Levofloxacino (Comprimidos 500 mg) (Bula do profissional de saúde)
SANDOZ DO BRASIL INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
levofloxacino
Comprimidos 500 mg
Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagem contendo 3, 7 ou 10 comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
levofloxacino hemi-hidratado (equivalente a 500 mg de levofloxacino) | 512,46 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1 monoidratada, povidona, amidoglicolato de sódio, talco, dióxido de silício, croscarmelose sódica, glicerol dibehenato, hipromelose, hiprolose, macrogol, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho, dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Levofloxacino é indicado no tratamento de infecções3 bacterianas causadas por agentes sensíveis ao levofloxacino, tais como:
- Infecções3 do trato respiratório superior e inferior, incluindo sinusite4, exacerbações agudas de bronquite crônica5 e pneumonia6.
- Infecções3 da pele e tecido subcutâneo7, complicadas e não complicadas, tais como impetigo8, abscessos9, furunculose, celulite10 e erisipela11.
- Infecções3 do trato urinário12, incluindo pielonefrite13 aguda.
- Osteomielite14.
Como as fluoroquinolonas, incluindo levofloxacino, têm sido associadas a reações adversas graves, e pelo fato de que, para alguns pacientes, infecções3 do trato urinário12 não complicadas, exacerbações bacterianas agudas de bronquite crônica5 e sinusite4 aguda bacteriana podem ser autolimitadas, levofloxacino só deve ser indicado para tratamento destas infecções3 em pacientes para os quais não existam opções de tratamento alternativas.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A maioria dos estudos de eficácia centrais foi realizada com a formulação oral de levofloxacino.
Infecções3 agudas no trato repiratório
A eficácia do levofloxacino no tratamento de adultos com sinusite4 aguda foi estabelecida em dois estudos. Para a inclusão nesses estudos, os pacientes precisavam apresentar sinais15 e/ou sintomas16 de sinusite4 aguda por ≤ 4 semanas e evidência radiográfica de sinusite4.
Um dos estudos foi um estudo aberto, randomizado17 e controlado por medicamento ativo que comparou o levofloxacino 500 mg administrado oralmente uma vez por dia de 10 a 14 dias com a amoxicilina/clavulanato 500/125 mg administrado oralmente três vezes por dia de 10 a 14 dias em pacientes com sinusite4 aguda. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia. A taxa de sucesso clínico foi de 88,4% para levofloxacino e de 87,3% para amoxicilina/clavulanato.
O outro foi um estudo aberto não comparativo de levofloxacino 500 mg administrado oralmente uma vez por dia de 10 a 14 dias em pacientes com sinusite4 aguda. A resposta microbiológica18 foi a principal variável da eficácia, e a resposta clínica foi a variável secundária. O levofloxacino erradicou a infecção19 bacteriana aguda em 127 (92,0%) dos 138 pacientes de pesquisa microbiologicamente avaliáveis com sinusite4. A taxa de sucesso clínico foi de 88,3% para levofloxacino.
A eficácia do levofloxacino no tratamento de adultos com uma exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica5 foi estabelecida em dois estudos abertos, randomizados e controlados. Os pacientes qualificados precisavam ter um histórico de doença pulmonar obstrutiva crônica (por exemplo, bronquite crônica5 ou enfisema20) e apresentar um aumento recente de tosse, mudança ou aumento na produção de secreção e sintomas16 físicos condizentes com o diagnóstico21 de exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica5.
Um dos estudos comparou o levofloxacino 500 mg administrado oralmente uma vez por dia de 5 a 7 dias com axetil cefuroxima 250 mg administrado oralmente duas vezes por dia durante 10 dias em pacientes com exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica5. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia, e a resposta microbiológica18 foi a variável secundária. A taxa de sucesso clínico foi de 94,6% para levofloxacino e de 92,6% para axetil cefuroxima. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 96,3% para levofloxacino e de 93,2% para axetil cefuroxima.
O outro estudo comparou o levofloxacino 488 mg administrado oralmente uma vez por dia de 5 a 7 dias com cefaclor 250 mg administrado oralmente três vezes por dia de 7 a 10 dias em pacientes com exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica5. A resposta microbiológica18 foi a principal variável da eficácia, e a resposta clínica foi a variável secundária. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 94,2% para levofloxacino e de 86,5% para cefaclor. A taxa de sucesso clínico foi de 91,6% para levofloxacino e de 91,6% para cefaclor.
A eficácia do levofloxacino no tratamento de adultos com pneumonia6 adquirida na comunidade foi estabelecida em dois estudos. Os pacientes selecionados deviam apresentar sinais15 clínicos e sintomas16 de infecção19 no trato respiratório inferior (por exemplo, febre22, tosse, produção de secreção, dor no peito23, falta de ar, evidência de consolidação pulmonar no exame físico) e infiltração no raio-x do tórax24 condizente com infecção19 aguda.
Um dos estudos foi um estudo aberto, randomizado17 e controlado que comparou o levofloxacino 488 mg administrado oralmente uma vez por dia de 7 a 14 dias ou 500 mg administrada via intravenosa uma vez por dia de 7 a 14 dias (dependendo do estado clínico do paciente, a dose de levofloxacino poderia ser aumentada para 488 mg ou 500 mg duas vezes por dia, segundo os critérios do investigador) com 1 g de ceftriaxona sódica administrada via intravenosa duas vezes por dia, ou 2 g uma vez por dia de 7 a 14 dias, ou o axetil cefuroxima 500 mg administrado oralmente duas vezes por dia de 7 a 14 dias em pacientes com pneumonia6 adquirida na comunidade. Os pacientes do braço controle poderiam receber eritromicina ao mesmo tempo (ou doxiciclina, se o paciente não tolerasse eritromicina) caso houvesse suspeita ou comprovação de um patógeno atípico. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia, e a resposta microbiológica18 foi a variável secundária. A taxa de sucesso clínico foi de 96,5% para levofloxacino e de 90,4% para ceftriaxona/cefuroxima. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 98,4% para levofloxacino e de 87,5% para ceftriaxona/cefuroxima.
O outro estudo foi um estudo aberto não comparativo de levofloxacino 500 mg administrado via intravenosa ou oralmente de 7 a 14 dias em pacientes com pneumonia6 adquirida na comunidade. A resposta microbiológica18 foi a principal variável da eficácia, e a resposta clínica foi a variável secundária. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 95,1% para levofloxacino, e a taxa de sucesso clínico foi de 94,9% para levofloxacino.
Infecções3 cutâneas25 e na estrutura da pele26
A eficácia do levofloxacino no tratamento de adultos com Infecção19 não complicada de pele e tecido subcutâneo7 foi estabelecida em dois estudos. Os pacientes qualificados apresentavam sinais15 e sintomas16 condizentes com o diagnóstico21 de Infecção19 não complicada de pele e tecido subcutâneo7 , incluindo dor localizada, eritema27, inchaço28 e drenagem29, e não precisavam de terapia antimicrobiana intravenosa.
Um dos estudos foi um estudo aberto, randomizado17 e controlado que comparou o levofloxacino 488 mg administrado oralmente uma vez por dia de 7 a 10 dias com a ciprofloxacina 500 mg administrada oralmente duas vezes por dia durante 10 dias em pacientes com Infecção19 não complicada de pele e tecido subcutâneo7. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia, e a resposta microbiológica18 foi a variável secundária. A taxa de sucesso clínico foi de 97,8% para levofloxacino e de 94,3% para ciprofloxacina. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 97,5% para levofloxacino e de 88,8% para ciprofloxacina.
O outro estudo foi um estudo duplo-cego30, randomizado17 e controlado que comparou o levofloxacino 500 mg administrado oralmente uma vez por dia durante 7 dias com a ciprofloxacina 500 mg administrada oralmente duas vezes por dia durante 10 dias em pacientes com Infecção19 não complicada de pele e tecido subcutâneo7. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia, e a resposta microbiológica18 foi a variável secundária. A taxa de sucesso clínico foi de 96,1% para levofloxacino e de 93,5% para ciprofloxacina. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 93,0% para levofloxacino e de 89,7% para ciprofloxacina.
A eficácia do levofloxacino no tratamento de adultos com Infecção19 complicada de pele e tecido subcutâneo7 foi estabelecida em dois estudos abertos, randomizados e controlados. As Infecções3 complicadas de pele e tecido subcutâneo7 nesses dois estudos incluíram grandes abscessos9, celulite10 em decorrência de úlceras31 de pressão ou devido a uma complicação de doença subjacente, infecções3 que precisam de intervenção cirúrgica como terapia adjuvante ao tratamento antimicrobiano, infecções3 nos pés devido à diabetes32, úlceras31 infectadas ou infecções3 devido a queimaduras.
Um dos estudos comparou o levofloxacino 488 mg administrada oralmente duas vezes por dia com a ticarcilina/ácido clavulânico (3,1 g/ 100 mg) administrados via intravenosa a cada 4 a 6 horas por, no mínimo, 3 dias seguido por amoxicilina/ácido clavulânico (500 mg/125 mg) administrados oralmente três vezes por dia em pacientes com Infecção19 complicada de pele e tecido subcutâneo7. A duração total do tratamento nos dois tratamentos foi de 7 a 14 dias. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia, e a resposta microbiológica18 foi a variável secundária. A taxa de sucesso clínico foi de 88,0% para levofloxacino e de 83,4% para ticarcilina/ácido clavulânico- amoxicilina/ácido clavulânico. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 86,6% para levofloxacino e de 78,7% para ticarcilina/ácido clavulânico-amoxicilina/ácido clavulânico.
O outro estudo comparou o levofloxacino 500 mg administrado via intravenosa duas vezes por dia seguida por levofloxacino 500 mg administrado oralmente duas vezes por dia com imipenem/cilastatina administrado via intravenosa quatro vezes por dia seguido por ciprofloxacina 750 mg administrada oralmente duas vezes por dia. A duração total do tratamento nos dois tratamentos foi de 7 a 14 dias. A resposta clínica foi a principal variável da eficácia, e a resposta microbiológica18 foi a variável secundária. A taxa de sucesso clínico foi de 82,1% para levofloxacino e de 88,2% para imipenem/cilastatina-ciprofloxacina. A taxa de erradicação microbiológica18 foi de 79,8% para levofloxacino e de 84,5% para imipenem/cilastatina-ciprofloxacina.
Infecções3 do trato urinário12 complicadas e pielonefrite13 aguda
A eficácia do levofloxacino no tratamento de infecções3 do trato urinário12 complicadas (ITU) e pielonefrite13 aguda foi estabelecida em dois estudos.
Um dos estudos foi um estudo duplo-cego30, randomizado17 e controlado que comparou o levofloxacino 250 mg administrado oralmente uma vez por dia durante 10 dias com a ciprofloxacina 500 mg administrada oralmente duas vezes por dia durante 10 dias em pacientes com ITUs complicadas ou pielonefrite13 aguda. Os critérios de diagnóstico21 para ITUs complicadas incluíram >5 de glóbulos brancos por campo de maior aumento, ≥ 105 UFC/mL e qualquer um dos seguintes sintomas16: urgência33, frequência, disúria34, febre22 ou histórico de febre22 ou hematúria35. Devem estar presentes fatores de complicação, como anormalidades anatômicas ou funcionais, ou cateter permanente. As infecções3 em homens foram consideradas complicadas. Os critérios de diagnóstico21 para pielonefrite13 aguda incluíram >20 glóbulos brancos na urina36 por campo de menor aumento ou >5 glóbulos broncos por campo de maior aumento, ≥ 105 UFC/mL e dois dos seguintes sinais15: dor nos flancos37 ou sensibilidade no ângulo costovertebral, febre22 ou histórico de febre22, contagem de leucócitos38 superior a 15.000/mm3 e teste de bactérias revestidas por anticorpos39 ou grupos de leucócitos38 na urina36. A resposta microbiológica18 nos pacientes que foram avaliados quanto à eficácia microbiológica18 foi a principal variável da eficácia, e a resposta clínica dos pacientes de pesquisa microbiologicamente avaliáveis foi a variável secundária.
Para os casos de ITUs complicadas, 91,3% dos pacientes tratados com levofloxacino tiveram suas infecções3 erradicadas, em comparação com os 92,9% dos pacientes tratados com ciprofloxacina. Para os casos de pielonefrite13 aguda, 96,1% dos pacientes tratados com levofloxacino tiveram suas infecções3 erradicadas, em comparação com os 93,1% dos pacientes tratados com ciprofloxacina. Para o grupo combinado de pacientes com ITU complicada ou pielonefrite13 aguda, 92,7% dos pacientes tratados com levofloxacino tiveram suas infecções3 erradicadas, em comparação com os 93,0% dos pacientes tratados com ciprofloxacina.
Para ITU complicada, a taxa de sucesso clínico foi de 92,1% para levofloxacino e de 88,5% para ciprofloxacina. Para pielonefrite13 aguda, a taxa de sucesso clínico foi de 92,2% para levofloxacino e de 94,8% para ciprofloxacina. Para o grupo combinado de pacientes com ITU complicada ou pielonefrite13 aguda, a taxa de sucesso clínico foi de 92,1% para levofloxacino e de 90,6% para ciprofloxacina.
O outro estudo foi um estudo aberto, randomizado17 e controlado por medicamento ativo que comparou o levofloxacino 250 mg administrado oralmente uma vez por dia de 7 a 10 dias com a lomefloxacina 400 mg administrada oralmente uma vez por dia durante 14 dias em pacientes com ITU complicada ou pielonefrite13 aguda. A resposta microbiológica18 nos pacientes que foram avaliados quanto à eficácia microbiológica18 foi a principal variável da eficácia, e a resposta clínica dos pacientes de pesquisa microbiologicamente avaliáveis foi a variável secundária.
Para os casos de ITU complicada, 95,3% dos pacientes tratados com levofloxacino tiveram suas infecções3 erradicadas, em comparação com os 92,1% dos pacientes tratados com lomefloxacina. Para os casos de pielonefrite13 aguda, 92,1% dos pacientes tratados com levofloxacino tiveram suas infecções3 erradicadas, em comparação com os 94,9% dos pacientes tratados com lomefloxacina. Para o grupo combinado de pacientes com ITU complicada ou pielonefrite13 aguda, 94,7% dos pacientes tratados com levofloxacino tiveram suas infecções3 erradicadas, em comparação com os 92,6% dos pacientes tratados com lomefloxacina.
Para ITU complicada, a taxa de sucesso clínico foi de 93,0% para levofloxacino e de 88,5% para lomefloxacino. Para pielonefrite13 aguda, a taxa de sucesso clínico foi de 94,7% para levofloxacino e de 94,9% para lomefloxacina. Para o grupo combinado de pacientes com ITU complicada ou pielonefrite13 aguda, a taxa de sucesso clínico foi de 93,3% para levofloxacino e de 89,7% para lomefloxacina.
Osteomielite14
A eficácia do levofloxacino no tratamento de adultos com osteomielite14 foi demonstrada em um estudo aberto não comparativo de levofloxacino 500 mg administrada via intravenosa ou oralmente uma ou duas vezes por dia, de 4 a 6 semanas, em pacientes com osteomielite14 crônica. A duração mínima da terapia intravenosa foi 3 dias antes da mudança para a formulação oral. Para se inscreverem nesse estudo, os pacientes deveriam ter infecção19 óssea há de um mês comprovada com estudos radiográficos e culturas do aspirado ou biópsia40 do osso envolvido. A resposta microbiológica18 foi a principal variável da eficácia, e a resposta clínica foi a variável secundária. O levofloxacino erradicou a infecção19 em 57 (82,6%) dos 69 pacientes de pesquisa microbiologicamente avaliáveis com osteomielite14 crônica. A taxa de sucesso clínico foi de 82,1% para levofloxacino.
Referências bibliográficas
- Adelglass J. et al. Comparison of the effectiveness of levofloxacin and amoxicillin-clavulanate for the treatment of acute sinusitis in adults. Otolaryngol Head Neck Surg. 1999;120(3):320–7.
- Sydnor TA. et al. Open-label assessment of levofloxacin for the treatment of acute bacterial sinusitis in adults. Ann Allergy Asthma Immunol. 1998; 80(4):357–62.
- Petitpretz P. et al. Levofloxacin 500 mg once daily versus cefuroxime 250 mg twice daily in patients with acute exacerbations of chronic obstructive bronchitis: clinical efficacy and exacerbation-free interval. Int J Antimicrob Agents. 2007; 30(1): 52–9.
- Habib MP. et al. Multicenter, randomized study comparing efficacy and safety of oral levofloxacin and cefaclor in treatment of acute bacterial exacerbations of chronic bronchitis [abstract]. Infect Dis Clin Pract 1998; 7 (2): 101–9.
- File TM Jr. et al. A multicenter, randomized study comparing the efficacy and safety of intravenous and/or oral levofloxacin versus ceftriaxone and/or cefuroxime axetil in treatment of adults with community-acquired pneumonia6. Antimicrob Agents Chemother. 1997; 41(9): 1965–72.
- Nichols RL, et al. Multicenter, randomized study comparing levofloxacin and ciprofloxacin for uncomplicated skin and skin structure infections. South Med J. 1997; 90(12): 1193–200.
- Nicodemo AC. et al. A multicentre, double-blind, randomised study comparing the efficacy and safety of oral levofloxacin versus ciprofloxacin in the treatment of uncomplicated skin and skin structure infections. Int J Clin Pract. 1998; 52(2): 69–74.
- Graham DR. et al. Once-daily, high-dose levofloxacin versus ticarcillin-clavulanate alone or followed by amoxicillin-clavulanate for complicated skin and skin-structure infections: a randomized, open-label trial. Clin Infect Dis. 2002; 35(4): 381–9.
- Klausner HA. et al. A trial of levofloxacin 750 mg once daily for 5 days versus ciprofloxacin 400 mg and/or 500 mg twice daily for 10 days in the treatment of acute pyelonephritis. Curr Med Res Opin. 2007; 23(11): 2637–45.
- Klimberg IW. et al. A controlled trial of levofloxacin and lomefloxacin in the treatment of complicated urinary tract infection. Urology. 1998; 51(4): 610–5.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Mecanismo de ação
O levofloxacino é um agente antibacteriano sintético de amplo espectro, para administração oral. Quimicamente, o levofloxacino é o isômero levógiro41 (isômero-L) do racemato ofloxacino, um agente antibacteriano quinolônico. A atividade antibacteriana do ofloxacino deve-se basicamente ao isômero-L. O mecanismo de ação do levofloxacino e de outros antimicrobianos fluoroquinolônicos envolve a inibição da topoisomerase bacteriana IV e da DNA-girase (ambas são topoisomerases bacterianas tipo II), enzimas necessárias para a replicação, transcrição, restauração e recombinação do DNA. Nesse sentido, o isômero-L produz mais pontes de hidrogênio e, portanto, complexos mais estáveis, com a DNA-girase do que o isômero-D. Microbiologicamente, isso se traduz numa atividade antibacteriana 25 a 40 vezes maior para o isômero-L, o levofloxacino, do que para o isômero-D. Os derivados quinolônicos inibem rápida e especificamente a síntese do DNA bacteriano.
Microbiologia
O levofloxacino apresenta atividade in vitro contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas gram-positivas e gram-negativas. A atividade bactericida do levofloxacino é rápida e frequentemente ocorre em níveis próximos da Concentração Inibitória Mínima (CIM).
O levofloxacino exibe atividade in vitro contra a maioria das cepas42 dos microorganismos citados a seguir, entretanto a segurança e eficácia do levofloxacino em tratamentos de infecções3 clínicas devido a esses organismos não foram estabelecidas em estudos clínicos adequados e controlados:
Aeróbios Gram-positivos
- Enterococcus avium
- Enterococcus faecium
- Staphylococcus aureus
- Staphylococcus epidermidis
- Staphylococcus haemolyticus
- Staphylococcus hominis
- Streptococcus constellatus
- Streptococcus (Grupos C/F, D, G)
- Streptococcus milleri
- Streptococcus sanguis
- Streptococcus (Grupo Viridans)
Anaeróbios Gram-positivos
- Clostridium perfringens
- Clostridium spp.
- Peptostreptococcus anaerobius
- Peptostreptococcus magnus
- Propionibacterium acnes
Aeróbios Gram-negativos
- Acinetobacter baumannii
- Acinetobacter lwoffii
- Aeromonas hydrophila
- Bordetella pertussis
- Campylobacter jejuni
- Citrobacter (diversus) koseri
- Pantoea (Enterobacter) aerogenes
- Enterobacter agglomerans
- Enterobacter sakazakii
- Flavobacterium meningosepticum
- Legionella spp.
- Morganella morganii
- Neisseria gonorrhoeae
- N. gonorrhoeae (produtora de penicilinase)
- Proteus vulgaris
- Providencia rettgeri
- Providencia spp
- Providencia stuartii
- Pseudomonas fluorescens
- Pseudomonas putida
- Salmonella enteritidis
- Salmonella spp
- Serratia liquefaciens
- Serratia spp
- Shigella spp
- Stenotrophomonas maltophilia
- Vibrio cholerae
- Vibrio parahaemolyticus
- Yersinia enterocolitica
Anaeróbios Gram-negativos
- Bacteroides distasonis
- Bacteroides fragilis
- Bacteroides intermedius
- Veillonella parvula
Outros microorganismos
- Mycobacterium fortuitum
- Mycobacterium kansasii
- Mycobacterium marinum
- Mycobacterium tuberculosis
- Mycoplasma fermentans
- Mycoplasma hominis
- Ureaplasma urealyticum
O levofloxacino é ativo contra as cepas42 produtoras de beta-lactamase dos microorganismos listados anteriormente. O levofloxacino não é ativo contra Treponema pallidum.
Resistência ao levofloxacino devida a mutação43 espontânea in vitro é um fenômeno raro (média 10–9 a 10–10 ).
Embora tenha sido observada resistência cruzada entre levofloxacino e outras fluorquinolonas, alguns microorganismos resistentes a outras quinolonas, como o ofloxacino, podem ser sensíveis ao levofloxacino. Na falta de um teste de suscetibilidade ao levofloxacino, a suscetibilidade do microorganismo ao ofloxacino pode ser utilizada para predizer a suscetibilidade ao levofloxacino. Contudo, embora microorganismos sensíveis ao ofloxacino possam ser considerados sensíveis ao levofloxacino, o contrário nem sempre é verdadeiro.
O levofloxacino tem se mostrado ativo contra a maioria das cepas42 susceptíveis dos seguintes microorganismos, nos quais foi demonstrada eficácia clínica:
Aeróbios Gram-positivos
- Enterococcus(Streptococcus) faecalis
- Staphylococcus aureus (MSSA)
- Staphylococcus epidermidis (MSSE)
- Staphylococcus saprophyticus
- Streptococcus agalactiae
- Streptococcus pneumoniae (incluindo cepas42 de S.pneumoniae resistentes a múltiplas drogas [MDRSP*])
- Streptococcus pyogenes
* Isolados de MDRSP (S. pneumoniae resistente a múltiplas drogas) são cepas42 resistentes a dois ou mais dos seguintes antibióticos: penicilina (MIC ≥ 2 mcg/mL), cefalosporinas de segunda geração, ex.: cefuroxima, macrolídeos, tetraciclinas e trimetoprima / sulfametoxazol.
Aeróbios Gram-negativos
- Citrobacter freundii
- Enterobacter cloacae
- Escherichia coli
- Haemophilus influenzae
- Haemophilus parainfluenzae
- Klebsiella oxytoca
- Klebsiella pneumoniae
- Legionella pneumophila
- Moraxella (Branhamella) catarrhalis
- Proteus mirabilis
- Pseudomonas aeruginosa
- Serratia marcescens
Outros microorganismos
- Chlamydia pneumoniae
- Mycoplasma pneumoniae
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção
O levofloxacino é absorvido rapidamente e quase completamente após a administração oral.
O pico de concentração plasmática (aproximadamente 5,1 mcg/mL) é obtido uma a duas horas após a ingestão. A biodisponibilidade absoluta do comprimido de 500 mg é de aproximadamente 99%.
A administração de 500 mg de levofloxacino com alimentos prolonga ligeiramente o tempo para o pico de concentração em aproximadamente 1 hora e diminui ligeiramente o pico de concentração em aproximadamente 14%.
A ingestão de alimentos não altera de maneira clinicamente significativa a absorção do levofloxacino.
As concentrações plasmáticas do levofloxacino após a administração intravenosa são semelhantes e comparáveis, em extensão (AUC44), às obtidas após a administração oral, quando se utilizam doses equivalentes (mg/mg).
Portanto, a via oral e a via intravenosa podem ser consideradas intercambiáveis. (vide gráfico a seguir).
Concentração plasmática média de levofloxacino - O perfil em indivíduos saudáveis após dose única de 500 mg de levofloxacino em comprimidos e solução intravenosa.
A farmacocinética do levofloxacino é linear e previsível após a administração de doses únicas e doses múltiplas.
As concentrações plasmáticas aumentam proporcionalmente com o aumento das doses orais, numa faixa de 250 a 1.000 mg.
Dose oral (mg) |
Pico da concentração plasmática (mcg/mL) |
Área sob a curva (AUC440-∞, mcg.h/mL) |
250 |
2.8 |
27.2 |
500 |
5.1 |
47.9 |
750 |
7.1 |
82.2 |
1000 |
8.9 |
111.0 |
O estado de equilíbrio é atingido 48 horas após a administração de 500 mg em regimes de dose única e de duas doses diárias. O pico e o vale da concentração plasmática atingidos após doses múltiplas em regimes de dose única diária oral foi de aproximadamente 5,7 e 0,5 mcg/mL, respectivamente; após doses múltiplas com regime de administração oral de 2 vezes ao dia, esses valores foram de aproximadamente 7,8 e 3,0 mcg/mL, respectivamente. Após doses intravenosas, o pico e o vale da concentração plasmática atingidos após múltiplas doses no regime de dose única foram de aproximadamente 6,4 e 0,6 mcg/mL, respectivamente. Após doses múltiplas com regime de administração intravenosa de 2 vezes ao dia, esses valores foram de aproximadamente 7,9 e 2,3 mcg/mL, respectivamente.
Distribuição
O volume médio de distribuição do levofloxacino varia, em geral, de 74 a 112 litros após doses únicas ou múltiplas de 500 mg ou 750 mg, indicando ampla distribuição pelos tecidos. A penetração do levofloxacino na pele26 é rápida e completa. A razão entre biopsia40 do tecido45 cutâneo46 e AUC44 plasmática é aproximadamente 2. A razão entre o líquido da bolha47 e AUC44 plasmática é de aproxidamente 1. O levofloxacino também penetra rapidamente na parte esponjosa e cortical dos tecidos ósseos, tanto na cabeça48 do fêmur49 quanto na sua parte distal50. Os picos de concentração tissular51 variam de 2,4 a 15 mcg/g e são obtidos cerca de 2 a 3 horas após a administração oral. A ligação do levofloxacino às proteínas52 séricas, in vitro, é de aproximadamente 24 a 38% em todas as espécies estudadas, conforme determinado pelo método de diálise53 de equilibrio, numa faixa clinicamente relevante de 1 a 10 mcg/mL de concentrações de levofloxacino no soro54/plasma55; a ligação se faz principalmente com a albumina56 sérica em humanos.
O levofloxacino liga-se às proteínas52 plasmáticas independentemente da concentração do fármaco57.
Metabolismo58
O levofloxacino é esterioquimicamente estável no plasma55 e na urina36 e não se converte metabolicamente no seu enantiômero, o D-ofloxacino. A biotransformação do levofloxacino é limitada em humanos, uma vez que o fármaco57 é excretado basicamente inalterado na urina36. Após a administração oral, aproximadamente 87% da dose administrada é recuperada inalterada na urina36, num período de 48 horas, enquanto que menos de 4% da dose é recuperada nas fezes, num período de 72 horas. Menos de 5% da dose administrada é recuperada na urina36 como metabólitos59 desmetil e N- óxido, os únicos metabólitos59 identificados no homem. Estes metabólitos59 não apresentam atividade farmacológica relevante.
Eliminação
A meia-vida de eliminação plasmática terminal média do levofloxacino varia aproximadamente de 6 a 8 horas, após a administração de doses únicas ou de doses múltiplas.
A média aparente da depuração corpórea total e da depuração renal60 varia de aproximadamente 144 a 226 mL/min e 96 a 142 mL/min, respectivamente. A excessiva depuração renal60 da filtração glomerular sugere que a secreção tubular de levofloxacino ocorre em adição a sua filtração glomerular.
A administração concomitantemente de cimetidina ou de probenecida resulta em aproximadamente 24% e 36% na redução da depuração renal60 de levofloxacino, indicando que a secreção de levofloxacino ocorre no túbulo renal60 proximal61. Cristais de levofloxacino não foram encontrados em nenhuma amostra de urina36 recém coletada em indivíduos recebendo levofloxacino.
CONTRAINDICAÇÕES
O levofloxacino é contraindicado para pacientes62 que apresentam hipersensibilidade ao levofloxacino, a outros agentes antimicrobianos derivados das quinolonas ou a quaisquer outros componentes da fórmula do produto.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Reações anafiláticas63 e/ou de hipersensibilidade
Reações anafiláticas63 e/ou de hipersensibilidade grave e ocasionalmente fatal foram relatadas em pacientes que receberam tratamento com quinolonas, incluindo o levofloxacino. Essas reações frequentemente ocorrem após a primeira dose. Algumas reações foram acompanhadas por colapso64 cardiovascular, hipotensão65/choque66, convulsões, perda da consciência, formigamento, angioedema67, obstrução das vias aéreas, dispneia68, urticária69, coceira e outras reações cutâneas25 sérias. O tratamento com o levofloxacino deve ser interrompido imediatamente diante do aparecimento de erupção70 cutânea71 ou qualquer outro sinal72 de hipersensibilidade.
Eventos decorrentes de mecanismos imunológicos desconhecidos
Eventosgraves e algumas vezes fatais devidos a um mecanismo imunológico desconhecido foram relatados em pacientes tratados com quinolonas, incluindo, raramente, o levofloxacino. Esses eventos podem ser graves e geralmente ocorrem após a administração de doses múltiplas. As manifestações clínicas, isoladas ou associadas, podem incluir: febre22, erupção70 cutânea71 ou reações dermatológicas graves; vasculite73; artralgia74; mialgia75; doença do soro54; pneumonite76 alérgica; nefrite77 intersticial78; falência ou insuficiência renal79 aguda; hepatite80; icterícia81; falência ou necrose82 hepática83 aguda; anemia84, incluindo hemolítica e aplástica; trombocitopenia85, leucopenia86; agranulocitose87; pancitopenia88 e/ou outras anormalidades hematológicas. O medicamento deve ser descontinuado imediatamente diante do aparecimento de erupção70 cutânea71 ou qualquer outro sinal72 de hipersensibilidade e medidas de suporte devem ser adotadas.
Hepatotoxicidade89 severa
Foram recebidos relatos pós-comercialização muito raros de hepatotoxicidade89 severa (incluindo hepatite80 aguda e eventos fatais) de pacientes tratados com o levofloxacino. Não foram detectadas evidências de hepatotoxicidade89 grave associada ao medicamento em estudos clínicos com mais de 7.000 pacientes. A hepatotoxicidade89 severa geralmente ocorreu em 14 dias após o início da terapia e a maioria dos casos ocorreu em até 6 dias. A maioria dos casos de hepatotoxicidade89 severa não foi associada com hipersensibilidade. A maioria dos relatos de hepatotoxicidade89 fatal ocorreu em pacientes com 65 anos de idade ou mais e a maioria não estava associada com hipersensibilidade. O levofloxacino deve ser descontinuado imediatamente se o paciente desenvolver sinais15 e sintomas16 de hepatite80.
Miastenia90 grave
O levofloxacino pode exacerbar a fraqueza muscular em pessoas com miastenia90 grave. Eventos adversos graves de pós-comercialização, incluindo morte e necessidade de suporte ventilatório, têm sido associados com o uso de fluorquinolonas em pessoas com miastenia90 grave. Evite o uso de levofloxacino em pacientes com histórico conhecido de miastenia90 grave.
Efeitos no sistema nervoso central91
Foram relatados convulsões, psicoses tóxicas e aumento da pressão intracraniana (incluindo pseudotumor cerebral) em pacientes em tratamento com derivados quinolônicos, incluindo o levofloxacino. As quinolonas também podem provocar uma estimulação do sistema nervoso central91, podendo desencadear tremores, inquietação, ansiedade, tontura92, confusão, alucinações93, paranoia, depressão, pesadelos, insônia e, raramente, pensamentos ou atos suicidas, incluindo suicídio consumado, especialmente em pacientes com histórico clínico de depressão ou com fator de risco94 para a depressão subjacente. Essas reações podem ocorrer após a primeira dose. Se essas reações ocorrerem em pacientes em tratamento com o levofloxacino, o fármaco57 deve ser descontinuado e medidas adequadas devem ser adotadas. Como todas as quinolonas, o levofloxacino deve ser usado com cautela em pacientes com distúrbios do SNC95, suspeitos ou confirmados, que possam predispor a convulsões ou diminuir o limiar de convulsão96 (por exemplo, arteriosclerose97 cerebral severa, epilepsia98) ou na presença de outros fatores de risco que possam predispor a convulsões ou diminuição do limiar de convulsão96 (por exemplo, tratamento com outros fármacos, distúrbio renal60).
Neuropatia99
Foram relatados em pacientes recebendo quinolonas, inclusive levofloxacino, casos muito raros de polineuropatia axonal de nervos sensoriais ou sensomotores, afetando axônios100 curtos e/ou longos resultando em parestesias101, hipoestesias, disestesias e fraqueza. Os sintomas16 podem ocorrer logo após o início do tratamento e podem ser irreversíveis. O levofloxacino deve ser descontinuado imediatamente em pacientes que apresentem qualquer um dos sintomas16 acima.
Colite102 pseudomembranosa
Colite102 pseudomembranosa foi relatada com quase todos os agentes antibacterianos, incluindo o levofloxacino e pode variar, em gravidade, de intensidade leve até com potencial risco de vida. Assim, é importante considerar esse diagnóstico21 em pacientes que apresentarem diarreia103 após a administração de qualquer agente antibacteriano. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon104 e pode permitir o crescimento excessivo de Clostridium. Estudos indicam que a toxina105 produzida pelo Clostridium difficile é uma das causas primárias de colite102 associada a antibióticos.
Prolongamento do intervalo QT
Algumas quinolonas, incluindo o levofloxacino, têm sido associadas ao prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma106 e a casos infrequentes de arritmia107. Durante o período pós-comercialização, casos muito raros de “Torsades de Pointes” foram relatados em pacientes tomando levofloxacino. Em geral, estes relatos envolveram pacientes que já apresentavam condições médicas associadas ou faziam uso concomitante de outros medicamentos que poderiam ter contribuído para o evento. Em um estudo com 48 voluntários sadios recebendo doses únicas de 500, 1000 e 1500 mg de levofloxacino e placebo108 foi observado um aumento no QTc médio do período basal ao pós- tratamento. Estas alterações foram pequenas e não estatisticamente significantes em relação ao placebo108 para a dose de 500 mg, com significância estatística variável para a dose de 1000 mg, dependendo do método de correção utilizado e estatisticamente significante para a dose de 1500 mg. A relevância clínica destas alterações é desconhecida. O levofloxacino deve ser evitado em pacientes com histórico de prolongamento do intervalo QT, pacientes com hipocalemia109 não tratada e pacientes recebendo agentes antiarrítmicos classe IA (quinidina, procainamida) ou classe III (amiodarona, sotalol).
Rupturas dos tendões110
Rupturas dos tendões110 do ombro, da mão111, do tendão de Aquiles112 ou outros tendões110, exigindo reparação cirúrgica ou resultando em incapacidade prolongada foram relatadas em pacientes que receberam quinolonas, incluindo o levofloxacino. Relatos ocorridos no período pós-comercialização indicam que o risco pode ser maior em pacientes que estejam recebendo concomitantemente corticosteróides, especialmente os idosos. O tratamento com levofloxacino deve ser descontinuado se o paciente apresentar dor, inflamação113 ou ruptura de tendão114. Os pacientes devem repousar e evitar exercícios até que o diagnóstico21 de tendinite115 ou ruptura de tendão114 tenha sido seguramente excluído. A ruptura de tendão114 pode ocorrer durante ou após a terapia com quinolonas, incluindo o levofloxacino.
Insuficiência renal79
Deve-se ter cuidado ao administrar o levofloxacino em pacientes com insuficiência renal79, pois o fármaco57 é excretado principalmente pelo rim116. Em pacientes com insuficiência renal79 é necessário o ajuste das doses para evitar o acúmulo de levofloxacino devido à diminuição da depuração.
Fototoxicidade
Reações de fototoxicidade moderadas a severas foram observadas em pacientes expostos à luz solar direta ou à luz ultravioleta (UV), enquanto recebiam tratamento com quinolonas. A excessiva exposição à luz solar ou à luz ultravioleta deve ser evitada. Entretanto, em testes clínicos, a fototoxicidade foi observada em menos de 0,1% dos pacientes. Se ocorrer fototoxicidade, o tratamento deve ser descontinuado.
Monitoração da glicose sanguínea117
Como no caso das outras quinolonas, foram relatados distúrbios na glicose sanguínea117 em pacientes tratados com levofloxacino, geralmente em pacientes diabéticos em tratamento concomitante com um agente hipoglicemiante118 oral ou com insulina119. Coma120 hipoglicêmico foi observado em pacientes diabéticos. Recomenda-se cuidadosa monitoração da glicose sanguínea117, especialmente em pacientes diabéticos. Se ocorrer uma reação hipoglicemiante118, o tratamento com levofloxacino deve ser interrompido.
Cristalúria
Embora não tenha sido relatada cristalúria nos estudos clínicos realizados com o levofloxacino, adequada hidratação deve ser mantida para prevenir a formação de urina36 altamente concentrada.
Distúrbios Oftalmológicos
Existem dados disponíveis sobre a ocorrência de descolamento de retina121 e uveíte122 associada ao uso sistêmico123 de fluoroquinolonas, incluindo o levofloxacino. Entretanto, uma relação causal entre o uso destes medicamentos e a ocorrência de distúrbios oculares não pode ser afirmada e tão pouco excluída. Portanto, recomenda-se que os pacientes procurem imediatamente um oftalmologista124, caso apresentem alterações na visão125 ou algum outro sintoma126 ocular.
Gravidez127 e Lactação128
Categoria C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais129 no feto130, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez127.
Não foram realizados estudos controlados com levofloxacino em gestantes. Portanto, levofloxacino deverá ser utilizado durante a gravidez127 somente se o benefício esperado superar o risco potencial para o feto130.
Devido ao potencial de ocorrência de reações adversas graves nos lactentes131 de mães em tratamento com o levofloxacino, deve-se decidir entre interromper a amamentação132 ou descontinuar o tratamento com o fármaco57, levando-se em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Uso pediátrico
A segurança e a eficácia da utilização do levofloxacino em crianças e adolescentes não foram estabelecidas. No entanto, já foi demonstrado que as quinolonas produzem erosão nas articulações133 que suportam peso, bem como outros sinais15 de artropatia134, em animais jovens de várias espécies. Portanto, a utilização do levofloxacino nessas faixas etárias não é recomendada.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Levofloxacino pode provocar efeitos neurológicos adversos como vertigem135 e tontura92, portanto o paciente deve ser aconselhado a não dirigir veículos, operar máquinas ou dedicar-se a outras atividades que exijam coordenação e alerta mental, até que se saiba qual a reação individual do paciente frente ao fármaco57.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS FORMAS DE INTERAÇÃO
Embora a quelação entre o levofloxacino e cátions divalentes seja menos marcante que a observada com outros derivados quinolônicos, a administração concomitante de comprimidos de levofloxacino e antiácidos136 contendo cálcio, magnésio ou alumínio, bem como sucralfato, cátions metálicos como ferro, preparações multivitamínicas contendo zinco ou produtos que contenham qualquer uma dessas substâncias, podem interferir na absorção gastritestinal do levofloxacino, resultando em níveis na urina36 e no soro54 consideravelmente inferiores ao desejável. Esses agentes devem ser tomados pelo menos duas horas antes ou duas horas depois da administração do levofloxacino.
Como no caso de outras quinolonas, a administração concomitante de levofloxacino e teofilina pode prolongar a meia-vida desta última, elevar os níveis de teofilina no soro54 e aumentar o risco de reações adversas relacionadas à teofilina. Portanto, os níveis de teofilina devem ser cuidadosamente monitorados e os necessários ajustes em suas doses devem ser realizados, se necessário, quando o levofloxacino for coadministrado. Reações adversas, incluindo convulsões, podem ocorrer com ou sem a elevação do nível de teofilina no soro54. Nenhum efeito significativo do levofloxacino sobre as concentrações plasmáticas, AUC44 e outros parâmetros de biodisponibilidade da teofilina foram detectados em um estudo clínico envolvendo 14 voluntários sadios. De modo semelhante, nenhum efeito aparente da teofilina sobre biodisponibilidade e absorção do levofloxacino foi observado.
A administração concomitante do levofloxacino com a digoxina não exige modificação das doses nenhum efeito significativo de levofloxacino sobre o pico de concentração plasmática, AUC44,e outros parâmetros de biodisponibilidade da digoxina foi detectado em um estudo clínico com pacientes saudáveis. A cinética137 de absorção e disposição do levofloxacino foram similares na presença ou na ausência de digoxina. Portanto, não é necessário ajuste de dose de levofloxacino ou de digoxina quando administrados concomitantemente A administração concomitante do levofloxacino com ciclosporina não requer modificações de doses.
Certos derivados quinolônicos, incluindo o levofloxacino, podem aumentar os efeitos do anticoagulante138 varfarina ou de seus derivados. Quando estas substâncias forem administradas concomitantemente, o tempo de protrombina139 ou outros testes de coagulação140 aceitáveis devem ser monitorados cuidadosamente, principalmente em pacientes idosos. Nenhum efeito significativo de probenecida ou cimetidina sobre a Cmáx de levofloxacino foi observado em um estudo clínico envolvendo pacientes saudáveis. A AUC44 e a t1/2 de levofloxacino foram maiores enquanto que o CLR foi menor durante o tratamento concomitante de levofloxacino com probenecida ou com cimetidina comparado a levofloxacino sozinho. Entretanto estas alterações não justificam ajustes de dose para levofloxacino quando probenecida ou cimetidina são coadministrados.
A administração concomitante de fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais com derivados quinolônicos, incluindo o levofloxacino, pode aumentar o risco de estimulação do SNC95 e de convulsões.
Alterações dos níveis de glicose sanguínea117, incluindo hiperglicemia141 e hipoglicemia142, foram relatadas em pacientes tratados concomitantemente com quinolonas e agentes antidiabéticos. Portanto, recomenda-se monitoração cuidadosa da glicose sanguínea117 quando esses agentes forem co-administrados.
A absorção e a biodisponibilidade do levofloxacino em indivíduos infectados com o HIV143, com ou sem tratamento concomitante com zidovudina, foram semelhantes. Portanto, não parece necessário realizar ajustes de dose do levofloxacino, quando estiver sendo administrado concomitantemente com a zidovudina. Os efeitos do levofloxacino sobre a farmacocinética da zidovudina não foram avaliados.
Algumas quinolonas, incluindo levofloxacino, podem produzir resultado falso positivo para opióides em exames de urina36 realizados em kits de imunoensaio comercialmente disponíveis. Dependendo da situação, pode ser necessário confirmar a presença de opióides com métodos mais específicos.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Levofloxacino deve ser conservado em temperatura ambiente (15°C a 30°C).
Levofloxacino tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Os comprimidos revestidos de levofloxacino são de cor rosa, octagonais, biconvexo com vinco em uma das faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A dose usual para pacientes62 adultos, com função renal60 normal, é de 500 mg, via oral, a cada 24 horas, dependendo da condição a ser tratada.
A administração de 500 mg de levofloxacino com alimentos aumenta o tempo necessário para alcançar o pico de concentração plasmática em cerca de 1 hora e diminui o pico de concentração plasmática em aproximadamente 14 % para cada comprimido administrado. Os comprimidos podem ser ingeridos independentemente das refeições.
A administração de antiácidos136 contendo cálcio, magnésio ou alumínio, bem como de sucralfato, cátions divalentes ou trivalentes como ferro, preparações polivitamínicas contendo zinco ou de produtos que contenham essas substâncias, deve ser feita duas horas antes ou duas horas após a administração de levofloxacino.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Pacientes idosos: as doses recomendadas são válidas também para pacientes62 idosos. Não há necessidade de ajuste das doses, desde que esses pacientes não tenham doença nos rins144.
Uso em crianças: levofloxacino não deve ser usado em crianças e adolescentes.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas estão apresentadas a seguir. As reações adversas são eventos adversos que foram considerados razoavelmente associados ao uso de levofloxacino, com base na avaliação detalhada das informações de eventos adversos disponíveis. Nos casos individuais, a relação de causalidade com a levofloxacino não pode ser estabelecida de forma confiável. Além disso, tendo em vista que os ensaios clínicos145 são conduzidos em condições muito diferentes, as taxas de reações adversas observadas nos ensaios clínicos145 de um medicamento não podem ser diretamente comparadas com as taxas observadas nos ensaios clínicos145 de uma outro medicamento, e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
Dados de estudos clínicos
Os dados descritos a seguir refletem a exposição a levofloxacino em 7.537 pacientes em 29 estudos clínicos Fase 3 agrupados. A população estudada tinha idade média de 49,6 anos (74,2% da população era < 65 anos), 50,1% eram homens, 71,0% brancos, 18,8% negros. Os pacientes foram tratados com levofloxacino para uma ampla variedade de doenças infecciosas. A duração do tratamento foi normalmente de 3–14 dias, o número médio de dias em tratamento foi de 9,6 dias e o número médio de doses foi de 10,2. Os pacientes receberam doses de levofloxacino de 750 mg uma vez ao dia, 250 mg uma vez ao dia ou 500 mg uma ou duas vezes ao dia. A incidência146 global, o tipo e a distribuição de reações adversas foram semelhantes nos pacientes que receberam doses de levofloxacino de 750 mg uma vez ao dia, 250 mg uma vez por dia e 500 mg uma ou duas vezes ao dia.
As reações adversas ocorridas em ≥1% dos pacientes tratados com o levofloxacino e reações adversas incomuns ocorridas em 0,1 a <1% dos pacientes tratados com o levofloxacino são apresentadas nas Tabelas 1 e 2 a seguir.
Tabela 1. Reações adversas comuns (≥1%) relatadas em estudos clínicos com levofloxacino
Classe de Sistema/Órgão |
Reações Adversas |
% (N=7.537) |
Infecções3 |
Monilíase |
1 |
Distúrbios Psiquiátricos |
insôniaa |
4 |
Distúrbios do Sistema |
cefaleia147 |
6 |
Nervoso |
tontura92 |
3 |
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino148 |
dispneia68 |
1 |
Distúrbios |
náusea149 |
7 |
Gastrintestinais |
diarreia103 |
5 |
constipação150 |
3 |
|
dor abdominal |
2 |
|
vômitos151 |
2 |
|
dispepsia152 |
2 |
|
Distúrbios da Pele26 e do Tecido Subcutâneo153 |
erupção70 cutânea71 |
2 |
prurido154 |
1 |
|
Distúrbios do Sistema Reprodutor e das Mamas155 |
vaginite156 |
1b |
Distúrbios Gerais e |
edema157 |
1 |
Condições no Local da |
reação no local da administração |
1 |
Administração |
dor torácica |
1 |
a N = 7.274
b N=3.758 (mulheres)
Tabela 2. Reações adversas incomuns (0,1 a 1%) relatadas em estudos clínicos com levofloxacino
Classe de Sistema/Órgão |
Reação Adversa |
Infecções3 |
monilíase genital |
Distúrbios do Sangue158 e do Sistema Linfático159 |
anemia84 |
Distúrbios do Sistema Imunológico160 |
reação alérgica161 |
Distúrbios Metabólicos e Nutricionais |
hiperglicemia141 |
Distúrbios Psiquiátricos |
ansiedade |
Distúrbios do Sistema Nervoso164 |
tremores |
parestesia165 |
|
vertigem135 |
|
Distúrbios Respiratórios,Torácicos e do Mediastino148 |
epistaxe169 |
Distúrbios Cardíacos |
parada cardíaca |
Distúrbios Vasculares172 |
flebite173 |
Distúrbios Gastrintestinais |
gastrite174 |
colite102 pseudomembranosa / por C. difficile |
|
Distúrbios Hepatobiliares180 |
função hepática83 anormal |
Distúrbios da Pele26 e do Tecido Subcutâneo153 |
urticária69 |
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo183 |
tendinite115 |
artralgia74 |
|
dor esquelética |
|
Distúrbios Renais e Urinários |
função renal60 anormal |
a N = 7.274
Dados pediátricos
Em um grupo de 1.534 pacientes pediátricos (6 meses a 16 anos de idade) tratados com o levofloxacino para infecções3 respiratórias, crianças de 6 meses a 5 anos receberam 10 mg/kg de levofloxacino duas vezes ao dia por aproximadamente 10 dias e as crianças com mais de 5 anos receberam 10 mg/kg a no máximo 500 mg de levofloxacino uma vez ao dia por aproximadamente 10 dias. O perfil de reações adversas foi semelhante ao relatado em pacientes adultos, exceto por vômito184 e diarreia103, que foram relatados mais frequentemente em crianças do que em pacientes adultos. Entretanto, a frequência de vômitos151 e diarreia103 foi semelhante entre as crianças tratadas com o levofloxacino e as tratadas com o antibiótico comparador não-fluoroquinolona.
Um subgrupo de 1.340 dessas crianças tratadas com o levofloxacino por aproximadamente 10 dias foi incluído em um estudo prospectivo185 de vigilância a longo prazo para avaliar a incidência146 de distúrbios musculoesqueléticos definidos pelo protocolo (artralgia74, artrite186, tendinopatia, anormalidade na marcha) durante 60 dias e 1 ano após a primeira dose do levofloxacino.
Durante o período de 60 dias após a primeira dose, a incidência146 de distúrbios musculoesqueléticos definidos pelo protocolo foi maior nas crianças tratadas com o levofloxacino do que nas tratadas com o antibiótico comparador não- fluoroquinolona (2,1% vs. 0,9%, respectivamente [p=0,038]). Em 22/28 (78%) dessas crianças, distúrbios relatados foram caracterizados como artralgia74. Uma observação semelhante foi feita durante o período de 1 ano, com incidência146 maior de distúrbios musculoesqueléticos definidos pelo protocolo nas crianças tratadas com o levofloxacino do que nas tratadas com o antibiótico comparador não-fluoroquinolona (3,4% vs. 1,8%, respectivamente [p=0,025]). A maioria desses distúrbios que ocorreu nas crianças tratadas com o levofloxacino foi leve e resolveu em 7 dias. Os distúrbios foram moderados em 8 crianças e leves em 35 (76%).
Experiência pós-comercialização
Reações adversas provenientes de relatos espontâneos durante a experiência pós-comercialização mundial com levofloxacino segundo o critério de inclusão, estão apresentadas a seguir.
As frequências a seguir refletem as taxas relatadas de reações adversas a partir de relatos espontâneos e não representam estimativas mais precisas da incidência146 que pode ser obtida em estudos clínicos e epidemiológicos.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios do tecido45 cutâneo46 e subcutâneo187: erupções bolhosas incluindo síndrome188 de Stevens- Johnson, necrólise epidérmica tóxica189; erupções provocadas por medicamentos; pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA); eritema multiforme190; vasculite73 leucocitoclástica e reação de fotosensibilidade.
- Distúrbios do tecido45 musculoesquelético e conectivo: rabdomiólise191, ruptura do tendão114, dano muscular incluindo ruptura.
- Distúrbios vasculares172: vasodilatação
- Distúrbios do sistema nervoso164: anosmia, ageusia, parosmia, disgesia, neuropatia periférica192 (pode ser irreversível) , casos isolados de encefalopatia193, eletroencefalograma194 anormal, exacerbação de miastenia90 grave, disfonia195, pseudotumor cerebral.
- Distúrbios ópticos: uveíte122, distúrbios visuais incluindo diplopia196, redução da acuidade visual197, visão125 turva e escotoma198.
- Distúrbio da audição e labirinto199: hipoacusia200, tinido.
- Distúrbios psiquiátricos: psicose201, paranoia, relatos isolados de ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio consumado.
- Distúrbios hepáticos e biliares: insuficiência hepática202 (incluindo casos fatais), hepatite80 e icterícia81.
- Distúrbios cardíacos: taquicardia171, relatos isolados de “Torsades de Pointes” e prolongamento do intervalo QT do eletrocardiograma106.
- Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino148: relatos isolados de pneumonite76 alérgica.
- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático203: pancitopenia88, anemia aplásica204, leucopenia86, anemia hemolítica205 e eosinofilia206.
- Distúrbios renais e urinários nefrite77 intersticial78.
- Distúrbios do sistema imune207: reação de hipersensibilidade as vezes fatal, incluindo reação anafilactóide e anafilática; choque anafilático208; edema angioneurótico209 e doença do soro54.
- Distúrbios gerais: falência múltipla de órgãos, febre22.
- Laboratoriais: aumento do tempo de protrombina139, prolongamento da taxa internacional normalizada e aumento das enzimas musculares.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Na eventualidade de ingestão de dose excessiva de levofloxacino e se a ingestão for ainda recente, pode ser administrado carvão ativado para auxiliar na remoção do fármaco57 ainda não absorvido. O paciente deverá ser mantido em observação e deverão ser tomadas as medidas de hidratação adequadas. O levofloxacino não é removido de maneira eficiente através de hemodiálise210 ou diálise peritoneal211.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA
Reg. M.S.: 1.0047. 0434
Farm. Resp.: Cláudia Larissa S. Montanher CRF-PR nº 17.379
Fabricado por:
Lek Pharmaceuticals d.d.
Ljubljana – Eslovênia
Registrado, Importado e Embalado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
CNPJ: 61.286.647/0001–16
Indústria Brasileira
SAC 0800 4009192