Sulfato de Gentamicina (Injetável 10 mg) (Bula do profissional de saúde)
GEYER
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
sulfato de gentamicina
Injetável 10 mg
Medicamento Genérico Lei n° 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Ampola com 1 mL
USO INTRAMUSCULAR, INTRAVENOSO, SUBCONJUNTIVAL, SUBCAPSULAR (cápsula de Tenon), NEBULIZAÇÃO1 OU INSTILAÇÃO INTRATRAQUEAL DIRETA
USO PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL contém:
gentamicina base | 10 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
O sulfato de gentamicina Injetável é indicada para o tratamento de infecções3 causadas por cepas4 de bactérias sensíveis dos seguintes microorganismos: Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp. (indol-positivo e indol-negativo), Escherichia coli, Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-negativo) e Neisseria gonorrhoeae.
Os estudos clínicos demonstraram a eficácia de sulfato de gentamicina Injetável em:
- septicemia5, bacteremia6 (incluindo sepse7 neonatal),
- infecções3 graves do Sistema Nervoso Central8 (SNC9) (incluindo meningite10),
- infecção11 nos rins12 e trato genitourinário (incluindo infecções3 pélvicas13),
- infecções3 respiratórias,
- infecções3 gastrintestinais,
- infecções3 na pele14, ossos ou tecidos moles (incluindo queimaduras e feridas infectadas),
- infecções3 intra-abdominais (incluindo peritonite15),
- infecções3 oculares.
Em infecção11 por gram-negativo presumida ou comprovada, sulfato de gentamicina Injetável pode ser considerada no tratamento inicial. Se houver suspeita de infecções3 por gram-negativos, a decisão de continuar o tratamento com sulfato de gentamicina Injetável deve ser baseada nos resultados do teste de sensibilidade, na resposta clínica do paciente e, também, na tolerância ao medicamento.
Em infecções3 graves, quando os microorganismos são desconhecidos, deve-se administrar sulfato de gentamicina Injetável como terapia inicial em associação com penicilina ou cefalosporina antes de obter o resultado do teste de sensibilidade. Se houver suspeita da presença de microorganismos anaeróbicos, deve-se associar à sulfato de gentamicina Injetável um tratamento antimicrobiano adequado ou continuar o tratamento com outro antibiótico apropriado.
Devem-se realizar testes bacteriológicos para identificar o microorganismo causador e para determinar a sensibilidade à gentamicina.
A decisão de continuar o tratamento com sulfato de gentamicina Injetável deve ser baseada nos resultados dos testes de sensibilidade, resposta clínica do paciente e também na tolerância ao medicamento. Se os testes de suscetibilidade indicarem que o microorganismo causador é resistente à gentamicina e a resposta do paciente não for favorável, outro antibiótico apropriado deve ser indicado.
O sulfato de gentamicina Injetável tem sido utilizada eficazmente no tratamento de infecções3 muito graves causadas por P. aeruginosa, em associação com carbenicilina ou ticarcilina. Também se tem mostrado eficaz quando usada em associação com um antibiótico do tipo penicilina, no tratamento da endocardite16 causada por Streptococcus do grupo D. No recém-nascido com sepse7 presumida ou pneumonia17 estafilocócica, tem-se indicado o uso concomitante de sulfato de gentamicina Injetável com um antibiótico do tipo penicilina. O sulfato de gentamicina Injetável tem-se mostrado eficaz no tratamento de infecção11 grave por Staphylococcus. Consequentemente, sulfato de gentamicina Injetável deve ser considerada quando penicilinas ou outros antibióticos com potencial menos tóxico forem contra-indicadas e os testes de susceptibilidade18 bacteriana e a avaliação clínica indicarem seu uso. Pode ser também considerado nas infecções3 conjuntas causadas por cepas4 susceptíveis de Staphylococcus e aeróbios gram-negativos.
No período pré-operatório, pode-se iniciar a administração de sulfato de gentamicina Injetável antes da cirurgia e continuar o uso no pós-operatório para o tratamento de infecções3 presumidas ou confirmadas devido a microorganismos sensíveis. Estes usos devem ser considerados particularmente na presença do fator de aumento de risco de infecção11 pós-operatória tais como cirurgia em órgãos infectados (colecistite19, prostatite20, trato genitourinário); na presença de líquidos corporais contaminados ou infectados ou corpos estranhos (colangite, colelitíase21, infecção11 urinária, urolitíase, ferida penetrante); ruptura ou perfuração da cavidade dos órgãos; e provável contaminação bacteriana durante a cirurgia. O sulfato de gentamicina Injetável deve ser administrada concomitantemente com outro(s) antibiótico(s) apropriados contra o patógeno provável.
A administração subconjuntival de gentamicina é recomendada para o tratamento da endoftalmite causada por cepas4 bacterianas sensíveis. É também utilizada como profilática em pacientes que irão submeter-se à cirurgia intraocular, principalmente se as culturas identificarem gram-negativos.
O sulfato de gentamicina Injetável pode, igualmente, ser administrada por injeção22 intratraqueal direta ou por nebulização1, como coadjuvante23 da terapia sistêmica no tratamento de infecções3 pulmonares graves.
O sulfato de gentamicina intratecal é indicada como coadjuvante23 da terapia sistêmica no tratamento de infecções3 do sistema nervoso central8, tais como meningite10 e ventriculite causada por microorganismos gram-negativos.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Os dados da ampla literatura disponível sobre o emprego terapêutico da sulfato de gentamicina Injetável contendo sulfato de gentamicina, mostram que esse aminoglicosídeo de uso consagrado apresenta índices de eficácia elevados nas diferentes indicações e usos terapêuticos, quando administrado por via intramuscular, intravenosa, subconjuntival, subcapsular (cápsula de Tenon), nebulização1 ou instilação intratraqueal direta. Assim, na literatura, estão documentados resultados favoráveis com o emprego da gentamicina no tratamento de septicemia5, bacteremia6 (incluindo sepse7 neonatal), infecções3 graves do sistema nervoso24 (incluindo meningite10), infecção11 nos rins12 e trato genitourinário (incluindo infecções3 pélvicas13), infecções3 respiratórias, infecções3 gastrintestinais, infecções3 na pele14, ossos ou tecidos moles (incluindo queimaduras e feridas infectadas), infecções3 intra-abdominais (incluindo peritonite15) e infecções3 oculares.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O sulfato de gentamicina Injetável é uma solução aquosa estéril para administração parenteral, contendo o antibiótico aminoglicosídeo gentamicina sob a forma de sulfato.
Testes in vitro demonstraram que a gentamicina é um antibiótico aminoglicosídeo bactericida que atua inibindo a síntese proteica bacteriana em microorganismos sensíveis. É ativa contra ampla variedade de bactérias patogênicas, gram-negativas e gram-positivas, incluindo: Escherichia coli, Proteus sp. (indol-positivo e indol-negativo), incluindo Proteus mirabilis, P. morganii e P.vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, espécies do grupo Klebsiella-Enterobacter-Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp. incluindo Providencia rettger, Staphylococcus sp. (coagulase-positivo e coagulase-negativo), Neisseria gonorrhoeae, Salmonella e Shigella. A gentamicina pode ser ativa contra isolados clínicos de bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos.
Estudos in vitro demonstraram que um aminoglicosídeo, combinado com um antibiótico que interfere na síntese da parede celular, pode agir sinergicamente contra algumas cepas4 estreptocócicas do grupo D. A associação de gentamicina e penicilina G resulta em um efeito bactericida sinérgico contra quase todas as cepas4 de Streptococcus faecalis e suas variedades (S. faecalis var. liquefaciens, S. faecalis var. zymogenes) S. faecium e S. durans. Também foi demonstrado in vitro maior efeito bactericida contra as cepas4 desses patógenos com a associação de gentamicina e ampicilina, carbenicilina, nafcilina e oxacilina.
O efeito combinado da gentamicina e carbenicilina é sinérgico para muitas cepas4 de Pseudomonas aeruginosa. Foi demonstrado, também, o sinergismo in vitro contra outros microorganismos gram-negativos com associações de gentamicina e cefalosporinas.
A gentamicina pode ser ativa contra cepas4 de bactérias resistentes a outros aminoglicosídeos. A resistência bacteriana à gentamicina desenvolve-se lentamente.
Teste de sensibilidade
De acordo com o método descrito, um disco de 10 mcg de gentamicina deve produzir uma zona de inibição de 13 mm ou mais, para indicar a sensibilidade do microorganismo. Uma zona de 12 mm ou menos indica que o organismo infectante provavelmente seja resistente. Em certas condições, pode ser desejável fazer um teste de sensibilidade adicional pelo método do tubo ou diluição de Agar.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade ou reações tóxicas graves em tratamentos ante riores com gentamicina ou outros aminoglicosídeos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Os pacientes tratados com aminoglicosídeos deverão estar sob observação clínica devido à possível toxicidade28 associada com o seu uso.
Pacientes que receberam acima de 7–10 dias de sulfato de gentamicina Injetável para o tratamento de infecções3 graves, ou que foram tratados com doses maiores que a recomendada de acordo com a idade, peso, ou função renal29 estimada, devem ter avaliação da função renal29 e dos eletrólitos30 séricos antes do início do tratamento e periodicamente durante a terapia.
Como com outros aminoglicosídeos, sulfato de gentamicina Injetável é potencialmente nefrotóxica. O risco de nefrotoxicidade31 é maior em pacientes com a função renal29 comprometida e que recebem alta dose ou tratamento prolongado.
Adicionalmente, ototoxicidade32, vestibular33 e auditiva, pode ocorrer em pacientes tratados com sulfato de gentamicina Injetável, primeiramente em pacientes com dano renal29 preexistente e em pacientes com a função renal29 normal, tratados com altas doses e/ou por períodos maiores do que os recomendados.
Recomenda-se vigilância das funções renal29 e do oitavo par craniano durante o tratamento, principalmente em pacientes com insuficiência renal34 suspeita ou conhecida. Na urina35, deve-se pesquisar se há diminuição da gravidade específica, aumento da excreção de proteína e presença de células36 ou cilindros. Os níveis séricos de nitrogênio e ureia37 (BUN), a creatinina38 sérica, ou a depuração de creatinina38 deverão ser determinados periodicamente. Quando possível audiogramas em série são recomendados, principalmente em pacientes de alto-risco. Os sinais39 de ototoxicidade32 (tontura40, vertigens41, ataxia42, zumbidos, ruídos no ouvido e diminuição da audição), ou de nefrotoxicidade31, requerem modificação de dose ou suspensão do antibiótico. Como com outros aminoglicosídeos, em raros casos, as alterações nas funções renal29 e do oitavo par craniano não se manifestam até o término do tratamento.
As concentrações séricas de aminoglicosídeos deverão ser monitoradas, quando possível, para assegurar níveis adequados e evitar níveis potencialmente tóxicos. Ajustar a dose a fim de evitar concentrações máximas acima de 12 mcg/mL e concentrações mínimas acima de 2 mcg/mL. Pico excessivo e/ou concentrações séricas de aminoglicosídeos podem aumentar o risco de toxicidade28 renal29 e do oitavo par craniano.
Em pacientes com queimaduras extensas, a farmacocinética alterada pode resultar em diminuição das concentrações séricas dos aminoglicosídeos. Nesses pacientes tratados com gentamicina, deverão ser determinadas as concentrações séricas como base para o ajuste da dose. Antibióticos aminoglicosídeos devem ser usados com precaução em pacientes que apresentam distúrbios neuromusculares, como miastenia43 gravis, parkinsonismo ou botulismo44 infantil, uma vez que, teoricamente, esses agentes podem agravar a debilidade muscular devido aos seus potentes efeitos do tipo curare45 sobre a junção neuromuscular46.
Há relatos de casos de uma síndrome47 similar à Síndrome47 de Fanconi, com acidose metabólica48 e aminoacidúria, em alguns adultos e lactentes49 tratados com a gentamicina.
Alergia50 cruzada entre aminoglicosídeos foi demonstrada.
Os pacientes devem estar bem hidratados durante o tratamento.
Os antibióticos neurotóxicos e nefrotóxicos podem ser absorvidos em quantidades significativas da superfície do corpo após irrigação ou aplicação local. O efeito tóxico potencial de antibióticos administrados dessa maneira deve ser considerado.
O tratamento com a gentamicina pode resultar na proliferação de germes não sensíveis. Caso isso ocorra, iniciar o tratamento apropriado.
A quantidade de gentamicina administrada nas inalações pode variar de acordo com o tipo de equipamento utilizado e as condições sob as quais se opera. O emprego de um aminoglicosídeo por via inalatória e sistêmica, concomitantemente, pode resultar em concentrações séricas mais altas, especialmente quando se emprega a via intratraqueal direta.
O sulfato de gentamicina Injetável contém bissulfito de sódio, composto que pode causar reações alérgicas, inclusive anafiláticas, que ameaçam a vida, ou crises de asma51 de menor gravidade em pacientes susceptíveis. A sensibilidade ao sulfito é observada mais frequentemente em pacientes asmáticos.
Síndrome de Stevens-Johnson52 e necrose53 epidérmica tóxica foram muito raramente relatadas com o uso de aminoglicosídeos, incluindo a gentamicina.
Gravidez54 e Lactação55
Categoria D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez54.
Os antibióticos aminoglicosídicos atravessam a placenta e podem prejudicar o feto56 quando administrados em mulheres grávidas. Foi relatada irreversibilidade total de surdez congênita57 bilateral em crianças cujas mães receberam aminoglicosídeos, incluindo gentamicina, durante a gravidez54.
Se a gentamicina for usada durante a gravidez54, ou se a paciente engravidar durante o tratamento com gentamicina, ela deve estar consciente do perigo para o feto56.
Em mulheres que estão amamentando, a gentamicina é excretada no leite materno em mínimas quantidades. Ante a possibilidade de reações adversas graves em lactentes49, associadas à administração de aminoglicosídeos, deve-se considerar a interrupção do aleitamento ou do tratamento, tendo em vista a importância do fármaco58 para o benefício da mãe.
Pacientes Geriátricos
Os pacientes idosos podem apresentar redução da função renal29, que pode não ser evidente nos resultados dos exames de rotina, tais como níveis séricos de nitrogênio ou creatinina38 sérica. A determinação da depuração de creatinina38 pode ser mais útil. O monitoramento da função renal29 durante o tratamento com a gentamicina, assim como com outros aminoglicosídeos, é particularmente importante nesses pacientes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Como com outros aminoglicosídeos, o uso concomitante e/ou sequencial, tópico25 ou sistêmico59 de outros antibióticos potencialmente nefrotóxicos e/ou neurotóxicos deve ser evitado. O uso concomitante de sulfato de gentamicina Injetável com outras drogas que são possivelmente nefrotóxicas, aumenta o risco de nefrotoxicidade31. Essas drogas incluem aminoglicosídeos, vancomicina, polimixina B, colistina, organoplatínicos, alta dose de metotrexato, ifosfamida, pentamidina, foscarnet, algumas drogas antivirais (aciclovir60, ganciclovir, adefovir, cidofovir tenovir) anfotericina B, imunossupressores como ciclosporina, ou tacrolimo e produtos de contraste de iodo. Se a combinação a ser usada for necessária, a função renal29 deve ser rigorosamente monitorada por exames laboratoriais apropriados.
O uso concomitante de gentamicina com potentes diuréticos61, como ácido etacrínico ou furosemida, deve ser evitado, já que esses diuréticos61 por si só podem causar ototoxicidade32. Além disso, quando administrados por via intravenosa, os diuréticos61 podem aumentar a toxicidade28 dos aminoglicosídeos, porque alteram sua concentração no soro62 e tecidos.
Foi relatado aumento de nefrotoxicidade31 após administração concomitante de antibióticos aminoglicosídeos e algumas cefalosporinas.
Foram relatados bloqueio neuromuscular e parada respiratória em gatos tratados com altas doses de gentamicina (40 mg). Os antibióticos neurotóxicos e nefrotóxicos podem ser absorvidos em quantidades significativas da superfície do corpo após irrigação ou aplicação local. O efeito tóxico potencial de antibióticos administrados neste uso deve ser considerado.
A possibilidade desse fenômeno ocorrer em humanos deve ser considerada se a gentamicina for administrada por qualquer via em pacientes recebendo bloqueadores neuromusculares, tais como succinilcolina, tubocurarina ou decametônio; anestésicos ou transfusões maciças de sangue63 anticoagulado por citrato. Se ocorrer o bloqueio neuromuscular, sais de cálcio podem reverter esse fenômeno.
A associação in vitro de aminoglicosídeos com antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) pode resultar em uma inativação mútua significativa. Mesmo quando um aminoglicosídeo e uma penicilina são administrados separadamente por diferentes vias de administração, foi relatada redução na meia-vida plasmática ou dos níveis séricos do aminoglicosídeo em pacientes com disfunção renal29 e em alguns pacientes com a função renal29 normal. Foi relatada redução na meia-vida plasmática da gentamicina em pacientes com insuficiência renal34 grave que receberam carbenicilina concomitantemente com a gentamicina. Geralmente, tal inativação do aminoglicosídeo é clinicamente significativa somente em pacientes com a função renal29 seriamente prejudicada.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar sulfato de gentamicina Injetável em locais com temperatura entre 15 e 30°C. Proteger da luz. O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, este medicamento deve ser utilizado imediatamente.
Características físicas e organolépticas do produto
O sulfato de gentamicina Injetável é um líquido incolor a levemente amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
POSOLOGIA
Administração intramuscular
Pacientes com a função renal29 normal
- Prematuros ou recém-nascidos a termo, com uma semana de vida ou menos: 5 a 6 mg/kg/dia (2,5 a 3,0 mg/kg, administrados a cada 12 horas).
- Lactentes49 e recém-nascidos com mais de uma semana: 7,5 mg/kg/dia (2,5 mg/kg, administrados a cada 8 horas).
- Crianças: 6 a 7,5 mg/kg/dia (2,0 a 2,5 mg/kg, administrados a cada 8 horas).
Em pacientes com mais de 20 kg ou em condições pediátricas que requerem uma dose única maior do que 20 mg/kg, sulfato de gentamicina Injetável 40 mg/mL pode ser usada convenientemente.
Pacientes com insuficiência renal34
A dosagem deve ser ajustada em pacientes com insuficiência renal34. Sempre que possível, as concentrações séricas da gentamicina devem ser monitoradas. Os esquemas posológicos não se constituem em recomendações rígidas, mas são fornecidos para auxiliar na estimativa da dose, quando não é possível obter as concentrações séricas da gentamicina. Um método utilizado para o ajuste da dose consiste em aumentar o intervalo entre a administração das doses habituais. Como a concentração sérica de creatinina38 possui grande correlação com a meia-vida sérica da gentamicina, esse teste laboratorial poderá servir de parâmetro para o ajuste do intervalo entre as doses. Em adultos, o intervalo entre as doses (em horas) deverá ser calculado multiplicando-se o nível de creatinina38 sérica (mg/100 mL) por 8. Por exemplo, um paciente pesando 60 kg com um nível de creatinina38 sérica de 2 mg/100 mL podem ser administrados 60 mg (1 mg/kg) a cada 16 horas (2 mg/100 mL x 8). Essas orientações podem ser consideradas para o tratamento de lactentes49 e crianças com insuficiência renal34 grave.
Em pacientes com infecção11 sistêmica grave e insuficiência renal34, é aconselhável a administração do antibiótico com mais frequência, mas em doses menores. Nesses indivíduos, devem-se determinar as concentrações séricas de gentamicina para se obter concentrações adequadas, mas não excessivas. Durante o tratamento, a concentração sérica deverá ser medida intermitentemente para que se obtenha uma orientação para o ajuste da dose. Após a dose inicial usual, pode-se fazer um cálculo64 aproximado para se determinar a dose reduzida, que deverá ser administrada em intervalos de 8 horas, dividindo-se a dose normalmente recomendada pelo nível de creatinina38 no soro62 (Tabela 1). Por exemplo, uma criança pesando 10 kg, com um nível de creatinina38 sérica de 2 mg/100 mL, que receberia normalmente uma dose inicial de 20 mg (2 mg/kg), pode-se administrar então 10 mg a cada 8 horas (20 dividido por 2). Deve-se notar que o status da função renal29 pode ser alterado durante o curso do processo infeccioso.
É importante reconhecer que com a deterioração da função renal29 pode-se necessitar de uma redução maior na dose do que o especificado nas orientações para pacientes65 com a função renal29 alterada estável.
Guia para ajuste de dose para pacientes65 com insuficiência renal34
Creatinina38 sérica (mg/100 mL) |
Depuração de creatinina38 (mL/min/1,73 m2) |
Porcentagem da dose habitual |
≤ 1,0 |
≥ 100 |
100 |
1,1–1,3 |
70–100 |
80 |
1,4–1,6 |
55–70 |
65 |
1,7–1,9 |
45–55 |
55 |
2,0–2,2 |
40–45 |
50 |
2,3–2,5 |
35–40 |
40 |
2,6–3,0 |
30–35 |
35 |
3,1–3,5 |
25–30 |
30 |
3,6–4,0 |
20–25 |
25 |
4,1–5,1 |
15–20 |
20 |
5,2–6,6 |
10–15 |
15 |
6,7–8,0 |
< 10 |
10 |
Em pacientes com insuficiência renal34 submetidos à hemodiálise66, a quantidade de gentamicina removida do sangue63 pode variar dependendo de diversos fatores, inclusive do método de diálise67 empregado. Uma hemodiálise66 de 6 horas pode reduzir as concentrações séricas de gentamicina em aproximadamente 50%. Sessão de diálise67 mais curta removerá menos droga. Em crianças, a dose recomendada ao final de cada período de diálise67 é de 2,0 a 2,5 mg/kg, dependendo da gravidade da infecção11. Os aminoglicosídeos também podem ser removidos por diálise peritoneal68, mas em menor proporção do que pela hemodiálise66.
Administração intravenosa
A administração intravenosa será recomendada na septicemia5, choque69 e circunstâncias em que a via intramuscular não for praticável. Pode, também, ser a via de administração preferida para alguns pacientes com insuficiência cardíaca congestiva70, distúrbios hematológicos, queimaduras graves ou para os pacientes com massa muscular reduzida.
Para a administração intravenosa em adultos, uma dose única de sulfato de gentamicina Injetável pode ser diluída em 50 a 200 mL de solução salina isotônica71 estéril ou em solução estéril de dextrose72 em água a 5%; para lactentes49 e crianças, o volume de diluente deve ser menor. A solução pode ser infundida por um período de meia hora a duas horas.
Em certas circunstâncias, a dose única de sulfato de gentamicina Injetável pode ser administrada diretamente na veia ou no equipo, lentamente, por um período de 2 a 3 minutos.
Administração subconjuntival e subcapsular (cápsula de Tenon)
Clinicamente, sulfato de gentamicina Injetável pode ser utilizada por via subconjuntival com segurança nas infecções3 bacterianas oculares profundas e graves causadas por microorganismos sensíveis. Também, pode ser usada eficazmente em associação com penicilina antes e depois de cirurgias oculares, sempre que houver presença ou suspeita de infecção11 bacteriana.
Tais administrações devem ser feitas exclusivamente por profissionais treinados. A dose usual varia de 10 a 20 mg, dependendo da gravidade do caso. O sulfato de gentamicina Injetável 40 mg/mL deve ser usada devido ao volume necessário para a administração destas doses. A dose apropriada deve ser administrada com uma seringa73 tuberculínica (de 1 mL) e agulha de calibre 27–30, em condições assépticas, por via subconjuntival ou dentro da cápsula de Tenon, após a instilação de um anestésico tópico25. A dose pode ser repetida 24 horas depois, se necessário.
Terapia inalatória
A terapia inalatória é adjuvante da sistêmica nas infecções3 pulmonares graves por nebulização1 ou instilação intratraqueal. A dose habitual é de 15 a 30 mg a cada 8 a 12 horas, diluída em solução salina fisiológica74 para um volume aproximado de 2 mL.
Terapia concomitante: A dose de sulfato de gentamicina Injetável não deverá ser reduzida quando administrada concomitantemente com outros antibióticos.
Modo de usar
O sulfato de gentamicina Injetável pode ser aplicada por via intravenosa, intramuscular, subconjuntival ou subcapsular (cápsula de Tenon), nebulização1 ou instilação intratraqueal direta. A dose recomendada para administração intramuscular e intravenosa é idêntica.
Antes do tratamento, deve-se determinar o peso corporal do paciente para calcular a dose correta. A dose do aminoglicosídeo em pacientes obesos deverá se basear na massa corporal magra estimada.
O sulfato de gentamicina Injetável não deve ser misturado com outros medicamentos. Aplique-a em separado, de acordo com a via de administração e o esquema posológico recomendados.
Devem-se medir as concentrações séricas máximas e residuais de gentamicina a fim de não ultrapassar as concentrações adequadas.
Com 2 a 3 doses diárias intravenosas ou intramusculares de sulfato de gentamicina Injetável, a concentração máxima medida 30 minutos a uma hora após a administração situa-se na faixa de 4 a 6 mcg/mL. Com a administração de uma dose única diária podem ocorrer, transitoriamente, concentrações máximas altas. Com qualquer esquema, a dosagem deve ser ajustada para se evitar concentrações acima de 12 mcg/mL por períodos prolongados. Também, devem-se evitar níveis séricos residuais acima de 2 mcg/mL, imediatamente antes da próxima dose. A determinação de uma concentração sérica adequada num paciente deve levar em conta a sensibilidade do agente causal, gravidade da infecção11 e o estado imunológico do paciente. Normalmente, a duração do tratamento para todos os pacientes é de 7 a 10 dias. Em infecções3 complicadas, recomenda-se tratamento mais prolongado. Nesses casos, recomenda-se avaliar regularmente as funções renal29, auditiva e vestibular33, uma vez que é mais provável a ocorrência de toxicidade28 com tratamentos acima de 10 dias. As doses devem ser reduzidas quando clinicamente indicado.
REAÇÕES ADVERSAS
Nefrotoxicidade31: Os efeitos nefrotóxicos, como demonstrado pela presença de cilindros, células36 ou proteínas75 na urina35 ou pelo levantamento de BUN, NPN, creatinina38 sérica e oligúria76, têm sido relatados. Estes efeitos ocorrem mais frequentemente em pacientes com antecedentes de insuficiência renal34 e nos tratados durante longos períodos ou com doses mais altas que as recomendadas.
Pacientes idosos e pediátricos podem estar particularmente em risco e é aconselhável observação clinica monitorada. Avaliação periódica da função renal29 e eletrólitos30 séricos é aconselhável para pacientes65 que receberam terapia prolongada (acima de 7 a 10 dias) com sulfato de gentamicina Injetável ou que foram tratados com doses acima da dose recomendada de acordo com idade, peso, ou função renal29 estimada.
Neurotoxicidade: Foram relatados efeitos adversos sobre os ramos vestibular33 e auditivo do oitavo par craniano, principalmente em pacientes com alteração da função renal29 ou nos que fazem uso de altas doses e/ou que se submetem a tratamentos prolongados.
Esses sintomas77 incluem tontura40, vertigem78, tinido, ataxia42, sensação de ruído nos ouvidos e perda de audição. A perda de audição manifesta-se inicialmente pela diminuição da audição aos sons de alta tonalidade, e podem ser irreversíveis. Como com outros aminoglicosídeos, as anormalidades vestibulares79 também podem ser irreversíveis. Outros fatores que podem aumentar o risco de ototoxicidade32 induzida por aminoglicosídeos incluem: desidratação80, administração concomitante com ácido etacrínico ou furosemida, ou exposição prévia a outras drogas ototóxicas. Também foram relatados formigamento na pele14, espasmos81 musculares, convulsões e uma síndrome47 similar à miastenia43 gravis.
Outras reações adversas possivelmente relacionadas à gentamicina incluem: depressão respiratória, letargia82, confusão, depressão, distúrbios visuais, diminuição do apetite, perda de peso, hipotensão83 e hipertensão84; erupções cutâneas85, prurido86, urticária87, ardor88 generalizado, edema89 laríngeo, reações anafilactoides, febre90, cefaleia91; náusea92, vômito93, aumento da salivação, estomatite94; púrpura95, pseudotumor cerebral, síndrome47 orgânica cerebral aguda, fibrose96 pulmonar, alopecia97, dores articulares, hepatomegalia98 transitória e esplenomegalia99. Muito raramente foi relatada anafilaxia100.
Embora a tolerância local à sulfato de gentamicina Injetável geralmente seja excelente, foi relatada, ocasionalmente, dor no local da injeção22. Raramente, têm-se observado atrofia101 cutânea102 ou necrose53 – sugestivas de irritação local.
Alterações em testes laboratoriais
As anormalidades nos exames laboratoriais, possivelmente relacionadas com a gentamicina, incluem: elevação das transaminases séricas [ALT (TGP), AST (TGO)] e aumento da desidrogenase lática103 no soro62 (DHL) e da bilirrubina104; diminuição do cálcio, magnésio, sódio e potássio séricos; anemia105, leucopenia106, granulocitopenia, agranulocitose107 transitória, eosinofilia108; aumento ou diminuição do número de reticulócitos; e trombocitopenia109. Embora as
anormalidades nos exames clínicos laboratoriais possam ser achados isolados, elas podem se associar a sinais39 e sintomas77 clínicamente relacionados. Foram relatadas tardiamente atrofia101 subcutânea110 ou necrose53 gordurosa, sugerindo irritação local.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Podem ocorrer as reações adversas descritas para a gentamicina (ver “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Em casos de superdose ou reações tóxicas, a hemodiálise66 pode ajudar a retirar a gentamicina do sangue63. Com a diálise peritoneal68, a proporção é consideravelmente menor à obtida por hemodiálise66. Em recém-nascidos deve-se considerar a possibilidade de realizar exsanguineotransfusão111. Procedimentos desse tipo são de particular importância em pacientes com insuficiência renal34.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS 1.0186.0034.0048
MS 1.0186.0034.0056
MS 1.0186.0034.0013
MS 1.0186.0034.0064
MS 1.0186.0034.0072
MS 1.0186.0034.0021
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