Zopix

Atualizado em 28/09/2011

Informações adicionais sobre o medicamento Zopix:

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE. Estas notas são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes dessa substância medicamentosa e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Para saber mais e com mais segurança, consulte a bula do remédio.

 

1. O que é Zopix?

Zopix é a olanzapina, um novo antipsicótico eficaz contra os sintomas1 positivos e negativos da esquizofrenia2, que tem poucos efeitos extrapiramidais quando comparada com outros neurolépticos3. É uma droga antipsicótica de perfil farmacológico amplo, atuando através da ação em vários sistemas de receptores e agindo tanto na fase aguda das psicoses como na de manutenção do tratamento. É indicada inclusive onde os neurolépticos3 convencionais falham. A olanzapina é também usada para o tratamento de episódios de mania ou mistos no transtorno bipolar. É bem absorvida por via oral, atingindo concentrações plasmáticas máximas dentro de 5 a 8 horas. É metabolizada pelo fígado4.

 

2. Quando o médico prescreve Zopix (olanzapina)?

A olanzapina está indicada no tratamento da esquizofrenia2 e de episódios agudos de mania, bem como no tratamento de manutenção em distúrbio bipolar e minoração das manifestações da síndrome5 de Gilles de la Tourette. Alguns estudos têm sugerido seu emprego em casos de ansiedade generalizada e transtornos do pânico.

 

3. Como o médico prescreve Zopix (olanzapina)?

Cada caso é diferente de outro e exige doses e modos diversos de tomar o medicamento. Lembre-se que muitas vezes uma medicação deixa de fazer efeito porque sua dosagem é muito baixa ou apresenta muitos efeitos colaterais6 ou tóxicos porque sua dosagem é muito alta. Portanto, é importante seguir exatamente as orientações do médico e não modificar as doses ou a forma de tomar o medicamento por conta própria.

 

4. Quais os efeitos colaterais6 mais comuns de Zopix (olanzapina)?

Os efeitos colaterais6 mais comuns da olanzapina são aumento de peso, dores de cabeça7, sonolência, insônia, agitação, nervosismo, irritabilidade e zumbidos. De forma menos comum podem surgir contrações musculares, enrijecimento dos músculos8 e inquietação. Esses ou outros efeitos colaterais6 que por ventura surjam devem ser prontamente comunicados ao médico.

 

5. Pode-se dirigir enquanto se faz uso de Zopix (olanzapina)?

Devido ao fato da olanzapina poder causar sonolência, os pacientes devem ser aconselhados a não operarem máquinas perigosas ou dirigir veículos automotores. Discuta o assunto com o seu médico.

 

6. Pode-se indicar Zopix (olanzapina) na gravidez9 ou na amamentação10?

Não há estudos definitivos sobre o uso da olanzapina em mulheres grávidas e por isso esta droga só deve ser usada na gravidez9 se, a juízo médico, os benefícios potenciais para a mãe justificarem os riscos potenciais para o feto11. As pacientes devem avisar a seus médicos se ficarem grávidas ou se pretenderem engravidar durante o tratamento.

Estudos mostraram que a olanzapina é excretada parcialmente pelo leite de ratas. Não se sabe se ela também é excretada pelo leite humano. Por isso, as pacientes devem ser aconselhadas a não amamentarem no caso de estarem recebendo essa droga. Informe ao seu médico também se estiver amamentando.

 

7. Quais observações e cuidados especiais devem ser mantidos durante o uso de Zopix (olanzapina).

Embora os estudos clínicos realizados até aqui não tenham reportado casos de síndrome5 neuroléptica maligna nos pacientes recebendo olanzapina, essa síndrome5, complexa e potencialmente fatal, tem sido mencionada em associação com outras drogas antipsicóticas.

Devem ser tomadas precauções especiais em pacientes com insuficiência hepática12, hipertrofia13 prostática, íleo paralítico14, glaucoma15 de ângulo estreito, convulsões ou doenças mieloproliferativas16.

Na sua forma injetável a olanzapina só deve ser aplicada em injeções profundas nos glúteos17 e nunca intravasculares18 ou subcutâneas. Por via oral a droga pode ser ingerida com ou sem alimentos, pois eles não alteram a sua absorção.

A olanzapina não foi estudada em indivíduos com menos de 18 anos de idade, pelo que sua administração deve ser evitada nessa faixa etária.

 

8. Pode-se suspender bruscamente o uso de Zopix (olanzapina)?

Nenhuma medicação psicotrópica deve ser interrompida bruscamente, seja porque ela ainda é necessária, seja pela possibilidade de haver reações indesejáveis. Consulte seu médico sobre a oportunidade de interromper a olanzapina e sobre a melhor maneira de fazê-lo.

 

9. Quando Zopix (olanzapina) não é indicado?

Zopix (olanzapina) não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade conhecida à olanzapina ou a qualquer componente de sua fórmula.

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Esquizofrenia: Doença mental do grupo das Psicoses, caracterizada por alterações emocionais, de conduta e intelectuais, caracterizadas por uma relação pobre com o meio social, desorganização do pensamento, alucinações auditivas, etc.
3 Neurolépticos: Medicamento que exerce ação calmante sobre o sistema nervoso, tranquilizante, psicoléptico.
4 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
5 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
6 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
7 Cabeça:
8 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
9 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
10 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
11 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
12 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
13 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
14 Íleo paralítico: O íleo adinâmico, também denominado íleo paralítico, reflexo, por inibição ou pós-operatório, é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica. É distúrbio comum do pós-operatório podendo-se afirmar que ocorre após toda cirurgia abdominal, como resposta “fisiológica“ à intervenção, variando somente sua intensidade, afetando todo o aparelho digestivo ou parte dele.
15 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
16 Doenças mieloproliferativas: São desordens clonais de células estaminárias ( stem cells ) hematopoiéticas caracterizadas pela proliferação de uma ou de mais linhagens mieloides (granulocítica, eritroide e/ou megacariocítica) na medula óssea.
17 Glúteos:
18 Intravasculares: Relativos ao interior dos vasos sanguíneos e linfáticos, ou que ali se situam ou ocorrem.

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