Cimelide (Bula do profissional de saúde)
CIMED INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Cimelide®
nimesulida
Comprimido
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO REFERÊNCIA
APRESENTAÇÃO
Comprimidos de 100 mg
Embalagens contendo 12 ou 600 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
nimesulida | 100 mg |
Excipientes*q.s.p | 1 comprimido |
* celulose microcristalina, lactose1, amidoglicolato de sódio, docusato de sódio, hiprolose, estearato de magnésio e povidona.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento de uma variedade de condições que requeiram atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Um estudo duplo-cego3 comparativo avaliou a eficácia e a tolerabilidade da nimesulida comparativamente ao naproxeno em pacientes com dor pós-cirúrgica oral. Foram avaliados 64 pacientes, 32 em cada grupo de tratamento, que receberam nimesulida um comprimido (100 mg) a cada 12 horas, ou naproxeno um comprimido (250 mg) a cada 12 horas. A intensidade da dor foi avaliada após a administração de um dos medicamentos em ½, 1, 2, 3 e 4 horas, no segundo e terceiro dia de tratamento. A tolerabilidade de ambos os fármacos foi excelente e ambos também promoveram acentuada regressão da dor, sendo que no grupo do nimesulida houve regressão mais rápida da dor já dentro da primeira hora de tratamento.
O estudo investigou os efeitos analgésicos4 da nimesulida e do celecoxibe em pacientes com osteoartrite5 de joelho. 44 pacientes foram incluídos e randomizados para o grupo de nimesulida (100 mg duas vezes ao dia) ou celocoxibe (200 mg uma vez ao dia) por 2 semanas, 20 dos quais apresentavam derrame6 articular. A intensidade da dor foi avaliada e em pacientes com derrame6 articular, algumas substâncias do líquido sinovial7 foram analisadas. Os efeitos da nimesulida foram mais marcantes que do celecoxibe, com evidência de início mais rápido de ação analgésica. A nimesulida reduziu significantemente as concentrações de substância P e interleucina-6 no líquido sinovial7. O celecoxibe não mudou estas concentrações e significativamente reduziu os níveis de interleucina-6 apenas no dia 14. Ambas as drogas foram bem toleradas. O estudo forneceu evidência que a nimesulida é um agente efetivo para o tratamento sintomático8 da osteoartrite5.
Dois estudos em animais foram realizados com administração intra-peritoneal de nimesulida, diclofenaco, celecoxibe e rofecoxibe para tratar dor inflamatória. No primeiro estudo, a nimesulida inibiu o desenvolvimento de hiperalgesia9 térmica da pata induzida pela injeção10 de formalina na cauda, enquanto o diclofenaco ou celecoxibe parcialmente reduziram a hiperalgesia9, e o rofecoxibe não foi efetivo. No segundo estudo, a nimesulida e o diclofenaco foram significativamente mais efetivos que o celecoxibe e rofecoxibe na redução de hiperalgesia9 mecânica da pata. A atividade anti-hiperálgica destas drogas foram também investigadas em pacientes com artrite reumatoide11. Após uma dose única oral, todas as drogas reduziram a hiperalgesia9 inflamatória. No entanto, somente a nimesulida foi efetiva 15 minutos após o tratamento. Adicionalmente, a nimesulida (100 mg) foi significativamente mais efetiva que o rofecoxibe (25 mg). A nimesulida parece ser particularmente efetiva e de ação rápida contra a dor inflamatória. Foram incluídos 60 pacientes em um estudo randomizado12 simples-cego para comparar a eficácia e tolerabilidade de nimesulida comprimido 200 mg/dia e flurbiprofeno 300 mg/dia por 7 dias, no tratamento de inflamação13 aguda não-infecciosa do trato respiratório superior. Ambas as drogas mostraram a mesma eficácia em reduzir a congestão da mucosa14, vermelhidão local, febre15 e dor de garganta16. O tratamento com nimesulida deu origem a um menor número de eventos adversos, e menos severos, do que o tratamento com flurbiprofeno.
A nimesulida modifica o estado doloroso da contração uterina para contrações cíclicas indolores em pacientes com dismenorreia17. Com uma única dose oral de 100 mg, a nimesulida é distribuída nos tecidos genitais femininos18 (fundo e cérvix uterinos e ovários19). Duas doses orais de 100 mg de nimesulida administradas em mulheres com dismenorreia17 em um estudo duplo-cego3 controlado por placebo20, cross-over, reduziu os níveis de prostaglandina21 F2α no sangue22 menstrual.
O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e tolerabilidade, no tratamento de afecções23 traumáticas do aparelho locomotor, de três anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): nimesulida, o primeiro AINE inibidor seletivo da enzima24 cicloxigenase – 2 (COX-2) disponível, e dois agentes clássicos não seletivos, diclofenaco e aceclofenaco. Em três visitas clínicas e após sete dias de tratamento em que randomicamente 19 pacientes receberam nimesulida 100mg 2x/dia, 19 receberam aceclofenaco 100mg 2x/dia e 21 receberam diclofenaco 50mg 3x/dia, a eficácia foi avaliada clinicamente segundo a intensidade dos sinais25 e sintomas26 e pela avaliação global do pesquisador ao final do estudo, e a tolerabilidade pela ocorrência ou não de eventos adversos bem como pela avaliação global ao término do estudo. Quanto à eficácia, o resultado obtido pelo grupo tratado com nimesulida foi significativamente melhor considerando-se os parâmetros dor à movimentação, limitação de movimentos, sensibilidade local e intensidade da dor. Também quanto à tolerabilidade, tanto o índice de ocorrência de reações adversas como a avaliação final global foram significativamente melhores para o grupo nimesulida. A seletividade de nimesulida sobre a COX-2 contribui para sua eficácia, assim como reflete seu perfil de segurança, ao contrário do aceclofenaco e diclofenaco, que não têm esse grau de seletividade sobre a COX-2. Portanto, nimesulida pode ser considerado um anti-inflamatório e analgésico27 de primeira escolha no tratamento de afecções23 traumáticas do aparelho locomotor.
Foram incluídos 67 pacientes em um estudo duplo-cego3, randomizado28, cross-over, de síndrome29 de dismenorreia17 primária, em uma sequência alternada de nimesulida versus placebo20. As drogas foram dadas por 3 ciclos menstruais subsequentes com uma duração média de 6,5 dias aproximadamente em cada ciclo. 55 pacientes completaram o tratamento. A nimesulida provou atividade e mais efetividade que o placebo20 na prevenção e/ou alívio do padrão sintomático8. A tolerabilidade se mostrou satisfatória uma vez que somente duas pacientes reclamaram de epigastralgia30 leve.
Em um estudo duplo-cego3, paralelo de 4 dias com 51 pacientes, os efeitos anti-inflamatórios, antiexudativos e antipiréticos31 da nimesulida foram comparados com placebo20 em pacientes com inflamação13 aguda do trato respiratório superior. Os pacientes que receberam nimesulida mostraram melhora nos sinais25 e sintomas26 avaliados: inchaço32 tonsilar, rouquidão, dor de garganta16, dor de cabeça33 e artralgia34. Uma diferença estatisticamente significativa entre a nimesulida e o placebo20 foi evidente para todos os parâmetros. Não houve efeitos adversos associados com a nimesulida.
Em inúmeros estudos comparativos, a nimesulida mostrou ser mais efetiva que o piroxicam (em osteoartrite5), paracetamol (em inflamação13 do trato respiratório superior), benzidamina ou naproxeno (em doença otorrinolaringológica), fenilprenazona (em laringotraqueítes/bronquite, inflamação13 respiratória e doença otorrinolaringológica), serrapeptase (em dor pós-operatória ou dental, trauma e flebite35), cetoprofeno (em dor pós-operatória) e ácido mefenâmico (em dismenorreia17). Adicionalmente a eficácia de nimesulida tem sido comparável com a da aspirina, com ou sem vitamina36 C, e ácido mefenâmico (em infecção37 do trato respiratório), ibuprofeno (em doença de tecido38 mole), naproxeno (em inflamação13 do trato respiratório, dismenorreia17 e estados de dor pós-operatória), suprofeno e paracetamol (em estados de dor pós-operatória), benzidamina (em inflamação13 do trato genitourinário) e dipirona, paracetamol ou diclofenaco (em febre15).
Uma comparação duplo-cega, multicêntrica de nimesulida e diclofenaco em 122 pacientes com ombro agudo39 e uma meta-análise de vários estudos com nimesulida foram conduzidos. No final do dia 14 do estudo, a nimesulida foi pelo menos tão efetiva quanto o diclofenaco. A tolerabilidade global foi julgada pelos investigadores como boa/muito boa em 96,8% do grupo de nimesulida em comparação com 72,9% do grupo diclofenaco. O julgamento dos pacientes foi de 96,8 e 78% respectivamente. Ambas as diferenças foram estatisticamente significativas. A meta-análise demonstrou que a nimesulida administrada por 2 semanas é de longe mais eficaz que o placebo20 no tratamento da osteoartrite5, e é pelo menos comparável a outros AINEs. A razão risco-benefício para nimesulida foi melhor em todos os estudos uma vez que 100 mg de nimesulida 2 vezes ao dia foi como igual ao placebo20 na questão de segurança e tolerabilidade, especialmente considerando eventos adversos gastrintestinais.
Referências bibliográficas:
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Bianchi M, Broggini M. Anti-hyperalgesic effects of nimesulide: Studies in rats and humans. Int J Clin Pract Suppl; (128): 11-9, 2002
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas:
A nimesulida (4'-nitro-2'-fenoximetanosulfonanilida) é um fármaco40 anti-inflamatório não-esteroide (AINE) que pertence à classe das sulfonanilidas com efeitos anti-inflamatório, antipirético41 e analgésico27.
A nimesulida possui atividade anti-inflamatória mais potente do que o ácido acetilsalicílico, a fenilbutazona e a indometacina; possui atividade antipirética tão eficaz quanto a do diclofenaco e da dipirona, e potencialmente superior à do acetaminofeno.
A nimesulida possui modo de ação único e sua atividade anti-inflamatória envolve vários mecanismos. A nimesulida é um inibidor seletivo da enzima24 da síntese de prostaglandina21, a cicloxigenase. In vitro e in vivo a nimesulida preferencialmente inibe a enzima24 COX-2, a qual é liberada durante a inflamação13, com mínima atividade sobre a COX-1, a qual atua na manutenção da mucosa14 gástrica.
Além disso, foi demonstrado que a nimesulida possui muitas outras propriedades bioquímicas que provavelmente são responsáveis pelas suas propriedades clínicas. Estas incluem: inibição da fosfodiesterase tipo IV, redução da formação do ânion superóxido (O2), “scavenging” do ácido hipoclorídrico, inibição de proteinases (elastase, colagenase), prevenção da inativação do inibidor da alfa-1-protease, inibição da liberação de histamina42 dos basófilos e mastócitos43 humanos e inibição da atividade da histamina42.
Dados pré-clínicos:
Os dados pré-clínicos revelam que não há riscos especiais para humanos baseados nos estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade44 de dose múltipla, genotoxicidade e potencial carcinogênico.
Em estudos de toxicidade44 de dose múltipla, a nimesulida mostrou toxicidade44 gastrintestinal, renal45 e hepática46.
Em ratos, não foram encontrados sinais25 de potencial teratogênico47 ou embriotóxico com a nimesulida em estudos de embriotoxicidade com doses não-tóxicas maternas. Em coelhos, leve aumento da perda pós-implantação e leve aumento da incidência48 de dilatação do ventrículo cerebral e malformações49 esqueléticas foram observadas com níveis de dose marginalmente tóxicos em fêmeas. Entretanto, nenhuma relação dose-resposta entre o fármaco40 e tipos individuais de malformações49 foi observada.
Foram relatados poucos casos clínicos de superdosagem intencional sem sinais25 de intoxicações.
Propriedades Farmacocinéticas:
A nimesulida é bem absorvida quando administrada via oral. Após uma única dose de 100mg de nimesulida, administrada a voluntários adultos saudáveis, um pico de concentração plasmática de 3 a 4 mg/l é alcançado em adultos após 2 a 3 horas. AUC50=20 – 35 mg /lL.h.
Um pico de concentração plasmática de 2,86 a 6,5 mg/L é alcançado após 1,22 a 2,75 horas. AUC50= 14,65 a 54,09 mg/l.h.
Nenhuma diferença estatística significante tem sido encontrada entre estes números e aqueles vistos após a administração de 100mg duas vezes ao dia por 7 dias. Mais de 97,5% se ligam às proteínas51 plasmáticas.
Os parâmetros farmacocinéticos descritos para crianças podem ser comparados com aqueles encontrados após a administração oral de nimesulida 100mg para adultos. Em crianças, os valores de Cmax (3,46 mg/l ± 1,46) e tmax (1,93 h ± 0,83) foram similares aos valores correspondentes observados após a administração oral de 100 mg dose única em adultos sadios Cmax=2,86 a 6,50 mg/l; tmax=1,22 a 2,75 h e a AUC50 (18,43 mg/l.h), estava dentro da faixa de valores reportados para adultos (14,65 a 54,09 mg/l.h) ao passo que o clearance plasmático total sistêmico52 foi maior (138,50 mL/h/kg em crianças, 31,02 a 106,16 mL/h/kg). O volume de distribuição também foi ligeiramente superior em crianças (0,41 l/kg) do que em adultos (0,18 a 0,39 l/kg). Valores maiores de CL/F (clearance do fármaco40) e Vd/F (volume de distribuição do fármaco40) em crianças podem ser causados por um valor maior de fu de nimesulida, como resultado da menor concentração plasmática de albumina53 em crianças do que em adultos. A meia-vida terminal (t1/2β) de nimesulida foi de 2,36 horas em crianças e 1,80 a 4,73 horas em adultos.
A nimesulida é metabolizada no fígado54 e o seu metabólito55 principal, a hidroxinimesulida, também é farmacologicamente ativo. O intervalo para aparecimento deste metabólito55 na circulação56 é curto (cerca de 0,8 horas) mas a sua constante de formação não é alta e é consideravelmente menor que a constante de absorção da nimesulida. A hidroxinimesulida é o único metabólito55 encontrado no plasma57, apresentando-se quase que completamente conjugado. A T1/2 é de 3,2 a 6 horas.
O grau de biotransformação da nimesulida em seu metabólito55 principal, isto é, o derivado parahidroxi (M1), o qual também é farmacologicamente ativo, em crianças é similar ao de adultos. Para M1, a Cmax (1,34 mg/l) e AUC50 (11,60 mg/l.h) em crianças foram dentro da faixa observada em adultos (Cmax 0,96 a 1,57 mg/l; AUC50 10,90 a 17,96 mg/l.h). A meia-vida terminal (t1/2β) de M1 foi 4,18 horas em crianças e 2,89 a 8,71 horas em adultos.
A nimesulida é excretada principalmente na urina58 (aproximadamente 50% da dose administrada). Apenas 1 a 3% é excretado como composto inalterado. A hidroxinimesulida é encontrada apenas como um derivado glicuronato. Cerca de 29% da dose é excretada nas fezes após o metabolismo59. Menos que 0,1% é excretado como composto inalterado. A hidroxinimesulida é encontrada apenas como um derivado glicuronato. De 17,9% a 36,2% da dose é excretada nas fezes após o metabolismo59.
O perfil cinético da nimesulida não teve alteração em idosos após doses agudas e repetidas.
Na insuficiência renal60 moderada (clearance de creatinina61 de 30 a 80 mL/min), os níveis de pico plasmáticos de nimesulida e seu principal metabólito55 não são maiores que dos voluntários sadios. A administração repetida não causou acúmulo. A nimesulida é contraindicada para pacientes62 com insuficiência hepática63 devido ao risco de acumulação.
O tempo médio estimado para início da ação terapêutica64 após a administração de Cimelide® é de 15 minutos para alívio da dor. A resposta inicial para a febre15 acontece cerca de 1 a 2 horas após o uso do medicamento e dura aproximadamente 6 horas.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que tenham alergia65 à nimesulida ou a qualquer outro componente do medicamento; histórico de reações de hipersensibilidade (exemplo: broncoespasmo66, rinite67, urticária68 e angioedema69) ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não-esteroidais; histórico de reações hepáticas70 ao produto; pacientes com úlcera péptica71 em fase ativa, ulcerações72 recorrentes ou com hemorragia73 no trato gastrintestinal; pacientes com distúrbios de coagulação74 graves; pacientes com insuficiência cardíaca75 grave; pacientes com insuficiência renal60 e/ou hepática46.
Este medicamento é contra indicado para menores de 12 anos.
Categoria de risco na gravidez76: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
As drogas anti-inflamatórias não-esteroidais podem mascarar a febre15 relacionada a uma infecção37 bacteriana subjacente. O tratamento deve ser revisto a intervalos regulares e descontinuado se nenhum benefício for observado.
Durante a terapia com nimesulida, os pacientes devem ser advertidos para se abster de outros analgésicos4. O uso concomitante de outros anti-inflamatórios não-esteroidais durante a terapia com nimesulida não é recomendado.
A administração concomitante com drogas hepatotóxicas conhecidas e abuso de álcool, devem ser evitados durante o tratamento com nimesulida, uma vez que podem aumentar o risco de reações hepáticas70.
Uso em pacientes com distúrbios hepáticos
Raramente Cimelide® tem sido associado com reações hepáticas70 sérias, incluindo casos fatais muito raros. Pacientes que apresentaram sintomas26 compatíveis com dano hepático durante o tratamento com nimesulida (por exemplo, anorexia77, náusea78, vômitos79, dor abdominal, fadiga80, urina58 escura ou icterícia81) devem ser cuidadosamente monitorados.
Pacientes que apresentaram testes de função hepática46 anormais devem descontinuar o tratamento. Estes pacientes não devem reiniciar o tratamento com a nimesulida. Reações adversas hepáticas70 relacionadas à droga foram relatadas após períodos de tratamento inferiores a um mês. Dano hepático, reversível na maioria dos casos, foi verificado após curta exposição ao medicamento.
Uso em pacientes com distúrbios de coagulação74
Como AINEs podem interferir na agregação plaquetária, estes devem ser utilizados com cautela em pacientes com diátese hemorrágica82, hemorragia73 intracraniana e alterações da coagulação74, como por exemplo, hemofilia83 e predisposição a sangramento. Contudo, Cimelide® não é um substituto do ácido acetilsalicílico para profilaxia cardiovascular.
Uso em pacientes com distúrbios gastrintestinais
Em raras situações, nas quais ulcerações72 ou sangramentos gastrintestinais ocorrem em pacientes tratados com nimesulida, o medicamento deve ser suspenso. Assim como com outros AINEs, sangramento gastrintestinal ou ulceração84/perfuração podem ocorrer a qualquer tempo durante o tratamento, com ou sem sintomas26 de advertência ou história prévia de eventos gastrintestinais. Caso ocorra sangramento gastrintestinal ou ulceração84, o tratamento deverá ser descontinuado.
A nimesulida deverá ser utilizada com precaução em pacientes com distúrbios gastrintestinais, incluindo histórico de úlcera péptica71, de hemorragia73 gastrintestinal, colite85 ulcerativa ou doença de Crohn.
Uso em pacientes com insuficiência renal60 ou cardíaca
Em pacientes com insuficiência renal60 ou cardíaca, cuidado é requerido, pois o uso de AINEs pode resultar em deterioração da função renal45. A avaliação da função renal45 deve ser feita antes do início da terapia e depois regularmente. No caso de deterioração, o tratamento deve ser descontinuado.
Como os outros anti-inflamatórios não-esteroidais, a nimesulida deve ser usada com cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva86, hipertensão87, prejuízo da função renal45 ou depleção88 do volume extracelular, que são altamente suscetíveis a uma redução no fluxo sanguíneo renal45.
Por ser a eliminação do fármaco40 predominantemente renal45, o produto deve ser administrado com cuidado em pacientes com prejuízo da função hepática46 ou renal45.
Em pacientes com clearance de creatinina61 de 30-80 ml/min, não há necessidade de ajuste de dose. Em caso de disfunção renal45 grave o medicamento é contraindicado.
Uso em idosos
Pacientes idosos são particularmente sensíveis às reações adversas dos AINEs, incluindo hemorragia73 e perfuração gastrintestinal, dano das funções renal45, cardíaca e hepática46. Pacientes com mais de 65 anos podem ser tratados com a menor dose efetiva, 100 mg duas vezes ao dia. Não existem estudos que avaliem comparativamente a farmacocinética da nimesulida em idosos e indivíduos jovens.
O uso prolongado de AINEs em idosos não é recomendado. Se a terapia prolongada for necessária os pacientes devem ser regularmente monitorados. Só febre15, isoladamente, não é indicação para uso de Cimelide®.
Uso em crianças e adolescentes
A nimesulida não deve ser utilizada por crianças menores de 12 anos.
Com relação ao uso da nimesulida em crianças, foram relatadas algumas reações graves, incluindo raros casos compatíveis com Síndrome29 de Reye. Adolescentes não devem ser tratados com medicamentos que contenham nimesulida caso estejam presentes sintomas26 de infecção37 viral, pois a nimesulida pode estar associada com a Síndrome29 de Reye em alguns pacientes.
Uso em pacientes com distúrbios oculares
Em pacientes com história de perturbações oculares devido a outros AINEs, o tratamento deve ser suspenso e realizado exames oftalmológicos caso ocorram distúrbios visuais durante o uso da nimesulida.
Uso em pacientes com asma89
Pacientes com asma89 toleram bem a nimesulida, mas a possibilidade de precipitação de broncoespasmo66 não pode ser inteiramente excluída.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Cimelide® tem pouco ou nenhum efeito sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Gravidez76 e lactação90
Não há nenhum dado adequado de uso do medicamento em mulheres grávidas. Dessa forma, o risco potencial em humanos é desconhecido, portanto, para a prescrição de Cimelide® deve ser avaliado os benefícios previstos para a mãe, contra os possíveis riscos para o embrião ou feto91.
O uso de Cimelide® não é recomendado em mulheres tentando engravidar. Em mulheres que têm dificuldades para engravidar ou que estão sob investigação de infertilidade92, a retirada do medicamento deve ser considerada.
Não está estabelecido se a nimesulida é excretada no leite humano. Cimelide® é contraindicado durante a amamentação93. Categoria de risco na gravidez76: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Cimelide® não deve ser administrado concomitantemente com drogas potencialmente hepatotóxicas. Deve-se ter cuidado com pacientes que apresentem anormalidades hepáticas70, particularmente se houver intenção de administrar nimesulida em combinação com outras drogas potencialmente hepatotóxicas.
Durante o tratamento com Cimelide®, os pacientes devem evitar usar outros anti-inflamatórios não esteroidais, pois há risco de somação de efeitos, incluindo efeitos adversos.
Interações Medicamento – medicamento:
Gravidade: Maior
- Efeito da interação: É necessário cautela se Cimelide® for utilizado antes ou após 24 horas de tratamento com metotrexato, pois, o nível sérico do metotrexato pode aumentar, aumentando sua toxicidade44, risco de leucopenia94, trombocitopenia95, anemia96, nefrotoxicidade97, ulceração84 de mucosa14.
- Medicamento: metotrexato.
- Efeito da interação: Toxicidade44 pelo pemetrexede, risco mielossupressão, nefrotoxicidade97 e toxicidade44 gastrintestinal.
- Medicamento: pemetrexede.
- Efeito da interação: Aumento do risco de sangramento.
- Medicamentos: apixabana ardeparina, acebutalol, certoparina, citalopram, clopidogrel, clovoxamina, dalteparina , danaparoide, desirudina , duloxetina, enoxaparina,eptifabatida, escitalopram, femoxetina, flesinoxan, fluoxetina, ginko biloba, heparina, levomilnacipram, milnacipram, nadroprarina, nefazodona , parnaparina, paroxetina, pentosano polissulfato de sódio, pentoxifilina, prasugrel , proteína C, reviparina, rivaroxabana , ticlopidina, tinzaparina, venlafaxina, vilazodona, vortioxetina, zimeldina
- Efeito da interação: Aumento do risco de sangramento gastrintestinal.
- Medicamento: Abciximab, argatrobana, bivalirrudina, cilostazol, dipiridamol, fondaparinux, lepirudina, tirofiban.
- Efeito da interação: Aumento do risco de nefrotoxicidade97 da ciclosporina.
- Medicamentos: ciclosporina.
- Efeito da interação: Lesões98 gastrintestinais severas.
- Medicamentos: beta glucanas.
- Efeito da interação: Aumento do risco de ocorrência de eventos gastrintestinais (ex: hemorragia73 intestinal, anorexia77, náuseas99, diarreia100).
- Medicamentos: gossipol.
- Efeito da interação: Potencialização dos efeitos dos anti-inflamatórios (ex: aumento do risco de sangramento, alterações renais e alterações gástricas).
- Medicamentos: extrato de Feverfew.
- Efeito da interação: Aumento da exposição ao pralatrexato.
- Medicamentos: pralatrexato.
- Efeito da interação: Falência renal45 aguda.
- Medicamentos: tacrolimus.
Gravidade: Moderada.
- Efeito da interação: Devido aos efeitos nas prostaglandinas101 renais, os inibidores da prostaglandina21 sintetase, como Cimelide®, devem aumentar a nefrotoxicidade97 das ciclosporinas.
- Medicamento: ciclosporina.
- Efeito da interação: A nimesulida pode diminuir os efeitos diuréticos102 e anti-hipertensivos.
- Medicamento: furosemida, azosemida, bemetizida, bendroflumetiazida, benzotiazida, bumetanida, butiazida, clorotiazida, clortalidona, clopamida, ciclopentiazida, ácido etacrínico, hidroclorotiazida, hidroflumetiazida, indapamida, meticlotiazida, metolazona, piretanida, politiazida, torsemida, triclormetiazida, xipamida.
- Efeito da interação: Diminuição do efeito anti-hipertensivo.
- Medicamentos: acebutalol, alacepril, alprenolol, anlodipina, arotinolol, atenolol, azilsartana, bufenolol, benazepril, bepridil, betaxolol, bevantolol, bisoprolol, bopindolol, bucindolol, bupranolol, candersartana cilexetil, captopril, carteolol, carvedilol, celiprolol, cilazapril, delapril, dilevalol, enaprilato, enalapril, esmolol, fosinopril, imidapril, labetalol, landiolol, levobunolol, lisinopril, mepindolol, metipranolol, metoprolol, moexipril, nadolol, nebivolol, nipradilol, oxprenolol, penbutolol, pentopril, perindopril, pindolol, propranolol, quinapril, ramipril, sotalol, espirapril, talinolol, temocapril, tertatolol, timolol, trandolapril, zofenopril.
- Efeito da interação: Aumento do risco de hipoglicemia103.
- Medicamentos: acetohexamida, clorpropamida104, glicazida, glimepirida105, glipizida106, gliquidona, gliburida, nateglinida, tolazamida, tolbutamida.
- Efeito da interação: Diminuição do efeito diurético107, risco de hipercalemia108 ou possível nefrotoxicidade97.
- Medicamentos: amilorida, canrenoato, espironolactona, triamtereno.
- Efeito da interação: Diminuição do efeito anti-hipertensivo e aumento de risco de lesão109 renal45.
- Medicamentos: irbesartana, losartana, olmesartana medoxomil, tasosartana, telmisartana, valsartana.
- Efeito da interação: Aumento do risco de sangramento.
- Medicamentos: acenocumarol, anisindiona, desvenlafaxina, dicumarol, fenindiona, fenprocumona, varfarina.
- Efeito da interação: Aumento do risco de sangramento gastrintestinal e diminuição de efeito anti-hipertensivo.
- Medicamento: diltiazem, felodipina, flunarizina, gallopamil, isradipina,lacidipina, lidoflazina, manidipina, nicardipina, nifedipina, nilvadipina, nimodipina, nisoldipina, nitrendipina, pranidipina, verapamil.
- Efeito da interação: Aumento do risco de convulsão110.
- Medicamentos: levofloxacino, norfloxacino, ofloxacino,
- Efeito da interação: Toxicidade44 por lítio (fraqueza, tremor, sede excessiva, confusão).
- Medicamentos: lítio
- Efeito da interação: Diminuição do efeito do L-metilfolato
- Medicamentos: L-metilfolato
Interações Medicamento – alimento
A ingestão de alimentos não interfere na absorção e biodisponibilidade da droga. O efeito dos alimentos na absorção da nimesulida é mínimo. Recomenda-se tomar Cimelide® após as refeições. Não se aconselha a ingestão de alimentos que provoquem irritação gástrica (tais como abacaxi, laranja, limão, café e etc.) durante o tratamento com Cimelide®.
Interações Medicamento – substância química
Não se aconselha a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento.
Interações Medicamento – exame laboratorial
Gravidade: Menor
- Teste de sangue22 oculto nas fezes
- Efeito da interação: resultado falso positivo.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cimelide® comprimido deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do produto:
Comprimido amarelo a levemente amarelado, homogêneo na cor, circular, bicôncavo, liso e isento de materiais estranhos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Aconselha-se administrar Cimelide® comprimidos após as refeições. Recomenda-se que Cimelide®, assim como todos os anti-inflamatórios não-esteroidais, seja utilizado na sua menor dose efetiva possível e pelo menor período de tempo adequado ao tratamento planejado.
Uso para adultos e crianças acima de 12 anos: A dose mais recomendada corresponde a 50-100 mg, ou seja, meio a um comprimido que deve ser ingerido via oral junto a meio copo de água duas vezes ao dia. Nos casos excepcionais, pode-se alcançar até 200 mg duas vezes ao dia, que devem ser tomados pelo tempo mais breve possível.
Populações especiais:
Uso em pacientes com insuficiência renal60: Tem sido demonstrado que a nimesulida tem o mesmo perfil cinético em voluntários sadios e em pacientes com insuficiência renal60 moderada (clearance de creatinina61 de 30 a 80 mL/min). Nestes pacientes não há necessidade de ajuste de dose. Em casos de insuficiência renal60 grave o medicamento é contraindicado.
Uso em pacientes com insuficiência hepática63: O uso de nimesulida é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática63.
A segurança e eficácia de Cimelide® somente é garantida na administração por via oral. Os riscos de uso por via de administração não-recomendada são: a não-obtenção do efeito desejado e ocorrência de reações desagradáveis.
Dosagem máxima diária limitada a 4 comprimidos.
REAÇÕES ADVERSAS
Os efeitos adversos podem ser reduzidos utilizando-se a menor dose eficaz durante o menor período possível. Pacientes tratados com anti-inflamatórios não-esteroidais durante longo período de tempo devem ficar sob supervisão médica regular para monitoramento dos efeitos adversos.
Reação muito comum (> 1/10): diarréia100, náusea78 e vômito111.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): prurido112, rash113 e sudorese114 aumentada; constipação115, flatulência e gastrite116; tonturas117 e vertigens118; hipertensão87; edema119.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): eritema120 e dermatite121; ansiedade, nervosismo e pesadelo; visão122 borrada; hemorragia73, flutuação da pressão sanguínea e fogachos; disúria123, hematúria124 e retenção urinária125; anemia96 e eosinofilia126; hipersensibilidade; hipercalemia108; mal-estar e astenia127.
Reação muito rara (< 1/10.000): urticária68, edema angioneurótico128, edema119 facial, eritema multiforme129 e casos isolados de síndrome de Stevens-Johnson130 e necrólise epidérmica tóxica131; dor abdominal, dispepsia132, estomatite133, melena134, úlceras135 pépticas e perfuração ou hemorragia73 gastrintestinal que podem ser graves; cefaléia136, sonolência e casos isolados de encefalopatia137 (síndrome29 de Reye); outros distúrbios visuais e vertigem138; falência renal45, oligúria139 e nefrite140 intersticial141; casos isolados de púrpura142, pancitopenia143 e trombocitopenia95; anafilaxia144; casos isolados de hipotermia145.
A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem frequências conhecidas:
- Hepatobiliar146: alterações dos parâmetros hepáticos (transaminases), geralmente transitórias e reversíveis; casos isolados de hepatite147 aguda, falência hepática46 fulminante (algumas fatalidades foram relatadas), icterícia81 e colestase148.
- Respiratórios: casos isolados de reações anafiláticas149 como dispnéia150, asma89 e broncoespasmo66, principalmente em pacientes com histórico de alergia65 ao ácido acetilsalicílico e a outros AINEs.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Poucos casos de superdose intencional foram relatados e sem sinais25 de intoxicação.
Os sintomas26 após superdoses agudas com anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são usualmente limitados à letargia151, sonolência, náusea78, vômito111, dor epigástrica, alteração visual e tontura152, que são geralmente reversíveis com tratamento de suporte. Sangramento gastrintestinal pode ocorrer. Hipertensão arterial153 , insuficiência renal60 aguda, depressão respiratória e coma154 podem ocorrer, mas são eventos raros. Reações anafilactóides foram relatadas com ingestão terapêutica64 de AINEs e podem ocorrer após uma superdose.
Os pacientes devem ter tratamento sintomático8 (lavagem gástrica155, investigação e restauração do balanço hidroeletrolítico156) e de suporte após superdose com AINEs. Não há antídotos específicos. Não há informação disponível em relação à remoção da nimesulida por hemodiálise157, mas baseado no seu elevado grau de ligação com proteínas51 plasmáticas (mais de 97,5%), a diálise158 não é provavelmente útil na superdose. A emese159 e/ou carvão ativado (60 a 100 g em adultos) e/ou catártico osmótico160 podem ser indicados em pacientes observados no período de 4 horas da ingestão com sintomas26 ou após uma superdose maior. Diurese161 forçada, alcalinização da urina58, hemodiálise157 ou hemoperfusão não podem ser úteis devido à elevada ligação com proteínas51. As funções renais e hepáticas70 devem ser monitoradas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS 1.4381.0059
Farm. Resp.: Charles Ricardo Mafra
CRF-MG 10.883
Fabricado por:
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