

FURP-Sulfadiazina (Bula do profissional de saúde)
FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR - FURP
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FURP-Sulfadiazina
sulfadiazina
Comprimido 500 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Embalagem com 10 comprimidos. Caixa com 500 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de FURP-Sulfadiazina contém:
sulfadiazina | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, manitol, amidoglicolato de sódio e laurilsulfato de sódio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento da toxoplasmose2, em associação com a pirimetamina.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A revisão abaixo referenciada demonstra a eficácia da combinação de sulfadiazina e pirimetamina no tratamento de toxoplasmose2.
Referência:
Rajapakse S, Chrishan-Shivantan M, Samaranayake N, et al. Antibiotics for Human toxoplasmosis: a systemic review of randomized trials. Pathog Glob Health 2013;107(4):162-9.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
FARMACODINÂMICA
A sulfadiazina é análoga estrutural e antagonista3 competitiva do ácido para-aminobenzóico (PABA), impedindo, portanto, a sua utilização pelas bactérias na síntese do ácido fólico (ácido pteroilglutâmico). Mais especificamente, a sulfadiazina é inibidora competitiva da diidropteroatosintetase, a enzima4 bacteriana responsável pela incorporação do PABA no ácido diidropteróico, precursor imediato do ácido fólico. Os microrganismos sensíveis à sulfadiazina são primariamente aqueles que sintetizam seu próprio ácido fólico.
FARMACOCINÉTICA
A sulfadiazina é rapidamente absorvida no trato gastrintestinal. As concentrações sanguíneas máximas são atingidas 3 a 6 horas após a administração; 20 a 55% da sulfadiazina absorvida está ligada a proteínas5 plasmáticas. Ela penetra no fluido cérebro6-espinhal para produzir concentrações terapêuticas, que podem ser mais da metade daquela do sangue7, dentro de 4 horas por administração oral. Até 40% da sulfadiazina no sangue7 está presente como o derivado do acetil. A meia-vida da sulfadiazina é de 10 horas aproximadamente; essa é prolongada quando existe diminuição da capacidade renal8.
Cerca de 50% da sulfadiazina administrada oralmente é excretada na urina9 em 24 horas; 15 a 40% é excretada na forma acetilada. A excreção na urina9 da sulfadiazina e dos derivados do acetil é dependente do pH. Cerca de 30% é excretado inalterado por acetilação rápida e lenta quando a urina9 é ácida enquanto cerca de 75% é excretado inalterado por acetilação lenta quando a urina9 é alcalina.
CONTRAINDICAÇÕES
FURP-Sulfadiazina não deve ser utilizada por pacientes alérgicos à sulfadiazina ou outras sulfonamidas. Evitar seu uso em deficiência de G6PD, porfiria10, gravidez11 e amamentação12.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Durante o tratamento, os pacientes devem se manter bem hidratados para conservar um volume urinário adequado (mínimo de 1.500 mL diários, em adultos). Aconselha-se terapêutica13 complementar com bicarbonato de sódio para alcalinizar a urina9 e evitar cristalúria.
Evitar exposição intensa ao sol durante o tratamento. Em tratamento prolongado deve-se periodicamente realizar hemograma. Este medicamento pode precipitar crises de porfiria10.
Mulheres em uso de contraceptivos hormonais devem ser informadas que o uso de sulfadiazina pode reduzir a eficácia do método.
Uso durante a gravidez11
O uso de FURP-Sulfadiazina deve ser evitado na gravidez11 porque a sulfadiazina atravessa rapidamente a barreira placentária e alcança a circulação14 fetal, tendo se mostrado teratogênica15 em ratos. É contraindicada na amamentação12.
Categoria de risco na gravidez11: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em idosos e crianças
FURP-Sulfadiazina pode ser usada em idosos e crianças na indicação descrita.
Uso em pacientes com insuficiência renal16 e/ou hepática17
Deve ser usada com cautela na insuficiência renal16 e/ou hepática17.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- A ação da sulfadiazina pode ser antagonizada pelo ácido para-aminobenzoico e seus compostos derivados, particularmente aminobenzoato de potássio e anestésicos locais do grupo da procaína.
- A sulfadiazina pode potencializar os efeitos de algumas drogas, como os anticoagulantes18 orais, metotrexato e fenitoína. Isto pode ser devido ao deslocamento da droga dos sítios de ligação proteica plasmática ou pela inibição do metabolismo19.
- O efeito antidiabético dos compostos de sulfonilureia pode ser aumentado pelo uso concomitante de sulfadiazina.
- Falência de contraceptivos hormonais resultando em gravidez11 em pacientes tratadas com sulfadiazina.
Interações com exames laboratoriais
O uso de sulfadiazina pode resultar em falsa positividade de testes urinários para glicose20 (Benedict) ou para proteínas5 (ácido sulfossalicílico).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15–30°C), protegido da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido redondo, branco, sem cheiro e sabor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os comprimidos devem ser ingeridos por via oral e devem ser tomados de preferência, com o estômago21 vazio.
Se houver esquecimento de uma dose, o paciente deve tomar assim que possível, a menos que esteja muito próximo da dose seguinte. Nunca tomar duas doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deve ser avisado.
Para crianças que não têm capacidade para deglutir22 comprimidos, o processo de partição e/ou dissolução é muito falho e só pode ser usado se não houver disponibilidade de preparações na forma líquida.
Posologia
A - Posologia na toxoplasmose2 em pessoas imunocompetentes
Nos 3 primeiros dias de tratamento | Do 4º dia em diante | Tempo de tratamento | |
Adultos | |||
Pirimetamina | 75 a 100 mg | 25 a 50 mg | 4 a 6 semanas |
Sulfadiazina | 500 a 1.000 mg (2-4 vezes ao dia) | 500 a 1.000 mg (2-4 vezes ao dia) | |
Ácido folínico | 5-10 mg/dia | 5-10 mg/dia | |
Crianças | |||
Pirimetamina | 2 mg/kg | 1 mg/kg | 4 semanas |
Sulfadiazina | 25 mg/kg/dia (4 vezes ao dia) | 25 mg/kg/dia (4 vezes ao dia) | |
Ácido folínico | 1 mg | 1 mg |
B – Posologia na toxoplasmose2 associada à infecção23 pelo HIV24
Crianças
Tratamento primário:
- Sulfadiazina 100 a 200 mg/kg/dia, por via oral, 6/6h
- Pirimetamina 1 a 2 mg/kg/dia por via oral, uma vez ao dia
- Ácido folínico 5 a 10 mg por via oral, uma vez ao dia, por 4 a 6 semanas.
Manutenção:
- Sulfadiazina 75 mg/kg/dia por via oral, 2 vezes ao dia
- Pirimetamina 1 mg/kg/dia por via oral, uma vez ao dia (dose máxima 25 mg/dia)
- Ácido folínico 5 a 10 mg, por via oral, uma vez ao dia indefinidamente.
Adolescentes e adultos
Profilaxia secundária ou terapia de manutenção
Deve ser indicada após completar seis semanas de tratamento da toxoplasmose2.:
- Sulfadiazina 500 mg por via oral, 2 vezes ao dia
- Pirimetamina 25 mg/dia
- A profilaxia pode ser interrompida quando ocorrer reconstituição imune sustentada, por mais de seis meses, traduzida pela contagem de linfócitos T CD4+ acima de 200 céls /mm³.
REAÇÕES ADVERSAS
Reação comum
Sistema urinário25: dor lombar, hematúria26, oligúria27 e anúria28 podem ocorrer devido à cristalização na urina9 da sulfadiazina ou de seus metabólitos29. Nefrite30 túbulo intersticial31 e necrose32 tubular podem levar a falência renal8.
Trato gastrintestinal: náusea33, vômitos34, diarreia35, anorexia36, pancreatite37 e colite38.
Outras reações, cuja frequência não pode ser determinada são
Sistema nervoso central39: cefaleia40, vertigem41, insônia, convulsões, depressão, reações psicóticas, meningite asséptica42 e ataxia43.
Órgãos sensoriais: zumbido Sistema cardiovascular44: miocardite45.
Pele46: prurido47, rubor, reações de fotossensibilidade, dermatite48 esfoliativa, eritema nodoso49. Em casos raros, podem ocorrer reações severas na pele46, potencialmente fatais, incluindo necrose32 epidérmica tóxica e Síndrome50 de Stevens- Johnson. Lúpus51 eritematoso52 sistêmico53, incluindo piora da doença pré-existente. Porfiria10. Dermatites podem ocorrer com o contato das sulfonamidas com a pele46.
Fígado54: necrose32 hepática17, hepatomegalia55 e icterícia56.
Sistema respiratório57: tosse, dispneia58 e eosinofilia59 pulmonar.
Hematológicas: trombocitopenia60, leucopenia61, anemia62 aplástica, anemia hemolítica63 (em portadores de deficiência de G6PD), hipoprotrombinemia, eosinofilia59 e agranulocitose64.
Sistema endócrino65: hipoglicemia66, hipotireoidismo67 e bócio68.
Outros: estomatite69, glossite70, artralgia71 e mialgia72.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
As medidas terapêuticas que podem ser tomadas em casos de superdosagem são: lavagem gástrica73 e tratamento com carvão ativado, tão cedo quanto possível para ajudar a evitar a absorção. A diálise74 remove parcialmente a sulfadiazina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER DISPENSADO COM RETENÇÃO DA RECEITA
VENDA PROIBIDA AO COMÉRCIO
MS – 1.1039.0055
Farm. Responsável: Dr. Gidel Soares– CRF-SP nº 14.652
FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR - FURP
Governo do Estado de São Paulo
Rua Endres, 35 - Guarulhos - SP
CNPJ 43.640.754/0001-19 - Indústria Brasileira
SAC 0800 055 1530
