

Tramal (Cápsula) (Bula do profissional de saúde)
GRÜNENTHAL DO BRASIL FARMACÊUTICA LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Tramal®
cloridrato de tramadol
Cápsulas
APRESENTAÇÕES
Tramal 50 mg
Embalagens contendo 10 ou 20 cápsulas
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de Tramal contém:
cloridrato de tramadol | 50 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e sílica coloidal anidra.
Composição da cápsula: óxido de ferro amarelo, dióxido de titânio e gelatina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Tramal (cloridrato de tramadol) é indicado para tratamento da dor de intensidade moderada a grave.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos Clínicos
O tramadol foi administrado em dose única e oral de 50, 75 e 100 mg a pacientes com dores geradas após procedimentos cirúrgicos e cirurgias bucais (extração de molares impactados).
Em um modelo de dose única em dor após cirurgia bucal, em muitos pacientes o alívio da dor foi alcançado com doses de 50 e 75 mg de tramadol. A dose de 100 mg de tramadol tende a promover analgesia superior à de 60 mg de sulfato de codeína, mas não foi tão efetiva como a combinação de 650 mg de ácido acetilsalicílico com 60 mg de fosfato de codeína.
O tramadol foi estudado em três estudos clínicos controlados, a longo prazo, envolvendo um total de 820 pacientes, onde 530 deles receberam tramadol. Pacientes com uma variedade de condições de dor crônica foram estudados em um estudo clínico duplo-cego com duração de um a três meses. Doses diárias médias de aproximadamente 250 mg de tramadol em doses divididas foram geralmente comparáveis a cinco doses diárias de 300 mg de paracetamol com 30 mg de fosfato de codeína, a cinco doses diárias de 325 mg de ácido acetilsalicílico com 30 mg de fosfato de codeína ou a duas ou três doses diárias de 500 mg de paracetamol com 5 mg de cloridrato de oxicodona.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O tramadol é um analgésico2 opioide de ação central. É um agonista3 puro não-seletivo dos receptores opioides μ (mi), δ (delta) e κ (kappa), com uma afinidade maior pelo receptor μ (mi). Outros mecanismos que contribuem para o efeito analgésico2 de tramadol são a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina4 e o aumento da liberação de serotonina.
O tramadol tem um efeito antitussígeno. Em contraste com a morfina, as doses analgésicas de tramadol em uma ampla faixa não apresentam efeito depressor sobre o sistema respiratório5. Também, a motilidade gastrintestinal é menos afetada. Os efeitos no sistema cardiovascular6 tendem a ser leves. Foi relatado que a potência de tramadol é 1/10 a 1/6 da potência da morfina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração intramuscular em humanos, tramadol é rápida e completamente absorvido: o pico médio de concentração sérica (Cmax) é atingido após 45 minutos, e a biodisponibilidade é quase 100%. Em humanos cerca de 90% de tramadol é absorvido após administração oral (Tramal cápsulas). A meia-vida de absorção é 0,38 ± 0,18 h. Uma comparação das áreas sob as curvas de concentração sérica de tramadol (AUC) após administração oral e i.v. mostra uma biodisponibilidade de 68 ± 13% para Tramal cápsulas. Comparado com outros analgésicos7 opioides a biodisponibilidade absoluta de Tramal cápsulas é extremamente alta.
Picos de concentração sérica são atingidos após 2 horas da administração de Tramal cápsulas. Após administração de Tramal Retard comprimidos de liberação prolongada de 100 mg o pico de concentração plasmática Cmax = 141 ± 40 ng/mL é atingido após 4,9 h.
A farmacocinética de Tramal comprimidos e solução oral, não é significantemente diferente daquela de Tramal cápsulas com respeito à extensão da biodisponibilidade como medida pela AUC. Há uma diferença de 10% na Cmax entre Tramal cápsulas e Tramal comprimidos. O tempo para atingir a Cmax foi 1 hora para Tramal solução oral, 1,5 horas para Tramal comprimidos e 2,2 horas para Tramal cápsulas refletindo a rápida absorção das formas líquidas orais.
O tramadol apresenta uma alta afinidade tecidual (Vd,β(beta) = 203 ± 40 L) e cerca de 20% liga-se às proteínas8 plasmáticas.
O tramadol atravessa as barreiras placentária e hematoencefálica. Pequenas quantidades de tramadol e do derivado O-desmetil são encontradas no leite materno (0,1% e 0,02%, da dose aplicada respectivamente).
A inibição das isoenzimas CYP3A4 e/ou CYP2D6 envolvidas na biotransformação de tramadol pode afetar a concentração plasmática de tramadol ou seus metabólitos9 ativos. Até o momento, não foram observadas interações clinicamente relevantes.
O tramadol e seus metabólitos9 são quase completamente excretados via renal10. A excreção urinária cumulativa é 90% da radioatividade total da dose administrada.
A meia-vida de eliminação t1/2,β é de aproximadamente 6 horas, independentemente do modo de administração. Em pacientes com mais de 75 anos de idade, pode ser prolongada por um fator de aproximadamente 1,4. Em pacientes com cirrose11 hepática12, as meias-vidas de eliminação são de 13,3 ± 4,9 h (tramadol) e 18,5 ± 9,4 h (O-desmetiltramadol); em um caso extremo, determinou-se 22,3 h e 36 h, respectivamente. Em pacientes com insuficiência renal13 (clearance de creatinina14 < 5 mL/minuto), os valores foram 11 ± 3,2 h e 16,9 ± 3 h; em um caso extremo 19,5 h e 43,2 h, respectivamente.
Em humanos, o tramadol é metabolizado principalmente por N- e O-desmetilação e conjugação dos produtos da O-desmetilação com ácido glucurônico. Somente o O-desmetiltramadol é farmacologicamente ativo. Há diferenças quantitativas interindividuais consideráveis entre os outros metabólitos9. Até o momento, onze metabólitos9 foram detectados na urina15. Experimentos em animais demonstraram que O-desmetiltramadol é 2-4 vezes mais potente do que o fármaco16 inalterado. A meia-vida t1/2,β (6 voluntários sadios) é de 7,9 h (5,4-9,6 h), bastante similar à meia-vida de tramadol.
O tramadol tem um perfil farmacocinético linear dentro da faixa de dose terapêutica17.
A relação entre concentrações séricas e o efeito analgésico2 é dose-dependente, mas varia consideravelmente em casos isolados. Uma concentração sérica de 100-300 ng/mL é usualmente eficaz.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Após a administração repetida oral e parenteral de tramadol por 6-26 semanas em ratos e cães, e após administração oral por 12 meses em cães, testes hematológicos, clínico-químicos e histológicos18 não demonstraram evidências de alterações relacionadas à substância. Somente ocorreram manifestações no sistema nervoso central19 após doses altas, consideravelmente acima da dose terapêutica17 (agitação, salivação, espasmos20 e redução do ganho de peso). Ratos e cães toleraram doses orais de 20 mg/kg e 10 mg/kg de peso corpóreo, respectivamente, e cães toleraram doses retais de 20 mg/kg de peso corpóreo, sem qualquer reação.
Em ratos, doses de no mínimo 50 mg/kg/dia de tramadol causaram toxicidade21 materna e aumento da mortalidade22 neonatal. Os problemas com a prole foram distúrbios de ossificação e retardo na abertura vaginal e dos olhos23. A fertilidade masculina e feminina não foi afetada. Em coelhos, foi relatada toxicidade21 materna em doses superiores a 125 mg/kg e anomalias esqueléticas na prole.
Em alguns testes in vitro, houve evidência de efeitos mutagênicos. Estudos in vivo não demonstraram tais efeitos. Até o momento, tramadol pode ser classificado como não-mutagênico.
Foram realizados estudos quanto ao potencial tumorigênico do cloridrato de tramadol em ratos e camundongos. O estudo em ratos, não demonstrou evidência de aumento na incidência24 de tumores devido a essa substância. No estudo em camundongos, houve uma incidência24 aumentada de adenomas de células25 hepáticas26 em animais machos (aumento dose-dependente, não significativo a partir de 15 mg/kg) e um aumento nos tumores pulmonares em fêmeas de todos os grupos de doses (significativo, mas não dose-dependente).
CONTRAINDICAÇÕES
Tramal (cloridrato de tramadol) é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade a tramadol ou a qualquer componente da fórmula; é também contraindicado nas intoxicações agudas por álcool, hipnóticos, analgésicos7, opioides e outros psicotrópicos27. Tramal é contraindicado a pacientes em tratamento com inibidores da MAO28, ou pacientes que foram tratados com esses fármacos nos últimos 14 dias. Tramal não deve ser utilizado em epilepsia29 não-controlada adequadamente com tratamento.
Tramal não deve ser utilizado para tratamento de abstinência de narcóticos.
Gravidez30
Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito altas, afeta o desenvolvimento dos órgãos, ossificação e a taxa de mortalidade22 neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária. Não estão disponíveis evidências adequadas na segurança de tramadol em mulheres grávidas. Portanto tramadol não deve ser utilizado durante a gravidez30.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos31, pode induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico32 durante a gravidez30 pode levar a sintomas33 de abstinência no neonato34.
Tramal é um medicamento classificado na categoria de risco de gravidez30 C.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Tramal (cloridrato de tramadol) deve ser usado com cautela nas seguintes condições: dependência aos opioides; ferimentos na cabeça35; choque36, distúrbio do nível de consciência de origem não estabelecida, pacientes com distúrbios da função respiratória ou do centro respiratório37; pressão intracraniana aumentada.
Tramal deve somente ser usado com cautela nos pacientes sensíveis aos opioides.
Foram relatadas convulsões em pacientes recebendo tramadol nas doses recomendadas. O risco pode aumentar quando as doses de Tramal excederem a dose diária máxima recomendada (400 mg). Tramal pode elevar o risco de convulsões em pacientes tomando concomitantemente outras medicações que reduzam o limiar para crises convulsivas. Pacientes com epilepsia29, ou aqueles susceptíveis a convulsões, somente deveriam ser tratados com tramadol sob circunstâncias inevitáveis.
Tramal apresenta um baixo potencial de dependência. No uso em longo prazo, pode-se desenvolver tolerância e dependência física e psíquica. Em pacientes com tendência à dependência ou ao abuso de medicamentos, o tratamento com Tramal deve ser realizado somente por períodos curtos e sob supervisão médica rigorosa.
Tramal não é indicado como substituto em pacientes dependentes de opioides. Embora o tramadol seja um agonista3 opioide, tramadol não pode suprimir os sintomas33 da síndrome38 de abstinência da morfina.
Tramal Retard contém lactose39 em sua composição. Portanto, pacientes com o problema hereditário raro de intolerância à galactose40, a deficiência de lactase Lapp ou má-absorção de glicose41-galactose40, não devem tomar este medicamento.
Tramal solução oral contém sacarose. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose42, má absorção de glicose41-galactose40 ou insuficiência43 de sucrase-isomaltase não devem tomar este medicamento.
Atenção diabéticos: contém açúcar44.
Efeitos na Habilidade de Dirigir Veículos e Operar Máquinas
Mesmo quando administrado de acordo com as instruções, tramadol pode causar efeitos tais como sonolência e tontura45 e portanto pode prejudicar as reações de motoristas e operadores de máquinas. Isto se aplica particularmente em conjunção com outras substâncias psicotrópicas, particularmente álcool.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez30
Estudos em animais revelaram que o tramadol, em doses muito altas, afeta o desenvolvimento dos órgãos, ossificação e a taxa de mortalidade22 neonatal. O tramadol atravessa a barreira placentária. Não estão disponíveis evidências adequadas na segurança de tramadol em mulheres grávidas. Portanto tramadol não deve ser utilizado durante a gravidez30.
O tramadol administrado antes ou durante o trabalho de parto, não afeta a contratilidade uterina. Em neonatos31, pode induzir alterações na taxa respiratória, normalmente de importância clínica não relevante. O uso crônico32 durante a gravidez30 pode levar a sintomas33 de abstinência no neonato34.
Tramal é um medicamento classificado na categoria de risco de gravidez30 C. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação46
Durante a lactação46 deve-se considerar que cerca de 0,1% da dose materna de tramadol é secretada no leite. Tramadol não é recomendado durante a amamentação47. Geralmente, não há necessidade de interromper a amamentação47 após uma única administração de Tramal.
Fertilidade
Vigilância pós comercialização não sugere um efeito de tramadol sobre a fertilidade. Estudos em animais não mostram um efeito de tramadol sobre a fertilidade.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Tramal (cloridrato de tramadol) não deve ser combinado com inibidores da MAO28.
Em pacientes tratados com inibidores da MAO28 nos 14 dias antes do uso do opioide petidina foram observadas interações com risco de vida no sistema nervoso central19, função respiratória e cardiovascular. As mesmas interações com inibidores da MAO28 não podem ser descartadas durante o tratamento com Tramal.
A administração concomitante de tramadol com outros fármacos depressores do sistema nervoso central19 (SNC48), incluindo álcool, pode potencializar os efeitos no SNC48.
Os resultados dos estudos de farmacocinética demonstraram até o momento que na administração prévia ou concomitante de cimetidina (inibidor enzimático) não é comum ocorrerem interações clinicamente relevantes. Administração prévia ou simultânea de carbamazepina (indutor enzimático) pode reduzir o efeito analgésico2 e a duração da ação.
Tramal pode induzir convulsões e aumentar o potencial de causar convulsões dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores da receptação de serotonina e norepinefrina, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos e outros fármacos que diminuem o limiar para crises convulsivas (tais como bupropiona, mirtazapina, tetraidrocanabinol).
O uso terapêutico concomitante de tramadol e drogas serotoninérgicas, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina, inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina, inibidores da MAO28, antidepressivos tricíclicos e mirtazapina pode causar toxicidade21 de serotonina. A síndrome da serotonina49 é possível quando um dos seguintes é observado:
- clônus50 espontâneo
- clônus50 induzível ou ocular com agitação ou diaforese51
- tremor e hiperreflexia52
- hipertonia53 e temperatura corporal > 38°C e clônus50 induzível ou ocular.
Após a interrupção de medicamentos serotoninérgicos, geralmente observa-se uma melhora rápida. O tratamento depende da natureza e gravidade dos sintomas33.
O tratamento com tramadol concomitante com derivados cumarínicos (varfarina) deve ser cuidadosamente monitorado, devido a relatos de aumento no tempo de protrombina54 (INR) com maior sangramento e de equimoses55 em alguns pacientes.
Outros fármacos inibidores do CYP3A4, tais como o cetoconazol e a eritromicina, podem inibir o metabolismo56 do tramadol (N-demetilação) e provavelmente também do metabólito57 ativo O-demetilado. A importância clínica de tal interação não foi estudada. Em um número limitado de estudos a aplicação pré ou pós-operatória do antiemético58 antagonista59 5-HT3 ondansetrona aumentou a necessidade de tramadol em pacientes com dor pós-operatória.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Tramal cápsulas deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
O prazo de validade de Tramal cápsulas é 36 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Tramal 50 mg são cápsulas de gelatina dura brilhante, oblongas, amarelo / amarelo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A dose deve ser ajustada à intensidade da dor e à sensibilidade individual do paciente. A menor dose efetiva para analgesia deve geralmente ser selecionada. A dose total diária de 400 mg de cloridrato de tramadol não deve ser excedida, exceto em circunstâncias clínicas especiais.
A menos que prescrito de outra forma, Tramal deve ser administrado como segue:
Posologia
Adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade: 50-100 mg de cloridrato de tramadol a cada 4 ou 6 horas.
Crianças: Devido a sua alta dosagem, as cápsulas não devem ser utilizadas em crianças abaixo de 12 anos de idade.
Método de administração
As cápsulas devem ser engolidas inteiras, não partidas ou mastigadas, com líquido suficiente, com ou sem alimento.
Pacientes idosos
O ajuste de dose não é usualmente necessário em pacientes até 75 anos sem manifestação clínica de insuficiência hepática60 ou renal10. Em pacientes idosos acima de 75 anos a eliminação pode ser prolongada. Portanto, se necessário, o intervalo entre as doses deve ser aumentado de acordo com os requerimentos do paciente.
Pacientes com insuficiência renal13/diálise61 e hepática12
Em pacientes com insuficiência renal13 e/ou hepática12 a eliminação de tramadol é atrasada. Nestes pacientes deve-se considerar o uso de intervalos maiores entre as doses de acordo com os requerimentos dos pacientes.
Duração do Tratamento
Tramadol não deve sob nenhuma circunstância ser administrado por mais tempo que o absolutamente necessário. Se for necessário tratamento prolongado da dor devido à natureza e gravidade da doença, então monitoramento regular e cuidadoso deve ser feito (se necessário com interrupções no tratamento) para estabelecer se e em que extensão tratamento adicional é necessário.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas mais comumente relatadas são náusea62 e tontura45, ambas ocorrendo em mais que 10% dos pacientes.
As frequências são definidas como:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Transtornos cardíacos
- Incomum: regulação cardiovascular (palpitação63, taquicardia64). Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que estão fisicamente estressados.
- Rara: bradicardia65.
Investigações
- Rara: aumento na pressão sanguínea
Transtornos vasculares66
- Incomum: regulação cardiovascular (hipotensão67 postural ou colapso68 cardiovascular).
Estas reações adversas podem ocorrer especialmente no caso de administração intravenosa e em pacientes que estão fisicamente estressados.
Transtornos de metabolismo56 e nutrição69:
- Rara: alterações no apetite.
Transtornos respiratórios, torácicos e do mediastino70
- Rara: depressão respiratória, dispneia71.
Se as doses recomendadas forem excedidas consideravelmente e outras substâncias depressoras centrais forem administradas concomitantemente, depressão respiratória pode ocorrer.
Foi relatada piora de asma72, embora não tenha sido estabelecida uma relação causal.
Transtornos do sistema nervoso73
- Muito comum: tontura45.
- Comum: dor de cabeça35, sonolência.
- Rara: transtornos da fala, parestesia74, tremor, convulsão75 epileptiforme76, contrações musculares involuntárias, coordenação anormal, síncope77.
Convulsão75 ocorreu principalmente após a administração de altas doses de tramadol ou após o tratamento concomitante com fármacos que podem diminuir o limiar para crise convulsiva.
Transtornos psiquiátricos
- Rara: alucinação78, confusão, distúrbios do sono, delírios, ansiedade e pesadelos.
As reações adversas psíquicas podem ocorrer após administração de tramadol que varia individualmente em intensidade e natureza (dependendo da personalidade do paciente e duração do tratamento). Esses efeitos incluem alteração no humor (geralmente euforia, ocasionalmente disforia79), alterações em atividade (geralmente supressão, ocasionalmente elevação) e alterações na capacidade cognitiva80 e sensorial (por ex.: comportamento de decisão, problemas de percepção). Pode ocorrer dependência da droga. Os sintomas33 das reações de abstinência, similares àquelas ocorrendo durante a retirada de opiáceos, podem ocorrer como segue: agitação, ansiedade, nervosismo, insônia, hipercinesia81, tremor e sintomas33 gastrointestinais. Outros sintomas33 que foram vistos muito raramente com a descontinuação de tramadol incluem: ataques de pânico, ansiedade grave, alucinações82, parestesias83, zumbido e sintomas33 não usuais do SNC48 (como confusão, ilusões, despersonalização, desrealização, paranoia).
Transtornos do olho84
- Rara: miose85, midríase86, visão87 turva.
Transtornos gastrintestinais
- Muito comum: náusea62.
- Comum: constipação88, boca89 seca, vômito90.
- Incomum: ânsia de vômito90, desconforto gastrintestinal (uma sensação de pressão no estômago91, distensão abdominal), diarreia92.
Transtornos da pele93 e tecidos subcutâneos
- Comum: hiperidrose94.
- Incomum: reações dérmicas (por ex.: prurido95, rash96, urticária97).
Transtornos músculo-esqueléticos e tecidos conectivos
- Rara: fraqueza motora.
Transtornos hepatobiliares98
Em poucos casos isolados foi relatado aumento nos valores das enzimas hepáticas99 em associação temporal com uso terapêutico de tramadol.
Transtornos do trato urinário100 e renal10
- Rara: distúrbios de micção101 (disúria102 e retenção urinária103).
Transtornos do sistema imune104
- Rara: reações alérgicas (como dispneia71, broncoespasmo105, tosse, edema angioneurótico106) e anafilaxia107.
Transtornos gerais e condições do local de administração
- Comum: fadiga108
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas33
Em princípio, no caso de intoxicação com tramadol, são esperados sintomas33 similares aos de outros analgésicos7 de ação central (opioides). Estes incluem em particular miose85, vômito90, colapso68 cardiovascular, distúrbios de consciência podendo levar ao coma109, convulsões e depressão respiratória até parada respiratória.
Tratamento
Aplicar medidas de emergência110 gerais. Manter aberta a via respiratória (aspiração!), manter a respiração e circulação111 dependendo dos sintomas33. O antídoto112 no caso de depressão respiratória é a naloxona. Em experimentos animais a naloxona não apresentou efeito no caso de convulsões. Em tais casos, deve-se administrar diazepam intravenosamente.
No caso de intoxicações com as formulações orais, a descontaminação gastrointestinal com carvão ativado ou por lavagem gástrica113 é recomendada somente dentro de 2 horas após a ingestão de tramadol. A descontaminação gastrointestinal mais tarde pode ser útil no caso de intoxicação com quantidades excepcionalmente grandes ou formulações de liberação prolongada.
Tramadol é minimamente eliminado do soro114 por diálise61 ou hemofiltração. Portanto, o tratamento de intoxicação aguda com Tramal apenas com hemodiálise115 ou hemofiltração não é apropriado para desintoxicação.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS – 1.8610.0006
Farmacêutico responsável: Marcelo Mesquita – CRF-SP nº 31.885
Fabricado por:
Farmaceutici Formenti S.p.A., Via di Vittorio 2, 21040
Origgio (VA), Itália
Embalado por:
Grünenthal GmbH, Zieglerstraße 6, 52078
Aachen, Alemanha
Importado e Distribuído por:
Grünenthal do Brasil Farmacêutica Ltda.
Avenida Guido Caloi, 1935, Bl. B e Bl. C – 1º andar – São Paulo - SP
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SAC: 0800 205 2050
