

Trisenox
TEVA FARMACÊUTICA LTDA.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
TRISENOX®
trióxido de arsênio
APRESENTAÇÕES
Solução injetável.
TRISENOX® (trióxido de arsênio) é apresentado em embalagem contendo 10 ampolas de 10 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de TRISENOX® (trióxido de arsênio) contém:
trióxido de arsênio | 1 mg |
excipiente q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: hidróxido de sódio, ácido clorídrico1 e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Leia atentamente esta bula antes de começar a tomar este medicamento, pois ela contém informações importantes para você.
- Guarde esta bula. Você pode precisar ler novamente.
- Se você tiver qualquer dúvida, pergunte ao seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado para você. Não o forneça a outras pessoas. Ele pode ser prejudicial para elas, mesmo que os sintomas2 delas sejam os mesmos que os seus.
- Se você tiver quaisquer efeitos indesejáveis, fale com seu médico ou farmacêutico. Isso inclui os possíveis efeitos indesejáveis não mencionados nesta bula.
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
TRISENOX® (trióxido de arsênio) é indicado para o tratamento de leucemia3 promielocítica aguda (câncer4 do sangue5 e medula óssea6) refratária/recaída após tratamento com o medicamento tretinoína e quimioterapia7 com antraciclina.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O mecanismo de ação do TRISENOX® (trióxido de arsênio) ainda não foi completamente estabelecido. Estudos demonstraram que TRISENOX® provoca alterações de estrutura, quebra do DNA e de outras proteínas8 das células9 do nosso organismo.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve usar TRISENOX® (trióxido de arsênio) se tiver alergia10 ao trióxido de arsênio ou a qualquer componente da formulação.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
TRISENOX® (trióxido de arsênio) deve ser administrado sob a supervisão de um médico com experiência no tratamento de doenças neoplásicas11 (câncer4).
Pacientes instáveis, com Leucemia3 Promielocítica Aguda (LPA), são pacientes especialmente de risco e necessitam de monitorização através dos exames de sangue5 de eletrólitos12, glicemia13 (açúcar14 no sangue5), testes hematológicos (do sangue5), hepáticos (do fígado15), renais (dos rins16) e de coagulação17 sanguínea com maior frequência.
Síndrome18 de ativação dos leucócitos19 (síndrome18 de diferenciação da LPA): 25% dos pacientes com LPA tratados com TRISENOX® apresentam sintomas2 desta síndrome18, como: febre20, falta de ar, ganho de peso, infiltrado pulmonar, efusão21 pleural ou pericárdica (acúmulo de líquido ao redor do pulmão22 ou do coração23) com ou sem leucocitose24 (aumento no número dos leucócitos19 no sangue5). Esta síndrome18 pode ser fatal. O uso de medicamentos esteroides em altas doses parece atenuar os sinais25 e sintomas2 desta síndrome18. Caso você apresente algum destes sinais25 e sintomas2, procure o seu médico.
Hiperleucocitose: o tratamento com TRISENOX® tem sido associado ao desenvolvimento de hiperleucocitose (aumento exagerado no número de leucócitos19 no sangue5).
Anomalias no Eletrocardiograma26 (ECG): o trióxido de arsênio pode interferir no ritmo cardíaco levando a arritmias27 (alteração dos batimentos cardíacos) que podem ser fatais.
Recomendação para monitorização do ECG (eletrocardiograma26) e eletrólitos12: antes de iniciar o tratamento com TRISENOX® seu médico deve pedir que você faça um eletrocardiograma26 (ECG) e a dosagem sérica (dosagem sanguínea) de eletrólitos12 (potássio, cálcio e magnésio). O ECG deve ser realizado duas vezes por semana durante a fase de indução e consolidação do tratamento com TRISENOX®, ou ainda com maior frequência, de acordo com a avaliação do seu médico.
Testes laboratoriais: Os níveis de eletrólitos12 e de glicemia13 (açúcar14 no sangue5) do paciente, assim como os testes hematológicos (do sangue5), renais (dos rins16), hepáticos (do fígado15) e de coagulação17, devem ser realizados pelo menos duas vezes na semana e mais frequentemente naqueles pacientes clinicamente instáveis durante a fase de indução, e pelo menos semanalmente durante a fase de consolidação do tratamento.
Pacientes com disfunção renal28: É necessário cuidado no uso de TRISENOX® em pacientes com disfunção renal28 (problemas nos rins16). Em pacientes com disfunção renal28 grave pode ser necessária a redução da dose. Não há estudos sobre o uso de TRISENOX® em pacientes que realizam diálise29.
Pacientes com disfunção hepática30: Recomenda-se cautela com pacientes que apresentam problemas no fígado15. A experiência em pacientes com disfunção hepática30 grave não é suficiente para determinar a necessidade ou não de ajuste de dose. Em pacientes com disfunção hepática30 leve a moderada não é necessário ajuste de dose.
Uso em idosos: Há dados clínicos limitados sobre o uso de TRISENOX® nesta população, por isso é necessário cautela com estes pacientes. Pacientes idosos apresentam um risco maior de alteração da função renal28. Como a excreção renal28 é a principal via de eliminação do arsênio.
Uso em crianças: Não foram estudadas a segurança e a eficácia em crianças com idade abaixo de 5 anos.
Condução de veículos e utilização de máquinas: não é conhecido o efeito de TRISENOX® sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas. Se você sentir qualquer desconforto, aguarde até que os sintomas2 desapareçam e aconselhe-se com o seu médico.
Categoria de risco na gravidez31: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou cirurgião dentista. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez31.
Não há estudos com mulheres grávidas utilizando TRISENOX®. Se estiver grávida ou ficar grávida durante o tratamento com TRISENOX®, você deve aconselhar-se com o seu médico. Homens e mulheres em idade fértil devem utilizar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento com TRISENOX®.
Uso durante a amamentação32: O arsênio é excretado (eliminado) pelo leite humano. Devido ao potencial de TRISENOX® provocar efeitos graves em bebês33 durante a amamentação32, você não deve amamentar durante o tratamento.
Informe o seu médico caso esteja amamentando.
Interações Medicamentosas
Deverão tomar-se precauções quando TRISENOX® é coadministrado com outros medicamentos que reconhecidamente provocam um prolongamento do intervalo QT/QTc, tais como os antibióticos macrolídeos, antipsicótico tioridazina ou aqueles medicamentos conhecidos por causar hipocalemia34 ou hipomagnesemia. Não é conhecida a influência de TRISENOX® na eficácia de outros medicamentos antileucêmicos.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde35.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
TRISENOX® (trióxido de arsênio) deve ser armazenado em temperatura ambiente (15º a 30ºC), protegido da luz. Não congelar.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O tempo de conservação e condições de utilização do produto são de responsabilidade de seu médico.
Depois de diluído, o produto é química e fisicamente estável durante 24 horas em temperatura ambiente (15º a 30ºC) e durante 48 horas em temperatura de refrigeração (2º a 8ºC).
Do ponto de vista microbiológico36, o produto tem de ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado imediatamente, o tempo e as condições de armazenamento anteriores, são da responsabilidade do profissional e, normalmente não deverão ultrapassar 24 horas entre 2 e 8ºC, a menos que a diluição tenha sido realizada em local em condições assépticas controladas e validadas.
A solução injetável de TRISENOX® apresenta-se em ampolas de vidro como uma solução concentrada, estéril, límpida, incolor, aquosa.
Não utilize TRISENOX® caso detecte partículas suspensas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
TRISENOX® (trióxido de arsênio) deve ser administrado por via intravenosa em uma infusão durante 1-2 horas. O tempo de infusão pode ser estendido para até 4 horas se reações vasomotoras (rubor - vermelhidão- e tonturas37) forem observadas.
Você deverá ser hospitalizado no início do tratamento devido aos sintomas2 da própria doença e para assegurar um acompanhamento adequado.
TRISENOX® deve ser diluído com 100 a 250 mL de solução glicosada a 5% ou cloreto de sódio a 0,9%, injetáveis. A diluição deverá ser feita utilizando técnica higiênica apropriada, imediatamente após retirar o produto da ampola.
Qualquer produto não utilizado, qualquer material que entre em contacto com TRISENOX® e seus resíduos devem ser eliminados em descarte hospitalar específico para material oncológico, de acordo com as exigências locais.
A ampola de TRISENOX® deve ser utilizada e posteriormente desprezada por não conter qualquer tipo de conservante. Não guarde qualquer porção não utilizada para utilização posterior.
Posologia:
Regime para o tratamento de indução: TRISENOX® deve ser administrado por via intravenosa numa dose fixa de 0,15 mg/kg/dia, administrada diariamente, até a remissão da medula óssea6.
A dose total da indução não deve ultrapassar 60 doses.
Regime de consolidação: deve ser iniciado 3 a 6 semanas após o término do tratamento de indução. TRISENOX® deve ser administrado, diariamente, por via intravenosa, na dose de 0,15 mg/kg/dia, num total de 25 doses, administradas 5 dias por semana, seguidos por 2 dias de interrupção, no período de 5 semanas. TRISENOX® não deve ser misturado ou administrado em conjunto com outros medicamentos na mesma via intravenosa.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Como todos os medicamentos, TRISENOX® (trióxido de arsênio) pode causar reações adversas, embora nem todas as pessoas as apresentem.
Nos estudos clínicos com TRISENOX® foi observado o aparecimento de reações adversas em 37% dos pacientes. As reações mais comumente relatadas foram hiperglicemia38 (aumento do açúcar14 no sangue5), hipocalemia34 (diminuição do potássio no sangue5), neutropenia39 (diminuição do número de neutrófilos40 no sangue5) e aumento da alanina aminotransferase (enzima41 do fígado15). A leucocitose24 (aumento do número de leucócitos19 no sangue5) ocorreu em 50% dos pacientes que apresentavam a Síndrome18 de Ativação dos Leucócitos19 (LPA), conforme avaliações hematológicas.
As reações adversas graves foram comuns (entre 1% e 10% dos pacientes) e esperadas nesta população, tais como: síndrome18 de diferenciação LPA, leucocitose24 (aumento do número de leucócitos19 no sangue5), intervalo QT prolongado (resultado de exame eletrocardiograma26 alterado), fibrilação auricular / agitação atrial (batimentos cardíacos irregulares), hiperglicemia38 (aumento do açúcar14 no sangue5) e uma variedade de reações adversas graves relacionadas com hemorragia42, infecções43, dor, diarreia44 e náuseas45.
Em geral, as reações adversas que surgiram durante o tratamento reduziram com o tempo. Existe uma tendência de tolerância ao tratamento de consolidação e de manutenção, com a presença de menor toxicidade46 do que no tratamento de indução. Este fato deve-se provavelmente à interação entre as reações adversas verificadas com o progresso descontrolado da doença no início do tratamento, e entre o número de medicamentos concomitantes utilizados em conjunto para controlar os sintomas2 e a própria doença.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): neutropenia39 (diminuição do número de neutrófilos40 no sangue5), trombocitopenia47 (diminuição do número de trombócitos48 no sangue5), hiperglicemia38 (aumento do açúcar14 no sangue5), hipocalemia34 (diminuição do potássio no sangue5), parestesia49 (sensação anormal de picadas e formigamento), dispneia50 (dificuldade de respirar), dor na pleura51 (dor no peito52), artralgia53 (dor nas articulações54), dor nos ossos, fadiga55 (cansaço), pirexia56 (febre20), aumento da ALT (aumento da enzima41 ALT no fígado15), aumento da aspartato aminotransferase, ECG QT prolongada (resultado de exame eletrocardiograma26 alterado, com intervalo QT prolongado).
Reação incomum (< 1/1000 e < 1/100): neutropenia39 febril (diminuição de neutrófilos40 no sangue5 com presença de febre20), leucocitose24 (aumento do número de leucócitos19 no sangue5), leucopenia57 (diminuição do número de leucócitos19 no sangue5), hipermagnesemia (aumento de magnésio no sangue5), hipernatremia58 (aumento de sódio no sangue5), cetoacidose (aumento da acidez do sangue5), derrame59 pericárdico (presença de líquido na camada que envolve o coração23), taquicardia60 (aumento dos batimentos do coração23), vasculite61 (inflamação62 da parede dos vasos sanguíneos63), hipóxia64 (diminuição de oxigênio no sangue5), derrame59 pleural (presença de líquido entre pulmão22 e tórax65), hemorragia42 alveolar pulmonar (perda de sangue5 através dos alvéolos66 do pulmão22), dor abdominal superior (dor na barriga), diarreia44, eritema67 (vermelhidão na pele68), prurido69 (coceira), dor nas costas70, dor grave nos ossos, mialgia71 (dores musculares), dor nos membros (dor nos braços e pernas), dor no tórax65 (dor no peito52), fadiga55 (cansaço) grave, dor no local de aplicação, biópsia72 anormal da medula óssea6 (resultado anormal em exame da medula óssea6), aumento da bilirrubina73 (pigmento amarelo) no sangue5, diminuição do magnésio no sangue5.
Durante o tratamento com TRISENOX® 14 dos 52 pacientes que participaram dos estudos de LPA apresentaram pelo menos um sintoma74 da síndrome18 de diferenciação de LPA, relatando febre20, dispneia50 (dificuldade de respirar), ganho de peso, infiltrados pulmonares (presença de material estranho no pulmão22), derrames pleurais e pericárdicos (presença de líquido entre pulmão22 e tórax65 e na camada que envolve o pulmão22), com ou sem leucocitose24 (aumento do número de leucócitos19 no sangue5). Em 27 pacientes foi verificada a leucocitose24 durante o tratamento de indução, onde 4 deles apresentaram valores muito altos de leucócitos19 (acima de 100.000 μL). Um paciente que recebia um tratamento moderado com TRISENOX® faleceu de infarto75 cerebral (necrose76 do tecido77 do cérebro78) devido à leucocitose24 (aumento do número de leucócitos19 no sangue5), após realizar tratamento com medicamentos quimioterápicos para reverter a leucocitose24. TRISENOX® pode provocar um tipo de arritmia79 fatal (torsade de pointes tipo arritmia79 ventricular). A neuropatia periférica80 (problemas no sistema nervoso periférico81), caracterizada por parestesia49 (sensação anormal de picadas e formigamento)/disestesia82 (alterações da sensibilidade, principalmente do tato), ocorreu em dois pacientes. Em 44% dos pacientes foram verificados sintomas2 que podem estar associados com a neuropatia83. A maioria deles de intensidade leve a moderada e que foram revertidas ao interromper o tratamento com TRISENOX®.
Experiência pós-venda
Segundo informações obtidas após a venda de TRISENOX® também podem ocorrer as seguintes reações adversas: anemia84 (diminuição do número de eritrócitos85 no sangue5), pancitopenia86 (diminuição dos elementos celulares do sangue5), extrassístole e taquicardia60 ventriculares (contrações anormais do coração23 e aumento dos batimentos cardíacos) associadas com o prolongamento QT e uma síndrome18 de diferenciação com problemas respiratórios, como a síndrome18 do ácido retinoico, durante o tratamento com TRISENOX® para outros tipos de câncer4.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Os sintomas2 de superdose são: convulsões, fraqueza muscular e confusão mental.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
MS n°: 1.5573.0037
Farm. Resp.: Carolina Mantovani Gomes Forti - CRF-SP n°: 34.304
Fabricado por:
Corden Pharma Latina S.P.A.
Sermoneta – Itália
Embalado por:
Almac Pharma Services Limited
Craigavon - Reino Unido
Importado por:
Teva Farmacêutica Ltda.
Av. Guido Caloi, 1935 - Prédio B - 1° Andar
São Paulo - SP
CNPJ n° 05.333.542/0001-08
SAC 0800 7778382
