Cloridrato de Clorpromazina (Injetável IM 5 mg/mL)
HYPOFARMA - INSTITUTO DE HYPODERMIA E FARMÁCIA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de clorpromazina
Injetável 5 mg/mL
Medicamento genérico, Lei Nº. 9.787, de 1999
APRESENTAÇÃO
Solução injetável
Caixa com 5, 25 ou 50 ampolas de vidro com 5 mL
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS.
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução injetável contém:
cloridrato de clorpromazina 5,57 mg (equivale a 5mg/mL de clorpromazina base + 3% de excesso) | 5,57 mg |
excipientes q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: ácido ascórbico, sulfito de sódio, bissulfito de sódio, cloreto de sódio, água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado ao tratamento de: quadros psiquiátricos agudos, ou então no controle de psicoses de longa evolução.
O cloridrato de clorpromazina também é indicado em manifestação de ansiedade e agitação, soluços incoercíveis (soluço que não para), náuseas1 (enjoo) e vômitos2 e neurotoxicoses (aceleração da respiração e convulsão3 com os olhos4 dilatados) infantis; também pode ser associado aos barbitúricos (medicamento depressor do sistema nervoso central5) no tratamento do tétano6.
Em analgesia (elimina ou diminui a dor) obstétrica e no tratamento da eclampsia7 (séria complicação da gravidez8 caracterizada por convulsões), e nos casos em que haja necessidade de uma ação neuroléptica (diminui a excitação e a agitação), vagolítica (interrupção dos impulsos transmitidos pelo nervo vago), simpatolítica (efeito oposto à atividade produzida pelo estímulo do sistema nervoso9 simpático10), sedativa (diminui a ansiedade e tem efeito calmante) ou antiemética (diminui o enjoo e vômito11).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O cloridrato de clorpromazina é um medicamento que age no sistema nervoso central5 controlando os mais variados tipos de excitação. É, portanto, de grande valor no tratamento das perturbações mentais e emocionais.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O cloridrato de clorpromazina não deve ser utilizado caso você apresente:
- glaucoma12 de ângulo fechado (aumento da pressão intraocular13).
- risco de retenção urinária14 (urina15 presa), ligado aos problemas uretroprostáticos (uretra16 e próstata17).
O cloridrato de clorpromazina não deve ser utilizado com levodopa (medicamento utilizado no tratamento das síndromes apresentadas na Doença de Parkinson18) (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações medicamentosas”).
O cloridrato de clorpromazina também não deve ser utilizado caso você apresente: comas barbitúricos (coma19 temporário provocado por uma dose controlada de medicamento barbitúrico) e etílicos (coma19 provocado por ingestão de álcool); sensibilidade às fenotiazinas (medicamento tranquilizante); doença cardiovascular (do coração20) grave; depressão severa do sistema nervoso central5.
Além disso, cloridrato de clorpromazina não deve ser utilizado junto com álcool, lítio e sultoprida (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações medicamentosas”).
O médico vai avaliar se você deve usar cloridrato de clorpromazina caso você apresente: discrasias sanguíneas (alteração nos elementos do sangue21); câncer22 da mama23; distúrbios hepáticos (no fígado24); doença de Parkinson18; distúrbios convulsivos; úlcera péptica25 (ferida no estômago26).
O cloridrato de clorpromazina deverá ser administrado com cautela em pacientes idosos e/ou debilitados.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes idosos que tenham retenção urinária14 por problemas de próstata17 ou uretra16.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Em caso de febre27 o tratamento com cloridrato de clorpromazina deve ser suspenso e o médico comunicado. A febre27 sem causa aparente pode ser um dos elementos da Síndrome28 Maligna (palidez, febre27 e distúrbios vegetativos como tremores, palpitação29, sudorese30 entre outros) que tem sido descrita com o uso de medicamentos neurolépticos31.
Informe ao seu médico caso você tenha doença de coração20, fígado24, rim32 ou Parkinson, ou se estiver fazendo uso de outros medicamentos.
Casos de tromboembolismo33 venoso, incluindo casos de embolismo34 pulmonar, algumas vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda35, foram reportados com medicamentos antipsicóticos (classe que o princípio ativo de cloridrato de clorpromazina pertence). Portanto, cloridrato de clorpromazina deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de risco para tromboembolismo33 (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo36 de sangue21).
Hiperglicemia37 (nível alto de açúcar38 no sangue21) ou intolerância à glicose39 foram relatadas em pacientes tratados com cloridrato de clorpromazina. Os pacientes com diagnóstico40 estabelecido de diabetes mellitus41 ou com fatores de risco para desenvolvimento de diabetes42 que iniciaram o tratamento com cloridrato de clorpromazina devem realizar monitoramento glicêmico (controle do nível de açúcar38 no sangue21) apropriado durante o tratamento (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
O cloridrato de clorpromazina deve ser usado com cautela caso você apresente fatores de risco para acidentes vasculares43 cerebrais (derrame44).
O cloridrato de clorpromazina também deve ser utilizado com prudência em pacientes parkinsonianos, que necessitem de um tratamento neuroléptico45, em geral devido à sua idade avançada (hipotensão46 e sedação47), nos casos de afecção48 cardiovascular (hipotensão46) ou de insuficiência renal49 e hepática50 (risco de superdosagem).
Assim como com outros neurolépticos31 (classe do cloridrato de clorpromazina), foram relatados casos raros de prolongamento do intervalo QT (alteração observada em eletrocardiograma51 e que está relacionada aos batimentos do coração20) com a clorpromazina.
Neurolépticos31 fenotiazínicos podem potencializar o prolongamento do intervalo QT, o que aumenta o risco de ataque de arritmias52 (descompasso dos batimentos do coração20) ventriculares graves do tipo torsades de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos), que é potencialmente fatal (morte súbita). O prolongamento QT é exacerbado, em particular, na presença de bradicardia53 (diminuição da frequência cardíaca), hipopotassemia54 (redução dos níveis de potássio no sangue21) e prolongamento QT congênito55 ou adquirido (exemplo: fármacos indutores). Se a situação clínica permitir, avaliações médicas e laboratoriais devem ser realizadas para descartar possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um agente neuroléptico45 e conforme necessidade durante o tratamento (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Nos primeiros dias de tratamento, principalmente se você é hipertenso (tem pressão alta) ou hipotenso (tem pressão baixa), é necessário que você se deite durante meia hora em posição horizontal, sem travesseiro, logo após a tomada do medicamento. Esta precaução deve ser rigorosamente seguida quando se administra o cloridrato de clorpromazina Injetável.
A vigilância clínica e, eventualmente eletroencefalográfica, deve ser reforçada em pacientes epilépticos, devido à possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno. Recomenda-se evitar o tratamento prolongado se você pretende engravidar.
É desaconselhável o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Em tratamentos prolongados, é recomendável controle oftalmológico (dos olhos4) e hematológico (do sangue21) regular.
Precauções específicas da via parenteral
- Em caso de hipovolemia56 (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos57), deve-se instalar rapidamente perfusão IV.
- O doente deve ser mobilizado rapidamente e colocado em decúbito dorsal58 na eventualidade de hipotensão46 (pressão baixa) arterial.
- As mudanças de posição do paciente devem ser efetuadas com cautela por causa do risco de hipotensão46 ortostática (queda significativa da pressão arterial59 após assumir a posição de pé).
A solução injetável contém sulfitos que podem eventualmente causar ou agravar reações do tipo anafilática (alérgica).
Gravidez8 e amamentação60
O uso de cloridrato de clorpromazina durante a gravidez8 ou período de amamentação60 deve ser orientado
pelo seu médico, que avaliará a relação risco-benefício. Caso você engravide durante ou logo após o tratamento com cloridrato de clorpromazina seu médico deve ser avisado para a orientação adequada. Informe ao seu médico se estiver amamentando. O aleitamento é desaconselhável, uma vez que a clorpromazina passa para o leite materno.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Os seguintes efeitos adversos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que foram expostos a fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez8:
Interações medicamentosas
- diversos graus de desordens respiratórias variando de taquipneia61 (respiração rápida e anormal) a angústia respiratória, bradicardia53 e hipotonia62 (flacidez muscular), sendo estes mais comuns quando outros medicamentos do tipo psicotrópicos63 ou antimuscarínicos forem concomitantemente administrados;
- íleo64 meconial (obstrução intestinal do recém-nascido), retardo da eliminação do mecônio65 (primeiras fezes eliminadas pelo recém-nascido), dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia66 (aceleração do ritmo cardíaco);
- desordens neurológicas tais como síndrome28 extrapiramidal (alteração neurológica que leva a distúrbios do equilíbrio e da movimentação, hipertonia67, distonia68 orofacial, mioclonias, trismo, opistótono69, parkinsonismo), sonolência e agitação.
Converse com o seu médico sobre a necessidade de monitoramento e tratamento adequado do recém- nascido de mães tratadas com cloridrato de clorpromazina, uma vez que estes procedimentos são recomendados.
Fertilidade
Devido à interação com os receptores de dopamina70, a clorpromazina pode causar hiperprolactinemia (aumento da concentração sanguínea do hormônio71 prolactina72, que estimula a secreção de leite), que pode ser associada a um comprometimento da fertilidade nas mulheres.
Populações especiais
Pacientes idosos com demência73: Pacientes idosos com psicose74 relacionada à demência73 tratados com medicamentos antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado.
Hepatotoxidade severa (dano ao fígado24), resultando em algumas mortes, foram relatadas com a utilização da clorpromazina. Os pacientes devem ser orientados a relatar imediatamente, sinais75 como astenia76 (fraqueza), anorexia77 (perda de apetite), náusea78, vômitos2, dor abdominal ou icterícia79 (disfunção do fígado24 caracterizada pela coloração amarelada da pele80) a um médico. Investigações incluindo avaliação clínica e biológica da função hepática50 devem ser realizadas imediatamente.
Não se recomenda o uso de cloridrato de clorpromazina em crianças com menos de 2 anos de idade.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento:
O uso de cloridrato de clorpromazina é contraindicado em associação com o medicamento levodopa. Em caso de síndrome28 extrapiramidal induzida pelos neurolépticos31, não tratar o paciente com levodopa (os receptores dopaminérgicos são bloqueados pelos neurolépticos31), mas utilizar um anticolinérgico.
Nos parkinsonianos tratados pela levodopa, em caso de necessidade de tratamento por neurolépticos31, não é lógico continuar a terapia com levodopa, pois isso pode agravar as alterações psicóticas e a droga não pode agir sobre os receptores bloqueados pelos neurolépticos31.
O uso de cloridrato de clorpromazina é desaconselhado em associação com:
- lítio: em associação com cloridrato de clorpromazina pode ocorrer: síndrome28 confusional, hipertonia67 (rigidez muscular) e hiper-reflexia (reflexos elevados).
- sultoprida: em associação com cloridrato de clorpromazina pode apresentar risco aumentado de alterações do ritmo ventricular (do coração20).
O uso de cloridrato de clorpromazina exige cuidados quando usado em associação com:
- antidiabéticos (medicamentos que tratam a diabetes42): em doses elevadas (100 mg/dia de clorpromazina) pode ocorrer elevação da glicemia81 (nível de açúcar38 no sangue21). O paciente deve reforçar a autovigilância sanguínea e urinária. Eventualmente, o médico deverá adaptar o modo de usar do medicamento antidiabético durante o tratamento com neurolépticos31 e depois da sua interrupção.
- gastrintestinais de ação tópica (medicamentos para tratar problemas no estômago26 e intestino tais como, óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): podem causar a diminuição da absorção gastrintestinal dos neurolépticos31 fenotiazínicos. O paciente deve usar os medicamentos gastrintestinais e neurolépticos31 com intervalo de mais de 2 horas entre eles.
- inibidores do citocromo P450 isoenzima1A2 (fortes como: ciprofloxacina, enoxacina, fluvoxamina, clinafloxacina, idrocilamida, oltipraz, ácido pipemídico, rofecoxibe, etintidina, zafirlucaste; e moderados como: metoxalen, mexiletina, contraceptivos orais, fenilpropanolamina, tiabendazol, vemurafenibe e zileutona): conduzem a um aumento da concentração plasmática de clorpromazina. Com isto os pacientes ficam sujeitos às reações adversas dose-dependentes da clorpromazina.
A administração de cloridrato de clorpromazina junto com amitriptilina, pode levar a um aumento nos níveis plasmáticos (quantidade de medicamento no sangue21) da amitriptilina. Os pacientes devem ser monitorados com relação a reações adversas dose-dependente associadas com amitriptilina.
O uso de cloridrato de clorpromazina deve ser considerado se usado em associação com:
- anti-hipertensivos (medicamentos que tratam a pressão alta): pode ocorrer a diminuição da pressão arterial59 do paciente e aumento do risco de hipotensão46 ortostática.
- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 sedativos, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida podendo ocorrer: adição dos efeitos indesejáveis atropínicos, como retenção urinária14 (urina15 presa), obstipação82 intestinal (evacuação difícil ou pouco frequente), secura da boca83.
- outros depressores do sistema nervoso central5: antidepressivos sedativos, derivados morfínicos (analgésicos84 e antitussígenos), anti-histamínicos H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, clonidina e compostos semelhantes, hipnóticos, metadona e talidomida podendo ocorrer aumento da depressão central. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas.
- guanetidina: pode ocorrer a inibição do efeito anti-hipertensivo (causar a diminuição da pressão arterial59) da guanetidina.
Medicamento-substância química:
O uso de cloridrato de clorpromazina é desaconselhado em associação com:
- álcool: os efeitos sedativos (de sonolência) dos neurolépticos31 (classe de medicamentos a qual o cloridrato de clorpromazina pertence) são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo álcool em sua composição.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde85.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
O cloridrato de clorpromazina deve ser mantido em sua embalagem original. Manter em temperatura ambiente (entre 15 - 30°C). Proteger da luz. Ao adquirir o medicamento, confira sempre o prazo de validade impresso na embalagem do produto. Nunca use medicamento com o prazo de validade vencido, pois pode ser prejudicial à saúde85.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Depois de aberto, este medicamento deve ser utilizado imediatamente.
Características do medicamento
Solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O cloridrato de clorpromazina deve ser administrado profundamente no músculo. Como a solução é irritante, a administração intramuscular superficial deve ser evitada, de forma a minimizar reações locais.
Uso Intramuscular (adultos): usado em pacientes internados, é preconizada86 uma dose inicial de 25 a 100 mg, repetida dentro de 1 a 4 horas, se necessário, até o controle dos sintomas87. Em pacientes idosos ou debilitados, doses mais baixas são geralmente suficientes para o controle dos sintomas87 (1/2 a 1/3 da dose de adultos). A administração por via oral deve ser introduzida quando os sintomas87 estiverem controlados.
Uso Intramuscular (crianças acima de 2 anos): deve-se usar o esquema de aumento gradativo de dose, sendo usualmente utilizada uma dose inicial de 1 mg/kg/dia, dividida em 2 ou 3 tomadas. O total da dose diária não deve exceder 40 mg, em crianças abaixo de 5 anos, ou 75 mg, em crianças mais velhas.
Devendo-se passar para a via oral tão logo os sintomas87 estejam controlados.
Não há estudos dos efeitos de cloridrato de clorpromazina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intramuscular, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
De modo geral, cloridrato de clorpromazina é bem tolerado. Como reações adversas, você pode apresentar:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios do metabolismo88 e nutrição89: ganho de peso, às vezes, importante.
- Distúrbios do sistema nervoso9: sedação47, sonolência, síndrome28 extrapiramidal (alteração neurológica que leva a distúrbios do equilíbrio e da movimentação, hipertonia67, distonia68 orofacial, mioclonias, trismo (contração do músculo responsável pela mastigação), opistótono69, parkinsonismo) que melhora com a administração de antiparkinsonianos anticolinérgicos, efeitos atropínicos (secura da boca83, obstipação82 intestinal (prisão de ventre)).
- Distúrbios vasculares43: hipotensão46 ortostática (queda significativa da pressão arterial59 após assumir a posição de pé).
- Distúrbios musculares: discinesias tardias (movimentos incontroláveis que ocorrem após uso de medicamento por longo período) que podem ser observadas, assim como para todos os neurolépticos31, durante tratamentos prolongados (nestes casos os antiparkinsonianos não agem ou podem piorar o quadro).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios do coração20: prolongamento do intervalo QT (alteração observada em eletrocardiograma51 e que está relacionada aos batimentos do coração20).
- Distúrbios do sistema nervoso9: convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos90, secundárias a descargas elétricas cerebrais).
- Distúrbios endócrinos: hiperprolactinemia e amenorreia91 (ausência de menstruação92). Distúrbios do metabolismo88 e nutrição89: intolerância à glicose39 (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Reações cujas frequências são desconhecidas:
- Distúrbios do coração20: houve relatos isolados de morte súbita, com possíveis causas de origem cardíaca (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), assim como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo neurolépticos31 fenotiazínicos.
- Distúrbios endócrinos: galactorreia93 (produção de leite excessiva ou inadequada) e ginecomastia94 (aumento das mamas95 em homens).
- Distúrbios do metabolismo88 e nutrição89: hiperglicemia37 (nível alto de açúcar38 no sangue21) (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), hipertrigliceridemia (nível aumentado de triglicérides96), hiponatremia97 (diminuição da concentração de sódio no sangue21) e secreção inapropriada do hormônio71 antidiurético.
- Distúrbios do sistema nervoso9: efeitos atropínicos (retenção urinária14 (urina15 presa)). Distúrbios gastrointestinais (do aparelho digestivo98): colite99 isquêmica (inflamação100 no intestino grosso101 por problemas de circulação102), obstrução intestinal, necrose103 gastrointestinal (morte de células104 do estômago26 e do intestino), colite99 necrosante105 (algumas vezes fatal) (inflamação100 do intestino grosso101 com morte de células104), perfuração intestinal (algumas vezes fatal).
- Distúrbios da pele80 e tecidos subcutâneos: fotodermias (reações na pele80 de sensibilidade à luz) e pigmentação da pele80, angioedema106 (inchaço107 em região subcutânea108 ou em mucosas109, geralmente de origem alérgica) e urticária110 (erupções na pele80, geralmente de origem alérgica, que causa coceira).
- Distúrbios oculares: crises oculógiras (convulsão3 nos olhos4) e depósito pigmentar no segmento anterior do olho111.
- Distúrbios hepato-biliares (do fígado24 e da bile112): foi observada icterícia79 (deposição de pigmentos biliares na 6 pele80 dando uma cor amarela intensa) por ocasião de tratamentos com clorpromazina, porém, a relação com o produto é questionável. Casos de lesões113 hepatocelulares, lesão114 hepática50 mista (das células104 do fígado24) e colestática (coloração amarelada da pele80 e mucosas109), às vezes resultando em morte foram relatadas em pacientes tratados com clorpromazina.
- Distúrbios do sistema imunológico115: lúpus116 eritematoso117 sistêmico118 (doença multissitêmica devido à alterações no sistema imune119) foi relatado muito raramente em pacientes tratados com clorpromazina. Em alguns casos, anticorpos120 antinucleares (anticorpos120 encontrados em doenças autoimunes121) positivos podem ser encontrados sem evidência de doença clínica.
- Distúrbios do sangue21 e do sistema linfático122: excepcionalmente leucopenia123 (redução de células104 brancas no sangue21) ou agranulocitose124 (diminuição acentuada de alguns tipos de células brancas do sangue125), e por isso é recomendado o controle hematológico nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento.
- Distúrbios do sistema reprodutivo: impotência126, frigidez (distúrbios do desejo sexual). Em pacientes tratados com clorpromazina foi relatado raramente priapismo127 (ereção128 persistente e dolorosa).
- Distúrbios vasculares43: casos de tromboembolismo33 venoso (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo36 de sangue21), incluindo casos de embolismo34 pulmonar venoso (obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo36 de sangue21 no pulmão129), algumas vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda35 (formação ou presença de um coágulo36 sanguíneo dentro de uma veia), foram reportados com medicamentos antipsicóticos (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
- Distúrbios musculares: discinesias (movimentos incontroláveis) precoces (torcicolo130 espasmódico (enrijecimento dos músculos do pescoço131), trismo e etc., que melhoram com a administração de antiparkinsoniano anticolinérgico).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Os principais sintomas87 de intoxicação aguda por cloridrato de clorpromazina são: depressão do Sistema Nervoso Central5, hipotensão46 e sintomas87 extrapiramidais (diversos transtornos do movimento) e convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos90 secundárias a descargas elétricas cerebrais).
Recomenda-se nestes casos lavagem gástrica132 precoce, evitando-se a indução do vômito11; administração de antiparkinsonianos (medicamentos específicos que tratam a doença de Parkinson18) para os sintomas87 extrapiramidais e estimulantes respiratórios (anfetamina, cafeína com benzoato de sódio), caso haja depressão respiratória.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS 1.0387.0064
Farm. Resp.: Dr. Augusto César Garoufo de Andrade CRF- MG nº 13603
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