do tratamento, porém, em alguns casos, as dificuldades neuromusculares podem persistir por períodos mais longos. O cabelo58 pode voltar a crescer durante a terapia de manutenção. As seguintes reações adversas foram relatadas.
Hipersensibilidade: Alguns casos de reações alérgicas, tais como anafilaxia60, erupção61 e edema62, em pacientes recebendo Vincristina como parte de uma poliquimioterapia.
Gastrintestinais: constipação57, cólicas63 abdominais, perda de peso, náuseas64, vômito65, ulcerações66 orais, diarréia67, íleo paralítico68, necrose69 e/ou perfuração intestinal e anorexia70. Todos os casos de constipação57 intestinal respondem ao tratamento com laxativos71 e enemas72. Pode ocorrer íleo paralítico68, mimetizando o "abdome73 cirúrgico", particularmente em crianças pequenas. Esse quadro é recuperado com a interrupção temporária do tratamento e com tratamento sintomático74.
Geniturinárias: poliúria75, disúria76 e retenção urinária77.
Cardiovasculares: hipertensão78 e hipotensão79. Pacientes previamente tratados com radioterapia80 do mediastino81 e tratados com Vincristina estão associados com doenças coronarianas e infarto do miocárdio82, muito embora a causa não tenha sido estabelecida.
Hematológicas: anemia83, leucopenia40 e trombocitopenia84.
Endócrinas: ocorreu uma síndrome25 associada a secreção inapropriada do hormônio85 antidiurético, que caracteriza-se por elevada excreção urinária de sódio na presença de hiponatremia86 e na ausência de doença renal87 ou supra-renal88, hipotensão79, desidratação89, azotemia e edema62 clínico. Com a privação hídrica ocorre melhora na hiponatremia86 e na perda renal87 de sódio.
Neuromusculares: De aparecimento progressivo, começam como distúrbios sensórios com parestesias90, seguidas de dores neuríticas, dificuldades motoras eventuais. Podem também ser observados pé eqüino, ataxia91 e parestesia59 dos dedos.
Neurotóxicas centrais: Crises convulsivas, com hipertensão78. Foram relatados casos de convulsões, seguidos de coma92 em crianças.
Renais: Disúria76 e poliúria75.
Broncopulmonares: Broncoespasmo45 severo e dispnéia44 aguda; estes sintomas93 podem advir minutos depois ou até horas após a administração do VINCRISTINA BIOSINTÉTICA.
Outras: Perda de peso, febre7, cefaléia94, cegueira cortical transitória, atrofia95 óptica, amenorréia50, azoospermia49, distúrbios dos nervos cranianos.
Perda de reflexos tendinosos profundos, queda do pé, ataxia91 e paralisia31 têm sido relatadas com a continuação do tratamento. Manifestações do nervo craniano, incluindo paresia96 isolada e/ou paralisia31 dos músculos97 controlados pelos nervos cranianos motores, podem ocorrer na ausência de insuficiência98 motora. Os músculos97 extraoculares e laríngeos são os mais comumente acometidos.Dor no maxilar, na faringe99, nas glândulas parótidas100, nos ossos, nas costas101, nos membros inferiores e superiores e mialgias102 têm sido relatadas, sendo que as dores nessas áreas podem ser grandes.
Posologia da Vincristina
A neurotoxicidade parece estar relacionada com a dose. Como a superdosagem pode ocasionar acidentes muito graves ou fatais deve-se tomar cuidado na administração da dose. Ver ítem "ADVERTÊNCIA". O sulfato de Vincristina deve ser administrado através de venóclise ou cateter intacto e deve-se tomar cuidado para que não haja furos ou vazamentos durante a administração. A solução poderá ser injetada diretamente na veia ou no tubo de infusão intravenosa. A injeção12 pode ser completada em 1 minuto. A droga é administrada por via intravenosa e em intervalos semanais.
A solução restante do sulfato de Vincristina pode ser armazenada em geladeira por 14 dias sem perda significante de potência. A concentração final recomendada é de 0,01 a 1,0 mg/ml.
Deve-se tomar um cuidado extremo com o sulfato de Vincristina, uma vez que uma dose excessiva pode levar o paciente ao êxito letal. A administração é por via intravenosa estrita, a intervalos de uma semana ou mais. A dose usual para a VCR é de:
2 mg/m2 de superfície corporal em crianças;
1,4 mg/m2 no adulto, sem nunca ultrapassar 2 mg/m2.
Para crianças de menos de 10 kg de peso, a dose deverá ser de 0,05 mg/kg por semana.
Uma redução de 50% na dose de sulfato de Vincristina é recomendada para pacientes21 com bilirrubina103 sérica direta, acima de 3 mg/100 ml. O sulfato de Vincristina não deve ser administrado a pacientes que estejam recebendo radioterapia80. Quando é usado em combinação com L-asparaginase, o sulfato de Vincristina deve ser administrado 12 a 24 horas antes dessa enzima52 para diminuir a toxicidade53. A administração de L-asparaginase antes do sulfato de Vincristina, pode reduzir o clearance hepático do sulfato de Vincristina.
ATENÇÃO - Não administrar a VCR concomitantemente à radioterapia80 do fígado104. Conservar o produto sob refrigeração (2° a 8°C).
Conduta na Superdosagem da Vincristina
Quando doses 10 vezes maiores que as recomendadas foram administradas em crianças menores de 13 anos, ocorreram mortes.
Em caso de superdosagem com Vincristina Biosintética recomenda-se o seguinte:
1. No caso de hipersecreção do HAD, deve-se restringir a ingestão de líquidos e administrar-se um diurético105 com ação na alça de Henle106 (diurético105 de alça) e no túbulo distal107;
2. Administrar um anticonvulsivante;
3. Vigilância cardiovascular;
4. Vigilância sobre um possível íleo paralítico68;
5. Contagem diária de glóbulos e plaquetas47.
Foi observado que o ácido folínico tem um efeito protetor para camundongos normais, aos quais foram administradas doses letais de sulfato de Vincristina, sugerindo que o ácido folínico pode ser útil para pacientes21 que receberam superdosagem de sulfato de Vincristina. Sugere-se administrar 100 mg de ácido folínico, por via intravenosa, a cada 3 horas por 24 horas e depois a cada 6 horas por no mínimo 48 horas. A hemodiálise108 não ajuda em caso de superdosagem, uma vez que a eliminação principal da droga é através das fezes. A sua excreção pode ser aumentada com a administração de colestiramina (estudos com cachorros). Caso ocorra ingestão oral, o estômago109 deve ser esvaziado e administrar-se oralmente carvão ativado e um catártico.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
VINCRISTINA 1 mg IV - Laboratório
BIOSINTETICA
Rua Periquito, 236 - Vl. Uberabinha
São Paulo/SP
- CEP: 04514-050
Tel: 55 (011) 5561-2614
Fax: 55 (011)5561-2072
Site: http://www.biosintetica.com.br/
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