

Claritromicina (Injetável 500 mg)
ASPEN PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
claritromicina
Injetável 500 mg
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Pó liofilizado1 para solução injetável
Embalagem com 1 frasco-ampola
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
claritromicina | 500 mg |
excipiente q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Excipientes: ácido lactobiônico e álcool isopropílico.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
A claritromicina é destinada para o tratamento de infecções2 de vias respiratórias superiores (exemplos: faringite3 e sinusite4) e inferiores (exemplos: bronquite e pneumonia5), infecções2 de pele6 e tecidos moles (exemplos: foliculite, celulite7, erisipela8), causadas por todos os microrganismos sensíveis à claritromicina. Também é destinado para o tratamento de infecções2 disseminadas ou localizadas causadas por micobactérias.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A claritromicina é um antibiótico do tipo macrolídeo semissintético que exerce sua ação antibacteriana inibindo a produção de proteínas9 pelas bactérias sensíveis à claritromicina.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A claritromicina é contraindicada para o uso por pacientes com conhecida hipersensibilidade (alergia10) aos antibióticos macrolídeos e a qualquer componente da fórmula (ver Composição).
Também está contraindicado se você estiver fazendo uso de um dos seguintes medicamentos: astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina, e se você estiver com hipocalemia11 (pouca quantidade de potássio no sangue12), pois pode causar um prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma13) e arritmias14 cardíacas incluindo taquicardia15 ventricular, fibrilação ventricular e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco).
O uso deste medicamento com alcaloides do Ergot (exemplo: ergotamina ou diidroergotamina) é contraindicado, pois pode resultar em toxicidade16 ao Ergot (ver Interações Medicamentosas).
A coadministração deste medicamento com midazolam oral é contraindicada (ver Interações Medicamentosas).
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes com histórico de prolongamento do intervalo QT, adquirido ou congênito17 (alteração no eletrocardiograma13 de nascença ou aquirida), ou arritmia18 ventricular do coração19, incluindo torsades de pointes (tipo de taquicardia15 ventricular).
Este medicamento não deve ser utilizado em combinação com colchicina.
O uso deste medicamento junto com ticagrelor ou ranolazina é contraindicado.
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes que sofrem de insuficiência hepática20 (no fígado21) grave em combinação com insuficiência renal22 (nos rins23).
Este medicamento não deve ser utilizado em combinação com uma estatina (exemplo: lovastatina ou sinvastatina), pois aumenta o risco de o paciente ter miopatia24 (doença muscular), incluindo rabdomiólise25 (destruição do músculo esquelético26).
Este medicamento é contraindicado se você estiver fazendo uso de ticagrelor ou ranolazina. Este medicamento é contraindicado para menores de 6 meses de idade.
Gravidez27: Categoria de risco: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Advertências e Precauções
O uso prolongado deste medicamento, assim como com outros antibióticos, pode resultar na colonização por bactérias e fungos não sensíveis ao tratamento. Na ocorrência de superinfecção28, uma terapia adequada deve ser estabelecida pelo médico.
A claritromicina deve ser administrada com cuidado a pacientes com alteração da função do fígado21 ou dos rins23 uma vez que, a claritromicina é eliminada principalmente pelo fígado21. Deve ser também administrada com precaução a pacientes com comprometimento moderado a grave da função dos rins23.
Recomenda-se precaução a pacientes com insuficiência renal22 severa.
Claritromicina deve ser descontinuada imediatamente se sinais29 e sintomas30 de hepatite31 ocorrerem, como falta de apetite (anorexia32), pele6 amarelada (icterícia33), urina34 escura, coceira ou sensibilidade abdominal.
Diarreia35 associada à infecção36 por Clostridium difficile foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo claritromicina, podendo sua gravidade variar de diarreia35 leve à colite37 fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do intestino, o que pode levar à proliferação de Clostridium difficile (bactéria38 causadora da diarreia35), portanto a existência dessa bactéria38 deve ser considerada pelo médico em todos os pacientes que apresentarem quadro de diarreia35 após o uso do antibiótico. Um minucioso histórico médico é necessário para o diagnóstico39, já que a ocorrência desta bactéria38 foi relatada ao longo de dois meses após a administração de agentes antibacterianos.
Recomenda-se precaução quanto à administração de claritromicina juntamente com benzodiazepínicos, como triazolam e midazolam intravenoso (aplicado na veia) ou bucal (aplicado na boca40) (ver Interações Medicamentosas).
Prolongamento do Intervalo QT
A repolarização cardíaca (alteração no eletrocardiograma13) e intervalo QT prolongado, que confere risco no desenvolvimento de arritimia cardíaca e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco), têm sido observados em pacientes em tratamento com macrolídeos, incluindo claritromicina (ver Quais os males que este medicamento pode me causar). Portanto, tal situação pode levar ao aumento da arritimia ventricular (incluindo torsades de pointes), com isso claritromicina deve ser utilizada com precaução nos seguintes pacientes:
- Pacientes com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca41 grave, distúrbios de condução ou bradicardia42 clinicamente relevante (frequência cardíaca baixa);
- Pacientes com distúrbios eletrolíticos, como hipomagnesemia (pouca quantidade de magnésio no sangue12). Claritromicina não deve ser utilizada em pacientes com hipocalemia11 (pouca quantidade de potássio no sangue12) (Ver Contraindicações);
- Pacientes que utilizam outro medicamento associado com prolongamento do tempo de intervalo de QT (ver Interações Medicamentosas);
- O uso conjunto de claritromicina com astemizol, cisaprida, pimozida e terfenadina é contraindicado (ver Contraindicações);
- Claritromicina não deve ser utilizada em pacientes com prolongamento congênito17 do intervalo de QT congênito17 (de nascença) ou documentado, ou história de arritmia18 ventricular (ver Contraindicações).
Pneumonia5: Seu médico deve realizar o teste de sensibilidade quando prescrever claritromicina para pneumonia5 e infecções2 de pele6 e tecidos moles de severidade leve a moderada. Se a sua pneumonia5 foi adquirida em hospitais, a claritromicina deve ser utilizada em combinação com outros antibióticos adequados prescritos pelo médico.
No caso de reações de hipersensibilidade (alergia10) aguda severa, como anafilaxia43 (reação alérgica44 aguda), reação adversa cutânea45 severa (SCAR) (por exemplo, pustulose generalizada exantemática aguda (PGEA), Síndrome de Stevens-Johnson46 (eritema47 bolhoso multiforme), necrólise epidérmica tóxica48, Síndrome49 DRESS (erupção50 cutânea45 associada ao fármaco51 com eosinofilia52 e sintomas30 sistêmicos53), o tratamento com claritromicina deve ser descontinuado imediatamente e um tratamento apropriado deve ser urgentemente iniciado.
É contraindicado o uso de claritromicina em conjunto com lovastatina ou sinvastatina, o que aumenta a concentração de claritromicina no sangue12 e aumenta o risco de miopatia24 (doença muscular), incluindo a rabdomiólise25 (necrose54 ou desintegração no músculo esquelético26). Em situações onde o uso concomitante da claritromicina não pode ser evitado, é recomendado que seu médico prescreva a menor dose registrada de estatina.
O uso da claritromicina em conjunto com agentes hipoglicêmicos orais (medicamentos que controlam os níveis de açúcar55 no sangue12 usados no tratamento de diabetes56, como as sulfonilureias57) e/ou uso de insulina58, pode causar hipoglicemia59 (diminuição dos níveis de açúcar55 no sangue12) significativa. Seu médico deverá monitorar cuidadosamente o nível de glicose60 do seu sangue12.
Quando a claritromicina é utilizada junto com anticoagulantes61 orais (medicamentos que diminuem ou evitam a formação de coágulos no sangue12, como a varfarina) há um risco sério de hemorragia62 e alteração de exames de controle da coagulação63 [elevação do tempo de protrombina64 e no Índice Internacional Normalizado (do inglês Internacional Normalized Ratio – INR)]. Seu médico deverá monitorar o tempo de INR e protrombina64 se você estiver tomando claritromicina junto com anticoagulantes61 orais.
Uso na gravidez27
A segurança do uso da claritromicina durante a gravidez27 não foi estabelecida. Dessa forma, os benefícios e os riscos da utilização de claritromicina por via intravenosa (na veia) na mulher grávida devem ser ponderados pelo médico prescritor.
Uso na amamentação65
A segurança do uso da claritromicina durante o aleitamento materno66 ainda não está estabelecida. Entretanto, sabe-se que a claritromicina é eliminada pelo leite materno.
Uso em crianças
Até o momento, não há dados que suportem o uso de claritromicina por via intravenosa em crianças.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas
Não há informações sobre os efeitos da claritromicina na capacidade de dirigir ou operar máquinas. O potencial para tontura67, vertigem68, confusão e desorientação, que podem ocorrer com o uso do medicamento, devem ser levados em conta antes do paciente dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso dos seguintes medicamentos é estritamente contraindicado, devido à gravidade dos efeitos causados pelas possíveis interações medicamentosas:
Cisaprida, pimozida, astemizole e terfenadina: Foram relatados aumentos dos níveis de cisaprida em pacientes tratados concomitantemente com claritromicina e cisaprida. Isto pode resultar em prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma13) e problemas no coração19 (arritmias14 cardíacas), incluindo taquicardia15 ventricular, fibrilação ventricular e torsades de pointes (distúrbio no ritmo cardíaco). Efeitos semelhantes foram observados em pacientes tratados concomitantemente com claritromicina e pimozida.
Foi relatado que os macrolídeos alteram o metabolismo69 da terfenadina, resultando no aumento do nível desta substância que, ocasionalmente, foi associado a arritmias14 cardíacas (batimentos irregulares do coração19), tais como prolongamento do intervalo QT (alteração no eletrocardiograma13) e taquicardia15 ventricular, fibrilação ventricular e torsades de pointes (tipo de taquicardia15 ventricular). Efeitos similares foram observados com o uso concomitante de astemizol e outros macrolídeos.
Alcaloides do ergot: Estudos de pós-comercialização indicaram que a coadministração de claritromicina com ergotamina ou diidroergotamina foi associada com toxicidade16 aguda de ergot, caracterizada por vasoespasmos e isquemia70 (redução do fluxo sanguíneo) das extremidades e outros tecidos, inclusive sistema nervoso central71. A administração concomitante de claritromicina com estes alcaloides de ergot é contraindicada.
Midazolam oral: A administração concomitante de midazolam oral e claritromicina é contraindicada.
Inibidores da HMG-CoA redutase (estatinas): O uso concomitante de claritromicina com lovastatina ou sinvastatina é contraindicado (ver Contraindicações), devido ao possível aumento do risco de miopatia24, incluindo rabdomiólise25. Foram recebidos relatos de rabdomiólise25 em pacientes que administraram claritromicina junto com estas estatinas. Se o tratamento com claritromicina não puder ser evitado, o tratamento com lovastatina ou sinvastatina deve ser suspenso neste período.
Deve-se ter precaução quando houver prescrição de claritromicina com estatinas. Em situações onde o uso em conjunto de claritromicina com estatinas não puder ser evitado, é recomendado que seja prescrita menor dose registrada de estatina. O uso de estatina que não é dependente do metabolismo69 por CYP3A (ex: fluvastatina) pode ser considerado. Os pacientes devem ser monitorados por sinais29 e sintomas30 de miopatia24.
Efeitos de outros medicamentos na terapia com claritromicina
Fármacos indutores da CYP3A4 como rifampicina, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e erva de São João podem levar à redução de eficácia da claritromicina. Por isso, deve-se monitorar esses medicamentos na corrente sanguínea devido a um possível aumento dessas substâncias devido à inibição de CYP3A4 pela claritromicina. A administração de claritromicina com rifabutina resultou em um aumento da concentração de rifabutina e diminuição dos níveis sanguíneos de claritromicina juntamente com risco aumentado de uveíte72 (inflamação73 de parte ou toda a úvea74, a camada média vascular75 do olho76).
Os seguintes medicamentos sabidamente alteram ou são suspeitos de alterar a concentração de claritromicina na circulação77 sanguínea. Ajustes posológicos da claritromicina ou a adoção de tratamento alternativo devem ser considerados pelo médico:
Efavirenz, nevirapina, rifampicina, rifabutina e rifapentina: Fortes indutores do metabolismo69 do citocromo P450, tais como efavirenz, nevirapina, rifampicina, rifabutina e rifapentina podem acelerar o metabolismo69 da claritromicina e, portanto, o efeito terapêutico pretendido pode ser prejudicado durante a administração concomitante de claritromicina com indutores enzimáticos.
Etravirina: Este fármaco51 diminuiu a exposição à claritromicina; no entanto, as concentrações do metabólito78 ativo, 14-OH-claritromicina foram aumentadas.
Devido este metabólito78 ter atividade reduzida contra o Mycobacterium avium complex (MAC), a atividade em geral contra este patógeno pode estar alterada; portanto, para o tratamento do MAC, alternativas à claritromicina devem ser consideradas pelo seu médico.
Fluconazol: Não é necessário ajuste da dose de claritromicina.
Ritonavir: Não é necessária a diminuição da dose em pacientes com função normal dos rins23. Entretanto, em pacientes com disfunção dos rins23, ajustes deverão ser considerados pelo seu médico. Doses de claritromicina maiores que 1g/dia não devem ser administradas concomitantemente com ritonavir. Ajustes similares de dose devem ser considerados em pacientes com redução da função dos rins23, quando o ritonavir for utilizado juntamente com outros medicamentos com função semelhante (inibidores da protease79), tais como, atazanavir e saquinavir.
Efeitos da claritromicina na terapia com outros medicamentos
Antiarrítmicos: Há relatos de pós-comercialização de casos de torsades de pointes (tipo de taquicardia15 ventricular), que ocorreram com o uso concomitante de claritromicina e quinidina ou disopiramida. Eletrocardiogramas devem ser monitorados pelo médico durante a coadministração de claritromicina e antiarrítmicos. Os níveis sanguíneos destes medicamentos devem ser monitorados durante a terapia com claritromicina.
Há relatos pós-comercialização de hipoglicemia59 com administração concomitante de claritromicina e disopiramida. Desta forma, os níveis de glicose60 no sangue12 devem ser monitorados durante a administração concomitante de claritromicina e disopramida.
Agentes hipoglicêmicos orais/insulina58: Com certos medicamentos hipoglicêmicos como nateglinida e repaglinida, pode ocorrer hipoglicemia59 quando usados junto com a claritromicina. O monitoramento cuidadoso da glicemia80 é recomendado.
Interações relacionadas à CYP3A4: A coadministração de claritromicina, inibidora da enzima81 CYP3A, e de um fármaco51 metabolizado principalmente pela CYP3A, pode estar associada à elevação da concentração do fármaco51, podendo aumentar ou prolongar os efeitos terapêuticos e adversos do medicamento associado. Ajustes de dose devem ser considerados, e quando possível, as concentrações sanguíneas das drogas metabolizadas pela CYP3A devem ser cuidadosamente monitoradas em pacientes que estejam recebendo claritromicina concomitantemente. As seguintes substâncias são sabidamente ou supostamente metabolizadas pela mesma isoenzima CYP3A. São exemplos, mas não se resumem a: alprazolam, astemizol, carbamazepina, cilostazol, cisaprida, ciclosporina, disopramida, alcaloides do ergot, lovastatina, metilprednisolona, midazolam, omeprazol, anticoagulantes61 orais (ex: varfarina), antipsicóticos atípicos (ex: quetiapina), pimozida, quinidina, rifabutina, sildenafila, sinvastatina, tacrolimus, terfenadina, triazolam e vimblastina. Substâncias que interagem por mecanismos semelhantes através de outras isoenzimas dentro do sistema citocromo P450 incluem a fenitoína, teofilina e valproato.
Omeprazol: As concentrações sanguíneas de omeprazol aumentaram com a administração concomitante de claritromicina.
Sildenafila, tadalafila e vardenafila: Uma redução na dose de sildenafila, vardenafila ou tadalafila deve ser considerada quando estas são administradas concomitantemente com claritromicina.
Teofilina, carbamazepina: Existe um aumento discreto, mas significativo, nos níveis de teofilina ou de carbamazepina quando algum desses medicamentos é administrado concomitantemente com a claritromicina.
Tolterodina: Uma redução na dose de tolterodina pode ser necessária na presença de inibidores de CYP3A, assim como a redução nas doses de claritromicina em populações com deficiência no metabolismo69 da CYP2D6.
Benzodiazepínicos (ex. alprazolam, midazolam, triazolam): Quando midazolam é coadministrado via oral ou intravenosa com claritromicina comprimidos, há um aumento nas concentrações de midazolam intravenoso. Se midazolam por via intravenosa for administrado concomitantemente com claritromicina, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado para permitir um ajuste de dose adequado. A administração de midazolam via bucal, que ultrapasse a eliminação pré-sistêmica da droga provavelmente resultará em uma interação semelhante à observada após a administração de midazolam intravenoso, ao invés de midazolam oral. As mesmas precauções devem ser tomadas para outros benzodiazepínicos, incluindo triazolam e alprazolam. Para benzodiazepínicos, cuja eliminação não depende da CYP3A (temazepam, nitrazepam, lorazepam), a ocorrência de interação medicamentosa é improvável. Há relatos pós- comercialização de interações medicamentosas e de efeitos no sistema nervoso central71 (ex: sonolência e confusão) devido ao uso concomitante de claritromicina e triazolam.
Outras interações medicamentosas
Colchicina: Quando a claritromicina e a colchicina são administradas concomitantemente, pode levar a um aumento da exposição à colchicina. O uso concomitante de claritromicina e colchicina é contraindicado.
Digoxina: Quando claritromicina e digoxina são administradas concomitantemente, pode haver um aumento da exposição à digoxina. Alguns pacientes apresentaram fortes sinais29 de intoxicação por digoxina, incluindo arritmias14 potencialmente fatais. As concentrações sanguíneas de digoxina devem ser atentamente monitoradas pelo médico quando pacientes estão recebendo digoxina e claritromicina simultaneamente.
Zidovudina: A administração simultânea de comprimidos de claritromicina e zidovudina a pacientes adultos infectados pelo HIV82 pode resultar na diminuição das concentrações de zidovudina. Devido a aparente interferência da claritromicina com a absorção de zidovudina, quando estes medicamentos são administrados simultaneamente por via oral, esta interação pode ser amplamente evitada através de um intervalo de 4 horas entre as doses dos medicamentos. Esta interação não parece ocorrer em crianças infectadas pelo HIV82, tratadas concomitantemente com claritromicina suspensão e zidovudina ou dideoxiinosina. É improvável que esta interação ocorra quando a claritromicina é administrada por via intravenosa (na veia).
Fenitoína e valproato: É recomendada a determinação dos níveis sanguíneos destes medicamentos, pois foi relatado aumento nestes níveis.
Interações medicamentosas bidirecionais
Atazanavir: Pacientes com função renal83 normal não necessitam reduzir a dose desta medicação. Para pacientes84 com função renal83 moderada (depuração de creatinina85 entre 30 e 60 mL/min), a dose de claritromicina deverá ser reduzida pela metade pelo médico. Para pacientes84 com depuração da creatinina85 <30 mL/min, a dose de claritromicina deve ser reduzida em 75% e utilizada uma formulação adequada. Doses de claritromicina superiores a 1000 mg por dia não devem ser administradas concomitantemente com inibidores de protease.
Bloqueadores de canais de cálcio: Deve-se ter precaução ao administrar concomitantemente claritromicina com bloqueadores de canais de cálcio metabolizados por CYP3A4 (ex. verapamil, anlodipino, diltiazem) devido ao risco de hipotensão86 (pressão arterial87 baixa). As concentrações no sangue12 de claritromicina e dos bloqueadores de canais de cálcio podem aumentar devido à interação. Pressão arterial87 baixa (hipotensão86), alterações da frequência e/ou ritmo do coração19 (bradiarritmia) e acidose88 lática89 tem sido observadas em pacientes tomando claritromicina e verapamil juntos.
Itraconazol: A claritromicina pode levar ao aumento nos níveis sanguíneos de itraconazol, enquanto o itraconazol pode aumentar os níveis sanguíneos da claritromicina. Pacientes utilizando concomitantemente itraconazol e claritromicina devem ser monitorados cuidadosamente pelo médico quanto a sinais29 ou sintomas30 de aumento ou prolongamento dos efeitos farmacológicos.
Saquinavir: Não é necessário ajuste de dose quando os dois medicamentos são coadministrados por um período limitado de tempo. Quando saquinavir é coadministrado com ritonavir, recomenda-se atenção para os potenciais efeitos do ritonavir na terapia com claritromicina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde90.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Após reconstituição em água estéril, manter em temperatura de 5º C por até 48 horas ou manter a temperatura de 25º C por até 24 horas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
A claritromicina é um pó liofilizado1 branco a quase branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento só pode ser administrado por um profissional da saúde90. Ele saberá como administrá-lo através de informações contidas na bula para o profissional de saúde90.
Posologia
A dose recomendada de claritromicina, para adultos acima de 18 anos, é 1 grama91 ao dia, dividido em duas doses iguais, infundidas gota92 a gota92 através de solução IV, durante pelo menos 60 minutos, após prévia diluição com água estéril para injeção93.
A dose diária máxima do medicamento é de 1 g.
A claritromicina não deve ser administrada em bolus94 ou por via intramuscular. Administrar somente por via intravenosa (na veia).
Pacientes pediátricos: Até o momento, não há dados que suportem o uso de claritromicina em pacientes com idade abaixo de 18 anos.
Pacientes com infecção36 micobacteriana: Embora não haja informações sobre o uso de claritromicina IV em pacientes imunocomprometidos, há estudos sobre o uso de claritromicina oral em pacientes com HIV82. O tratamento indicado para adultos com infecções2 disseminadas ou localizadas (M. avium, M. intracellulare, M. chelonae, M. fortuitum, M. kansasii) requer doses de 1000 mg/dia, divididas em 2 doses.
A terapia por via intravenosa deve ser limitada a 2-5 dias para doentes graves e deve ser modificada para terapia oral tão logo seja possível, segundo julgamento médico.
Pacientes com insuficiência renal22 (dos rins23): Em pacientes com função renal83 comprometida, com depuração da creatinina85 inferior a 30 mL/min, a dose deve ser reduzida à metade da dose normal recomendada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento só pode ser administrado por um profissional da saúde90.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião- dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações adversas mais comuns e frequentes relacionadas à terapia com claritromicina tanto na população adulta quanto pediátrica são: náuseas95, vômito96, dor abdominal, diarreia35 e paladar97 alterado. Estas reações adversas, geralmente, são de intensidade leve.
Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Ligadas ao local de administração: Inflamação73 da veia no local da injeção93.
Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios psiquiátricos: Insônia.
- Distúrbios de sistema nervoso98: Disgeusia (salteração no paladar97), cefaleia99 (dor de cabeça100).
- Distúrbios vasculares101: Vasodilatação.
- Distúrbios gastrointestinais: Diarreia35, vômitos102, dispepsia103 (indigestão), náusea104, dor abdominal.
- Distúrbios hepatobiliares105 (relacionados ao fígado21): Teste de função hepática106 anormal.
- Distúrbios de pele6 e tecidos subcutâneos: Rash107 (erupção50 cutânea45), hiperidrose108 (suor excessivo).
- Ligadas ao local de administração: Dor e inflamação73 no local da injeção93.
Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Infecções2 e infestações: Celulite7, candidíase109, infecção36 vaginal.
- Sistema sanguíneo e linfático110: Leucopenia111 (diminuição de leucócitos112).
- Distúrbios do sistema imunológico113: Reação anafilactoide114 (alergia10 severa), hipersensibilidade (alergia10).
- Distúrbios nutricionais e do metabolismo69: Anorexia32, diminuição de apetite.
- Distúrbios psiquiátricos: Ansiedade.
- Distúrbios de sistema nervoso98: Perda de consciência, discinesia (movimentos repetitivos involuntários), tontura67, sonolência e tremor.
- Distúrbios do ouvido e labirinto115: Vertigem68, deficiência auditiva, tinido (zumbido).
- Distúrbios cardíacos: Parada cardíaca, fibrilação atrial (ritmo anormal do coração19), eletrocardiograma13 QT prolongado, extrassístole (tipo de arritmia18 cardíaca), palpitações116.
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: Asma117 e embolia118 pulmonar (bloqueio de artéria119 no pulmão120).
- Distúrbios gastrointestinais: Esofagite121 (inflamação73 do esôfago122), gastrite123, estomatite124 (inflamação73 da boca40 ou gengivas), glossite125 (inflamação73 na língua126), constipação127, boca40 seca, eructação128, flatulência.
- Distúrbios hepatobiliares105 (relacionados ao fígado21): Aumento de enzimas do fígado21, tais como, alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase.
- Distúrbios de pele6 e tecidos subcutâneos: Dermatite129 bolhosa (inflamação73 sob a forma de bolhas), prurido130 (coceira) e urticária131.
- Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo132: Rigidez musculoesquelética.
- Distúrbios renais e urinários: Aumento na creatinina85 e ureia133 sanguínea.
- Distúrbios gerais: Astenia134 (perda de força).
- Investigacionais: Relação albumina135 globulina136 anormal.
- Reações de frequência desconhecida (reações adversas de experiências pós-comercialização, as quais não podem ser estimadas de acordo com os dados disponíveis):
- Infecções2 e infestações: Colite37 pseudomembranosa (inflamação73 do intestino grosso137), erisipela8.
- Sistema sanguíneo e linfático110: Agranulocitose138 (diminuição de granulócitos139), trombocitopenia140 (diminuição de plaquetas141).
- Distúrbios do sistema imunológico113: Reação anafilática142 (hipersensibilidade aguda), angioedema143 (inchaço144 das camadas mais profundas da pele6).
- Distúrbios psiquiátricos: Transtorno psicótico, estado de confusão, despersonalização, depressão, desorientação, alucinações145, sonhos anormais e mania.
- Distúrbios de sistema nervoso98: Convulsão146, ageusia (perda total de gustação), parosmia (distorções no sistema olfativo), anosmia (perda total do olfato) e parestesia147 (sensações anormais do corpo, tais como, dormência148, formigamento).
- Distúrbios do ouvido e labirinto115: Surdez.
- Distúrbios cardíacos: Torsades de pointes (tipo de taquicardia15), taquicardia15 ventricular.
- Distúrbios vasculares101: Hemorragia62.
- Distúrbios gastrintestinais: Pancreatite149 aguda, descoloração da língua126 e dos dentes.
- Distúrbios hepatobiliares105 (relacionados ao fígado21): Disfunção hepática106, icterícia33 hepatocelular.
- Distúrbios de pele6 e tecidos subcutâneos: reação adversa cutânea45 severa (SCAR) (por exemplo, pustulose generalizada exantemática aguda – PGEA), Síndrome de Stevens-Johnson46, necrólise epidérmica tóxica48, erupção50 cutânea45 associada ao fármaco51 com eosinofilia52 e sintomas30 sistêmicos53 (Síndrome49 DRESS), acne150.
- Distúrbios músculoesqueléticos e de tecidos conectivos: Miopatia24 (doença muscular).
- Distúrbios renais e urinários: Disfunção renal83, nefrite151 intersticial152 (inflamação73 e inchaço144 do tecido153 intersticial152 dos rins23).
- Investigacionais: Exames de coagulação63 (Índice Internacional Normalizado aumentado (do inglês, International Normalized Ratio – INR), tempo de protrombina64 prolongado)), cor de urina34 anormal.
Pacientes imunocomprometidos
Em pacientes com AIDS (Síndrome49 da Imunodeficiência154 Adquirida) ou outros pacientes imunocomprometidos tratados com doses mais elevadas de claritromicina durante períodos prolongados para infecções2 por micobactérias, é frequentemente difícil distinguir os eventos adversos possivelmente associados com a administração de claritromicina dos sinais29 da doença subjacente do HIV82 ou de uma doença intercorrente.
Em pacientes adultos, os eventos adversos relatados por pacientes tratados com dose total diária de 1000 mg de claritromicina foram: náuseas95, vômitos102, alteração do paladar97, dor abdominal, diarreia35, eritema47 (vermelhidão), flatulência, cefaleia99 (dor de cabeça100), constipação127 (prisão de ventre), alterações da audição e elevações das transaminases (enzimas). Eventos adicionais de baixa frequência incluíram: dispneia155 (falta de ar), insônia e boca40 seca.
Nesses pacientes imunocomprometidos, a avaliação dos exames laboratoriais foi feita analisando-se os valores muito anormais (isto é, extremamente elevados ou abaixo do limite) para os testes especificados. Com base nesse critério, cerca de 2 a 3% dos pacientes que receberam 1000 mg de claritromicina/dia apresentaram níveis intensamente anormais de transaminases (enzimas) e contagem anormalmente baixa de plaquetas141 e leucócitos112 (glóbulos brancos). Uma porcentagem menor de pacientes também apresentou níveis elevados de ureia133 nitrogenada no sangue12 (BUN).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sintomas30: A ingestão de grandes quantidades de claritromicina pode produzir sintomas30 gastrointestinais.
Tratamento: A superdose deve ser tratada com a imediata eliminação do produto não absorvido e com medidas de suporte. Da mesma forma que com outros macrolídeos, não há evidências de que os níveis sanguíneos da claritromicina sejam afetados por hemodiálise156 ou diálise peritoneal157.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS: 1.3764.0107
Farm. Resp.: Dra. Viviane L. Santiago Ferreira CRF-ES nº 5139
Fabricado por:
Mylan Laboratories Limited (Specialty Formulation Facility)
19A, Plot N° 284 B/1, Bommasandra Jigani Link Road, Industrial Area, Anekal Taluk
Bangalore – Índia
Importado por:
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Av. Acesso Rodoviário, Módulo 01, Quadra 09, TIMS – Serra – ES.
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