

Cloridrato de Amiodarona (Injetável 50 mg/mL)
SANVAL COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de amiodarona
Solução injetável 50 mg/mL
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Caixa contendo 100 ampolas de 3 mL
USO ADULTO
USO INTRAVENOSO (I.V.)
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução injetável contém:
cloridrato de amiodarona | 50 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: álcool benzílico, polissorbato 80, água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
O cloridrato de amiodarona solução injetável é indicado para os seguintes casos:
- distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outras terapêuticas;
- taquicardia1 ventricular sintomática2 (aumento da frequência cardíaca que se origina nos ventrículos do coração3);
- taquicardia1 supraventricular sintomática2 (aumento da frequência cardíaca que se origina nos átrios do coração4);
- alterações do ritmo cardíaco associadas à síndrome5 de Wolff-Parkinson-White (uma forma de arritmia6, que é uma alteração na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos).
Devido às propriedades farmacológicas da amiodarona, o cloridrato de amiodarona solução injetável é particularmente indicado quando os distúrbios do ritmo forem capazes de agravar uma patologia7 clínica subjacente [insuficiência8 coronariana (dor no peito9 é o sintoma10 mais comum), insuficiência cardíaca11].
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O cloridrato de amiodarona solução injetável é uma substância que tem a finalidade de regularizar as alterações dos batimentos cardíacos (arritmias12), que podem ocorrer em alguns tipos de doença.
O efeito terapêutico de cloridrato de amiodarona solução injetável deve-se ao acúmulo do cloridrato de amiodarona nos tecidos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar cloridrato de amiodarona solução injetável nos seguintes casos:
- alergia13 conhecida ao iodo, à amiodarona ou a quaisquer componentes da fórmula;
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes:
- com bradicardia14 sinusal (diminuição da frequência cardíaca), bloqueio sinoatrial (bloqueio na propagação dos impulsos elétricos nesta parte do coração4) e doença do nó sinusal15 (estrutura anatômica do coração4 responsável pela função de marcar o passo natural), devido ao risco de parada sinusal, distúrbios severos de condução atrioventricular (na condução dos impulsos elétricos nesta parte do coração4), a menos que você esteja com um marcapasso16 implantado;
- com distúrbios de condução bi ou trifasciculares, a menos que você tenha um marcapasso16 implantado ou esteja em uma unidade assistencial especial e amiodarona seja administrada com retaguarda de marcapasso16 de demanda;
- com hipotensão17 (pressão arterial18 baixa) arterial severa, colapso19 circulatório;
- com hipotensão17, insuficiência respiratória20 severa (incapacidade dos pulmões21 para manter as trocas gasosas em níveis adequados), miocardiopatia22 (doença do músculo do coração4) ou insuficiência cardíaca11 (possível agravamento);
- que fazem uso de associação com medicamentos que possam induzir torsade de pointes (quadro específico de alteração nos batimentos cardíacos) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas”);
- com disfunção da tireoide23;
- grávidas, exceto em circunstâncias excepcionais;
- que amamentam.
Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a amiodarona é utilizada na sala de emergência24, em casos de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque25 (desfibrilador).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez26.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS
A injeção27 intravenosa em bolus28 é geralmente desaconselhada devido aos riscos hemodinâmicos (hipotensão17 severa (diminuição da pressão arterial18), colapso19 circulatório). Sempre que possível, utilize o medicamento por infusão intravenosa.
A injeção27 intravenosa deve ser realizada somente em emergência24 quando falharem as alternativas terapêuticas, e somente em uma unidade de terapia intensiva29 sob monitoramento contínuo (ECG, pressão sanguínea).
A dosagem recomendada é de aproximadamente 5mg/kg de peso corpóreo. Exceto nos casos de fibrilação ventricular resiste nte à ressuscitação cardiopulmonar por choque25, a amiodarona deve ser administrada por um período mínimo de 3 minutos. A injeção27 intravenosa não deve ser repetida antes de 15 minutos após a primeira, mesmo que tenha sido somente uma ampola (possível colapso19 irreversível).
Não misturar outras preparações na mesma seringa30. Não injetar outras preparações na mesma linha de infusão.
Caso seja necessário continuar o tratamento com amiodarona, deve-se seguir com a administração por infusão intravenosa (vide “Como devo usar este medicamento?” ).
Distúrbios cardíacos
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Foi reportado o aparecimento de novas arritmias12 (alteração na frequência ou no ritmo dos batimentos cardíacos) ou a piora de arritmias12 tratadas, algumas vezes de forma fatal. É importante, porém difícil, diferenciar uma falta de efeito do medicamento de um efeito pró-arrítmico associado ou não a uma piora da condição cardíaca. Os efeitos pró-arrítmicos são mais raramente reportados com amiodarona do que com outros agentes antiarrítmicos, e geralmente ocorrem no contexto de fatores que prolongam o intervalo QT, tais como interações medicamentosas e/ou distúrbios eletrolíticos (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas” e “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Apesar do prolongamento do intervalo QT, a amiodarona exibe baixa atividade torsadogênica (capacidade de provocar alterações no eletrocardiograma31 chamadas torsade de pointes).
Bradicardia14 (diminuição da frequência cardíaca) severa
(vide Interações Medicamentosas)
Casos de bradicardia14 severa, potencialmente com risco de vida, e bloqueio cardíaco32 foram observados quando a amiodarona é administrada em combinação com sofosbuvir (medicamento para tratar a hepatite33 C) em combinação com outro antiviral (são fármacos usados para o tratamento de infecções34 por vírus35) de ação direta contra o vírus35 da hepatite33 C, tais como daclatasvir, simeprevir, ou ledipasvir. Portanto, a coadministração destes agentes com amiodarona não é recomendada.
Se o uso concomitante (ao mesmo tempo) com amiodarona não puder ser evitado, recomenda-se que os pacientes sejam cuidadosamente monitorados quando se iniciar o uso de sofosbuvir em combinação com outros antivirais de ação direta. Pacientes identificados com alto risco de bradiarritmia (alteração na frequencia e do ritmo cardiaco) devem ser monitorados continuamente por pelo menos 48 horas em um ambiente clínico adequado, após o início do tratamento concomitante com sofosbuvir.
Devido à meia vida (medida usada para indicar a eliminação do medicamento) longa da amiodarona, um monitoramento apropriado também deve ser realizado em pacientes que descontinuaram amiodarona dentro dos últimos meses, e que iniciarão com sofosbuvir em combinação com outros antivirais de ação direta.
Os pacientes que recebem esses medicamentos para hepatite33 C com amiodarona, com ou sem outros medicamentos que diminuem a frequência cardíaca, devem ser advertidos sobre os sintomas36 de bradicardia14 bloqueio cardíaco32 e, caso ocorra, devem ser orientados a procurar imediatamente um médico.
Distúrbios pulmonares
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
O aparecimento de dispneia37 (falta de ar) ou tosse não produtiva pode estar relacionado à toxicidade38 pulmonar tal como pneumonite39 intersticial40 (tipo de pneumonia41). Casos muito raros de pneumonite39 intersticial40 têm sido relatados com o uso intravenoso de amiodarona. Deve-se realizar raio-X de tórax42, quando há suspeita de pneumonite39 em pacientes que desenvolveram dispneia37 de esforço, isolada ou associada com piora do estado geral (fadiga43 (cansaço), perda de peso, febre44). A terapia com amiodarona deve ser reavaliada visto que a pneumonite39 intersticial40 é geralmente reversível após a retirada precoce de amiodarona (sinais45 clínicos geralmente regridem dentro de 3 a 4 semanas, seguido por lenta melhora da função pulmonar e radiológica dentro de alguns meses), e deve ser considerado um tratamento com corticosteroides.
Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas, às vezes fatais, geralmente no período imediato após uma cirurgia (síndrome5 de angústia respiratória do adulto); isto pode estar relacionado com altas concentrações de oxigênio (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas” e “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Distúrbios do fígado46
(vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Um monitoramento cuidadoso dos testes de função hepática47 (transaminases - enzimas do fígado46) é recomendável assim que o uso da amiodarona for iniciado e regularmente durante o tratamento. Podem ocorrer distúrbios hepáticos agudos (incluindo insuficiência8 hepatocelular severa ou insuficiência hepática48, algumas vezes fatal) e crônicos, com o uso de amiodarona nas formas oral e intravenosa e nas primeiras 24 horas da administração por via I.V. Portanto, a dose de amiodarona deve ser reduzida ou o tratamento descontinuado se o aumento de transaminases exceder três vezes o valor normal.
Os sinais45 clínicos e biológicos de insuficiência hepática48 crônica decorrente do uso oral de amiodarona podem ser mínimos (aumento do fígado46, aumento das transaminases em até 5 vezes os valores normais) e reversíveis após a suspensão do tratamento, contudo foram relatados casos fatais.
Distúrbios oculares (dos olhos49)
Se ocorrer diminuição da visão50 ou a mesma ficar embaçada, deve-se fazer prontamente um exame oftalmológico completo, incluindo fundoscopia (avaliação do fundo do olho51). O aparecimento de neuropatia52 óptica e/ou neurite53 óptica que são distúrbios do nervo óptico (do olho51) requer a suspensão do tratamento com amiodarona, já que pode levar à cegueira.
Reações bolhosas severas
Reações cutâneas54 com risco de morte ou até mesmo fatais, Síndrome de Stevens-Johnson55 (SSJ - forma grave de reação alérgica56 caracterizada por bolhas em mucosas57 e em grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica tóxica58 (NET - quadro grave, caracterizado por erupção59 generalizada, com bolhas rasas extensas e áreas de necrose60 epidérmica, à semelhança do grande queimado, resultante principalmente de uma reação tóxica a vários medicamentos) (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Se sinais45 ou sintomas36 de SSJ ou NET (ex.: rash61 cutâneo62 progressivo frequentemente com bolha63 ou lesão64 na mucosa65)
aparecerem o tratamento com amiodarona deve ser descontinuado imediatamente.
Interações medicamentosas
(vide item Interações Medicamentosas)
O uso concomitante de amiodarona não é recomendado com os seguintes fármacos: beta-bloqueadores (classe de medicamentos que diminuem os batimentos cardíacos), bloqueadores de canais de cálcio que diminuem a frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), laxantes66 que podem causar hipocalemia67 (redução dos níveis de potássio no sangue68).
PRECAUÇÕES
A amiodarona injetável só deverá ser utilizada em meio hospitalar especializado sob monitoração contínua (ECG, pressão sanguínea).
Para evitar reações no local da injeção27, cloridrato de amiodarona solução injetável deve, sempre que possível, ser administrado através de uma via venosa central (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Deve-se ter cautela nos casos de hipotensão17, insuficiência respiratória20 severa, e insuficiência cardíaca11 severa ou descompensada.
Anestesia69 (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento? - Interações Medicamentosas” e “Quais os males que este medicamento pode me causar?”)
Antes da cirurgia, o anestesista deve ser informado sobre o tratamento com amiodarona.
Gravidez26 e amamentação70
A amiodarona é contraindicada durante a gravidez26 em virtude de seus efeitos na glândula71 tireoide23 do feto72 a menos que, a critério médico, os benefícios superem os riscos ao feto72.
A amiodarona é excretada no leite materno em quantidades significativas e por isso, é contraindicada em lactantes73.
Pacientes idosos
Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada com o uso da amiodarona. Crianças: a segurança e eficácia da amiodarona em pacientes pediátricos não foram estabelecidas, portanto a sua utilização não é recomendada.
A solução injetável de amiodarona contém álcool benzílico. Existem relatos de síndrome5 respiratória (“gasping syndrome”) fatal em neonatos74 (crianças com menos de 1 mês de vida) após a administração de soluções intravenosas que contêm este conservante. Os sintomas36 incluem desenvolvimento súbito de dificuldade respiratória, hipotensão17, bradicardia14 e colapso19 cardiovascular.
Alterações na capacidade de dirigir e operar máquinas
De acordo com os dados de segurança da amiodarona, não existem evidências de que a amiodarona prejudique a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interações Farmacodinâmicas
Medicamentos que induzem torsade de pointes ou prolongamento do QT
Medicamentos que induzem torsade de pointes
As associações com medicamentos que podem induzir torsade de pointes são contraindicadas (vide “Quando não devo usar este medicamento?”):
- Medicamentos antiarrítmicos tais como: da Classe Ia, sotalol, bepridil;
- Medicamentos não antiarrítmicos tais como: vincamina, alguns agentes neurolépticos75, cisaprida, eritromicina I.V., pentamidina (quando administradas por via parenteral), uma vez que existe um aumento no risco de ocorrer torsade de pointes potencialmente letal.
- Medicamentos que causam prolongamento QT
A administração concomitante de amiodarona com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o risco de torsade de pointes pode aumentar (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento? – Advertências”) e os pacientes devem ser monitorados quanto ao prolongamento do intervalo QT.
Fluoroquinolonas (classe de antibiótico) devem ser evitadas por pacientes recebendo amiodarona.
Medicamentos que reduzem a frequência cardíaca ou que causam distúrbios de automatismo ou condução
As associações com estes medicamentos não são recomendadas.
- Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), uma vez que podem ocorrer distúrbios de automatismo (bradicardia14 excessiva) e de condução.
- Medicamentos que podem induzir hipocalemia67:
As associações com os seguintes medicamentos não são recomendadas.
- Laxativos76 estimulantes podem levar a hipocalemia67 (diminuição da concentração de potássio no sangue68) e consequentemente, ao aumento do risco de torsade de pointes. Por isso, devem ser utilizados outros tipos de laxantes66.
Deve-se ter cautela quando os seguintes medicamentos são utilizados em associação com cloridrato de amiodarona solução injetável:
- Alguns diuréticos77 indutores de hipocalemia67, isolados ou combinados;
- Corticosteroides sistêmicos78 (gluco-, mineralo-), tetracosactida;
- Anfotericina B (I.V.);
Deve-se prevenir o início de hipocalemia67 (e corrigir a hipocalemia67); o intervalo QT (intervalo específico do eletrocardiograma31) deve ser monitorado e, em caso de torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos (instituir marcapasso16 ventricular; pode ser administrado magnésio I.V.).
- Anestesia69 geral (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?” e “Quais os males que este medicamento pode me causar?”):
Foram relatadas complicações potencialmente severas em pacientes submetidos à anestesia69 geral: bradicardia14 (irresponsiva à atropina), hipotensão17, distúrbios da condução, redução do débito cardíaco79 (volume de sangue68 bombeado pelo coração4).
Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas (síndrome5 de angústia respiratória aguda do adulto), às vezes fatais, geralmente no período pós-cirúrgico imediato. Isto pode estar relacionado com uma possível interação com altas concentrações de oxigênio.
Efeito de cloridrato de amiodarona solução injetável sobre outros produtos
A amiodarona e/ou seu metabólito80, a desetilamiodarona, inibem os CYP1A1, CYP1A2, CYP3A4, CYP2C9, CYP2D6 e a glicoproteína P e podem aumentar a exposição de seus substratos.
Devido à longa meia-vida da amiodarona, as interações podem ser observadas por vários meses após a descontinuação da amiodarona.
Substratos P-gp
A amiodarona é um inibidor da P-gp. A administração concomitante com substratos da P-gp deverá resultar em aumento de suas exposições.
Digitálicos
Pode ocorrer perturbação no automatismo (bradicardia14 excessiva) e na condução atrioventricular (ação sinérgica). Além disso, um aumento na concentração plasmática da digoxina é possível devido à redução do clearance de digoxina.
Devem ser monitorados os níveis de digoxina plasmática e ECG. Os pacientes devem ser observados quanto aos sinais45 clínicos de toxicidade38 digitálica. Pode ser necessário ajuste posológico do digitálico.
Dabigatrana
Deve-se ter cautela quando a amiodarona é administrada com dabigatrana devido ao risco de sangramento. Se necessário, ajustar a dose de dabigatrana de acordo com as informações de sua bula.
Substratos do CYP 2C9
A amiodarona aumenta as concentrações de substratos da CYP 2C9 tais como varfarina ou fenitoína através da inibição do citocromo P450 2C9.
Varfarina
A combinação de varfarina com amiodarona pode exacerbar o efeito do anticoagulante81 oral, elevando o risco de sangramento. É necessário monitorar os níveis de protrombina82 (INR) (elemento da coagulação83 do sangue68) regularmente e ajustar as doses orais de anticoagulante81 durante e após o tratamento com amiodarona.
Fenitoína (utilizado no tratamento da epilepsia84):
A combinação de fenitoína com amiodarona pode, portanto, resultar em superdose de fenitoína, resultando em sinais45 neurológicos. Deve ser empregada monitoração clínica e a dose de fenitoína deve ser reduzida logo que surgirem sinais45 de superdose. Devem ser determinados os níveis de fenitoína plasmática.
Substratos do CYP 2D6
Flecainida (utilizado no tratamento de arritmia6 cardíaca):
A amiodarona aumenta as concentrações plasmáticas da flecainida, pela inibição do citocromo CYP2D6. Portanto, a dose de flecainida deve ser ajustada.
Substratos do CYP P450 3A4 (enzimas do fígado46):
Quando tais substâncias são administradas concomitantemente com amiodarona, um inibidor do CYP3A4, pode ocorrer um aumento de suas concentrações no plasma85, o que poderá acarretar num possível aumento de sua toxicidade38.
- Ciclosporina (medicamento imunossupressor86): a combinação com amiodarona pode aumentar os níveis plasmáticos de ciclosporina. A dose deve ser ajustada.
- Fentanila (analgésico87 e anestésico): a combinação com amiodarona pode acentuar os efeitos farmacológicos da fentanila e aumentar o risco de toxicidade38.
- Estatinas (utilizados no tratamento do colesterol88 elevado): o risco de toxicidade38 [ex.: rabdomiólise89 (lesão64 muscular que pode levar a insuficiência8 dos rins90)] é aumentado pela administração concomitante de amiodarona e estatinas metabolizadas pelo CYP3A4 tais como sinvastatina, atorvastatina e lovastatina.
Recomenda-se o uso de estatinas não metabolizadas pelo CYP3A4 quando administrado com amiodarona.
- Outros medicamentos metabolizados pelo CYP3A4: lidocaína (anestésico local), tacrolimus (imunossupressor86), sildenafila (para tratamento da disfunção erétil), midazolam (para tratamento da ansiedade), triazolam (sedativo, calmante), di-idroergotamina, ergotamina (utilizados para tratamento da enxaqueca91) e colchicina (utilizada para o tratamento de gota92).
Efeito de outros produtos sobre cloridrato de amiodarona solução injetável
Os inibidores do CYP 3A4 e do CYP 2C8 podem ter um potencial para inibir o metabolismo93 da amiodarona e aumentar a sua exposição.
Recomenda-se evitar inibidores do CYP 3A4 (por exemplo, suco de toranja e determinados medicamentos) durante o tratamento com amiodarona.
Outras interações medicamentosas com cloridrato de amiodarona solução injetável (vide Advertências)
A administração concomitante de amiodarona com sofosbuvir em combinação com outro antiviral de ação direta sobre o vírus35 da Hepatite33 C (como daclatasvir, simeprevir ou ledipasvir) não é recomendada, pois pode levar a bradicardia14 sintomática2 grave. O mecanismo para este efeito de bradicardia14 é desconhecido.
Se a coadministração não puder ser evitada, o monitoramento cardíaco é recomendado (vide Advertências)
Alimentos
Evitar o consumo de suco de toranja.
Testes laboratoriais
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de cloridrato de amiodarona solução injetável em exames laboratoriais.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde94.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
O cloridrato de amiodarona solução injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz.
Aspectos físicos: ampola de vidro âmbar contendo 3 mL.
Características organolépticas
Solução ligeiramente amarelada.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMEN-TO?
A posologia deve ser determinada pelo seu médico. Ele levará em conta o seu peso corpóreo e o histórico de sua doença.
Devido às características farmacêuticas, não se deve utilizar concentrações inferiores a 600mg/L. Utilizar exclusivamente solução de glicose95 5% para diluição, conservar a solução diluída em temperatura ambiente (15 a 30°C), ao abrigo da luz. A solução deve ser administrada dentro de 24 horas. Não misturar qualquer outro produto no líquido de infusão.
A dose de ataque usual é de 5mg/kg em 250mL de solução de glicose95 a 5%, administrados por um período de 20 minutos a 2 horas. Isto pode ser repetido de 2 a 3 vezes por um período de 24 horas. A velocidade de infusão deve ser ajustada à evolução clínica.
O efeito terapêutico aparece dentro dos primeiros minutos e então decresce progressivamente, por este motivo uma infusão contínua deve ser instituída.
Dose de manutenção: 10 a 20mg/kg/dia (geralmente 600 a 800mg/24h, até 1200mg/24h) em 250mL de solução de glicose95 a 5% durante alguns dias. O tratamento de manutenção por via oral deve ser iniciado no primeiro dia da infusão.
Administração em bolus28 I.V.
(vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Advertências”)
Dose de 5mg/kg, a duração da injeção27 jamais deverá ser inferior a 3 minutos. A preparação não deve ser misturada com outra preparação na mesma seringa30.
No caso específico de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque25, a primeira dose de amiodarona 300mg (ou 5mg/kg) diluída em 20mL de solução de glicose95 a 5% é administrada por injeção27 I.V. em bolus28. Uma dose adicional de 150mg (ou 2,5mg/kg) I.V. pode ser considerada se a fibrilação ventricular persistir.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de cloridrato de amiodarona solução injetável administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa, conforme recomendado pelo seu médico.
POSIÇÃO ADEQUADA PARA ABERTURA DA AMPOLA COM ANEL DE RUPTURA (VIBRAC)
- Deixar a ampola na posição de aproximadamente 45° (minimizando o risco de que partículas caiam dentro da ampola).
- Com a ponta do dedo polegar fazer apoio no estrangulamento. Com o dedo indicador envolver a parte superior da ampola (balão), pressionando-a para trás.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Seu médico terá as instruções de quando administrar este medicamento para você. Entretanto, se você acha que uma dose não foi administrada, converse com seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As seguintes definições de frequência são usadas: muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes), comum (ocorre entre 1 e 10% dos pacientes), incomum (ocorre entre 0,1 e 1% dos pacientes), rara (ocorre entre 0,01 e 0,1% dos pacientes), muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes) e desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis).
Distúrbios do sangue68 e sistema linfático96
- Reações com frequência desconhecida: neutropenia97 (diminuição do número de neutrófilos98 do sangue68) e agranulocitose99 (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue100).
Distúrbios cardíacos
- Reação comum: bradicardia14 (diminuição do número de batimentos cardíacos) geralmente moderada;
- Reações muito raras: aparecimento ou piora da arritmia6 (distúrbios do ritmo cardíaco), seguida, às vezes, por parada cardíaca (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”); bradicardia14 acentuada, parada sinusal que pode determinar a descontinuidade do tratamento com amiodarona, principalmente em pacientes com disfunção do nódulo sinusal101 e em pacientes idosos.
- Reações com frequência desconhecida: torsade de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios endócrinos (conjunto de glândulas102 que produzem hormônio103)
(vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
- Reações com frequência desconhecida: produção excessiva de hormônio103 pela glândula71 tireoide23
- Reações muito raras: Síndrome5 de secreção inapropriada do hormônio103 antidiurético (SIADH, excesso de hormônio103 antidiurético levando a retenção de água pelo organismo)
Distúrbios oculares
- Reações com frequência desconhecida: neuropatia52 ótica/neurite53 (doença do sistema nervoso104/lesão64 inflamatória ou degenerativa105 dos nervos), que pode progredir para a cegueira (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento”).
Distúrbios gastrintestinais (do aparelho digestivo106)
- Reação muito rara: náusea107.
- Reações com frequência desconhecida: pancreatite108 (inflamação109 do pâncreas110)/pancreatite108 aguda.
Distúrbios gerais e condições no local da administração
- Reações comuns: reações no local da aplicação de cloridrato de amiodarona solução injetável, tais como: dor, eritema111 (vermelhidão), edema112 (inchaço113), necrose60 (morte do tecido114), extravasamento, infiltração, inflamação109, endurecimento, tromboflebite115 (uma inflamação109 da veia relativa a um coágulo116 sanguíneo), flebite117 (inflamação109 de uma veia), celulite118 (inflamação109 do tecido114 celular), infecção119 e modificação na pigmentação.
Distúrbios hepato-biliares (do fígado46 e da bile120)
(vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
- Reações muito raras: aumento isolado das transaminases séricas (enzimas do fígado46 que avaliam sua função), que são normalmente moderados (1,5 a 3 vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com redução da dose ou mesmo espontaneamente; distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia121 (coloração amarelada da pele122 e do branco dos olhos49), incluindo insuficiência hepática48, que às vezes pode ser fatal.
Distúrbios do sistema imunológico123
- Reação muito rara: choque anafilático124.
- Reações com frequência desconhecida: edema angioneurótico125 - Edema112 de Quincke (inchaço113 não-infamatório da pele122, mucosas57, vísceras e cérebro126, de início súbito e com duração de horas a dias, acompanhado de outros sintomas36 como por exemplo, febre44).
Distúrbios músculos127-esqueléticos e do tecido conjuntivo128
- Reações com frequência desconhecida: dor nas costas129
Distúrbios do sistema nervoso104
- Reações muito raras: hipertensão130 intracraniana benigna (pseudo tumor131 cerebral), cefaleia132 (dor de cabeça133).
Distúrbios psiquiátricos
- Reações com frequência desconhecida: estado confusional/delírio134, alucinação135.
Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo
- Reações com frequência desconhecida: diminuição da libido136
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino137
- Reações muito raras: Pneumonite39 intersticial40 ou fibrose138 (formação patológica do tecido114 fibroso) às vezes fatal (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), complicações respiratórias severas (síndrome5 de angústia respiratória aguda no adulto) às vezes fatais; broncoespasmo139 (inflamação109 dos brônquios140) e/ou apneia141 em casos de deficiência respiratória severa e especialmente em pacientes asmáticos.
Distúrbios da pele122 e tecidos subcutâneos
- Reação muito rara: transpiração142.
- Reações com frequência desconhecida: eczema143 (inflamação109 da pele122 na qual ela fica vermelha, escamosa144 e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas), urticária145 (erupção59 na pele122, geralmente de origem alérgica, que causa coceira), reações de pele122 severas às vezes fatal incluindo necrólise epidérmica tóxica58/síndrome de Stevens-Johnson55, dermatite146 bolhosa e reação medicamentosa com eosinofilia147 e sintomas36 sistêmicos78.
Distúrbios vasculares148
- Reação comum: queda da pressão sanguínea, geralmente moderada e transitória. Foram relatados casos de hipotensão17 severa ou colapso19 após a administração de superdose ou injeção27 muito rápida.
- Reação muito rara: rubor (vermelhidão) quente.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas36
Não há dados disponíveis sobre superdose de amiodarona injetável. Foram relatados raros casos de bradicardia14 sinusal (diminuição do número de batimentos cardíacos), bloqueio cardíaco32, taquicardia1 ventricular (aumento do número de batimentos cardíacos), torsade de pointes, insuficiência8 circulatória e disfunção hepática47.
Tratamento
O tratamento deve ser sintomático149. A amiodarona e seus metabólitos150 não são removidos em diálise151.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Reg. M.S. nº 1.0714.0254
Farmacêutica Responsável: Dra. Claudia dos Reis Tassinari Amaral - CRF-SP nº 15.346
Fabricado por:
Hipolabor Farmacêutica Ltda. Rod.
BR 262, Km 12,3, Borges.
Sabará – MG – CEP: 34735-010
Indústria Brasileira
Registrado por:
Sanval Comércio e Indústria Ltda.
Rua Nicolau Alayon, 441 - Interlagos
São Paulo - SP. - CEP: 04802-000
C.N.P.J. 61.068.755/0001-12
Indústria Brasileira.
SAC 0800 176777
