Soro Antirrábico (Bula do profissional de saúde)
INSTITUTO VITAL BRAZIL S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Soro1 Antirábico
imunoglobulina2 anti-rábica
Injetável 1000 UI/5 mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Cartucho com 50 ampolas de 5 mL
VIA INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada ampola de soro1 antirábico 5 mL contém:
Fração F(ab’)2 de imunoglobulinas3 de origem equina que neutralizam, no mínimo, 1.000 UI (soroneutralização em camundongo) | |
veículo q.s.p. | 5 mL |
Veículo: fenol, cloreto de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE4
INDICAÇÕES
O soro1 antirábico é indicado principalmente em casos de ferimentos graves provocados pela mordedura de animal suspeito. A gravidade potencial da lesão5 está condicionada à riqueza de terminações nervosas existentes na região da mordedura ou outro tipo de contato (lambedura). São consideradas lesões6 graves as mordeduras: na face7, cabeça8, mãos9 e pés; ferimentos múltiplos ou extensos; ferimentos profundos; lambedura de mucosas10.
Nas circunstâncias acima, a administração do soro1 antirábico dilata o período de incubação11 da doença proporcionando um tempo mais longo para a instalação de imunidade12 ativa induzida pela vacina13 que deve ser aplicada concomitantemente.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Não há ensaios clínicos14 controlados para a avaliação de eficácia do soro1 antirábico, que é de origem equina (heteróloga), porém a sua capacidade em neutralizar as atividades tóxicas do vírus15 é comprovada através de modelos animais de laboratório e pelo uso sistêmico16 em pacientes ao longo do tempo de fornecimento deste medicamento ao SUS.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O soro1 antirábico é uma solução que contém imunoglobulinas3 (IgG) purificadas, obtidas a partir de plasma17 de equinos hiperimunizados com vírus15 rábico fixo.
A ação farmacológica do soro1 antirábico consiste na neutralização do vírus15 rábico fixo.
Quanto mais precoce for a administração do soro1, maior será o seu potencial terapêutico, desta forma, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
CONTRAINDICAÇÕES
O soro1 antirábico não possui contraindicações, porém, nos pacientes com antecedentes alérgicos à proteína de origem equina ou aos componentes da fórmula, a injeção intramuscular18 do soro1 antirábico deve ser feita com assistência médica, para o controle de possíveis reações adversas à soroterapia.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Solicitar informações ao paciente quanto ao uso de soro1 heterólogo de origem equina (antirrábico, antitetânico, antiaracnídico, antiescorpiônico e antiofídicos) e problemas alérgicos de causas diversas. Face7 a afirmações positivas, considerar o potencial de reações adversas.
O soro1 antirábico pode ser usado em idosos, crianças e demais grupos de risco desde que seja com assistência médica.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A interação com outros medicamentos não impede a utilização do soro1 antirrábico, porém todo medicamento que estiver sendo utilizado pelo paciente deve ser informado ao médico.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
O soro1 antirábico deve ser armazenado sob refrigeração, entre 2 e 8 °C. Evitar congelamento. Uma vez aberta a ampola, o soro1 deve ser utilizado imediatamente.
O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
O soro1 antirábico é uma solução límpida, incolor a levemente amarelada, livre de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
O soro1 antirábico deve ser administrado, o mais precocemente possível, conforme instruções abaixo.
A dose indicada é de 40 UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar na(s) lesão5(ões) a maior quantidade possível da dose do soro1. Quando as lesões6 forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída, o menos possível, em soro1 fisiológico19, para que todas as lesões6 sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea20.
Quando não se dispuser do soro1 ou de sua dose total, aplicar a parte disponível. Iniciar imediatamente a vacinação e administrar o restante do soro1 recomendado antes da aplicação da 3ª dose da vacina13 de cultivo celular. Após esse prazo, o soro1 não é mais necessário.
O uso do soro1 não é necessário quando o paciente recebeu esquema profilático completo. No entanto, em situações especiais, como no caso de pacientes imunodeprimidos ou de dúvidas com relação ao esquema profilático anterior, se houver indicação, o soro1 deve ser recomendado.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas constituem expressão clínica dos mecanismos de hipersensibilidade ao soro1, decorrentes da presença de imunoglobulinas3 de natureza equina. As reações mais comuns são benignas, fáceis de tratar e apresentam boa evolução. A possibilidade de ocorrência dessas reações nunca contraindica a prescrição do soro1. Os eventos adversos que podem ocorrer após administração do soro1 heterólogo são os seguintes:
Manifestações gerais: urticária21, tremores, tosse,náuseas22, dor abdominal, prurido23 e rubor facial.
Manifestações locais (comum>1/100 e < 1/10): dor, edema24, hiperemia25 e, mais raramente, abscesso26. São as manifestações mais comuns, normalmente de caráter benigno.
Manifestações imediatas (muito raro>1/10.000): choque anafilático27. É uma manifestação rara que pode ocorrer nas primeiras 2 horas após a aplicação. Os sintomas28 mais comuns são formigamento nos lábios, palidez, dispneia29, edemas30, exantemas31, hipotensão32 e perda de consciência.
Manifestações tardias (raro> 1/10.000 e <1/1.000): ocorrem com mais frequência atéa segunda semana após a aplicação do soro1. Doença do Soro1 – caracterizada por edema24 e eritema33 no local de aplicação do soro1, febre34, mioartralgia (poliartrite serosa), astenia35, cefaleia36, sudorese37, desidratação38, exantema39 com máculas40 e pápulas41 pruriginosas42, infartamento e inflamações43 ganglionares e, mais raramente, vasculite44 e nefrite45. Reação de Arthus – caracterizada por vasculite44 local acompanhada de necrose46, dor, tumefação47, rubor, necrose46 e úlcerasprofundas. Também é um quadro muito raro.
Em casos de eventos adversos, notifique peloSistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação de superdosagem do soro1 antirrábico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA PROIBIDA AO COMÉRCIO
Registro M.S. nº 1.0407.0100
Farm. Resp.: Dr. Jorge Luiz Coelho Mattos CRF-RJ nº 3.083
Registrado e Fabricado por:
INSTITUTO VITAL BRAZIL S/A
Rua Maestro José Botelho, 64 – Vital Brazil Niterói – Rio de Janeiro - RJ
CNPJ: 30.064.034/0001-00
Indústria Brasileira
SAC 0800 0221036