Neosemid

Atualizado em 04/10/2011

Informações adicionais sobre o medicamento Neosemid:

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Estas notas são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes dessa substância medicamentosa e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Para saber mais e com mais segurança, consulte a bula do remédio.

 

1. O que é o Neosemid?

O Neosemid é a furosemida, um potente diurético1 de alça, de ação rápida e de curta duração, pertencente ao grupo dos chamados saluréticos, que atua na alça de Henle2 produzindo uma acentuada excreção de urina3, de sódio e de outros eletrólitos4. Seu mecanismo de ação consiste na inibição do transportador Na-K-2Cl na alça de Henle2. Essa inibição impede a reabsorção de sódio e cloro, causando diminuição da pressão osmótica5 no sentido da reabsorção de água. A ação anti-hipertensiva da furosemida é atribuída ao aumento da excreção de sódio, à redução do volume sanguíneo e à redução da resposta vascular6 do músculo liso7 ao estímulo vasoconstritor. O efeito diurético1 da droga ocorre 15 minutos após a administração intravenosa e 1 hora após a administração oral. O efeito, após uma dose terapêutica8 dura de 3 a 6 horas, ou mais. A furosemida é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal. Seu pico de concentração se dá entre 1-1,5 hora e sua eliminação é principalmente renal9. Pequena porção é eliminada pelas fezes, após a secreção biliar. A meia-vida da droga é de cerca de 1 a 1,5 hora.

 

2. Quando Neosemid (furosemida) é indicado?

Indica-se a furosemida a pacientes com edemas10 de origem cardíaca, hepática11 ou renal9. É usada também no tratamento da hipertensão arterial12 e como adjunto em edema13 cerebral ou pulmonar quando é necessária uma diurese14 rápida.

 

3. Como Neosemid (furosemida) deve ser tomado?

Siga corretamente o modo de usar e as doses de Neosemid (furosemida) recomendadas pelo médico; só ele pode saber o que é mais conveniente para cada quadro clínico e para cada paciente. Alguns remédios deixam de fazer efeito por serem tomados de maneira errada ou em doses abaixo do necessário; outros têm efeitos colaterais15 graves em virtude de doses muito altas.

 

4. Quais os principais efeitos colaterais15 de Neosemid (furosemida)?

Os efeitos colaterais15 da furosemida são pouco intensos e nada graves. Pode ocorrer tontura16 ao levantar- se, boca17 seca, náuseas18 e vômitos19, fadiga20 não habitual, visão21 turva, dor de cabeça22diarreia23. Estes ou quaisquer outros efeitos colaterais15 que por ventura possam surgir, devem ser prontamente comunicados ao médico.

 

5. Quando Neosemid (furosemida) não deve ser tomado?

O Neosemid (furosemida) não deve ser tomado em casos de hipersensibilidade à furosemida.

A furosemida também não deve ser tomada em casos de encefalopatia24 hepática11, alergia25 a sulfamidas, insuficiência renal26 com anúria27hipovolemia28, hipopotassemia29 severa, hiponatremia30 severa e desidratação31.

 

6. Alguns cuidados que devem ser observados por quem esteja tomando Neosemid (furosemida).

Após terapia prolongada com a furosemida, o balanço hidroeletrolítico32 pode ficar prejudicado em virtude da diurese14 aumentada.

A furosemida, como todos os saluréticos, pode causar depleção33 de potássio, vômitos19 ou diarreia23 crônica.

A deficiência de magnésio tem sido observada como consequência do aumento das perdas renais de magnésio. Igualmente, as perdas renais de cálcio podem levar à deficiência do elemento, o que pode acarretar irritabilidade neuromuscular e, em casos raros, tetania34.

 

Complementos

1 Diurético: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
2 Alça de Henle: Porção do tubo renal (em forma de U), na MEDULA RENAL, constituída por uma alça descendente e uma ascendente. Situada entre o TÚBULO RENAL PROXIMAL e o TÚBULOS RENAL DISTAL.
3 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
4 Eletrólitos: Em eletricidade, é um condutor elétrico de natureza líquida ou sólida, no qual cargas são transportadas por meio de íons. Em química, é uma substância que dissolvida em água se torna condutora de corrente elétrica.
5 Osmótica: Relativo à osmose, ou seja, ao fluxo do solvente de uma solução pouco concentrada, em direção a outra mais concentrada, que se dá através de uma membrana semipermeável.
6 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
7 Músculo Liso: Um dos músculos dos órgãos internos, vasos sanguíneos, folículos pilosos etc.; os elementos contráteis são alongados, em geral células fusiformes com núcleos de localização central e comprimento de 20 a 200 mü-m, ou ainda maior no útero grávido; embora faltem as estrias traversas, ocorrem miofibrilas espessas e delgadas; encontram-se fibras musculares lisas juntamente com camadas ou feixes de fibras reticulares e, freqüentemente, também são abundantes os ninhos de fibras elásticas. (Stedman, 25ª ed)
8 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
9 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
10 Edemas: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
11 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
12 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
13 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
14 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
15 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
16 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
17 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
18 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
19 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
20 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
21 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
22 Cabeça:
23 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
24 Encefalopatia: Qualquer patologia do encéfalo. O encéfalo é um conjunto que engloba o tronco cerebral, o cerebelo e o cérebro.
25 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
26 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
27 Anúria: Clinicamente, a anúria é o débito urinário menor de 400 ml/24 horas.
28 Hipovolemia: Diminuição do volume de sangue secundário a hemorragias, desidratação ou seqüestro de sangue para um terceiro espaço (p. ex. peritônio).
29 Hipopotassemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
30 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
31 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
32 Hidroeletrolítico: Aproximadamente 60% do peso de um adulto são representados por líquido (água e eletrólitos). O líquido corporal localiza-se em dois compartimentos, o espaço intracelular (dentro das células) e o espaço extracelular (fora das células). Os eletrólitos nos líquidos corporais são substâncias químicas ativas. Eles são cátions, que carregam cargas positivas, e ânions, que transportam cargas negativas. Os principais cátions são os íons sódio, potássio, cálcio, magnésio e hidrogênio. Os principais ânions são os íons cloreto, bicarbonato, fosfato e sulfato.
33 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.
34 Tetania: Espasmos e contraturas dos músculos das mãos e pés, e menos freqüentemente dos músculos da face, da laringe (cordas vocais) e da coluna vertebral. Inicialmente, são indolores; mas tendem a tornar-se cada vez mais dolorosos. É um sintoma de alterações bioquímicas do corpo humano e não deve ser confundida com o tétano, que é uma infecção. A causa mais comum é a hipocalcemia (nível baixo de cálcio no sangue). Outras causas incluem hipocalemia (nível baixo de potássio no sangue), hiperpnéia (frequência respiratória anormalmente profunda e rápida, levando a baixos níveis de dióxido de carbono), ou mais raramente de hipoparatiroidismo (atividade diminuída das glândulas paratiróides). Recentemente, considera-se que a hipomagnesemia (nível baixo de magnésio no sangue) é também um dos fatores causais desta situação clínica.

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