Fluxon
Informações adicionais sobre o medicamento Fluxon:
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE. Estas notas são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes dessa substância medicamentosa e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Para saber mais e com mais segurança, consulte a bula do remédio.
1. O que é Fluxon?
Fluxon é a cinarizina, um vasodilatador derivado da piperazina, que bloqueia os canais de cálcio e dos receptores H1 da histamina1. A cinarizina tem ação antiespasmódica vascular2, ao inibir as substâncias vasoconstritoras presentes no sangue3 e liberar a microcirculação arteriovenosa central e periférica, proporcionando maior fluxo sanguíneo para os tecidos. Nos distúrbios da circulação4 cerebral, a cinarizina controla os sintomas5 dos processos involutivos da arteriosclerose6 ou pós-apopléticas e pós-traumatismos cranioencefálicos. A cinarizina também controla a claudicação7 que dependa de modificações arterioscleróticas ou da tromboangeíte obliterante. A cinarizina ainda age favoravelmente nos distúrbios do equilíbrio resultante de alterações vestibulares8. É bem absorvida pelo trato gastrointestinal e atinge picos sanguíneos máximos em 1-3 horas após a ingestão. Metaboliza-se no fígado9 e tem uma meia vida de cerca de 4 a 24 horas. Sua eliminação se faz principalmente pelas fezes (2/3) e também pela urina10 (1/3).
2. Quando o médico prescreve Fluxon (cinarizina)?
A cinarizina é indicada para a profilaxia e tratamento das perturbações circulatórias centrais (arteriosclerose6 cerebral, sequelas11 pós-apopléticas ou pós-traumatismos cranioencefálicos) e dos distúrbios circulatórios periféricos, bem como na Síndrome12 de Méinère, nas vertigens13, náuseas14, nistagmos, vômitos15, enjoos de movimentos (cinetose16) e distúrbios de equilíbrio. A cinarizina também é indicada na depressão involutiva pré-senil (falta de concentração, perda de memória, fadiga17 psíquica, perturbações do sono e humor instável). É ainda indicada nas reações alérgicas que afetam os vasos sanguíneos18 tais como rinite19 alérgica ou vasomotora e dermatose20 alérgica.
3. Como o médico prescreve Fluxon (cinarizina)?
Siga corretamente o modo de usar e as doses de Fluxon (cinarizina) recomendadas pelo médico; só ele pode saber o que é mais conveniente para cada quadro clínico e para cada paciente. Alguns remédios deixam de fazer efeito por serem tomados de maneira errada ou em doses abaixo do necessário; outros têm efeitos colaterais21 graves em virtude de doses muito altas.
4. Quais os efeitos colaterais21 mais comuns de Fluxon (cinarizina)?
De um modo geral os efeitos colaterais21 da cinarizina são leves e transitórios. No início do tratamento podem ocorrer sonolência e distúrbios gastrointestinais, os quais podem ser evitados com o aumento gradual das doses da medicação. Também podem ocorrer casos de cefaleia22, boca23 seca, ganho de peso, transpiração24 ou reação alérgica25, mas eles são muito raros. Estes e quaisquer outros eventuais efeitos colaterais21 devidos ao uso desse medicamento devem ser prontamente informados ao médico.
5. Quando Fluxon (cinarizina) não é indicado?
Não se conhecem contraindicações formais ao uso da cinarizina, exceto os de hipersensibilidade conhecida à droga.
6. Observações e cuidados especiais no uso de Fluxon (cinarizina)?
Embora nenhum efeito teratogênico26 tenha sido demonstrado em estudos animais, não se aconselha o uso da cinarizina durante a gestação. Se ocorrer gravidez27 ou se a paciente pretende engravidar, o médico deve ser informado e ele decidirá se o tratamento deve ou não ser continuado, de acordo se os benefícios para a mãe justificarem os riscos potenciais para o feto28.
A mulher que estiver amamentando não deve tomar a cinarizina porque pequenas quantidades dessa droga podem ser liberadas no leite materno e atingir o bebê.
A cinarizina pode causar epigastralgia29. Em tais casos, o médico deverá ser informado e pode ser associado um antiácido30 à medicação.
A cinarizina deve ser usada com cuidados especiais em pessoas com doenças de Parkinson, as quais devem ser monitoradas pelo médico.
A cinarizina pode causar sonolência e, por isso, deve-se tomar cuidado com a associação de álcool ou outros depressores do Sistema Nervoso Central31, que agravam esse sintoma32, bem como devem ser adotadas precauções especiais ao dirigir veículos automotores ou operar máquinas perigosas.
Em tratamentos prolongados de pessoas idosas têm sido relatados casos de aparecimento de sintomas5 extrapiramidais e sentimentos de tristeza, exigindo a interrupção do tratamento.