ForITUs (Bula do profissional de saúde)
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
ForITUs
cloridrato de ciprofloxacino
Comprimido 500 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens contendo 6 ou 14 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido contém:
cloridrato de ciprofloxacino (equivalente a 500 mg de ciprofloxacino) | 582 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, povidona, crospovidona, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio, álcool etílico, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, talco e água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Adultos
Infecções2 complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao ciprofloxacino.
- Trato respiratório: ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) pode ser considerado como tratamento recomendável em casos de pneumonias causadas por Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp., Moraxella catarrhalis, Legionella spp. e Staphylococci. ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) não deve ser usado como medicamento de primeira escolha no tratamento de pacientes ambulatoriais com pneumonia3 causada por Pneumococcus.
- Ouvido médio4 (otite média5) e seios paranasais6 (sinusite7), especialmente se a infecção8 for causada por organismos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci.
- Olhos9.
- Rins10 e/ou trato urinário11 eferente.
- Órgãos genitais, inclusive anexite12, gonorreia13 e prostatite14.
- Cavidade abdominal15 (por exemplo, infecções2 bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato biliar16 e peritonite17).
- Pele18 e tecidos moles.
- Ossos e articulações19.
- Sepse20.
Infecção8 ou risco iminente de infecção8 (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico21 comprometido (por exemplo, pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes neutropênicos).
Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.
Crianças: No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística22, associada a infecção8 por Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos em crianças foram realizados na indicação acima. Para outras indicações clínicas a experiência é limitada. Não se recomenda, portanto, o uso do ciprofloxacino para outras indicações diferentes da mencionada acima. O tratamento deve ser iniciado somente após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios, pela possibilidade de reações adversas nas articulações19 e nos tecidos adjacentes.
Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças: Para reduzir a incidência23 ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis aerossolizado.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Os resultados das experiências clínicas realizadas e documentadas demonstraram que os microrganismos causadores das infecções2 foram erradicados em 81,9% dos casos1.
Clinicamente, quase 94,2% dos pacientes apresentaram melhora acentuada ou recuperação completa1.
Os resultados das pesquisas clínicas confirmam a excelente atividade in vitro do cloridrato de ciprofloxacino.
Os microrganismos mais comuns foram E. coli e Pseudomonas aeruginosa1. Os percentuais de erradicação para os patógenos gram-negativos, tais como a E. coli (95%), Proteus spp. (97–100%), Salmonella spp. (100%), Haemophilus influenzae (95%) e também para os organismos gram-positivos, Streptococcus pneumoniae (> 80%) e Staphylococcus spp. (> 80%) em particular, juntamente com os resultados favoráveis contra Pseudomonas aeruginosa (74%), alcançados com tratamento via oral, demonstram o amplo espectro de atividade do cloridrato de ciprofloxacino1,16.
Os índices de cura ou melhora das condições clínicas encontrados nas diferentes infecções2 foram os seguintes:
Trato respiratório inferior e superior |
> 85%2,3 |
Trato urinário11 não complicadas |
> 90%4 |
Trato urinário11 complicadas |
97–100%5 |
Pele18 e tecidos moles |
90%1,6 |
Ossos e articulações19 |
75%7,8 |
Gastrintestinais |
100%9,10 |
Bacteremia24/septicemia25 |
94%11 |
Ginecológicas |
92%12 |
Otite26 maligna externa |
90%13,15 |
Prostatite14 crônica |
84–91%14 |
Referências Bibliográficas
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código ATC: J01MA02).
Mecanismo de Ação
O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microrganismos gram-negativos e gram- positivos. A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II (DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA bacteriano.
Mecanismo de Resistência
A resistência in vitro ao ciprofloxacino e frequente por mutação27 das topoisomerases bacterianas e se desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações espontâneas ocorre com uma frequência entre < 10–9 e 10–6. A resistência cruzada entre as fluoroquinolonas aparece, quando a resistência surge por mutação27. As mutações únicas podem reduzir a sensibilidade, em lugar de produzir resistência clínica, mas as mutações múltiplas, em geral levam a resistência clínica ao ciprofloxacino e a resistência cruzada entre as quinolonas. A impermeabilidade bacteriana e/ou expressão das bombas de efluxo podem afetar a sensibilidade ao ciprofloxacino. Está relatada resistência mediada por plasmídeos e codificada por gene qnr. Os mecanismos de resistência que inativam as penicilinas, as cefalosporinas, os aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na atividade antibacteriana do ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência cruzada entre o ciprofloxacino e outros grupos antimicrobianos. Os microrganismos resistentes a esses medicamentos podem ser sensíveis ao ciprofloxacino.
A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória mínima (CIM) em mais que o dobro.
Sensibilidade in vitro ao ciprofloxacino
A prevalência28 da resistência adquirida pode variar segundo a região geográfica e o tempo para determinadas espécies, e é desejável dispor de informação local de resistência, principalmente quando se tratar de infecções2 graves. Quando necessário, deve-se solicitar o conselho de um especialista se a prevalência28 local da resistência é tal que seja questionada a utilidade do preparado, pelo menos frente a determinados tipos de infecção8.
O ciprofloxacino tem mostrado atividade in vitro contra cepas29 sensíveis dos seguintes microrganismos:
Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas cepas29 são somente moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis a meticilina), Staphylococcus saprophyticus, Streptococcus pneumoniae.
Microrganismos gram-negativos aeróbios:
Burkholderia cepacia |
Klebsiella pneumoniae |
Providencia spp. |
Campylobacter spp. |
Klebsiella oxytoca |
Pseudomonas aeruginosa |
Citrobacter freudii |
Moraxella catarrhalis |
Pseudomonas fluorescens |
Enterobacter aerogenes |
Morganella morganii |
Serratia marcescens |
Enterobacter cloacae |
Neisseria gonorrhoeae |
Shigella spp. |
Escherichia coli |
Proteus mirabilis |
|
Haemophillus influenzae |
Proteus vulgaris |
|
Os seguintes microrganismos mostram um grau variável de sensibilidade ao ciprofloxacino: Burkholderia cepacia, Campylobacter spp., Enterococcus faecalis, Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae, Proteus mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas fluorescens, Serratia marcescens.
Os seguintes microrganismos são considerados intrinsecamente resistentes ao ciprofloxacino: Staphylococcus aureus (resistente a meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia.
O ciprofloxacino mostra atividade contra Bacillus anthracis tanto in vitro, como quando se medem os valores séricos como marcador sucedâneo.
Inalação de antraz – Informação adicional
As concentrações séricas de ciprofloxacino atingidas em humanos servem como um indicativo razoavelmente adequado para prever o benefício clínico e fornecem a base para esta indicação.
Em adultos e crianças tratados por via oral e endovenosa, as concentrações de ciprofloxacino atingem ou superam as concentrações séricas médias de ciprofloxacino que proporcionam melhora estatisticamente significativa de sobrevida30 de macacos Rhesus no modelo de inalação de antraz (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Foi realizado um estudo controlado com placebo31 em macacos Rhesus expostos a uma dose média inalada de 11 DL50 (~5,5 x 105) esporos32 (faixa de 5–30 DL50) de Bacillus anthracis. A concentração inibitória mínima (CIM) de ciprofloxacino para a cepa33 de antraz usada no estudo foi 0,08 mcg/mL. As concentrações séricas médias de ciprofloxacino alcançadas no Tmáx esperado (1 hora após a dose) por via oral (até alcançar o estado de equilíbrio), variaram de 0,98 a 1,69 mcg/mL. As concentrações mínimas médias no estado de equilíbrio, 12 horas após a dose, variaram de 0,12 a 0,19 mcg/mL. A mortalidade34 ao antraz nos animais que receberam um regime de 30 dias de ciprofloxacino oral, iniciando 24 horas após a exposição, foi significativamente menor (1/9) que no grupo placebo31 (9/10) [p = 0,001]. No único animal tratado que não resistiu ao antraz, o óbito35 ocorreu após o período de 30 dias de administração do medicamento.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética do ciprofloxacino foi avaliada em diferentes populações humanas. A concentração sérica máxima média no estado de equilíbrio obtida em humanos adultos tratados com 500 mg por via oral de 12 em 12 horas, e de 2,97 mcg/mL, sendo de 4,56 mcg/mL após administração intravenosa de 400 mg de 12 em 12 horas. A concentração sérica mínima média no estado de equilíbrio em ambos os esquemas é 0,2 mcg/mL. Em um estudo de 10 pacientes pediátricos de 6 a 16 anos, a concentração plasmática máxima média alcançada foi de 8,3 mcg/mL e a concentração mínima variou de 0,09 a 0,26 mcg/mL após administração de duas infusões intravenosas de 10 mg/kg, por 30 minutos, com intervalo de 12 horas. Após a segunda infusão intravenosa, os pacientes passaram a receber 15 mg/kg por via oral de 12 em 12 horas, tendo-se atingido a concentração máxima média de 3,6 mcg/mL após a primeira dose oral. Os dados de segurança de longo prazo com administração de ciprofloxacino a pacientes pediátricos, incluindo os efeitos na cartilagem36, são limitados. (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Absorção: Após a administração oral de doses únicas de 250 mg, 500 mg e 750 mg de comprimidos revestidos de cloridrato de ciprofloxacino, o ciprofoxacino é absorvido rápida e amplamente principalmente através do intestino delgado37, atingindo as concentrações séricas máximas 1 a 2 horas depois.
A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 70–80%. As concentrações séricas máximas (Cmáx) e as áreas totais sob as curvas das concentrações séricas em relação ao tempo (AUC38) aumentaram proporcionalmente as doses.
Distribuição: A ligação proteica do ciprofloxacino é baixa (20–30%) e a substância no plasma39 encontra-se amplamente sob a forma não ionizada. O ciprofloxacino pode difundir-se livremente para o espaço extravascular40. O grande volume de distribuição no estado de equilíbrio, de 2–3 L/Kg de peso corpóreo, mostra que o ciprofloxacino penetra nos tecidos e atinge concentrações que claramente excedem os valores séricos correspondentes.
Metabolismo41: Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos42, identificados como desetilenociprofloxacino (M1), sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e formilciprofloxacino (M4). M1 a M3 apresentam atividade antibacteriana in vitro comparável ou inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor em quantidade, apresenta atividade antimicrobiana in vitro quase equivalente a do norfloxacino.
Eliminação: O ciprofloxacino é amplamente excretado sob forma inalterada pelos rins10, e em menor extensão, por via extrarrenal.
Crianças
Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC38 não foram dependentes da idade. Nenhum aumento notável de Cmáx e AUC38 foi observado com doses múltiplas (10 mg/Kg/3 x dia). Em 10 crianças menores de 1 ano com septicemia25 grave, a Cmáx foi de 6,1 mg/L (faixa de 4,6–8,3 mg/L) após infusão intravenosa de 10 mg/Kg durante 1 hora; e 7,2 mg/L (faixa 4,7 –11,8 mg/L) em crianças de 1 a 5 anos. Os valores da AUC38 foram de 17,4mg•h/L (faixa 11,8–32,0 mg•h/L) e de 16,5 mg•h/L (faixa 11,0–23,8 mg•h/L) nas respectivas faixas etárias. Esses valores estão dentro da faixa relatada para adultos tratados com doses terapêuticas. Com base na análise farmacocinética da população pediátrica com infecções2 diversas, a meia-vida média esperada em crianças é de aproximadamente 4 a 5 horas.
Dados Pré-Clínicos de Segurança
Toxicidade43 aguda: A toxicidade43 aguda do ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada como muito baixa. Dependendo da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125–290 mg/Kg.
Toxicidade43 Crônica:
Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses
Administração oral: doses até e iguais a 500 mg/Kg e 30 mg/Kg foram toleradas sem danos por ratos e macacos, respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90 mg/Kg) foram observadas alterações nos túbulos renais distais44.
Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20 mg/kg) foram detectadas concentrações de ureia45 e creatinina46 levemente elevadas e alterações nos túbulos renais distais44.
Carcinogenicidade: Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com doses de até aproximadamente 1.000 mg/Kg de peso corporal/dia em camundongos e 125 mg/Kg de peso corporal/dia em ratos (aumentada para 250 mg/Kg de peso corporal/dia após 22 semanas), não se evidenciou potencial carcinogênico de qualquer das doses avaliadas.
Toxicologia da reprodução47
Estudos de fertilidade em ratas: o ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o desenvolvimento intrauterino e pós-natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.
Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou teratogenicidade do ciprofloxacino.
Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no desenvolvimento perinatal ou pós-natal dos animais. A pesquisa histológica48 ao fim do período de criação não revelou nenhum sinal49 de dano articular nas crias.
Mutagenicidade
Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o ciprofloxacino.
Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação27 de células50 de linfoma51 de camundongos e o Ensaio de reparo de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham apresentado resultados positivos, todos os sistemas de testes in vivo que cobriam todos os aspectos relevantes resultaram negativos.
Estudos de tolerabilidade articular
Assim como outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa danos nas grandes articulações19 que suportam peso em animais imaturos. O grau da lesão52 articular varia de acordo com a idade, espécie e dose; a lesão52 pode ser reduzida eliminando-se a carga articular. Os estudos com animais adultos (rato, cão) não evidenciaram lesões53 nas cartilagens54. Em um estudo com cães jovens Beagle, o ciprofloxacino em altas doses (1,3 a 3,5 vezes a dose terapêutica55), causou lesões53 articulares após duas semanas de tratamento, que ainda estavam presentes após 5 meses. Com doses terapêuticas não se observaram esses efeitos.
CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao ciprofloxacino, a outro derivado quinolônico ou a qualquer componente da fórmula (vide item “COMPOSIÇÃO”).
A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (vide item “6. Interações medicamentosas” ).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Infecções2 graves e/ou infecções2 por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas
Para o tratamento de infecções2 graves, infecções2 por Staphylococcus e infecções2 envolvendo bactérias anaeróbias, ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.
Infecções2 por Streptococcus pneumoniae
ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) não é recomendado para o tratamento de infecções2 pneumocócicas devido a eficácia limitada contra Streptococcus pneumoniae.
Infecções2 do trato genital
As infecções2 do trato genital podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes a fluoroquinolonas.
Em infecções2 do trato genital que tem ou podem ter causa ligada a Neisseria gonorrhoeae, é muito importante obter informações locais sobre a prevalência28 de resistência ao ciprofloxacino e confirmar a sensibilidade por meio de exames laboratoriais.
Distúrbios cardíacos
O cloridrato de ciprofloxacino está associado a casos de prolongamento do intervalo QT (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). As mulheres podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o QTc, uma vez que tendem a ter intervalo QTc basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos também podem ser mais sensíveis aos efeitos associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar o cloridrato de ciprofloxacino concomitantemente com medicamentos que podem resultar em prolongamento do intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos de classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (vide item “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”) ou em pacientes com fatores de risco para prolongamento QT ou torsades de pointes (por exemplo, síndrome56 congênita57 de QT longo, desequilíbrio eletrolítico não corrigido, assim como hipocalemia58 ou hipomagnesemia e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca59, infarto do miocárdio60 ou bradicardia61).
Hipersensibilidade
Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”) devendo o paciente informar ao médico imediatamente. Em casos muito raros, reações anafiláticas62/anafilactoides podem progredir para um estado de choque63, com risco para a vida, em alguns casos após a primeira administração (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Em tais circunstâncias, a administração de ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser interrompida e instituir-se tratamento médico adequado (por exemplo, tratamento para choque63).
Sistema gastrintestinal
Se ocorrer diarreia64 grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico, já que esse sintoma65 pode ocultar uma doença intestinal grave (colite66 pseudomembranosa com risco para a vida com possível
evolução fatal), que exige tratamento adequado imediato (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Nesses casos, ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser descontinuado e deve ser iniciado tratamento terapêutico apropriado (por exemplo, vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes por dia). Medicamentos que inibem o peristaltismo67 são contraindicados nesta situação.
Sistema hepatobiliar68
Casos de necrose69 hepática70 e insuficiência hepática71 com risco para a vida têm sido relatados com cloridrato de ciprofloxacino. No caso de qualquer sinal49 ou sintoma65 de doença hepática70 (como anorexia72, icterícia73, urina74 escura, prurido75 ou abdômen inchado) o tratamento deverá ser descontinuado (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina76 ou icterícia73 colestática, especialmente em pacientes com doença hepática70 precedente que forem tratados com cloridrato de ciprofloxacino (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Sistema musculoesquelético
O cloridrato de ciprofloxacino deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia77 grave, uma vez que os sintomas78 podem ser exacerbados.
Podem ocorrer tendinite79 e ruptura do tendão80 (predominantemente do tendão de Aquiles81), algumas vezes bilateral, com cloridrato de ciprofloxacino, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação82 e ruptura de tendão80 mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com cloridrato de ciprofloxacino. O risco de tendinopatia pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com corticosteroides.
Ao primeiro sinal49 de tendinite79 (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação82), deve-se consultar um médico e suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se manter em repouso a extremidade afetada e evitar exercícios físicos inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de tendão80). O cloridrato de ciprofloxacino deve ser usado com cuidado em pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão80 relacionados com tratamento quinolônico.
Sistema nervoso83
O cloridrato de ciprofloxacino, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por desencadear convulsões ou diminuir o limiar convulsivo.
Em pacientes portadores de epilepsia84 ou com distúrbios preexistentes do sistema nervoso central85 (SNC86) (por exemplo, limiar convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão87, redução do fluxo sanguíneo cerebral, lesão52 cerebral ou acidente vascular cerebral88), o cloridrato de ciprofloxacino deve ser administrado somente se os benefícios do tratamento forem superiores aos possíveis riscos, uma vez que esses pacientes estão sob risco em razão de eventuais efeitos indesejáveis sobre o SNC86. Casos de estados epiléticos foram relatados (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Se ocorrerem convulsões, o cloridrato de ciprofloxacino deve ser descontinuado. Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo o cloridrato de ciprofloxacino. Em casos raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir para ideias/pensamentos suicidas e comportamento autodestrutivo, tais como tentativa de suicídio ou suicídio (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Se ocorrer depressão, reações psicóticas, pensamentos ou comportamento suicidas, ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser descontinuado e medidas apropriadas devem ser instituídas.
Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em parestesias89, hipoestesias, disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas, incluindo o cloridrato de ciprofloxacino. Pacientes em tratamento com cloridrato de ciprofloxacino devem ser orientados a informar seu médico antes de continuar o tratamento se desenvolverem sintomas78 de neuropatia90 tais como dor, queimação, formigamento, dormência91 ou fraqueza (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Pele18 e anexos92
O ciprofloxacino pode induzir reações de fotossensibilidade na pele18. Portanto, pacientes que utilizam ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) devem evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou a luz ultravioleta. O tratamento deve ser descontinuado se ocorrer fotossensibilização (por exemplo, reações tipo queimadura solar) (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Citocromo P450
O ciprofloxacino e conhecido como inibidor moderado da isoenzima 1A2 do CYP450. Deve-se ter cuidado quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática (por exemplo, tizanidina, teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina, ropinirol, clozapina, olanzapina, agomelatina) são administrados concomitantemente.
Pode-se observar aumento das concentrações plasmáticas associado a efeitos indesejáveis específicos da droga em razão da inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (vide item “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”).
Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista93 imediatamente em caso de alterações na visão94 ou algum sintoma65 ocular.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
As fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem afetar a habilidade do paciente para dirigir veículos ou operar máquinas devido a reações do SNC86 (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Tal fato ocorre principalmente com a ingestão concomitante de álcool.
Gravidez95 e lactação96
Gravidez95: Os dados disponíveis do uso de ciprofloxacino em mulheres grávidas não indicam malformação97 nem toxicidade43 fetal/neonatal. Estudos em animais não indicaram toxicidade43 reprodutiva. Baseado em estudos em animais não se pode excluir que o medicamento possa causar danos a cartilagem articular98 no organismo fetal imaturo (vide item “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Dados Pré-clínicos de Segurança”), portanto, o uso de ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) não é recomendado durante a gravidez95.
Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos99 (malformações100) (vide item “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Dados Pré-clínicos de Segurança”).
Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação96: O ciprofloxacino é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular, o uso do ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) não é recomendado durante a amamentação101 (vide item “3. CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS - Dados Pré-clínicos de Segurança”).
Populações especiais
Uso em idosos: Vide item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Idosos”.
Uso em crianças e adolescentes: Como outras drogas de sua classe, o ciprofloxacino demonstrou ser causa de artropatia102 em articulações19 que suportam peso em animais imaturos (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). A análise dos dados de segurança disponíveis a respeito do uso do ciprofloxacino em pacientes com menos de 18 anos de idade, em sua maioria portadores de fibrose cística22, não revelou qualquer evidência de danos a cartilagens54 ou articulações19 relacionadas ao uso do produto. Não foi estudado o uso de ciprofloxacino em outras indicações que não o tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose cística22 associada a infecção8 por Pseudomonas aeruginosa (5 – 17 anos) e o tratamento de inalação de antraz (após exposição). A experiência clínica em outras indicações é limitada.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino), como outras fluoroquinolonas, deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Formação de quelatos: A administração concomitante de ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) e medicamentos contendo cátions polivalentes, suplementos minerais (por exemplo, cálcio, magnésio, alumínio, ferro), polímeros ligantes de fosfato (por exemplo, sevelâmer, carbonato de lantânio), sucralfato ou antiácidos103 e medicamentos altamente tamponados (por exemplo, comprimidos de didanosina) contendo magnésio, alumínio, ou cálcio, reduz a absorção do ciprofloxacino. Portanto, ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser administrado de 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4 horas após essas preparações. Essa restrição não se aplica aos antiácidos103 da categoria dos bloqueadores do receptor H2.
Alimentos e produtos lácteos: A administração concomitante de ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) e laticínios ou bebidas enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) deve ser evitada porque a absorção do ciprofloxacino pode ser reduzida. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da alimentação normal, não afeta significativamente a absorção.
Probenecida: A probenecida interfere na secreção renal104 do ciprofloxacino. A administração concomitante de medicamentos contendo probenecida e cloridrato de ciprofloxacino aumenta a concentração sérica de ciprofloxacino.
Metoclopramida: A metoclopramida acelera a absorção de ciprofloxacino, reduzindo o tempo para atingir as concentrações plasmáticas máximas. Não se observou efeito sobre a biodisponibilidade do ciprofloxacino.
Omeprazol: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo omeprazol reduz ligeiramente a Cmáx e a AUC38 do ciprofloxacino.
Tizanidina: Em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações séricas de tizanidina (aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC38: 10 vezes, variação: 6 a 24 vezes) quando administrada concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito hipotensivo e sedativo relacionada ao aumento das concentrações séricas. (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Citocromo P450”). Medicamentos contendo tizanidina não devem ser administrados com ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) (vide item “4. CONTRAINDICAÇÕES”).
Teofilina: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo teofilina pode produzir aumento indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto pode causar efeitos indesejáveis induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem pôr a vida em risco ou ser fatais. Quando o uso da associação for inevitável, as concentrações séricas da teofilina deverão ser cuidadosamente monitoradas e sua dose reduzida convenientemente (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Citocromo P450”).
Outros derivados de xantina: Foi relatado que a administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo cafeína ou pentoxifilina (oxpentifilina) elevou a concentração sérica destes derivados de xantina.
Fenitoína: Nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em pacientes recebendo cloridrato de ciprofloxacino e fenitoína concomitantemente. É recomendado o monitoramento da terapia com fenitoína, incluindo medições de concentração sérica de fenitoína, durante e imediatamente após a coadministração do cloridrato de ciprofloxacino e fenitoína, para evitar a perda do controle das convulsões associadas aos níveis diminuídos de fenitoína, e para evitar reações adversas relacionadas a superdose de fenitoína quando o ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) é descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.
Metotrexato: A administração concomitante do cloridrato de ciprofloxacino pode inibir o transporte tubular renal104 do metotrexato, podendo potencialmente aumentar os níveis plasmáticos deste, o que pode aumentar o risco de reações tóxicas associadas ao metotrexato. Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente pacientes tratados com metotrexato, se for indicada terapia simultânea com cloridrato de ciprofloxacino.
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Estudos realizados com animais demonstraram que a associação de doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de certos anti-inflamatórios não esteroides (exceto o ácido acetilsalicílico) pode provocar convulsões.
Ciclosporina: A administração simultânea de ciprofloxacino e medicamentos contendo ciclosporina aumentou transitoriamente a concentração de creatinina46 sérica. Portanto, e necessário controlar frequentemente (duas vezes por semana) a concentração de creatinina46 sérica nesses pacientes.
Antagonistas da vitamina105 K: A administração simultânea de cloridrato de ciprofloxacino com antagonistas da vitamina105 K pode aumentar seus efeitos anticoagulantes106. O risco pode variar conforme a infecção8 subjacente, idade e condição geral do paciente de modo que a contribuição do ciprofloxacino para elevar a RNI (razão normalizada internacional) torna-se difícil de ser avaliada. A RNI deve ser frequentemente monitorada durante e logo após a coadministração de cloridrato de ciprofloxacino com antagonistas da vitamina105 K (por exemplo, varfarina, acenocumarol, femprocumona ou fluindiona).
Agentes antidiabéticos orais107: Tem sido relatada hipoglicemia108 quando o cloridrato de ciprofloxacino e antidiabéticos orais107, principalmente sulfonilureias109 (por exemplo, glibenclamida, glimepirida110), foram coadministradas, possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral111 (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”).
Duloxetina: Estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com fortes inibidores da isoenzima 1A2 do CYP450, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC38 e Cmáx da duloxetina. Embora nenhum dado clínico esteja disponível sobre uma possível interação com ciprofloxacino, efeito similar pode ser esperado da administração concomitante (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Citocromo P450”).
Ropinirol: Em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante de ciprofloxacino e ropinirol, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumenta a Cmáx e AUC38 de ropinirol em 60% e 84%, respectivamente. É recomendado monitorar adequadamente os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose de ropinirol durante e logo após a coadministração com cloridrato de ciprofloxacino (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Citocromo P450”).
Lidocaína: Comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de medicamentos contendo lidocaína com ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, reduz a depuração da lidocaína administrada por via intravenosa em cerca de 22%. O tratamento com lidocaína foi bem tolerado, contudo pode ocorrer uma interação com o ciprofloxacino se administrado concomitantemente, acompanhado de efeitos secundários.
Clozapina: A concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em 29% e 31%, respectivamente, após administração simultânea de ciprofloxacino 250 mg com clozapina durante 7 dias. Recomenda-se realizar monitoramento clinico e ajuste de dose de clozapina apropriadamente durante e logo após a coadministração com cloridrato de ciprofloxacino (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Citocromo P450”).
Sildenafila: Após administração oral de 50 mg de sildenafila concomitantemente com 500 mg de ciprofloxacino, a Cmáx e AUC38 de sildenafila foram aumentadas aproximadamente duas vezes em indivíduos sadios. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever o uso concomitante de cloridrato de ciprofloxacino e sildenafila, considerando os riscos e benefícios.
Agomelatina: Foi demonstrado em estudos clínicos que a fluvoxamina, potente inibidor da isoenzima 1A2 do CYP450, inibe acentuadamente o metabolismo41 da agomelatina resultando em aumento de 60 vezes da exposição a agomelatina. Apesar de não haver dados clínicos disponíveis para uma possível interação com ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do CYP450, efeitos similares podem ser esperados com a administração concomitante (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Citocromo P450”).
Zolpidem: A coadministração do ciprofloxaciono pode aumentar os níveis sanguíneos de zolpidem. O uso concomitante não é recomendado.
Interações com exames
A potência do ciprofloxacino in vitro pode interferir no teste de cultura de Mycobacterium tuberculosis pela supressão do crescimento microbacteriano, causando resultado falso negativo em espécimes de pacientes que estejam fazendo uso do cloridrato de ciprofloxacino.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) deve ser mantido em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz e umidade.
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
ForITUs® (cloridrato de ciprofloxacino) apresenta-se na forma de comprimido revestido oblongo, semiabaulado, liso e de coloração branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR MODO DE USAR
Para uso oral.
Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente das refeições. Quando ingeridos com o estômago112 vazio, a substância ativa é absorvida mais rapidamente. Os comprimidos não devem ser administrados com produtos lácteos ou bebidas enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) (vide item “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). No entanto, o cálcio contido na dieta alimentar não afeta significativamente a absorção de ciprofloxacino.
Se pela gravidade de sua doença ou por qualquer outro motivo o paciente não estiver apto a ingerir comprimidos (por exemplo, pacientes sob nutrição113 enteral), recomenda-se iniciar a terapia com ciprofloxacino injetável. Após a administração intravenosa, pode-se dar continuidade ao tratamento por via oral (terapia sequencial).
Duração do tratamento
A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É essencial manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre114 e dos sintomas78 clínicos.
Duração média do tratamento:
Adultos:
- 1 dia nos casos de gonorreia13 aguda não complicada e cistite115;
- até 7 dias nos casos de infecção8 renal104, do trato urinário11 e cavidade abdominal15;
- durante todo o período neutropênico em pacientes com defesas orgânicas debilitadas;
- máximo de 2 meses nos casos de osteomielite116;
- 7 a 14 dias em todas as outras infecções2.
Nas infecções2 estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de complicações posteriores.
As infecções2 causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período mínimo de 10 dias. Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao antraz por inalação (após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.
Crianças e Adolescentes
Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística22, associada a infecção8 por Pseudomonas aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do tratamento deve ser de 10 a 14 dias.
POSOLOGIA
Salvo prescrição medica contrária, recomendam-se as seguintes doses:
Adultos
Indicações |
Dose diária para adultos de ciprofloxacino (mg) via oral |
|
Infecções2 do trato respiratório (dependendo da gravidade e do micro-organismo) |
2 × 250 mg a 500 mg |
|
Infecçóes do trato urinário11 |
Aguda, não complicada |
1 a 2 × 250 mg |
Cistite115 em mulheres (antes da menopausa117) |
dose única 250 mg |
|
Complicada |
2 × 250 mg a 500 mg |
|
Gonorreia13 |
extragenital |
dose única 250 mg |
aguda, não complicada |
dose única 250 mg |
|
Diarreia64 |
1 a 2 × 500 mg |
|
Outras infecções2 (vide indicações) |
2 × 500 mg |
|
Infecções2 graves |
Pneumonia3 estreptocócica |
2 × 750 mg |
Infecções2 recorrentes em fibrose cística22 |
||
Infecções2 ósseas e das articulações19 |
||
Septicemia25 |
||
Peritonite17 |
Dose diária recomendada de ciprofloxacino oral em adultos
Crianças e Adolescentes – fibrose cística22
Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso de ciprofloxacino em pacientes pediátricos com fibrose cística22 (idade entre 5 e 17 anos) e com exacerbação pulmonar aguda associada a infecção8 por Pseudomonas aeruginosa, na dose oral de 20 mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia (dose máxima diária de 1.500 mg de ciprofloxacino).
Antraz por inalação (após exposição) em Adultos e Crianças
Adultos: Administração oral: 500 mg de ciprofloxacino, duas vezes por dia.
Crianças: Administração oral: 15 mg de ciprofloxacino/Kg de peso corporal, duas vezes por dia. Não se deve exceder o teto máximo de 500 mg por dose (dose diária máxima: 1.000 mg). A administração do medicamento deve começar o mais rapidamente possível após suspeita ou confirmação de exposição.
Informações adicionais para populações especiais Idosos
Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade da doença e da depuração de creatinina46 (vide item “8. POSOLOGA E MODO DE USAR - Posologia na insuficiência renal118 ou hepática”).
Posologia na insuficiência renal118 ou hepática70
Adultos
Pacientes com insuficiência renal118: Para pacientes119 com depuração de creatinina46 entre 30 e 60 mL/min/1,73m2 (insuficiência renal118 moderada) ou concentração de creatinina46 sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100mL a dose máxima diária de cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1.000 mg/dia.
Para pacientes119 com depuração de creatinina46 inferior a 3 0mL/min/1,73m2 (insuficiência renal118 grave) ou concentração de creatinina46 sérica igual ou superior a 2,0 mg/100mL a dose máxima diária de cloridrato de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg/dia.
Pacientes com insuficiência renal118 em hemodiálise120: Para pacientes119 com depuração de creatinina46 entre 30 e 60 mL/min/1,73m2 (insuficiência renal118 moderada) ou concentração de creatinina46 sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1.000 mg.
Para pacientes119 com depuração de creatinina46 inferior a 30 mL/min/1,73m2 (insuficiência renal118 grave) ou concentração de creatinina46 sérica igual ou superior a 2,0 mg/100mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg, nos dias de diálise121, após o procedimento.
Pacientes com insuficiência renal118 em diálise121 peritonial ambulatorial contínua (DPAC): A dose diária máxima de ciprofloxacino deve ser de 500 mg (1 comprimido revestido de 500 mg ou 2 comprimidos revestidos de 250 mg).
Pacientes com insuficiência hepática71: Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática71.
Pacientes com insuficiência renal118 e hepática70: Para pacientes119 com depuração de creatinina46 entre 30 e 60 mL/min/1,73m2 (insuficiência renal118 moderada) ou concentração de creatinina46 sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 1.000 mg.
Para pacientes119 com depuração de creatinina46 inferior a 30 mL/min/1,73m2 (insuficiência renal118 grave) ou concentração de creatinina46 sérica igual ou superior a 2,0 mg/100mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via oral deverá ser de 500 mg.
Crianças
Doses em crianças com função renal104 e/ou hepática70 alteradas não foram estudadas. Este medicamento não deve ser partido ou mastigado” REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino (oral e parenteral) classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III estão listadas abaixo (Total n= 51.621).
Lista de reações adversas
As frequências das reações adversas relatadas com cloridrato de ciprofloxacino estão resumidas na tabela abaixo. Dentro dos grupos de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Frequências são definidas como:
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Infecções2 e infestações:
- Reações incomuns: superinfecções122 micóticas.
- Reações raras: colite66 associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático123:
- Reações incomuns: eosinofilia124.
- Reações raras: leucopenia125, anemia126, neutropenia127, leucocitose128, trombocitopenia129 e plaquetose.
- Reações muito raras: anemia hemolítica130, agranulocitose131, pancitopenia132 (com risco para a vida) e depressão da medula óssea133 (com risco para a vida).
Distúrbios do sistema imunológico21:
- Reações raras: reação alérgica134 e edema135 alérgico/angioedema136.
- Reações muito raras: reação anafilática137, choque anafilático138 (com risco para a vida) e reações similares a doença do soro139.
Distúrbios metabólicos e nutricionais:
- Reações incomuns: apetite e ingestão de alimentos diminuídos.
- Reações Raras: hiperglicemia140, hipoglicemia108.
Distúrbios psiquiátricos:
- Reações incomuns: hiperatividade psicomotora141/agitação.
- Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio) e alucinações142.
- Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).
Distúrbios do sistema nervoso83:
- Reações incomuns: cefaleia143, tontura144, distúrbios do sono e alterações do paladar145.
- Reações raras: parestesia146 e disestesia147, hipoestesia148, tremores, convulsões (incluindo estado epilético) e vertigem149.
- Reações muito raras: enxaqueca150, transtornos da coordenação, alterações do olfato, hiperestesia e hipertensão151 intracraniana (pseudotumor cerebral).
- Frequência desconhecida: neuropatia periférica152 e polineuropatia.
Distúrbios visuais:
- Reações raras: distúrbios visuais.
- Reações muito raras: distorção visual das cores.
Distúrbios da audição e labirinto153:
- Reações raras: zumbido e perda da audição.
- Reações muito raras: alteração da audição.
Distúrbios cardíacos:
- Reações raras: taquicardia154.
- Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia155 ventricular, torsades de pointes*.
Distúrbios vasculares156:
- Reações raras: vasodilatação, hipotensão157 e síncope158.
- Reações muito raras: vasculite159.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos:
- Reações raras: dispneia160 (incluindo condições asmáticas).
Distúrbios gastrintestinais:
- Reações comuns: náusea161 e diarreia64.
- Reações incomuns: vomito162, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia163 e flatulência.
- Reações muito raras: pancreatite164.
Distúrbios hepatobiliares165:
- Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina166.
- Reações raras: disfunção hepática70, icterícia73 e hepatite167 (não infecciosa).
- Reações muito raras: necrose69 hepática70 (muito raramente progredindo para insuficiência hepática71 com risco para a vida).
Distúrbios da pele18 e dos tecidos subcutâneos:
- Reações incomuns: rash168 cutâneo169, prurido75 e urticária170.
- Reações raras: reações de fotossensibilidade e vesículas171.
- Reações muito raras: petéquias172, eritema multiforme173, eritema nodoso174, síndrome de Stevens-Johnson175 (potencialmente com risco para a vida) e necrólise epidérmica tóxica176 (potencialmente com risco para a vida).
- Frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).
Distúrbios ósseos e do tecido conectivo177 e musculoesquelético
- Reações incomuns: artralgia178.
- Reações raras: mialgia179, artrite180, aumento do tônus muscular181 e cãibras.
- Reações muito raras: fraqueza muscular, tendinite79, ruptura de tendão80 (predominantemente do tendão de Aquiles81) e exacerbação dos sintomas78 de miastenia77 grave.
Distúrbios renais e urinários:
- Reações incomuns: disfunção renal104.
- Reações raras: insuficiência renal118, hematúria182, cristalúria e nefrite183 túbulo intersticial184.
Distúrbios gerais:
- Reações incomuns: dor inespecífica, mal-estar geral e febre114.
- Reações raras: edema135 e sudorese185 (hiperidrose186).
- Reações muito raras: alteração da marcha.
Investigações:
- Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina76 no sangue187. Reações raras: nível anormal de protrombina188 e aumento da amilase.
- Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em pacientes tratados com antagonistas de vitamina105 K).
*Estas reações foram relatadas durante o período de observação pós-comercialização, e foram observadas predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):
Comum |
Vômito162, aumento transitório de transaminases, rash168 cutâneo169. |
Incomum |
Trombocitopenia129, plaquetose, confusão e desorientação, alucinações142, parestesia146, disestesia147, convulsão87, vertigem149, distúrbios visuais, perda de audição, taquicardia154, vasodilatação, hipotensão157, alteração hepática70 transitória, icterícia73, insuficiência renal118, edema135. |
Raras |
Pancitopenia132, depressão da medula óssea133, choque anafilático138, reações psicóticas, enxaqueca150, distúrbios do olfato, alteração da audição, vasculite159, pancreatite164, necrose69 hepática70, petéquias172, ruptura de tendão80 |
O termo MedDRA mais apropriado foi usado para descrever certas reações e seus sintomas78 e condições relatadas. A representação dos termos de reações adversas está baseada na versão MedDRA 14.0 (exceto para superinfecções122 micóticas e dor inespecífica).
Crianças
A incidência23 de artropatia102 (artralgia178, artrite180), mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos com adultos. Em crianças, artropatia102 é relatada frequentemente (vide item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Em casos de superdose oral aguda, tem-se reportado ocorrência de toxicidade43 renal104 reversível. Além das medidas habituais de emergência189, recomenda-se monitorar a função renal104, incluindo pH urinário e acidez, se necessário, para prevenir cristalúria. Os pacientes devem ser mantidos bem hidratados. Antiácidos103 contendo cálcio ou magnésio podem reduzir a absorção de ciprofloxacino na superdose. Apenas uma pequena quantidade do ciprofloxacino (menos de 10%) e eliminada por hemodiálise120 ou dialise peritoneal190.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
Registro M.S.: 1.0043.1193
Farm. Resp.: Dra. Maria Benedita Pereira - CRF-SP 30.378
Fabricado por:
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
VP. 1B QD.08-B Módulos 01 a 08 - DAIA
Anápolis – GO
Registrado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Av. Ver. José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP
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