Preço de Ceci em Cambridge/SP: R$ 103,71

Bula do paciente Bula do profissional

Ceci
(Bula do profissional de saúde)

LIBBS FARMACÊUTICA LTDA

Atualizado em 14/02/2024

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Ceci
estradiol + drospirenona
Comprimido 1 mg + 2 mg

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Comprimido revestido
Embalagem com 28 ou 84 comprimidos

USO ORAL
USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Ceci® contém:

estradiol (correspondente a 1,033 mg de estradiol hemi-hidratado) 1 mg
drospirenona 2 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: povidona, lactose1 monoidratada, amido, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro vermelho, óxido de ferro amarelo, azul de indigotina, álcool polivinílico, talco, mica e polissorbato 80.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2

INDICAÇÕES

Terapia de reposição hormonal (TRH) para sintomas3 de deficiência de estrogênio em mulheres pós- menopausadas há mais de um ano; prevenção de osteoporose4 pós-menopausal em mulheres com risco de fraturas por osteoporose4 aumentada.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Três estudos (96082, 97182 e 96097) mostraram superioridade de estradiol + drospirenona em comparação ao placebo5 na diminuição da frequência e da intensidade dos sintomas3 climatéricos. O estudo fase II/III 96082 mostrou que placebo5 reduziu as ondas de calor em 45% e estradiol + drospirenona reduziu em 90%. O estudo 97182 mostrou que estradiol + drospirenona diminuiu a prevalência6 de ondas de calor, de 70% na linha basal para menos de 30% na 4ª semana e para menos de 10% na 12ª semana, mantendo a prevalência6 em cerca de 5% ao fim de dois anos de tratamento.

Em um estudo clínico com 1.142 pacientes foi observada atrofia7/inativação do endométrio8 em 72% a 77% das mulheres após 12 meses de tratamento com estradiol + drospirenona. Esta associação opõe-se efetivamente ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial9 induzida por estrógeno10. Em um subgrupo deste estudo foi demonstrado perfil lipídico11 com diminuição de todas as frações do colesterol12.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

FARMACODINÂMICA

Ceci® contém 17-beta-estradiol, que é química e biologicamente idêntico ao estrogênio (E2) humano endógeno (natural), e o progestógeno sintético drospirenona (DRSP). O 17-beta-estradiol propicia reposição hormonal durante e após o climatério13. A adição de drospirenona (DRSP) auxilia na promoção do controle de sangramento e contrapõe-se ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial9 causada por estrogênios.

– estradiol

A perda da função ovariana, acompanhada por depleção14 da produção de estrogênio e progesterona, leva à síndrome15 menopausal caracterizada por sintomas3 vasomotores e orgânicos. A terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para eliminar estes sintomas3.

De todos os estrogênios fisiológicos, o E2 é o mais potente e com maior afinidade pelo receptor de estrogênio. Órgãos-alvo do estrogênio incluem, particularmente, útero16, hipotálamo17, hipófise18, vagina19, mamas20 e ossos (osteoclastos21).

Outros efeitos dos estrogênios incluem redução das concentrações sanguíneas de insulina22 e glicose23, efeitos vasoativos locais mediados por receptores e efeitos independentes do receptor sobre o músculo liso vascular24. Receptores de estrogênio foram identificados no coração25 e nas artérias26 coronarianas.

A administração oral de estrogênios naturais é vantajosa em certos casos de hipercolesterolemia27, com a finalidade de maximizar os efeitos benéficos do metabolismo28 hepático sobre os lipídeos.

Após um ano de tratamento com Ceci® estradiol + drospirenona, as alterações médias nos níveis de HDL29- colesterol12 foram pequenas, com leve aumento de 1,1% para a associação com 1 mg de DRSP e leve diminuição de -1,6% e -3,4% para a associação com 2 mg e 3 mg de DRSP, respectivamente. Os níveis séricos de LDL30-colesterol12 diminuíram em média -11% (1 mg DRSP), -14% (2 mg DRSP) e -13% (3 mg DRSP) quando comparados a diminuição de -9% após um ano de tratamento com 1 mg de E2 isoladamente. A associação com DRSP parece atenuar o aumento nos níveis de triglicérides31 promovido pelo tratamento com 1 mg de E2 isoladamente. Após 1 ano de tratamento com 1 mg de E2, os níveis de triglicérides31 das pacientes estavam, na média, aproximadamente 18% acima dos valores basais, quando comparados aos aumentos médios de 9% (1 mg de DRSP), 5% (2 mg DRSP) e 4% para as associações de 1 mg de E2 com DRSP.

O tratamento com Ceci® estradiol + drospirenona por 2 anos promoveu aumento médio na densidade mineral óssea de aproximadamente 3 a 5%, enquanto, que após a administração de placebo5 observou-se diminuição média de aproximadamente 0,5%. Tanto nas pacientes osteopênicas quanto nas não- osteopênicas verificou-se uma diferença estatisticamente significativa na densidade mineral do osso ilíaco32 entre o tratamento com a substância ativa e o tratamento com o placebo5. Também foi observado aumento na densidade mineral óssea da coluna lombar e no corpo todo nos grupos que receberam substância ativa. Em mulheres que não apresentam osteoporose4 na pós-menopausa33, o uso de TRH por períodos prolongados tem demonstrado diminuir o risco de ocorrência de fraturas periféricas.

A TRH também exerce efeito positivo sobre o colágeno34 e a espessura da pele35 e pode retardar o processo de enrugamento da pele35.

Monoterapia com estrogênio exerce efeito estimulante dose-dependente sobre a mitose e a proliferação do endométrio8, aumentando, assim, a frequência de hiperplasia endometrial9 e, consequentemente, o risco de carcinoma36 endometrial. Com a finalidade de evitar hiperplasia endometrial9, é necessária a associação com um progestógeno.

– drospirenona

A drospirenona exerce efeitos farmacodinâmicos muito semelhantes ao da progesterona natural.

Atividade progestogênica: A drospirenona é um progestógeno potente com efeito inibidor central sobre o eixo hipotálamo17-hipófise18- gônadas37. Em mulheres férteis, a DRSP exerce efeito contraceptivo; a ovulação38 é inibida quando a DRSP é administrada isoladamente. A dose mínima de DRSP para inibição da ovulação38 é de 2 mg/dia. A transformação completa de um endométrio8 estimulado por estrogênio ocorre após uma dose de 4 ou 6 mg/dia por 10 dias (= 40 a 60 mg por ciclo).
Ceci® é uma terapia de reposição hormonal combinada contínua administrada com a intenção de evitar o sangramento regular por privação associado à TRH cíclica ou sequencial. Durante os primeiros meses de tratamento, sangramento e gotejamento são bastante comuns, mas diminuem com a continuação da terapia. Com Ceci® (2 mg de DRSP), a taxa de amenorreia39 aumenta rapidamente para 81%, 86% e 91% nos ciclos 6, 12 e 24, respectivamente.
A drospirenona contida em Ceci® contrapõe-se efetivamente ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial9 induzida por estrogênio. Após 12 meses de tratamento com estradiol + drospirenona (doses de 0,5, 1, 2 ou 3 mg de DRSP), foi observado endométrio8 atrófico / inativo em 71–77% das mulheres.

Atividade antimineralocorticoide: A drospirenona tem propriedades antagonistas competitivas à aldosterona. Efeitos hipotensores são mais pronunciados com altas doses de DRSP em mulheres hipertensas. Pacientes hipertensas que receberam estradiol + drospirenona por 8 semanas demonstraram redução significativa nos valores de pressão sistólica40/diastólica (medição não-ambulatorial versus valor basal -12/-9 mmHg, versus placebo5 -3/-4 mmHg; 24h de monitorização ambulatorial da pressão arterial41 (MAPA) versus valor basal -5/-3 mmHg, versus placebo5 -3/-2 mmHg). Os efeitos são aparentes dentro de 2 semanas com efeitos máximos observados dentro de 6 semanas a partir do início da terapia.

Tabela: Alteração média ajustada da pressão arterial sistólica42/diastólica com relação aos valores basais, em mmHg:

 

estradiol + drospirenona

- 1 mg E2/ 2mg DRSP após 8 semanas

estradiol + drospirenona

- 1 mg E2/ 3mg DRSP após 8 semanas

estradiol + drospirenona

- 1 mg E2/ 3mg DRSP após 12 semanas

 

Medição não- ambulatorial

MAPA

Medição não- ambulatorial

MAPA

Medição não- ambulatorial

MAPA

Variação em relação ao valor basal

-12 / -9

-5 / -3

-14 / -9

-6 / -4

-14 / -8

-8 / -4

Redução observada corrigida para o efeito placebo5

-3 / -4

-3 / -2

-5 / -4

-5 / -3

-7 / -4

-7 / -3

MAPA = Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial41 de 24h

Mulheres normotensas não apresentaram alterações relevantes na pressão arterial41.

Em estudos clínicos com estradiol + drospirenona, o peso corporal médio permaneceu inalterado (1 mg de DRSP) ou diminuiu durante o período de tratamento de 12 meses em 1,1 a 1,2 kg (3 ou 2 mg de DRSP diariamente). Comparativamente, foi observado aumento de 0,5 kg em pacientes que receberam E2 isoladamente.

Mulheres que receberam DRSP em associação com estradiol durante estudo clínico relataram menos edema43 periférico do que as que receberam E2 isolado.

Em mulheres com angina44 pectoris, a administração de estradiol + drospirenona (2mg de drospirenona) durante 6 semanas, melhorou a adaptação ao estresse do fluxo coronário de reserva (alteração relativa de + 14% vs. -15% no grupo placebo5).

Atividade antiandrogênica: Assim como a progesterona natural, a DRSP apresenta propriedades antiandrogênicas.

Efeitos sobre o metabolismo28 de carboidratos: A drospirenona não apresenta atividade glicocorticoide ou antiglicocorticoide e nenhum efeito sobre a tolerância à glicose23 e resistência à insulina45. A tolerância à glicose23 não é modificada pelo uso de Ceci®.

Outras propriedades: A associação estradiol (1 mg) e drospirenona (2 mg) exerce efeito positivo sobre o bem-estar e a qualidade de vida. Os efeitos benéficos avaliados pelo “Women's Health Questionnaire" foram significativamente superiores ao tratamento com E2 isoladamente (escore total). Este aumento foi devido, principalmente, à melhora em sintomas3 somáticos, ansiedade/medos e dificuldades cognitivas.

Estudos observacionais e o estudo do “Women’s Health Initiative” (WHI) com estrogênios equinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP) sugerem redução na morbidade46 do câncer47 de cólon48 em mulheres na pós-menopausa33 que utilizam TRH. No estudo WHI com monoterapia de EEC não foi observada redução no risco. Não se sabe se estes achados também se estendem a outros medicamentos para TRH.

FARMACOCINÉTICA

– drospirenona

Absorção: A DRSP é rápida e quase que totalmente absorvida quando administrada por via oral. As concentrações séricas máximas da drospirenona, conforme indicadas na tabela a seguir, são alcançadas em cerca de 1 hora após a ingestão de dose única ou múltipla de estradiol + drospirenona. A farmacocinética da DRSP é proporcional à dose dentro do intervalo de dose de 0,25 a 4 mg. A biodisponibilidade está compreendida entre 76 e 85%. A ingestão de alimentos não exerce qualquer influência sobre a biodisponibilidade da DRSP quando comparada à ingestão da drospirenona em jejum.

Parâmetro farmacocinético

estradiol + drospirenona 1 mg E2 / 2 mg DRSP*

Cmáx, dose única [ng/mL]

21,9

Cmáx, estado de equilíbrio [ng/mL]

35,9

ASC (0 – 24 h), dose única [ng/mL]

161

ASC (0 – 24 h), estado de equilíbrio [ng/mL]

408

*Dados para Ceci® foram calculados por interpolação entre as doses investigadas de 1 mg de DRSP + 1 mg de E2 e 4 mg de DRSP + 1 mg de E2.

Cmáx: concentração máxima ASC: área sob a curva

Distribuição: Após administração oral, os níveis séricos da DRSP diminuem em duas fases, com meia-vida terminal média de cerca de 35 a 39 horas. A drospirenona liga-se à albumina49 sérica, mas não à globulina50 de ligação aos hormônios sexuais (SHBG) ou à globulina50 de ligação aos corticoides (CBG). Somente 3 a 5% das concentrações séricas totais do fármaco51 estão presentes na forma de esteroides livres. A média do volume aparente de distribuição da DRSP é de 3,7 a 4,2 L/kg.

Metabolismo28A drospirenona é amplamente metabolizada após administração oral. Os principais metabólitos52 no plasma53 são: a forma ácida da DRSP, formada pela abertura do anel de lactona e o 4,5-diidro-drospirenona-3-sulfato, formado pela redução e sulfatação subsequente. A drospirenona também está sujeita a metabolismo28 oxidativo catalisado pela CYP3A4.

Eliminação: A depuração total da DRSP do soro54 é de 1,2 a 1,5 mL/min/kg. A drospirenona é eliminada na forma inalterada apenas em quantidades mínimas. Seus metabólitos52 são excretados nas fezes e urina55 a uma razão de excreção de aproximadamente 1,2 a 1,4. A meia-vida de excreção dos metabólitos52 na urina55 e nas fezes é de cerca de 40 horas.

Condições no estado de equilíbrio: Após administração repetida diária de estradiol + drospirenona, a concentração sérica máxima da DRSP no estado de equilíbrio é alcançada conforme indicado na tabela anterior. As condições no estado de equilíbrio são alcançadas após cerca de 10 dias de tratamento diário com estradiol + drospirenona. Os níveis séricos de DRSP acumulam-se por um fator de cerca de 2 a 3, como consequência da proporção entre a meia-vida terminal e o intervalo de administração do medicamento.

– estradiol

Absorção: O E2 é rápida e completamente absorvido quando administrado por via oral. Durante a absorção e a primeira passagem pelo fígado56, o E2 sofre extensa metabolização reduzindo, desta forma, a biodisponibilidade absoluta após administração oral a cerca de 5% da dose. Concentrações máximas de cerca de 16 ou 22 pg/mL foram geralmente obtidas em 2 a 8 horas após administração oral única de estradiol + drospirenona contendo 0,5 ou 1 mg de E2, respectivamente. A ingestão de alimentos não exerce qualquer influência sobre a biodisponibilidade do E2 quando comparado à ingestão do fármaco51 em jejum.

Distribuição: Após administração oral de estradiol + drospirenona, em intervalos de 24 horas, observou-se apenas alteração gradual dos níveis séricos de E2. Devido ao grande número de sulfatos e glicuronídeos de estrogênio em circulação57 e à recirculação enterohepática, a meia-vida terminal do E2 representa um parâmetro composto que é dependente de todos estes processos e encontra-se no intervalo de cerca de 13 a 20 horas, após administração oral.

O estradiol liga-se de forma inespecífica à albumina49 sérica e de forma específica à SHBG. Apenas cerca de 1 a 2% do E2 circulante está presente na forma de esteroide livre, 40 a 45% estão ligados à SHBG. O E2 administrado por via oral induz a formação de SHBG que influencia a distribuição com referência às proteínas58 séricas, promovendo aumento da fração ligada à SHBG e diminuição da fração ligada à albumina49 e da fração não-ligada, indicando não-linearidade da farmacocinética do E2 após a ingestão de estradiol + drospirenona. O volume aparente de distribuição de E2 após administração de dose única por via intravenosa é de cerca de 1 L/kg.

Metabolismo28O estradiol é rapidamente metabolizado e além de estrona e sulfato de estrona, um grande número de outros metabólitos52 e conjugados são formados. A estrona e estriol são conhecidos como metabólitos52 farmacologicamente ativos do E2; apenas a estrona ocorre em concentrações relevantes no plasma53. A estrona alcança níveis séricos aproximadamente 6 vezes mais elevados do que os do E2. Os níveis séricos dos conjugados de estrona são aproximadamente 26 vezes mais altos do que as concentrações correspondentes de estrona livre.

Eliminação: Observa-se que a depuração metabólica é de cerca de 30 mL/min/kg. Os metabólitos52 do E2 são excretados na urina55 e na bile59, com meia-vida de aproximadamente 1 dia.

Condições no estado de equilíbrio: Após administração oral diária de estradiol + drospirenona, as concentrações de E2 atingem o estado de equilíbrio após cerca de 5 dias. Os níveis de E2 sérico acumulam-se em aproximadamente 2 vezes. Com um intervalo de dose de 24 horas, os níveis séricos médios no estado de equilíbrio do E2 variam dentro do intervalo de 12 a 29 ou 20 a 43 pg/mL após administração de estradiol + drospirenona contendo 0,5 ou 1 mg de E2, respectivamente.

Populações especiais

Insuficiência hepática60A farmacocinética de uma dose oral única de 3 mg de DRSP associada a 1 mg de E2 foi avaliada em 10 pacientes com insuficiência hepática60 moderada (Child Pugh B) e 10 voluntárias saudáveis comparáveis em termos de idade, peso e histórico de tabagismo. Os perfis de concentração de DRSP sérica média versus tempo foram comparáveis em ambos os grupos de mulheres durante as fases de absorção/distribuição com valores de Cmáx e tmáx similares, sugerindo que a taxa de absorção não foi afetada pela insuficiência hepática60. A meia-vida terminal média foi prolongada em torno de 1,8 vezes e a exposição sistêmica aumentou cerca de 2 vezes, correspondendo a uma diminuição de aproximadamente 50% na depuração oral aparente (CL/f) em voluntárias com insuficiência hepática60 moderada quando comparadas àquelas com função hepática61 normal. O declínio observado na depuração da DRSP em voluntárias com insuficiência hepática60 moderada comparado ao de voluntárias com função hepática61 normal não apresentou qualquer diferença aparente em relação às concentrações séricas de potássio entre os dois grupos de voluntárias. Mesmo na presença de diabetes62 e tratamento concomitante com espironolactona (dois fatores que podem predispor a paciente à hipercalemia63), não foi observado aumento nas concentrações séricas de potássio acima do limite superior do intervalo de normalidade. Portanto, pode-se concluir que a DRSP é bem tolerada em pacientes com insuficiência hepática60 leve ou moderada (Child Pugh B).

Insuficiência renal64O efeito da insuficiência renal64 sobre a farmacocinética da DRSP (3 mg diariamente por 14 dias) foi investigado em mulheres com função renal65 normal e com insuficiência renal64 leve e moderada. No estado de equilíbrio do tratamento com DRSP, os níveis séricos de DRSP no grupo com insuficiência renal64 leve (depuração de creatinina66 de 50 a 80 mL/min) foram comparáveis aos do grupo com função renal65 normal (depuração de creatinina66 maior do que 80 mL/min). Os níveis séricos de DRSP foram em média 37% mais elevados no grupo com insuficiência renal64 moderada (depuração de creatinina66 de 30 a 50 mL/min) quando comparados com o grupo que apresenta função renal65 normal. A análise de regressão linear da área sob a curva (AUC67) dos valores de DRSP (0 a 24 h) em relação à depuração de creatinina66 revelou aumento de 3,5%, com uma redução da depuração de creatinina66 de 10 mL/min. Não se espera que este leve aumento tenha relevância clínica.

Grupos étnicos: O impacto de fatores étnicos sobre a farmacocinética da DRSP (1 – 6 mg) e etinilestradiol (0,02mg) foi estudado após administração oral de doses única e repetida diariamente em mulheres sadias, jovens, caucasianas e japonesas. Os resultados mostraram que as diferenças étnicas entre as mulheres caucasianas e japonesas não tiveram influência clinicamente relevante sobre a farmacocinética da DRSP e etinilestradiol.

Dados de segurança pré-clínicos

Os dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de toxicidade68 de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade68 para reprodução69 não indicaram riscos relevantes para seres humanos. No entanto, deve-se considerar que esteroides sexuais podem promover o crescimento de certos tecidos e tumores dependentes de hormônios.

CONTRAINDICAÇÕES

A terapia de reposição hormonal (TRH) não deve ser iniciada na presença de qualquer condição listada a seguir:

  • Sangramento vaginal anormal não-diagnosticado;
  • Diagnóstico70 ou suspeita de câncer47 de mama71;
  • Diagnóstico70 ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas dependentes de esteroides sexuais;
  • Presença ou histórico de tumores hepáticos (benignos ou malignos);
  • Doença hepática61 grave;
  • Presença ou histórico de doença renal65 grave enquanto os valores da função renal65 não retornarem ao normal;
  • Tromboembolismo72 arterial agudo73 (por exemplo, infarto do miocárdio74, acidente vascular cerebral75);
  • Trombose venosa profunda76 ativa, distúrbios tromboembólicos ou antecedentes destas condições;
  • Alto risco de trombose77 venosa ou arterial;
  • Hipertrigliceridemia grave;
  • Gravidez78 ou lactação79 (vide item “5. Advertências e precauções - Gravidez78 e lactação”);
  • Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes do medicamento.

Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso da TRH, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Ceci® não pode ser usado como contraceptivo.

Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de risco mencionados a seguir devem ser considerados ao determinar o risco/benefício do tratamento para cada paciente.

Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra qualquer uma das condições citadas no item “4. Contraindicações”, assim como nas seguintes situações:

  • Enxaqueca80 ou cefaleias81 frequentes com intensidade fora do habitual que ocorram pela primeira vez ou se houver quaisquer outros sintomas3 que sejam possíveis sinais82 prodrômicos83 de acidente cerebrovascular;
  • Recorrência84 de icterícia85 ou prurido86 colestáticos que tenham surgido pela primeira vez durante gravidez78 ou uso prévio de esteroides sexuais;
  • Sintomas3 ou suspeita de um evento trombótico87.

No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de riscos descritos a seguir, a análise individual do risco/benefício deve ser realizada novamente, levando-se em consideração a possível necessidade de descontinuação da terapia.

O potencial para risco sinérgico aumentado de trombose77 deve ser considerado em mulheres que apresentem uma combinação de fatores de risco ou um determinado fator de risco88 de maior gravidade. Esse fator de risco88 pode ser maior que o simples risco cumulativo dos fatores de risco. A TRH não deve ser prescrita quando a avaliação risco/benefício for desfavorável.

Tromboembolismo72 venoso

Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento do risco relativo (RR) de desenvolvimento de tromboembolismo72 venoso (TEV), ou seja, trombose venosa profunda76 ou embolia89 pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício deve ser cuidadosamente avaliada, em conjunto com a paciente, quando se prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco88 para TEV.

Os fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem histórico pessoal ou familiar (a ocorrência de TEV em um familiar em primeiro grau, em idade relativamente precoce, pode indicar predisposição genética) e obesidade90 grave. O risco de TEV também aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de veias91 varicosas no desenvolvimento de TEV.

O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização prolongada, cirurgia eletiva92 ou pós-traumática de grande porte ou trauma extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobilização, deve-se considerar a interrupção temporária da TRH.

Tromboembolismo72 arterial

Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC) combinados com acetato de medroxiprogesterona (AMP), em esquema de administração contínua, indicaram um possível aumento do risco de cardiopatia coronariana no primeiro ano de uso e nenhum benefício após este período. Um estudo clínico abrangente, realizado com EEC administrados isoladamente, indicou um potencial para redução da taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na população total estudada. Como desfecho secundário, verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de acidente vascular cerebral75 em dois grandes estudos clínicos realizados com EEC administrados isoladamente ou em combinação com AMP. Não se sabe se estes achados também se aplicam a outros medicamentos para TRH ou para vias de administração não-oral.

Doenças da vesícula biliar93

O aumento da litogenicidade da bile59 provocado por estrogênios é conhecido. Algumas mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar93 durante a terapia estrogênica.

Demência94

Existe evidência limitada, observada a partir de estudos clínicos realizados com produtos contendo estrogênios equinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de provável demência94, se iniciada em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado próximo da menopausa33, como observado em outros estudos. Não se sabe se estes achados também se estendem a outros medicamentos para TRH.

Tumores

Câncer47 de mama71

Estudos clínicos e observacionais relataram aumento do risco de câncer47 de mama71 em mulheres que usaram TRH por vários anos. Estes achados podem ser devido ao diagnóstico70 precoce, dos efeitos que promovem o crescimento de tumores pré-existentes ou da combinação de ambos.

Estimativas para o risco relativo global de diagnóstico70 de câncer47 de mama71 fornecidas em mais de 50 estudos epidemiológicos variaram entre 1 e 2, na maioria dos estudos.

O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser menor ou possivelmente neutro com medicamentos contendo somente estrogênios.

Dois grandes estudos clínicos randomizados, realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC) administrados isoladamente ou em combinação com AMP em uso contínuo, apresentaram riscos estimados de 0,77 (Intervalo de Confiança (IC) de 95%: 0,59–1,01) ou de 1,24 (IC de 95%: 1,01–1,54) após aproximadamente 6 anos de TRH. Não se sabe se o risco aumentado também se aplica a outros medicamentos para TRH.

Aumentos similares em diagnóstico70 de câncer47 de mama71 são observados, por exemplo, nos casos de atraso da menopausa33 natural, ingestão de bebida alcoólica ou adiposidade.

O excesso de risco diminui dentro de poucos anos após a descontinuação do uso da TRH.

A TRH aumenta a densidade das imagens mamográficas, o que pode afetar adversamente a detecção radiológica do câncer47 de mama71 em alguns casos.

Câncer47 de ovário95

A prevalência6 do câncer47 de ovário95 é menor do que a prevalência6 de câncer47 de mama71.

Uma metanálise de 52 estudos epidemiológicos relatou que o risco global de ser diagnosticado câncer47 de ovário95 é ligeiramente aumentado para as usuárias de TRH em comparação com mulheres que nunca usaram TRH (estudos prospectivos: RR 1,20, IC de 95% 1,15–1,26; todos os estudos combinados: RR 1,14, IC de 95% 1,10–1,19). Em usuárias atuais de TRH o risco de câncer47 de ovário95 aumentou ainda mais (RR 1,43, IC de 95% 1,31–1,56).

Estas associações não foram demonstradas em todos os estudos, incluindo ensaios clínicos96 controlados randomizados, como por exemplo, “Women’s Health Initiative(WHI).

Além disso, não foi consistentemente demonstrado um efeito da duração da exposição, mas o risco pode ser mais relevante, com o uso prolongado (vários anos).

Câncer47 do endométrio8

A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco de desenvolvimento de hiperplasia97 ou carcinoma36 do endométrio8. Estudos sugerem que a adição apropriada de progestógeno à terapia elimina esse aumento no risco. A adição de DRSP opõe-se ao desenvolvimento de hiperplasia endometrial9 promovida por estrogênios.

Tumor98 hepático

Após o uso de hormônios como os contidos em medicamentos destinados à TRH, foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, tumores malignos que, em casos isolados, ocasionaram hemorragias99 intra-abdominais com risco para a vida da paciente. Se ocorrer dor no abdome100 superior, hepatomegalia101 ou sinais82 de hemorragia102 intra-abdominal deve-se incluir tumor98 hepático nas considerações diagnóstico70-diferenciais.

Outras condições

Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento de hipertensão103 clínica. Foram relatados pequenos aumentos na pressão arterial41 em usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, se em determinada paciente se desenvolver hipertensão103 mantida, clinicamente significativa, deve-se considerar a descontinuação da TRH.

Ceci® apresenta potencial para diminuir a pressão arterial41 em mulheres hipertensas. Não são esperadas alterações relevantes na pressão arterial41 em mulheres normotensas.

A capacidade de excreção de potássio pode estar limitada em pacientes com insuficiência renal64. Em um estudo clínico, a ingestão de drospirenona (DRSP) não apresentou efeito sobre a concentração sérica de potássio em pacientes com insuficiência renal64 leve ou moderada. Pode existir risco teórico de hipercalemia63 apenas em pacientes cujo nível de potássio sérico antes do início do uso de TRH esteja no limite superior da normalidade e que, adicionalmente, estejam utilizando medicamentos poupadores de potássio.

Distúrbios moderados da função hepática61, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como as síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de supervisão rigorosa e monitoramento periódico da função hepática61. Em caso de alteração dos marcadores da função hepática61, deve-se descontinuar a TRH. Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides31 necessitam de acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento adicional no nível de triglicérides31, levando ao risco de pancreatite104 aguda.

Embora a TRH possa ter efeito na resistência periférica105 à insulina22 e na tolerância à glicose23, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para pacientes106 com diabetes62 em uso de TRH. Entretanto, estas pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia.

Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente ou persistente, recomenda-se avaliação endometrial.

Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser descontinuado.

Se ocorrer reativação de endometriose107 durante a TRH, recomenda-se a descontinuação do tratamento.

Se a paciente apresentar diagnóstico70 de prolactinoma, é necessário um acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação periódica dos níveis de prolactina108.

Ocasionalmente pode ocorrer cloasma109, especialmente em mulheres com histórico de cloasma109 gravídico. Mulheres com tendência a cloasma109 devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem utilizando TRH.

Foi relatado que a TRH pode propiciar o desenvolvimento ou agravar as afecções110 listadas a seguir. Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem em terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.

  • Epilepsia111;
  • Doença benigna da mama71;
  • Asma112;
  • Enxaqueca80;
  • Porfiria113;
  • Otosclerose114;
  • Lúpus115 eritematoso116 sistêmico117;
  • Coreia menor118.

Em mulheres com angioedema119 hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode induzir ou intensificar sintomas3 de angioedema119.

Gravidez78 e Lactação79

Ceci® não deve ser utilizado durante a gravidez78 e a lactação79 (vide item “4. Contraindicações”).

Caso a paciente engravide durante o uso de Ceci®, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente. Não existem dados clínicos sobre exposição ao Ceci® durante a gestação. Estudos com animais demonstraram reações adversas durante a gestação e a lactação79 (vide item “3. Características farmacológicas - Dados de segurança pré-clínicos”). O risco potencial para humanos é desconhecido. Os resultados de estudos epidemiológicos até o momento não indicaram efeito teratogênico120 decorrente da ingestão inadvertida de associações de estrogênio/progestógeno durante a gestação.

Pequenas quantidades de DRSP são excretadas com o leite materno.

Categoria X - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Consultas/exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter o histórico clínico detalhado e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em “4. Contraindicações” e “5. Advertências e precauções”; estes acompanhamentos devem ser repetidos periodicamente durante o uso da TRH. A frequência e a natureza destas avaliações devem ser baseadas em condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada usuária, mas, em geral, devem incluir pressão arterial41, mamas20, abdome100 e órgãos pélvicos121, incluindo citologia cervical.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Nenhum efeito foi observado nos pacientes que fazem o uso de Ceci® em relação a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Nota: As informações de medicamentos usados concomitantemente devem ser consultadas para que sejam identificadas potenciais interações.

Efeitos de outros medicamentos sobre Ceci®

Podem ocorrer interações com medicamentos que induzem as enzimas microssomais as quais podem resultar em aumento da depuração de hormônios sexuais e que podem levar a alterações no perfil do sangramento uterino e/ou redução do efeito terapêutico.

A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento, e atinge graus máximos geralmente em poucas semanas. A indução enzimática pode ser mantida por cerca de 4 semanas, após a descontinuação da medicação.

Substâncias que aumentam a depuração dos hormônios sexuais (diminuição da eficácia por indução enzimática), por exemplo: fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, e possivelmente também oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos que contenham erva-de-São-João.

Substâncias com efeitos variáveis na depuração de hormônios sexuais: Quando coadministrados com hormônios sexuais, muitos inibidores de protease e inibidores não- nucleosídicos da transcriptase reversa do HIV122/HCV podem aumentar ou reduzir a concentração plasmática do estrogênio ou do progestógeno ou de ambos. Estas alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns casos.

Substâncias que diminuem a depuração de hormônios sexuais (inibidores enzimáticos): Inibidores fortes e moderados da CYP3A4, tais como antifúngicos azólicos (por exemplo, fluconazol, itraconazol, cetoconazol, voriconazol), macrolídeos (por exemplo, claritromicina, eritromicina), verapamil, diltiazem e suco de toranja (grapefruit) podem aumentar as concentrações plasmáticas do progestógeno ou do estrogênio ou de ambos.

Em um estudo de dose múltipla com uma associação de drospirenona (3 mg/dia) / estradiol (1,5 mg/dia), a coadministração do cetoconazol, forte inibidor da CYP3A4, por 10 dias aumentou a ASC (0-24 h) da drospirenona em 2,30 vezes (IC 90%: 2,08; 2,54). Nenhuma alteração foi observada para estradiol, embora a ASC (0-24 h) da estrona, seu metabólito123 menos potente, tenha aumentado 1,39 vezes (IC 90%: 1,27; 1,52).

Interação com bebidas alcoólicas

A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos níveis de estradiol circulante.

Efeitos de Ceci® sobre outros medicamentos

In vitro, a drospirenona é capaz de inibir fraca a moderadamente as enzimas do citocromo P450 CYP1A1, CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4.

Com base em estudos de interação in vivo, em voluntárias utilizando omeprazol, sinvastatina, ou midazolam como substratos marcadores, é improvável a interação clinicamente relevante da drospirenona na dose de 3 mg com o metabolismo28 de outros fármacos mediado pelo citocromo P450.

Interação farmacodinâmica com anti-hipertensivos e anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) Mulheres hipertensas que fazem uso de Ceci® e medicação anti-hipertensiva, como por exemplo, inibidores da ECA, antagonistas dos receptores de angiotensina II e hidroclorotiazida, podem apresentar diminuição adicional na pressão arterial41.

É improvável o aumento no potássio sérico com o uso conjunto de Ceci® e anti-inflamatórios não- esteroidais ou medicamentos anti-hipertensivos. O uso concomitante desses três tipos de medicação pode causar um pequeno aumento no potássio sérico, mais pronunciado em mulheres diabéticas.

Exames laboratoriais

O uso de esteroides sexuais pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática61, tiroidiana, adrenal e renal65; níveis plasmáticos de proteínas58 (transportadoras), por exemplo, globulina50 de ligação aos hormônios sexuais, frações lipídicas/lipoproteicas; e parâmetros da coagulação124 e fibrinólise125. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial considerado normal. A tolerância à glicose23 não foi afetada pelo uso de Ceci®.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Ceci® deve ser conservado em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

Ceci® apresenta-se na forma de comprimidos revestidos circulares perolados, biconvexo e sem sulco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

Ceci® deve ser administrado por via oral.

Início do tratamento

No caso da paciente não ter utilizado estrogênio no mês anterior ou se estiver mudando de um medicamento contendo associação de uso contínuo, pode iniciar o tratamento com Ceci® em qualquer dia.

Mulheres que estão mudando de uma TRH contínua sequencial ou cíclica devem completar o ciclo atual de terapia antes de iniciar a terapia com Ceci®.

Dose

A paciente deve ingerir um comprimido ao dia.

Administração

Cada cartela contém 28 dias de tratamento. O tratamento é contínuo, isto é, cada cartela é iniciada no dia seguinte à ingestão do último comprimido da cartela anterior, sem intervalo de pausa.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com pequena quantidade de líquido, independentemente da ingestão de alimentos.

Os comprimidos devem ser ingeridos, de preferência, mantendo-se aproximadamente o mesmo horário de cada dia.

Comprimidos esquecidos

Se ocorrer esquecimento da ingestão de um comprimido, a paciente deve tomá-lo assim que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas, não se deve ingerir o comprimido esquecido. Se houver esquecimento de vários comprimidos, poderá ocorrer sangramento.

Informações adicionais para populações especiais

Pacientes pediátricos: Ceci® não é indicado para o uso em crianças e adolescentes.

Pacientes idosas: Não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosas.

Pacientes com insuficiência hepática60Em mulheres com insuficiência hepática60 leve ou moderada, a DRSP é bem tolerada (vide item “3. Características farmacológicas - Farmacocinética”).Ceci® é contraindicado em mulheres com presença ou histórico de tumores hepáticos e com doenças hepáticas126 graves (vide item “Contraindicações”). Para mulheres com insuficiência hepática60, é necessária supervisão cuidadosa e em caso de deterioração dos marcadores da função hepática61, o uso de TRH deve ser interrompido (veja item Advertência e precauções”).

Pacientes com insuficiência renal64Em mulheres com insuficiência renal64 leve ou moderada, foi observado um pequeno aumento na exposição da DRSP, no entanto não é esperado ser de relevância clínica (vide item “3. Características farmacológicas – Farmacocinética”). Ceci® é contraindicado em mulheres com doença renal65 grave (vide item “4. Contraindicações”).

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas graves que estão associadas à utilização de terapia de reposição hormonal estão também descritas no item “5. Advertências e precauções”.

As reações adversas mais frequentemente relatadas com uso de Ceci® estradiol + drospirenona são mastalgia127, sangramento do trato genital feminino e dores abdominais e gastrintestinais. Estas reações ocorrem em 6% ou mais das usuárias.

Sangramentos irregulares geralmente diminuem com a continuação do tratamento (vide item “3. Características farmacológicas - Farmacodinâmica - Efeitos da drospirenona”). A frequência de sangramentos diminui com a duração do tratamento.

As reações adversas graves incluem eventos tromboembólicos arteriais e venosos e câncer47 de mama71.

Lista tabulada das reações adversas

As frequências das reações adversas relatadas nos estudos clínicos com estradiol + drospirenona estão resumidas na tabela a seguir. Estas reações adversas foram registradas em 13 estudos clínicos fases II e III com estradiol + drospirenona (1 mg E2/ 2 mg DRSP) e com outras combinações contendo 1 mg E2/ 0,5 mg DRSP; 1 mg E2/ 1 mg DRSP; 1 mg E2/ 3 mg DRSP (N = 2.842=100%).

As reações adversas estão representadas em ordem decrescente de gravidade, separadas por grupo de frequência. As frequências foram definidas como: muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 a < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100) e rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000).

Tabela 2: estradiol + drospirenona (1 mg E2/ 2 mg DRSP) e outras combinações contendo 1 mg E2/ 0,5 mg DRSP; 1 mg E2/ 1 mg DRSP; 1 mg E2/ 3 mg DRSP. 

Classificação por sistema corpóreo

Muito comum

Comum

Incomum

Distúrbios psiquiátricos

 

Labilidade emocional

 

Distúrbios no sistema nervoso128

 

Enxaqueca80

 

Distúrbios vasculares129

 

 

eventos tromboembólicos arteriais e venosos*

Distúrbios gastrintestinais

 

Dores abdominais e gastrintestinais

 

Distúrbios no sistema reprodutivo e nas mamas20

Mastalgia127***, sangramento do trato genital feminino

Pólipo130 cervical

Câncer47 de mama71**

Foi utilizado o termo MedDRA (versão 13.0) para descrever as reações adversas dos estudos clínicos. Os diferentes termos MedDRA que representam os mesmos fenômenos clínicos foram agrupados como uma única reação adversa para evitar diluir ou ocultar o verdadeiro efeito.
* Evidência relacionada ao grau de parentesco e a frequência estimada foram derivadas de estudos epidemiológicos com estradiol + drospirenona (EURAS HRT).
“Eventos tromboembólicos arteriais e venosos” resumem as seguintes entidades médicas: oclusão venosa profunda periférica; trombose77 e embolia89/ oclusão vascular131 pulmonar; trombose77, embolia89 e infarto132/ infarto do miocárdio74/infarto132 cerebral e acidente vascular cerebral75 não caracterizado como hemorrágico133.
** Evidência relacionada ao grau de parentesco foi derivada dos dados da experiência pós-comercialização, e a frequência estimada foi derivada de estudos clínicos com estradiol + drospirenona.
*** Incluindo desconforto nas mamas20.

Para informações adicionais sobre eventos tromboembólicos arteriais e venosos, câncer47 de mama71 e enxaqueca80 vide item “5. Advertências e precauções”.

Descrição das reações adversas selecionadas

As reações adversas com frequência muito baixa ou aparecimento tardio de sintomas3 considerados relacionados ao grupo de medicamentos combinados de uso contínuo para terapia de reposição hormonal estão listadas a seguir (vide item “5. Advertências e precauções”):

Tumores:

  • Tumores hepáticos (benigno e maligno);
  • Condições malignas e pré-malignas influenciadas por esteroides sexuais (se uma determinada condição é conhecida, constitui-se uma contraindicação para o uso de Ceci®).
  • Em estudos epidemiológicos, TRH apenas com estrogênio ou com a combinação de estrogênio- progestógeno foram associados com risco levemente aumentado de câncer47 de ovário95. O risco pode ser mais relevante com o uso prolongado do medicamento (durante vários anos) (vide item “5. Advertências e precauções”).

Outras condições:

  • Doença da vesícula biliar93 (sabe-se que os estrogênios aumentam a litogenicidade da bile59);
  • Demência94 (existe evidência limitada, a partir de estudos clínicos com produtos contendo estrogênios equinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de provável demência94 se iniciada em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado próximo da menopausa33, como observado em outros estudos. Não se sabe se estes achados também se estendem a outros medicamentos para TRH);
  • Câncer47 endometrial (estudos sugerem que a adição apropriada de progestógeno na terapia elimina o aumento no risco resultante da terapia utilizando apenas estrogênios);
  • Hipertensão103 (Ceci® tem potencial para diminuir a pressão arterial41 em mulheres hipertensas);
  • Distúrbios da função hepática61;
  • Hipertrigliceridemia (risco aumentado de pancreatite104 em usuárias de TRH);
  • Alterações na tolerância à glicose23 ou efeito na resistência periférica105 à insulina22;
  • Aumento do tamanho de leiomiomas uterinos;
  • Reativação de endometriose107;
  • Prolactinoma (risco de agravamento de hiperprolactinemia ou indução de crescimento do tumor98);
  • Cloasma109;
  • Icterícia85 e/ou prurido86 relacionado à colestase134;
  • Ocorrência ou agravamento de condições para as quais a associação com TRH não é conclusiva: epilepsia111, doença benigna da mama71, asma112, porfiria113, lúpus115 eritematoso116 sistêmico117, otosclerose114, coreia menor118;
  • Em mulheres com angioedema119 hereditário, o uso de estrogênios exógenos pode induzir ou intensificar os sintomas3 de angioedema119;
  • Hipersensibilidade (incluindo erupção135 cutânea136 e urticária137).

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Estudos de toxicidade68 aguda não indicaram risco de efeitos adversos agudos de ingestão acidental de um múltiplo da dose terapêutica138 diária, não se espera qualquer risco de toxicidade68 aguda. Em estudos clínicos, até 100 mg de DRSP e preparações contendo estrogênio/progestógeno com 4 mg de E2 foram bem tolerados. A superdose pode causar náusea139 e vômito140. Sangramento por privação pode ocorrer em algumas mulheres. Não existe qualquer antídoto141 específico e o tratamento deve ser sintomático142.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
 

MS nº: 1.0033.0212
Farmacêutica Responsável: Cintia Delphino de Andrade – CRF-SP nº: 25.125

Registrado por: Libbs Farmacêutica Ltda. Rua Josef Kryss, 250 – São Paulo – SP
CNPJ: 61.230.314/0001-75

Fabricado por: Libbs Farmacêutica Ltda.
Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu das Artes – SP Indústria Brasileira


SAC 0800 0135044

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Lactose: Tipo de glicídio que possui ligação glicosídica. É o açúcar encontrado no leite e seus derivados. A lactose é formada por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
2 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
3 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
4 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
5 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
6 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
7 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
8 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
9 Hiperplasia endometrial: Caracterizada por alterações biomorfológicas do endométrio (estroma e glândulas), que variam desde um estado fisiológico exacerbado até o carcinoma “in situ”. É o resultado de uma estimulação estrogênica persistente na ausência ou insuficiência de estímulo progestínico.O fator prognóstico mais importante nas pacientes afetadas é a atipia celular: cerca de 20% das pacientes com hiperplasia atípica evoluem para câncer invasivo.
10 Estrógeno: Grupo hormonal produzido principalmente pelos ovários e responsáveis por numerosas ações no organismo feminino (indução da primeira fase do ciclo menstrual, desenvolvimento dos ductos mamários, distribuição corporal do tecido adiposo em um padrão feminino, etc.).
11 Perfil lipídico: Exame laboratorial que mede colesterol total, triglicérides, HDL. O LDL é calculado por estes resultados. O perfil lipídico é uma das medidas de risco para as doenças cardiovasculares.
12 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
13 Climatério: Conjunto de mudanças adaptativas que são produzidas na mulher como conseqüência do declínio da função ovariana na menopausa. Consiste em aumento de peso, “calores” freqüentes, alterações da distribuição dos pêlos corporais, dispareunia.
14 Depleção: 1. Em patologia, significa perda de elementos fundamentais do organismo, especialmente água, sangue e eletrólitos (sobretudo sódio e potássio). 2. Em medicina, é o ato ou processo de extração de um fluido (por exxemplo, sangue) 3. Estado ou condição de esgotamento provocado por excessiva perda de sangue. 4. Na eletrônica, em um material semicondutor, medição da densidade de portadores de carga abaixo do seu nível e do nível de dopagem em uma temperatura específica.
15 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
16 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
17 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
18 Hipófise:
19 Vagina: Canal genital, na mulher, que se estende do ÚTERO à VULVA. (Tradução livre do original
20 Mamas: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
21 Osteoclastos: Célula que garante a destruição do tecido ósseo.
22 Insulina: Hormônio que ajuda o organismo a usar glicose como energia. As células-beta do pâncreas produzem insulina. Quando o organismo não pode produzir insulna em quantidade suficiente, ela é usada por injeções ou bomba de insulina.
23 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
24 Músculo Liso Vascular: Tecido muscular não estriado e de controle involuntário que está presente nos vasos sangüíneos.
25 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
26 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
27 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
28 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
29 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
30 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
31 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
32 Ilíaco:
33 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
34 Colágeno: Principal proteína fibrilar, de função estrutural, presente no tecido conjuntivo de animais.
35 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
36 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
37 Gônadas: 1. Designação genérica das glândulas sexuais (ovário e testículo) que produzem os gametas (óvulos e espermatozoides). 2. Em embriologia, é a glândula embrionária antes de sua possível identificação morfológica como ovário ou testículo.
38 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
39 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
40 Pressão sistólica: É a pressão mais elevada (pico) verificada nas artérias durante a fase de sístole do ciclo cardíaco. É também chamada de pressão máxima.
41 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
42 Pressão arterial sistólica: É a pressão mais elevada (pico) verificada nas artérias durante a fase de sístole do ciclo cardíaco, é também chamada de pressão máxima.
43 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
44 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
45 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
46 Morbidade: Morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento.
47 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
48 Cólon:
49 Albumina: Proteína encontrada no plasma, com importantes funções, como equilíbrio osmótico, transporte de substâncias, etc.
50 Globulina: Qualquer uma das várias proteínas globulares pouco hidrossolúveis de uma mesma família que inclui os anticorpos e as proteínas envolvidas no transporte de lipídios pelo plasma.
51 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
52 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
53 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
54 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
55 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
56 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
57 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
58 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
59 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
60 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
61 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
62 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
63 Hipercalemia: É a concentração de potássio sérico maior que 5.5 mmol/L (mEq/L). Uma concentração acima de 6.5 mmol/L (mEq/L) é considerada crítica.
64 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
65 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
66 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
67 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
68 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
69 Reprodução: 1. Função pela qual se perpetua a espécie dos seres vivos. 2. Ato ou efeito de reproduzir (-se). 3. Imitação de quadro, fotografia, gravura, etc.
70 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
71 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
72 Tromboembolismo: Doença produzida pela impactação de um fragmento de um trombo. É produzida quando este se desprende de seu lugar de origem, e é levado pela corrente sangüínea até produzir a oclusão de uma artéria distante do local de origem do trombo. Esta oclusão pode ter diversas conseqüências, desde leves até fatais, dependendo do tamanho do vaso ocluído e do tipo de circulação do órgão onde se deu a oclusão.
73 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
74 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
75 Acidente vascular cerebral: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
76 Trombose Venosa Profunda: Caracteriza-se pela formação de coágulos no interior das veias profundas da perna. O que mais chama a atenção é o edema (inchaço) e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha. Uma de suas principais conseqüências a curto prazo é a embolia pulmonar, que pode deixar seqüelas ou mesmo levar à morte. Fatores individuais de risco são: varizes de membros inferiores, idade maior que 40 anos, obesidade, trombose prévia, uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, entre outras.
77 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
78 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
79 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
80 Enxaqueca: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
81 Cefaléias: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaléia ou dor de cabeça tensional, cefaléia cervicogênica, cefaléia em pontada, cefaléia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaléias ou dores de cabeça. A cefaléia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
82 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
83 Prodrômicos: Relativos aos pródromos, ou seja, aos sinais e sintomas iniciais de uma doença.
84 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
85 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
86 Prurido: 1.    Na dermatologia, o prurido significa uma sensação incômoda na pele ou nas mucosas que leva a coçar, devido à liberação pelo organismo de substâncias químicas, como a histamina, que irritam algum nervo periférico. 2.    Comichão, coceira. 3.    No sentido figurado, prurido é um estado de hesitação ou dor na consciência; escrúpulo, preocupação, pudor. Também pode significar um forte desejo, impaciência, inquietação.
87 Trombótico: Relativo à trombose, ou seja, à formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo).
88 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
89 Embolia: Impactação de uma substância sólida (trombo, colesterol, vegetação, inóculo bacteriano), líquida ou gasosa (embolia gasosa) em uma região do circuito arterial com a conseqüente obstrução do fluxo e isquemia.
90 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
91 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
92 Eletiva: 1. Relativo à eleição, escolha, preferência. 2. Em medicina, sujeito à opção por parte do médico ou do paciente. Por exemplo, uma cirurgia eletiva é indicada ao paciente, mas não é urgente. 3. Cujo preenchimento depende de eleição (diz-se de cargo). 4. Em bioquímica ou farmácia, aquilo que tende a se combinar com ou agir sobre determinada substância mais do que com ou sobre outra.
93 Vesícula Biliar: Reservatório para armazenar secreção da BILE. Através do DUCTO CÍSTICO, a vesícula libera para o DUODENO ácidos biliares em alta concentração (e de maneira controlada), que degradam os lipídeos da dieta.
94 Demência: Deterioração irreversível e crônica das funções intelectuais de uma pessoa.
95 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
96 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
97 Hiperplasia: Aumento do número de células de um tecido. Pode ser conseqüência de um estímulo hormonal fisiológico ou não, anomalias genéticas no tecido de origem, etc.
98 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
99 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
100 Abdome: Região do corpo que se localiza entre o TÓRAX e a PELVE.
101 Hepatomegalia: Aumento anormal do tamanho do fígado.
102 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
103 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
104 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
105 Resistência periférica: A resistência periférica é a dificuldade que o sangue encontra em passar pela rede de vasos sanguíneos. Ela é representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar especificamente, sendo este fator importante na regulação da pressão arterial diastólica. A resistência é dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e de substâncias reguladoras da pressão como a angiotensina e a catecolamina.
106 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
107 Endometriose: Doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto ), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga e parede da pélvis.
108 Prolactina: Hormônio secretado pela adeno-hipófise. Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, podendo causar alteração menstrual e infertilidade nas mulheres. No homem, gera impotência sexual (por prejudicar a produção de testosterona) e ginecomastia (aumento das mamas).
109 Cloasma: Manchas escuras na face. O seu surgimento está relacionado à gravidez. Além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e características raciais também influenciam o seu surgimento. O cloasma gravídico pode desaparecer espontaneamente após a gravidez, não exigindo, às vezes, nenhum tipo de tratamento.
110 Afecções: Quaisquer alterações patológicas do corpo. Em psicologia, estado de morbidez, de anormalidade psíquica.
111 Epilepsia: Alteração temporária e reversível do funcionamento cerebral, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Quando restritos, a crise será chamada crise epiléptica parcial; quando envolverem os dois hemisférios cerebrais, será uma crise epiléptica generalizada. O paciente pode ter distorções de percepção, movimentos descontrolados de uma parte do corpo, medo repentino, desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente e até perder a consciência - neste caso é chamada de crise complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Existem outros tipos de crises epilépticas.
112 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
113 Porfiria: Constituem um grupo de pelo menos oito doenças genéticas distintas, além de formas adquiridas, decorrentes de deficiências enzimáticas específicas na via de biossíntese do heme, que levam à superprodução e acumulação de precursores metabólicos, para cada qual correspondendo um tipo particular de porfiria. Fatores ambientais, tais como: medicamentos, álcool, hormônios, dieta, estresse, exposição solar e outros desempenham um papel importante no desencadeamento e curso destas doenças.
114 Otosclerose: Crescimento ósseo anormal no ouvido médio que causa perda auditiva. É um distúrbio hereditário que envolve o crescimento de um osso esponjoso no ouvido médio. Este crescimento impede a vibração do estribo em reposta às ondas sonoras, causando perda auditiva progressiva do tipo condutiva. É a causa mais freqüente de perda auditiva do ouvido médio em adultos jovens, é mais freqüente em mulheres entre 15 e 30 anos.
115 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
116 Eritematoso: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
117 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
118 Coréia menor: Coréia, palavra derivada do grego que significa dançar, consiste em movimentos involuntários, ora em repouso, ora perturbando o movimento voluntário, arrítmicos, assimétricos, bruscos, breves e sem propósito. A coréia de Sydenham, também conhecida como coréia menor ou coréia reumática, é um dos principais indicadores diagnósticos de febre reumática. Ela afeta predominantemente crianças entre 5 e 15 anos, com maior freqüência no sexo feminino.
119 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
120 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
121 Pélvicos: Relativo a ou próprio de pelve. A pelve é a cavidade no extremo inferior do tronco, formada pelos dois ossos do quadril (ilíacos), sacro e cóccix; bacia. Ou também é qualquer cavidade em forma de bacia ou taça (por exemplo, a pelve renal).
122 HIV: Abreviatura em inglês do vírus da imunodeficiência humana. É o agente causador da AIDS.
123 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
124 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
125 Fibrinólise: Processo de dissolução progressiva da fibrina e assim do coágulo, que posteriormente à sua formação deve ser dissolvido.
126 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
127 Mastalgia: Dor nas mamas. Costuma ser um distúrbio benigno em mulheres jovens devido a um desequilíbrio hormonal durante o ciclo menstrual. Mas, pode ter outras causas.
128 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
129 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
130 Pólipo: 1. Em patologia, é o crescimento de tecido pediculado que se desenvolve em uma membrana mucosa (por exemplo, no nariz, bexiga, reto, etc.) em resultado da hipertrofia desta membrana ou como um tumor verdadeiro. 2. Em celenterologia, forma individual, séssil, típica dos cnidários, que se caracteriza pelo corpo formado por um tubo ou cilindro, cuja extremidade oral, dotada de boca e tentáculos, é dirigida para cima, e a extremidade oposta, ou aboral, é fixa.
131 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
132 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
133 Hemorrágico: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
134 Colestase: Retardamento ou interrupção do fluxo nos canais biliares.
135 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
136 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
137 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
138 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
139 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
140 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
141 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
142 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.

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