

Besilato de Anlodipino (Comprimidos 5 mg e 10 mg) (Bula do profissional de saúde)
EMS S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
besilato de anlodipino
Comprimidos 5 mg e 10 mg
Medicamento genérico Lei n° 9.787 de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimidos
Embalagens com 20 ou 30 comprimidos e embalagem fracionável com 60 ou 90 comprimidos
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de 5 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 5 mg de anlodipino) | 6,935 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: croscarmelose sódica, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, estearato de magnésio e celulose microcristalina.
Cada comprimido de 10 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 10 mg de anlodipino) | 13,870 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: croscarmelose sódica, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, estearato de magnésio, celulose microcristalina, corante alumínio laca amarelo tartrazina n° 5.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Hipertensão2
O besilato de anlodipino é indicado como fármaco3 de primeira linha no tratamento da hipertensão2, podendo ser utilizado na maioria dos pacientes como agente único de controle da pressão sanguínea. Pacientes que não são adequadamente controlados com um único agente anti-hipertensivo (diferente do anlodipino) podem ser beneficiados com a adição de anlodipino, que tem sido utilizado em combinação com diuréticos4 tiazídicos, alfa- bloqueadores, agentes betabloqueadores adrenérgicos5 ou inibidores da enzima6 conversora da angiotensina (ECA).
Angina7 Estável Crônica
O besilato de anlodipino é indicado no tratamento da isquemia8 miocárdica como fármaco3 de primeira linha, devido tanto à obstrução fixa (angina7 estável) e/ou vasoespasmo/vasoconstrição9 (angina7 de Prinzmetal ou angina7 variante) da vasculatura coronária. O besilato de anlodipino pode ser utilizado em situações clínicas sugestivas, mas não confirmadas, de possível componente vasoespástico/vasoconstritor. Pode ser utilizado isoladamente, como monoterapia, ou em combinação com outros fármacos antianginosos em pacientes com angina7 refratária a nitratos e/ou doses adequadas de betabloqueadores.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Uso em Pacientes com Doença Arterial Coronária16
Os efeitos do anlodipino na morbidade10 e mortalidade11 cardiovascular, a progressão de aterosclerose12 coronária e aterosclerose12 carótida foram estudados no estudo clínico Avaliação Prospectiva Randomizada dos Efeitos Vasculares13 do Norvasc® (PREVENT - Prospective Randomized Evaluation of the Vascular14 Effects of Norvasc Trial). Este estudo multicêntrico, randomizado15, duplo-cego, placebo16-controlado, acompanhou por 3 anos 825 pacientes com doença arterial coronária (DAC) definida angiograficamente. A população incluiu pacientes com infarto17 prévio do miocárdio18 (IM) (45%), angioplastia19 coronária percutânea transluminal (ACPT) na linha de base (42%) e história de angina7 (69%). A gravidade da DAC variou de 1 vaso doente (45%) a 3 ou mais vasos doentes (21%). Os pacientes com hipertensão2 não controlada (pressão arterial diastólica20 [PAD] > 95 mmHg) foram excluídos do estudo. Um comitê de avaliação de desfecho avaliou, de modo cego, os principais eventos cardiovasculares. Embora não tenha existido nenhum efeito demonstrável da velocidade de progressão das lesões21 na artéria22 coronária, o anlodipino impediu a progressão do espessamento da íntima-média da carótida. Foi observada uma redução significante (-31%) em pacientes tratados com anlodipino no desfecho combinado de morte cardiovascular, infarto do miocárdio23, derrame24, angioplastia19 coronária percutânea transluminal (ACPT), revascularização cirúrgica do miocárdio18 (CABG - coronary artery by-pass graft), hospitalização para angina7 instável e piora da insuficiência cardíaca congestiva25. Uma redução significante (-42%) nos procedimentos de revascularização (ACPT e revascularização cirúrgica do miocárdio18) também foi observada em pacientes tratados com anlodipino. Foi observado um número de hospitalizações (-33%) menor para angina7 instável em pacientes tratados quando comparado ao grupo placebo16.
A eficácia do anlodipino na prevenção de eventos clínicos em paciente com DAC foi avaliada de forma independente, multicêntrico, randomizado15, duplo-cego, controlado por placebo16 em 1997 pacientes, a comparação de anlodipino versus enalapril para limitar a ocorrência de trombose26 (CAMELOT). Destes pacientes, 663 foram tratados com anlodipino de 5 mg e 10 mg e 665 paciente foram tratados com o placebo16, em adição ao tratamento padrão das estatinas, betabloqueadores, diuréticos4, e aspirina, por 2 anos. Os resultados da eficácia são apresentados na Tabela 1. Os resultados indicam que o tratamento com anlodipino foi associado com menos hospitalizações com angina7 e procedimentos de revascularização em pacientes com DAC.
Tabela 1. Incidência27 de desfechos clínicos significativos no estudo CAMELOT
CAMELOT |
|||
Resultados Clínicos N (%) |
Anlodipino |
Placebo16 |
Redução de risco |
Desfecho Cardiovascular |
110 |
151 |
31% |
Hospitalização por Angina7 |
51 |
84 |
42% |
Revascularização Coronária |
78 |
103 |
27% |
*1) Definido no estudo CAMELOT como a morte cardiovascular, enfarte do miocárdio18 não fatal, parada cardíaca com ressuscitação, revascularização coronária, hospitalização por angina7 de peito28, hospitalização por CHF, acidente vascular cerebral29 fatal ou não fatal ou ataque isquêmico30 transitório (AIT), qualquer diagnóstico31 das doenças vasculares13 periféricas doença (DVP) em um sujeito não previamente diagnosticado como tendo DVP ou qualquer admissão para um processo para o tratamento de DVP.
2) O desfecho cardiovascular composta (CV) foi o objetivo primário de eficácia em CAMELOT.
Uso em Pacientes com Insuficiência Cardíaca3217
Estudos hemodinâmicos e estudos clínicos controlados baseados na resposta ao exercício em pacientes portadores de insuficiência cardíaca32 classes NYHA II a IV, demonstraram que o anlodipino não levou a uma deterioração clínica quando avaliada em relação à tolerância ao exercício, fração de ejeção ventricular esquerda e sintomatologia clínica.
Um estudo placebo16 controlado (PRAISE) para avaliar pacientes portadores de insuficiência cardíaca32 classes NYHA III e IV recebendo digoxina, diuréticos4 e inibidores da enzima6 conversora de angiotensina (ECA) demonstrou que o anlodipino não leva a um aumento no risco da mortalidade11 ou mortalidade11 e morbidade10 combinadas em pacientes com insuficiência cardíaca32.
Em um estudo placebo16-controlado com anlodipino, de acompanhamento de longo prazo (PRAISE-2), em pacientes com insuficiência cardíaca32 classes NYHA III e IV, sem sintomas33 clínicos ou sinais34 sugestivos de doença isquêmica pré-existente, em doses estáveis de inibidores da ECA, digitálicos e diuréticos4, o anlodipino não teve qualquer efeito na mortalidade11 total ou cardiovascular. Nesta mesma população, o anlodipino foi associado a um aumento de relatos de edema pulmonar35, apesar de não existir qualquer diferença significante na incidência27 de piora da insuficiência cardíaca32 quando comparada ao placebo16.
Referências
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- Chrysant SG, Chrysant C, Trus J, Hitchcock A. Antihypertensive effectiveness of amlodipine in combination with hydrochlorothiazide. Am J Hypertens 1989;2:537-541.
- Glasser SP, Chrysant SG, Graves J, Rofman B, Koehn DK. Safety and efficacy of amlodipine added to hydrochlorothiazide therapy in essential hypertension. Am J Hypertens 1989;2:154-157.
- Maclean D, Mitchell ET, Wilcox RG, Walker P, Tyler HM. A double-blind crossover comparison of amlodipine and placebo16 added to captopril in moderate to severe hypertension. J Cardiovasc Pharmacol 1988;12 [Suppl 7]:S85-S88.
- Glasser SP, West TW. Clinical safety and efficacy of once-a-day amlodipine for chronic stable angina7 pectoris. Am J Cardiol 1988;62:518-522.
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- Thadani U, Wombolt DG, Chesnie BM, et al. Amlodipine: a once daily calcium antagonist in the treatment of angina7 pectoris: a parallel dose- response, placebo16-controlled study. Am Heart J 1989;118:1135.
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- Packer M, O’Connor CM, Ghali JK, Pressler ML, Carson PE, Belkin RN, Miller AB, Neuberg GW, Frid D, Wertheimer JH, Cropp AB, DeMets DL. Effect of amlodipine on morbidity and mortality in severe chronic heart failure.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
O anlodipino é um inibidor do influxo do íon36 de cálcio (bloqueador do canal lento de cálcio ou antagonista37 do íon36 cálcio) e inibe o influxo transmembrana do íon36 cálcio para o interior da musculatura lisa cardíaca e vascular14.
O mecanismo da ação anti-hipertensiva do anlodipino deve-se ao efeito relaxante direto na musculatura vascular14 lisa. O mecanismo preciso pelo qual o anlodipino alivia a angina7 não está completamente definido, mas reduz o grau de isquemia8 total pelas duas seguintes ações:
- O anlodipino dilata as arteríolas38 periféricas e, desta maneira, reduz a resistência periférica39 total (pós-carga) contra o trabalho cardíaco. Uma vez que a frequência cardíaca permanece estável, esta redução de carga diminui o consumo de energia miocárdica e a necessidade de oxigênio.
- O mecanismo de ação do anlodipino também envolve, provavelmente, a dilatação das artérias coronárias40 principais e arteríolas38 coronárias, tanto em regiões normais e isquêmicas. Esta dilatação aumenta a liberação de oxigênio no miocárdio18 em pacientes com espasmo41 coronariano arterial (angina7 de Prinzmetal ou angina7 variante) e abranda a vasoconstrição9 coronariana induzida pelo fumo.
Em pacientes com hipertensão2, a dose única diária proporciona reduções clinicamente significantes na pressão sanguínea durante o intervalo de 24 horas, tanto nas posições supina quanto do indivíduo em pé. Devido ao lento início de ação, a hipotensão42 aguda não constitui uma característica da administração de anlodipino.
Em pacientes com angina7, a administração de dose única diária de anlodipino aumenta o tempo total de exercício, tempo de início da angina7 e tempo para atingir 1 mm de depressão no segmento ST, e diminuir tanto a frequência de crises anginosas e o consumo de comprimidos de nitroglicerina.
O anlodipino não foi associado a qualquer efeito metabólico adverso ou alteração nos lípides plasmáticos, sendo adequada para uso em pacientes com asma43, diabetes44 e gota45.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção
Após administração oral de doses terapêuticas, o anlodipino é bem absorvido com picos plasmáticos entre 6 e 12 horas após a dose. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e 80%. O volume de distribuição é de aproximadamente 21 L/kg. A absorção não é alterada pela ingestão de alimentos.
Os estudos in vitro demonstram que cerca de 97,5% do anlodipino circulante está ligado ás proteínas46 plasmáticas.
Biotransformação/Eliminação
A meia-vida de eliminação terminal plasmática é de cerca de 35 a 50 horas, e é consistente com a dose única diária. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são obtidos após 7 a 8 dias de doses consecutivas. O anlodipino é amplamente metabolizado no fígado47 em metabólitos48 inativos, com 10% do fármaco3 inalterado e 60% dos metabólitos48 excretados na urina49.
Uso em Pacientes Idosos
O tempo para alcançar o pico de concentração plasmática do anlodipino é similar para indivíduos jovens e idosos. Em pacientes idosos, o clearance tende a estar diminuído, resultando em aumentos na área sob a curva (AUC50) e na meia-vida de eliminação plasmática. Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva25 (ICC), aumentos na área sob a curva (AUC50) e na meia-vida de eliminação ocorreram conforme o esperado para pacientes51 com a idade do grupo estudado.
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICOS
Carcinogênese, Mutagênese, Diminuição da Fertilidade
Ratos e camundongos tratados com anlodipino na dieta por 2 anos, em concentrações calculadas para fornecer níveis de dose diária de 0,5; 1,25 e 2,5 mg/kg/dia, não demonstraram evidência de carcinogenicidade. A dose mais alta (similar no caso de camundongos, e o dobro* no caso ratos, à dose clínica máxima recomendada de 10 mg na base de mg/m2) estava próxima à dose máxima tolerada por camundongos, mas não por ratos.
Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados ao fármaco3, mesmo em níveis de genes ou cromossomos52.
Não houve efeito na fertilidade de ratos tratados com anlodipino (machos por 64 dias e fêmeas por 14 dias antes da reprodução53) em doses até 10 mg/kg/dia (8 vezes* a dose máxima recomendada para humanos de 10 mg, na base de mg/m2).
*com base no peso do paciente de 50 kg.
CONTRAINDICAÇÕES
O besilato de anlodipino é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade às diidropiridinas* ou a qualquer componente da fórmula.
*o anlodipino é um bloqueador do canal de cálcio diidropiridino.
Besilato de anlodipino é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez54. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
ATENÇÃO: Este produto, na concentração de 10 mg, contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma43 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Uso em Pacientes com Insuficiência Cardíaca32
Em um estudo placebo16-controlado de longo prazo com anlodipino (PRAISE-2) em pacientes com insuficiência cardíaca32 de etiologia55 não isquêmica classes III e IV da New York Heart Association (NYHA), o anlodipino foi associado a um aumento de relatos de edema pulmonar35, apesar de não existir nenhuma diferença significante na incidência27 de piora da insuficiência cardíaca32 quando comparado com o placebo16 (vide item 3. Características Farmacológicas - Propriedades Farmacodinâmicas).
Uso em Pacientes na Insuficiência Hepática56
Assim como com todos os antagonistas de cálcio, a meia-vida do anlodipino é prolongada em pacientes com insuficiência hepática56 e as recomendações posológicas neste caso não estão estabelecidas. Portanto, o fármaco3 deve ser administrado com cautela nestes pacientes.
Fertilidade, Gravidez54 e Lactação57
A segurança do anlodipino na gravidez54 humana ou lactação57 não foi estabelecida. O anlodipino não demonstrou toxicidade58 em estudos reprodutivos em animais, a não ser atraso do parto e prolongamento do trabalho de parto em ratos, em níveis de dose 50 vezes superiores à dose máxima recomendada em humanos. Consequentemente, o uso na gravidez54 é recomendado apenas quando não existir alternativa mais segura e quando a doença por si só acarreta risco maior para a mãe e para o feto59. Não houve efeito sobre a fertilidade de ratos tratados com anlodipino (vide item 3. Características Farmacológicas - Dados de Segurança Pré-Clínicos).
A experiência em seres humanos indica que o anlodipino é transferido para o leite materno humano. A proporção da concentração média de anlodipino de leite/plasma60 em 31 mulheres lactantes61 com hipertensão2 induzida pela gravidez54 foi de 0,85 após a administração de anlodipino numa dose inicial de 5 mg uma vez por dia, que foi ajustada conforme necessário (dose diária média e dose diária ajustada por peso corporal: 6 mg e 98,7 mcg/kg, respectivamente). A dose diária estimada de anlodipino no lactente62 através do leite materno foi de 4.17 mcg/kg.
O besilato de anlodipino é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez54. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
A experiência clínica com anlodipino indica que é improvável o comprometimento da habilidade de dirigir ou operar máquinas.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
ATENÇÃO: Este produto, na concentração de 10 mg, contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma43 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O anlodipino tem sido administrado com segurança com diuréticos4 tiazídicos, alfa-bloqueadores, betabloqueadores, inibidores da enzima6 conversora de angiotensina (ECA), nitratos de longa ação, nitroglicerina sublingual, anti-inflamatórios não esteroides, antibióticos e hipoglicemiantes orais63.
Dados in vitro de estudos com plasma60 humano indicam que o anlodipino não afeta a ligação às proteínas46 dos fármacos testados (digoxina, fenitoína, varfarina ou indometacina).
sinvastatina: a coadministração de múltiplas doses de 10 mg de anlodipino com 80 mg de sinvastatina resultou em um aumento de 77% na exposição à sinvastatina em comparação com a sinvastatina isolada. Limitar a dose de sinvastatina em pacientes utilizando anlodipino 20 mg diariamente.
Suco de Grapefruit: a coadministração de 240 mL de suco de grapefruit com uma dose oral única de anlodipino 10 mg em 20 voluntários sadios não teve efeito significativo na farmacocinética do anlodipino. O estudo não permitiu a avaliação do efeito do polimorfismo genético no CYP3A4, a enzima6 primária responsável pelo metabolismo64 do anlodipino; portanto a administração de anlodipino com grapefruit ou suco de grapefruit não é recomendada uma vez que a biodisponibilidade pode ser aumentada em alguns pacientes resultando em maiores efeitos de redução da pressão sanguínea.
Inibidores de CYP3A4: a coadministração de uma dose diária de 180 mg de diltiazem com 5 mg de anlodipino em pacientes idosos hipertensos (69 a 87 anos de idade) resultou em um aumento de 57% na exposição sistêmica do anlodipino. A coadministração de eritromicina a voluntários sadios (18 a 43 anos de idade) não mudou significativamente a exposição sistêmica do anlodipino (22% de aumento na área sob a curva de concentração versus tempo [AUC50]). Embora a relevância clínica desses achados seja incerta, as variações farmacocinéticas podem ser mais pronunciadas em pacientes idosos.
Inibidores fortes da CYP3A4 (por ex. cetoconazol, itraconazol, ritonavir) podem aumentar as concentrações plasmáticas do anlodipino por uma extensão superior ao diltiazem. O anlodipino deve ser usado com cautela quando administrado com inibidores da CYP3A4.
claritromicina: a claritromicina é um inibidor de CYP3A4. Existe um risco maior de hipotensão42 em pacientes recebendo claritromicina com anlodipino. Recomenda-se observação atenta de pacientes quando o anlodipino for coadministrado com claritromicina.
Indutores de CYP3A4: não há dados disponíveis relacionados ao efeito dos indutores de CYP3A4 sobre o anlodipino. O uso concomitante de indutores de CYP3A4 (por ex. rifampicina, Hypericum perforatum) pode diminuir as concentrações plasmáticas de anlodipino. O anlodipino deve ser usado com cautela quando administrado com indutores de CYP3A4.
Nos estudos a seguir, não há alterações significativas na farmacocinética tanto do anlodipino quanto da outra droga do estudo, quando os mesmos são coadministrados.
Estudos especiais: Efeito de Outros Agentes sobre o Anlodipino
Cimetidina: a coadministração de anlodipino com cimetidina não alterou a farmacocinética do anlodipino.
Alumínio/Magnésio (antiácido65): a coadministração de alumínio/magnésio (antiácido65) com uma dose única de anlodipino não teve efeito significante na farmacocinética do anlodipino.
Sildenafila: uma dose única de 100 mg de sildenafila em indivíduos com hipertensão2 essencial não teve efeito nos parâmetros farmacocinéticos do anlodipino. Quando o anlodipino e a sildenafila foram usados em combinação, cada agente, independentemente, exerceu seu efeito próprio na diminuição da pressão sanguínea.
Estudos Especiais: Efeito do Anlodipino sobre Outros Agentes
Atorvastatina: a coadministração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino e 80 mg de atorvastatina não resultou em mudança significante nos parâmetros farmacocinéticos no estado de equilíbrio (steady state) da atorvastatina.
Digoxina: a coadministração de anlodipino e digoxina não alterou os níveis séricos ou o clearance renal66 de digoxina nos voluntários sadios.
Etanol (álcool): dose única e doses múltiplas de 10 mg de anlodipino não tiveram efeito significante na farmacocinética do etanol.
Varfarina: a coadministração de anlodipino com varfarina não alterou o tempo de resposta de protombina da varfarina.
Ciclosporina: nenhum estudo de interação medicamentosa foi conduzido com a ciclosporina e o anlodipino em voluntários saudáveis ou outras populações com exceção dos pacientes com transplante renal66. Vários estudos com os pacientes com transplante renal66 relataram que a coadministração de anlodipino com ciclosporina afeta as concentrações mínimas de ciclosporina desde nenhuma alteração até um aumento médio de 40%. Deve-se considerar o monitoramento dos níveis de ciclosporina em pacientes com transplante renal66 que recebem anlodipino.
Tacrolimo: existe um risco de aumento nos níveis de tacrolimo no sangue67 quando coadministrado com anlodipino. A fim de evitar a toxicidade58 do tacrolimo, a administração do anlodipino em um paciente tratado com tacrolimo exige monitoramento dos níveis de tacrolimo no sangue67 e ajuste da dose do tacrolimo, quando apropriado.
Alvo Mecânico dos Inibidores da rapamicina (mTOR): os inibidores de mTOR, tais como, sirolimo, tensirolimo e everolimo são substratos da CYP3A. O anlodipino é um inibidor fraco da CYP3A. Com a utilização concomitante de inibidores de mTOR, o anlodipino pode aumentar a exposição dos inibidores de mTOR.
Medicamento/Interações em Testes Laboratoriais: desconhecidas.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
O besilato de anlodipino deve ser conservado em temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco. O besilato de anlodipino pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Besilato de anlodipino 5 mg: comprimido branco, circular, biconvexo e monossectado. Besilato de anlodipino 10 mg: comprimido amarelo, circular, biconvexo e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
POSOLOGIA E MODO DE USAR
O besilato de anlodipino deve ser ingerido com quantidade de líquido suficiente para deglutição68, com ou sem alimentos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
No tratamento da hipertensão2 e da angina7, a dose inicial usual de besilato de anlodipino é de 5 mg 1 vez ao dia, podendo ser aumentada para uma dose máxima de 10 mg, dependendo da resposta individual do paciente.
Não é necessário ajuste de dose de besilato de anlodipino na administração concomitante com diuréticos4 tiazídicos, betabloqueadores e inibidores da enzima6 conversora da angiotensina (ECA).
Uso em Pacientes Idosos
Os regimes posológicos habituais são recomendados. Besilato de anlodipino usado em doses semelhantes em idosos e jovens é igualmente bem tolerado.
Uso em Crianças
A eficácia e segurança de besilato de anlodipino em crianças não foram estabelecidas.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática56
Vide item 5. Advertências e Precauções.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal69
Besilato de anlodipino pode ser empregado nas doses habituais em paciente com insuficiência renal69. Alterações nas concentrações plasmáticas do anlodipino não estão relacionadas ao grau de insuficiência renal69. O anlodipino não é dialisável.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de administrar o besilato de anlodipino no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
REAÇÕES ADVERSAS
Besilato de anlodipino é bem tolerado. Em estudos clínicos placebo16-controlados envolvendo pacientes com hipertensão2 ou angina7, os efeitos colaterais70 mais comumente observados foram:
Classificação por Sistema de Órgãos (MedDRA) |
Efeitos Indesejáveis |
Distúrbios do Sistema Nervoso71 |
dores de cabeça72, tontura73, sonolência |
Distúrbios Cardíacos |
palpitações74 |
Distúrbios Vasculares13 |
rubor |
Distúrbios Gastrintestinais |
dor abdominal, náusea75 |
Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração |
edema76, fadiga77 |
Distúrbios Sanguíneos e Sistema Linfático78 |
leucopenia79, trombocitopenia80 |
Distúrbios do Metabolismo64 e Nutrição81 |
hiperglicemia82 |
Distúrbios Psiquiátricos |
insônia, humor alterado |
Distúrbios do Sistema Nervoso71 |
hipertonia83, hipoestesia84/parestesia85, neuropatia periférica86, síncope87, disgeusia88, tremor, transtorno extrapiramidal |
Distúrbios Visuais |
deficiência visual |
Distúrbios do Ouvido e Labirinto89 |
tinido |
Distúrbios Vasculares13 |
hipotensão42, vasculite90 |
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinal |
tosse, dispneia91, rinite92 |
Distúrbios Gastrintestinal |
Mudança da função intestinal, boca93 seca, dispepsia94 (incluindo gastrite95), hiperplasia96 gengival, pancreatite97, vômito98 |
Distúrbios da Pele99 e do Tecido Subcutâneo100 |
alopecia101, hiperidrose102, púrpura103, descoloração da pele99, urticária104 |
Distúrbios Musculoesqueléticos e Tecido Conjuntivo105 |
artralgia106, dor nas costas107, espasmos108 musculares, mialgia109 |
Distúrbios Renais e Urinários |
polaciúria, distúrbios miccionais, noctúria |
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e Mamas110 |
ginecomastia111, disfunção erétil |
Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração |
astenia112, mal estar, dor |
Investigações |
aumento/redução de peso |
Nestes estudos clínicos não foram observados padrões de anormalidades laboratoriais clinicamente significantes relacionados ao anlodipino. Os efeitos colaterais70 menos comumente observados na experiência pós-comercialização incluem:
Os eventos raramente relatados foram as reações alérgicas, incluindo prurido113, rash114, angioedema115 e eritema multiforme116.
Foram raramente relatados casos de hepatite117, icterícia118 e elevações da enzima6 hepática119 (a maioria compatível com colestase120). Alguns casos graves requerendo hospitalização foram relatados em associação ao uso do anlodipino. Em muitos casos, a relação de causalidade é incerta.
Assim como com outros bloqueadores do canal de cálcio, os seguintes eventos adversos foram raramente relatados e não podem ser distinguidos da história natural da doença de base: infarto do miocárdio23, arritmia121 (incluindo bradicardia122, taquicardia123 ventricular e fibrilação atrial) e dor torácica.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Os dados disponíveis sugerem que uma grande superdose poderia resultar em excessiva vasodilatação periférica e possível taquicardia123 reflexa. Foi relatada hipotensão42 sistêmica acentuada e provavelmente prolongada, incluindo choque124 com resultado fatal. A administração de carvão ativado a voluntários sadios imediatamente ou até 2 horas após a administração de 10 mg de anlodipino demonstrou uma diminuição significante na absorção do anlodipino. Em alguns casos, lavagem gástrica125 pode ser útil. Uma hipotensão42 clinicamente significante devido à superdose do anlodipino requer medida ativa de suporte cardiovascular, incluindo monitoramento frequente das funções cardíaca e respiratória, elevação das extremidades, atenção para o volume de fluido circulante e eliminação urinária. Um vasoconstritor pode ser útil na recuperação do tônus vascular14 e pressão sanguínea, desde que o uso do mesmo não seja contraindicado. Gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na reversão dos efeitos dos bloqueadores do canal de cálcio. Uma vez que a anlodipino é altamente ligado às proteínas46 plasmáticas, a diálise126 não constitui um benefício para o paciente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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