Clomid (Bula do profissional de saúde)
MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Clomid®
citrato de clomifeno
Comprimidos
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Embalagem com 10 comprimidos
USO ADULTO
USO ORAL
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
citrato de clomifeno | 50 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido, corante amarelo tartrazina, estearato de magnésio, lactose1 monoidratada e sacarose.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento da infertilidade3 feminina decorrente de anovulação4.
Clomid está somente indicado para pacientes5 com anovulação4 demonstrada, que se incluem nas condições descritas nesta bula e para pacientes5 onde o citrato de clomifeno não está contraindicado. Outras causas de infertilidade3 devem ser excluídas ou adequadamente tratadas antes do tratamento. Bons níveis de estrógeno6 endógeno (estimado por secreção vaginal, biópsia7 endometrial, determinação do estrógeno6 urinário ou sangramento endometrial em resposta à progesterona), constituem prognóstico8 favorável para obter a resposta ovulatória induzida pelo citrato de clomifeno. Entretanto, um baixo nível de estrógeno6 não impede o sucesso do tratamento. O tratamento é ineficaz em pacientes com falha pituitária ou ovariana primária e não pode ser substituído pelo tratamento específico de outras causas de falha ovulatória, tais como disfunções tiroidianas ou adrenais. Antes do tratamento, deve-se realizar uma avaliação cuidadosa particularmente em pacientes com metrorragia9 anormal, pois é muito importante descartar a presença de lesões10 neoplásicas11.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Uma revisão de onze publicações constantes entre 1964 e 1978 mostrou que a gravidez12 ocorreu em 35% das 5.154 pacientes com disfunção ovulatória que receberam citrato de clomifeno. Em um trabalho publicado no New England Journal of Medicine (1), o clomifeno mostrou ser mais eficaz do que a metformina13 no tratamento da infertilidade3 feminina. A síndrome14 dos ovários15 policísticos afeta de 7% a 8% das mulheres nos EUA e pode ser a principal causa de infertilidade3 feminina. Foram acompanhadas 626 mulheres inférteis com síndrome14 dos ovários15 policísticos. Dentre elas, 208 foram tratadas com metformina13 e placebo16, 209 com citrato de clomifeno e placebo16 e 209 com uma combinação de clomifeno e metformina13 por mais de 6 meses. A medicação foi descontinuada assim que a gravidez12 foi confirmada e as mulheres foram acompanhadas até o nascimento dos bebês17. O índice de nascimentos no grupo que recebeu clomifeno foi de 22,5% (47 de 209), enquanto no grupo da metformina13 foi de 7,2% (15 de 208). No grupo que recebeu a combinação dos dois medicamentos foi de 26,8% (56 de 209). O índice de gravidez12 múltipla foi de 6% no grupo que recebeu clomifeno, 0% no da metformina13 e 3,1% no da combinação dos dois medicamentos. A perda fetal no primeiro trimestre não teve diferença significativa nos 3 grupos. Entretanto, o índice de concepção18 entre as mulheres que ovularam foi significativamente maior nos grupos do clomifeno (39,5%) e da combinação de medicamentos (46%) e menor no grupo da metformina13 (21,7%). Com exceção das complicações na gravidez12, os efeitos adversos foram similares em todos os grupos, embora os efeitos colaterais19 gastrointestinais tenham sido mais frequentes e os sintomas20 vasomotores e ovulatórios menos frequentes no grupo que recebeu metformina13. Os pesquisadores concluíram que o clomifeno, um agonista21 parcial do receptor dos estrogênios usado no tratamento da infertilidade3 feminina é mais eficaz que a metformina13, fármaco22 usado para o tratamento do diabetes23, considerado facilitador de gravidez12.
Em um estudo clínico randomizado24 cruzado controlado com placebo16, foi administrado clomifeno ou placebo16 por três meses para 118 mulheres com infertilidade3 inexplicada. O maior aumento nas taxas de concepção18 em três meses ocorreu quando clomifeno foi dado a mulheres com infertilidade3 há mais de três anos (14% clomifeno contra 3% para o placebo16). Os autores sugeriram que os casais com infertilidade3 inexplicada de duração inferior a três anos são essencialmente normais, mas há muitas vezes um distúrbio da ovulação25 sutil corrigida pela terapia com clomifeno em pacientes com mais de três anos de infertilidade3 (2).
Outro estudo randomizado26 avaliou se o tratamento com citrato de clomifeno e inseminação intra- uterina (IIU) resultou em aumento da fecundidade, quando comparada com a relação periovulatória em 67 casais com infertilidade3 inexplicada ou , endometriose27 cirurgicamente corrigida. Quatorze gestações ocorreram em 148 ciclos de tratamento, que foi significativamente maior do que as cinco gestações em 150 ciclos não tratados (3).
Além de ser usado como uma terapia empírica na infertilidade3 inexplicada, o clomifeno tem sido utilizado concomitantemente com tecnologias de reprodução28 assistida. Promove o desenvolvimento de folículos múltiplos, quando administrado a mulheres que ovulam, levando à ovulação25 múltipla e elevando os níveis de progesterona na fase lútea (4). Pode ser usado isoladamente, ou pode ser usado para reduzir a quantidade de gonadotrofinas administrados para superovulação controlada em preparação para as técnicas de reprodução28 assistida.
Dois ensaios clínicos29 randomizados comparando o tratamento com clomifeno com a progesterona na fase lútea inadequada demonstraram taxas semelhantes de gravidez12 (20% a 30%) em cada tratamento (5,6). O clomifeno, ao contrário de progesterona exógena, não prolonga a fase lútea, diminuindo assim a ansiedade e o período de incerteza sobre a concepção18 de casais inférteis.
Referências:
- Legro, RS; Barnhart, HX et al. Clomiphene, Metformin, or Both for Infertility in the Polycystic Ovary Syndrome. N Engl J Med 2007; 356:551.
- Hughes, E; Collins, J; Vandekerckhove, P. Clomiphene citrate for unexplained subfertility in women (Cochrane review). Cochrane Database Syst Rev 2000:(3):CD000057.
- Glazener, CM ; Coulson, C ; Lambert, PA et al. Clomiphene treatment for women with unexplained infertility: placebo16-controlled study of hormonal responses and conception rates. Gynecol Endocrinol 1990 Jun; 4(2):75–83.
- Deaton, JL; Gibson, M; Blackmer, KM et al. A randomized, controlled trial of clomiphene citrate and intrauterine insemination in couples with unexplained infertility or surgically corrected endometriosis. Fertil Steril 1990; 54(6):1083–8.
- Huang, KE. The primary treatment of luteal phase inadequacy: progesterone versus clomiphene citrate. Am J Obstet Gynecol 1986 Oct; 155(4):824–8.
- Murray, DL, Reich, L, Adashi, EY. Oral clomiphene citrate and vaginal progesterone suppositories in the treatment of luteal phase dysfunction: a comparative study. Fertil Steril 1989 Jan; 51(1):35–41.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Clomid (citrato de clomifeno) é um agente não esteroide, com propriedades estrogênicas e antiestrogênicas, que pode induzir a ovulação25 em certas mulheres que não ovulam.
Compete com o estrogênio endógeno nos receptores estrogênicos hipotalâmicos. A resposta ovulatória ao tratamento cíclico com Clomid parece ser mediada através do aumento da produção das gonadotrofinas pituitárias, produzindo aumento da secreção de GnRH (hormônio30 liberador de gonadotrofina) e dos níveis de LH (hormônio30 luteinizante) e FSH (hormônio30 folículo31 estimulante), o que resulta em estimulação ovariana, com consequente maturação do folículo31 ovariano e desenvolvimento do corpo lúteo. Aumento da excreção urinária de gonadotrofinas e estrogênio sugere o envolvimento da hipófise32. A ovulação25 ocorre geralmente de 6 a 12 dias após a série de Clomid.
Propriedades Farmacocinéticas
Há poucos dados disponíveis sobre a farmacocinética do citrato de clomifeno:
Estudos em humanos com citrato de clomifeno marcado com 14C têm demonstrado que sua absorção é rápida.
Parte de Clomid e seus metabólitos33 (mensurados na forma de 14C) podem, portanto, permanecer no organismo durante o início da gravidez12 nas mulheres que conceberam no ciclo menstrual do ciclo de tratamento com Clomid.
A excreção cumulativa média do fármaco22 marcado com 14C pela urina34 e fezes é de aproximadamente 50% da dose oral administrada após 5 dias em 6 indivíduos, com excreção urinária média de 7,8% e excreção pelas fezes média de 42,4%; menos de 1% por dia foi excretado nas amostras de fezes e de urina34 coletados do dia 31 até o dia 53 após a administração de Clomid marcado com 14C.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogenicidade: O uso prolongado de Clomid pode aumentar o risco do desenvolvimento de um tumor35 ovariano borderline ou invasivo.
Os estudos de toxicidade36 a longo prazo em animais não foram realizados para avaliar o potencial carcinogênico de Clomid.
Mutagenicidade: O potencial mutagênico de Clomid não foi avaliado.
CONTRAINDICAÇÕES
Clomid é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao citrato de clomifeno ou a qualquer componente da fórmula.
Gravidez12 e Lactação37
Clomid não deve ser administrado durante a gravidez12.
Não há estudos controlados com o clomifeno em humanos; têm sido relatadas malformações38 congênitas39 e morte fetal associadas à sua administração, embora uma relação causal direta não tenha sido estabelecida. Foram relatadas anomalias fetais em roedores (coelhas e ratas) quando Clomid foi administrado em altas doses durante o período gestacional. Para evitar a administração inadvertida de Clomid durante o início da gravidez12, devem-se utilizar os testes apropriados durante cada ciclo de tratamento para determinar se a ovulação25 ocorreu, como por exemplo, determinar a temperatura corpórea basal em todos os ciclos de tratamento e observar a paciente cuidadosamente para determinar se há ou não sinais40 de ovulação25. Se a temperatura basal é bifásica e não é seguida por menstruação41, a paciente deve ser re-examinada para verificar se há gravidez12 (utilizando um teste seletivo quantitativo) e/ou presença de cisto ovariano. A paciente deve fazer um teste de gravidez12 antes do início do próximo ciclo de tratamento com Clomid.
Insuficiência hepática42
O tratamento com Clomid é contraindicado em pacientes com doença hepática43 ou histórico de disfunção hepática43.
Tumores hormônio30-dependentes ou Metrorragia9 anormal
Clomid é contraindicado em pacientes com tumores hormônio30-dependentes ou em pacientes com metrorragia9 anormal de origem indeterminada.
Cisto ovariano
Clomid não deve ser administrado na presença de cisto ovariano, exceto ovário44 policístico, uma vez que pode ocorrer uma dilatação adicional do cisto. As pacientes devem ser avaliadas quanto à presença de cisto ovariano antes de cada ciclo de tratamento.
Categoria de risco na gravidez12: X.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Síndrome14 de Hiperestimulação Ovariana (SHEO)
A Síndrome14 de Hiperestimulação Ovariana (SHEO) foi reportada em pacientes recebendo tratamento com Clomid isoladamente ou em combinação com gonadotrofinas. Casos raros das formas severas de SHEO foram reportados, e os seguintes sintomas20 ocorreram: efusão45 pericárdica, anasarca, hidrotórax, abdômen agudo46, insuficiência renal47, edema pulmonar48, hemorragia49 ovariana, trombose venosa profunda50, torção51 do ovário44 e estresse respiratório agudo46. Resultado da concepção18, a progressão rápida da forma severa da síndrome14 pode ocorrer.
É recomendável utilizar-se a menor dose consistente com a previsão de bons resultados, para se minimizar a possibilidade de um aumento ovariano anormal associado à terapêutica52 com Clomid. A paciente deve ser aconselhada a procurar seu médico em caso de qualquer dor abdominal ou pélvica53, aumento de peso, desconforto e/ou aumento de volume abdominal durante ou após tratamento com Clomid. A dilatação máxima do ovário44 pode não ocorrer por vários dias após a descontinuação do tratamento com Clomid. Algumas pacientes com síndrome14 do ovário44 policístico que são, de maneira não usual, sensíveis à gonadotrofina podem apresentar resposta exagerada às doses usuais de Clomid.
A paciente que reclamar de dor abdominal ou pélvica53, desconforto e/ou aumento de volume abdominal após tratamento com Clomid, deve ser examinada pela possibilidade de cisto ovariano ou outra anomalia. Devido à fragilidade dos ovários15 dilatados em casos severos, o exame abdominal e pélvico54 deve ser realizado muito cuidadosamente. Na ocorrência de aumento anormal do tamanho do ovário44, Clomid não deve ser administrado até a regressão total ao tamanho pré-tratamento. O aumento do ovário44 e a formação de cisto associado com a terapia com Clomid geralmente regridem espontaneamente poucos dias ou semanas após a suspensão do tratamento. A maioria das pacientes deve ser gerenciada conservativamente. A posologia e duração do tratamento subsequente devem ser reduzidas.
Sintomas20 visuais
As pacientes devem ser avisadas que turvação visual ou outros sintomas20 visuais, tais como pontos ou flashes (escotoma55 cintilante) podem ocorrer durante ou logo após o tratamento com Clomid. Estes distúrbios visuais são geralmente reversíveis; entretanto, casos de distúrbios visuais prolongados foram reportados inclusive após a descontinuação do tratamento com Clomid. Os distúrbios visuais podem ser irreversíveis, especialmente com o aumento da dose e duração do tratamento (vide Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas e item “9. Reações Adversas”). A significância destes sintomas20 visuais não foi esclarecida. Se a paciente apresentar sintomas20 visuais, deve-se interromper o tratamento e proceder a um exame oftalmológico detalhado.
Outras Precauções
Deve-se ter cautela quando Clomid é utilizado em pacientes com miomas uterinos em decorrência do potencial de aumento adicional dos miomas.
Casos de hipertrigliceridemia foram reportados (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS) na experiência pós-comercialização de Clomid. Histórico familiar ou pré-existente de hiperlipidemia56 e o uso de doses maiores que as recomendadas e/ou duração maior do tratamento com Clomid estão associados com risco de hipertrigliceridemia. O monitoramento periódico dos triglicerídeos no plasma57 pode ser indicativo nestas pacientes.
GRAVIDEZ12
Clomid não deve ser utilizado durante a Gravidez12 (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Gravidez Ectópica58
Existe uma chance aumentada de gravidez ectópica58 (incluindo tubária e ovariana) em mulheres que conceberam após terapia com Clomid.
Efeitos Teratogênicos59/Não teratogênicos59
A incidência60 geral de relatos de anomalias congênitas39 associadas à ingestão materna de Clomid durante os estudos clínicos está dentro do limite observado na população em geral. Entre as anomalias espontaneamente relatadas em literatura, através da publicação de casos individuais, a proporção de defeitos do tubo neural61 tem sido elevada em gestações associadas à ovulação25 induzida por Clomid. Este dado, entretanto, não é confirmado por estudos estatísticos populacionais.
Perda da gravidez12
A experiência de pacientes com todos os diagnósticos durante a investigação clínica de Clomid demonstrou perda da gravidez12 (única ou múltipla) ou taxa de perda fetal de 21,4% (taxa de aborto 19%) gravidez ectópica58 1,18%; parto prematuro 1,0%; mola hidatiforme62 0,17%, “feto papiráceo” 0,04% e gravidez12 com um ou mais nascimentos de bebês17 mortos, 1,01%.
Efeitos de Fertilidade: Gravidez12 múltipla
Há um aumento na probabilidade de ocorrência de gravidez12 múltipla relacionada ao tratamento com Clomid. As potenciais complicações e os riscos decorrentes de gestação múltipla devem ser discutidos com a paciente antes do tratamento deste medicamento. Durante os estudos clínicos, a incidência60 de gravidez12 múltipla foi de 7,9% (186 de 2369 pacientes que engravidaram nas quais os resultados foram reportados). Dentre estas 2369 gravidezes165 (6,9%) eram gêmeos; 11 (0,5%) triplas; 7 (0,3%) quádruplas e 3 (0,13%) quíntuplas. Das 165 gravidezes de gêmeos para as quais informações suficientes estavam disponíveis, a proporção de gêmeos monozigóticos para dizigóticos era de 1:5.
Lactação37
Não se sabe se Clomid é excretada no leite humano. Clomid pode reduzir a lactação37.
Categoria de risco na gravidez12: X.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Atenção diabéticos: contém AÇÚCAR63.
Este produto contém o corante amarelo de TARTRAZINA que pode causar reações de natureza alérgica, entre as quais asma64 brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
As pacientes devem ser advertidas que sintomas20 visuais podem interferir em atividades como dirigir veículos ou operar máquinas, as quais podem se tornar arriscadas, particularmente em condições de má iluminação.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não há relatos específicos de interação com outros medicamentos, entretanto, o médico deve ser informado pela paciente sobre outros medicamentos em uso concomitante, principalmente medicamentos que atuam na síntese do colesterol65.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Clomid deve ser mantido em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Características físicas e organolépticas do produto
Este medicamento apresenta-se na forma de comprimido circular, amarelo, com bordas chanfradas, com sulco em uma das faces e gravação Medley na outra.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
O tratamento consiste de 3 ciclos, o qual pode ser contínuo ou alternado, a critério médico.
Após o tratamento, a paciente deve tentar engravidar. Entretanto, se a paciente ficar grávida durante o tratamento a medicação deve ser interrompida (vide item “4. Contraindicações”).
A dose recomendada para o primeiro ciclo do tratamento é de 50 mg (1 comprimido) ao dia durante 5 dias. Em pacientes amenorréicas o tratamento pode ser iniciado em qualquer período do ciclo menstrual. Se for programada indução de metrorragia9 por progestínico ou se ocorrer menstruação41 espontânea, Clomid deve ser administrado a partir do 5º dia do ciclo. Se a ovulação25 ocorrer com esta posologia, não há vantagem em aumentar a dose nos 2 ciclos seguintes.
Se a ovulação25 não ocorrer após o primeiro ciclo de tratamento, deve ser instituído um segundo ciclo com 100 mg ao dia durante 5 dias, após 30 dias do tratamento anterior. O aumento da posologia não deve ultrapassar a dose e duração de 100 mg/dia por 5 dias.
A maioria das pacientes responsivas ao Clomid, ovula após o primeiro ciclo de tratamento e 3 ciclos são suficientes para uma avaliação da terapêutica52. Se não ocorrer menstruação41 ovulatória neste período de tempo, o diagnóstico66 deve ser revisto. A continuidade do tratamento após 3 ciclos não é recomendável nas pacientes que não manifestarem evidência de ovulação25.
Uma vez que não foi demonstrada segurança relativa ao tratamento cíclico prolongado e uma vez que a maioria das pacientes ovulará após 3 ciclos de tratamento, terapia a longo prazo não é recomendada, isto é, continuar o tratamento depois de 6 ciclos (incluindo 3 ciclos ovulatórios).
Populações especiais
Cuidados especiais com doses baixas ou duração do ciclo de tratamento são particularmente recomendados caso haja suspeita de sensibilidade pouco comum à gonadotrofina pituitária, como por exemplo, em pacientes com síndrome14 do ovário44 policístico (vide item “5. Advertências e Precauções”).
Quando Clomid é administrado em períodos prolongados, pode interferir com a síntese do colesterol65. Pacientes em tratamento prolongado podem apresentar níveis sanguíneos elevados de desmosterol, que é um precursor do colesterol65.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Este medicamento pode causar algumas reações indesejáveis.
Reação muito comum (≥ 1/10): hipertrofia67 ovariana, “flushes” vasomotores.
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10): desconforto abdominal pélvico54, náuseas68, vômitos69, desconforto toráxico, alterações visuais, cefaleia70, sangramento de escape intermenstrual e menorragia71.
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000): catarata72, neurite73 óptica, convulsão74.
Outras reações possíveis (frequência desconhecida): parestesia75 temporária, tontura76, ansiedade, depressão, distúrbios de humor, nervosismo, insônia, dermatites, urticária77, alopecia78, taquicardia79, palpitações80, pancreatite81, aumento das transaminases, redução da espessura endometrial, hipertrigliceridemia.
Foram recebidos relatos isolados da ocorrência de neoplasias82/tumores endócrino83-dependentes ou de seu agravamento. Hipertrigliceridemia, em alguns casos pancreatites, foram observadas em pacientes com hipertrigliceridemia pré-existente ou com histórico familiar e /ou com doses e duração de tratamento excedendo as recomendações posológicas descritas na bula. Existem novos casos de endometriose27 e exacerbação de endometriose27 pré-existente durante o tratamento com Clomid. Gravidez12 múltipla, incluindo gravidez12 intrauterina e extrauterina simultânea foi reportada. Existe um aumento de probabilidade de gravidez ectópica58 (incluindo tubária e ovariana) em mulheres que engravidaram durante a terapia com o Clomid.
Os sintomas20 visuais geralmente descritos como visão84 borrada ou pontos ou flashes (escotomas85 visuais) aumentam em incidência60 com o aumento da dose total. Estes sintomas20 parecem ser decorrentes da intensificação ou prolongamento após imagens, que também já foram reportadas. Os sintomas20 muitas vezes aparecem na primeira vez ou são acentuadas com a exposição a um ambiente com luminosidade/claridade excessiva. Escotoma55 definido oftalmologicamente, fosfenos e redução da acuidade visual86 foram reportados. Estes distúrbios visuais são geralmente reversíveis; entretanto, casos de distúrbios visuais prolongados foram reportados após a descontinuação do tratamento com Clomid. Os distúrbios visuais podem ser irreversíveis, especialmente com aumento da dose e da duração do tratamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Não foram relatados casos de intoxicação aguda com Clomid, e o número de casos registrados de superdose é pequeno. No caso de superdose medidas apropriadas de suporte devem ser empregadas. Sinais40 e sintomas20 de superdose podem ser náuseas68 e vômitos69, “flushes” vasomotores, turvação da visão84, escotomas85 cintilantes, aumento do ovário44 com dor pélvica53 ou abdominal. Intensa hiperestimulação do ovário44 pode ser acompanhada por ganho de peso e ascite87. Mulheres em idade fértil que tenham tomado uma superdose de Clomid devem ser observadas durante 2 ou 3 semanas em relação a possibilidade de uma hipertrofia67 ovariana.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS - 1.8326.0245
Farm. Resp.: Dra Tatiana de Campos CRF-SP nº 29.482
Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 - Campinas - SP
CNPJ 10.588.595/00007–97
Indústria Brasileira
Marca de Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
SAC 0800 729 8000