

PSIQUIAL
MERCK
Psiquial®
Forma Farmacêutica e Apresentação de Psiquial
Comprimido
Embalagens contendo 14 ou 28 comprimidos.
Composição de Psiquial
Cada comprimido contém:
Cloridrato de fluoxetina equivalente a 20 mg de fluoxetina.
Excipientes (amido de milho, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, hidroxipropilmetilcelulose e lactose1).
Indicações de Psiquial
O cloridrato de fluoxetina é indicado no tratamento da depressão maior e da bulimia2 nervosa.
Contra-Indicações de Psiquial
O produto é contra-indicado em pacientes hipersensíveis ao cloridrato de fluoxetina ou a qualquer um dos excipientes.
Inibidores da monoamina-oxidase
Tem havido relatos de reações graves e algumas vezes fatais em pacientes que estão recebendo fluoxetina em combinação com inibidor da MAO3 ou interromperam recentemente o uso da fluoxetina e iniciaram o tratamento com um inibidor da MAO3. Portanto, o cloridrato de fluoxetina não deve ser usado em combinação com um inibidor da MAO3 ou dentro de 14 dias após a suspensão do tratamento com um inibidor da MAO3. Uma vez que a fluoxetina e seu metabólito4 principal têm meias-vidas de eliminação muito longas, deve-se deixar um intervalo de pelo menos cinco semanas após a suspensão do cloridrato de fluoxetina e o início do tratamento com um inibidor da MAO3.
Advertência de Psiquial
Erupções de pele5 e possibilidade de reações alérgicas: Em estudos clínicos realizados nos Estados Unidos, observou-se o aparecimento de erupção6 de pele5 e/ou urticária7. Os achados clínicos relatados incluem febre8, leucocitose9, artralgia10, edema11, síndrome12 do túnel do carpo, distúrbio respiratório, linfadenopatia, proteinúria13 e elevação leve da transaminase. A maioria dos pacientes se recuperou prontamente após interrrupção da fluoxetina e/ou tratamento adicional com anti-histamínicos ou corticosteróides e todos os pacientes se recuperaram completamente.
Nos estudos clínicos de pré-marketing, dois pacientes desenvolveram uma grave doença cutânea14 sistêmica, do tipo vasculite15 ou eritema multiforme16, outros pacientes apresentaram síndromes sistêmicas sugerindo doença do soro17.Desde a introdução do cloridrato de fluoxetina, reações sistêmicas, possivelmente relacionadas com vasculite15, desenvolveram-se em pacientes com erupção6 cutânea14. Apesar dessas reações serem raras podem ser graves, envolvendo o pulmão18, rins19 e fígado20, e resultar em morte.
Foram relatadas reações anafilactóides, incluindo broncoespasmo21, angioedema22 e urticária7 isoladas ou combinadas.
Raramente foram relatadas reações pulmonares, incluindo processos inflamatórios de histopatologia23 variável e/ou fibrose24. Essas reações ocorreram com dispnéia25 como o único sintoma26 precedente.
Se essas reações sistêmicas e erupções de pele5 têm uma causa comum ou são devidas a etiologias e/ou processos patogênicos diferentes é desconhecido. Além disso, uma base imunológica específica para essas reações adversas não foi ainda identificada. Após o aparecimento de erupção6 cutânea14 ou de outra reação alérgica27 para a qual uma alternativa etiológica não possa ser identificada, o cloridrato de fluoxetina deve ser suspenso.
Precauções de Psiquial
Ansiedade e insônia
Ansiedade, nervosismo e insônia foram relatados por 10 a 15% dos pacientes tratados com o cloridrato de fluoxetina. Estes sintomas28 acarretaram interrupção do tratamento em 5% dos pacientes.
Alteração do apetite e peso
Anorexia29 e perda de peso significante podem ser efeitos indesejáveis no tratamento com cloridrato de fluoxetina.
Ativação de mania/hipomania
Durante os testes de pré-marketing, hipomania ou mania ocorreram em aproximadamente 1% dos pacientes tratados com fluoxetina. A ativação de mania/hipomania foi também relatada em uma pequena porção de pacientes com doença afetiva maior tratada com outros antidepressivos.
Convulsões
O cloridrato de fluoxetina deve ser administrado com cuidado a pacientes com história de convulsões.
Suicídio:
A possibilidade de uma tentativa de suicídio é inerente na depressão e pode persistir até que ocorra remissão significativa. Uma supervisão constante aos pacientes de alto risco deverá ser feita no início do tratamento com o produto. As prescrições para a fluoxetina devem ser feitas na menor quantidade de comprimidos, para diminuir o risco de superdosagem.
Uso em pacientes com doenças concomitantes
São limitadas as experiências clínicas com a fluoxetina em pacientes com doenças sistêmicas concomitantes. É aconselhável precaução no uso da fluoxetina em pacientes com doenças ou condições que possam afetar o metabolismo30 ou respostas hemodinâmicas.
A fluoxetina não foi avaliada ou usada em pacientes com história recente de infarto do miocárdio31 ou doença cardíaca instável.
Em pacientes com cirrose32 hepática33, os clearances da fluoxetina e do seu metabólito4 ativo, a norfluoxetina, foram diminuídos, aumentando, portanto, as meias-vidas dessas substâncias. Uma dose menor ou menos freqüente deve ser usada em pacientes com cirrose32.
Desde que a fluoxetina é quase totalmente metabolizada, a sua excreção inalterada na urina34 é muito pequena. Portanto, até que um número adequado de pacientes com insuficiência renal35 grave seja avaliado, durante um tratamento prolongado com fluoxetina, esta deverá ser usada com cuidado em tais pacientes.
Em pacientes com diabetes36, a fluoxetina pode alterar o controle da glicemia37. Ocorreu hipoglicemia38 durante a terapia com a fluoxetina e hiperglicemia39 após a suspensão do medicamento. Como acontece com muitos tipos de medicamentos quando administrado a pacientes diabéticos, a dose de insulina40 e/ou hipoglicemiantes orais41 deve ser ajustada, quando for instituído o tratamento com a fluoxetina e após sua suspensão.
Interferência com o desempenho cognitivo42 e motor
Qualquer droga psicoativa pode prejudicar o julgamento, pensamento ou ação e os pacientes devem ser alertados quanto a operar máquinas e dirigir automóveis, até que tenham certeza de que seu desempenho não foi afetado.
Gravidez43 - efeitos teratogênicos44
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Já que os estudos de reprodução45 animal, nem sempre predizem a resposta humana, esse medicamento não deve ser usado durante a gravidez43, a não ser que seja extremamente necessário.
Lactantes46
Devido a muitas drogas serem excretadas no leite humano, deve-se ter cuidado quando a fluoxetina for administrado a mulheres que estão amamentando.
Uso pediátrico
A segurança e eficácia da droga em crianças não foram estabelecidas.
Uso geriátrico
Centenas de pacientes idosos têm participado em estudos clínicos com a fluoxetina e não houve aparecimento de reações adversas relacionadas com a idade. Entretanto esses dados são insuficientes para determinar diferenças relacionadas com a idade durante o tratamento prolongado, particularmente em pacientes idosos que têm doenças sistêmicas concomitantes ou estão recebendo outras drogas.
Hiponatremia47
Foram relatados diversos casos de hiponatremia47 (alguns com sódio sérico abaixo de 110 mmol/l48). A hiponatremia47 parece ser reversível com a interrupção da fluoxetina. Apesar da complexidade desses casos, com várias etiologias possíveis, alguns foram possivelmente devidos à síndrome12 de secreção inapropriada do hormônio49 antidiurético (SSIHA). A maioria desses casos ocorreu em pacientes idosos e em pacientes que estavam tomando diuréticos50 ou com depleção51 de líquidos.
Função plaquetária
Houve raros relatos de alteração da função plaquetária e/ou resultados anormais de estudos laboratoriais em pacientes recebendo fluoxetina.
Apesar de ter havido relatos de sangramento anormal em vários pacientes tomando fluoxetina, não ficou evidente a relação causal com a fluoxetina.
Interações medicamentosas
Triptofano
Cinco pacientes que estavam recebendo a fluoxetina em combinação com triptofano tiveram reações adversas, incluindo agitação, desassossego e distúrbio gastrintestinal.
Inibidores da monoamina-oxidase
(Ver contra-indicações)
Outros antidepressivos
Houve aumento de duas vezes nos níveis plasmáticos estáveis de outros antidepressivos quando a fluoxetina foi administrado em combinação com essas drogas .
Lítio
Houve relatos de aumento e diminuição dos níveis de lítio quando usado concomitantemente com a fluoxetina. Casos de toxicidade52 com lítio foram relatados. Os níveis de lítio devem ser monitorados quando administrados concomitantemente com a fluoxetina.
Clearance do diazepam
A meia-vida de diazepam administrado concomitantemente pode ser prolongada em alguns pacientes .
Efeitos potenciais da co-administração de drogas altamente ligáveis às proteínas53 do plasma54
Devido a fluoxetina estar firmemente ligada à proteína do plasma54, a administração de fluoxetina a um paciente que esteja tomando outra droga que também se ligue firmemente à proteína (ex: warfarina, digitoxina) pode causar uma mudança nas concentrações plasmáticas, resultando potencialmente em uma reação adversa.
Drogas ativas no sistema nervoso central55
O risco de usar a fluoxetina em combinação com outras drogas ativas no sistema nervoso central55 não foi sistematicamente avaliado.
Tratamento eletroconvulsivo
Não há estudos clínicos estabelecendo o benefício do uso combinado do tratamento eletroconvulsivo e fluoxetina. Houve raros relatos de convulsões prolongadas em pacientes usando a fluoxetina e que receberam tratamento eletroconvulsivo.
Reações Adversas de Psiquial
As reações adversas mais comumente observadas são: queixas relacionadas com o sistema nervoso56, incluindo ansiedade, nervosismo e insônia, sonolência e fadiga57 ou astenia58, tremor, sudorese59; queixas gastrintestinais, incluindo anorexia29, náusea60 e diarréia61 e tontura62 ou sensação de cabeça63 leve.Associadas com a interrupção do tratamento
Quinze por cento de aproximadamente 4.000 pacientes que receberam fluoxetina nas pesquisas clínicas de pré-marketing nos Estados Unidos interromperam o tratamento devido a uma reação adversa. As reações mais comuns que causaram interrupção incluem: psiquiátricas (5,3%) principalmente nervosismo, ansiedade e insônia; digestivas (3%), principalmente náusea60; sistema nervoso56 (1,6%) principalmente tontura62; organismo como um todo (1,5%) principalmente astenia58 e dor de cabeça63; e pele5 (1,4%) principalmente erupção6 e prurido64.
Organismo como um todo
Freqüentes: calafrios65 e Infreqüentes: calafrios65 e febre8, cisto, edema11 da face66, sensação de ressaca, dor mandibular, mal-estar, dor no pescoço67, rigidez no pescoço67 e dor pélvica68. Raras: abdome69 dilatado, celulite70, hidrocefalia71, hipotermia72, síndrome12 LE, monilíase e doença do soro17.
Sistema cardiovascular73
Infreqüentes: angina74 pectoris, arritmia75, hemorragia76, hipotensão77, enxaqueca78, hipotensão77 postural, síncope79 e taquicardia80. Raras: bloqueio atrioventricular de 1º grau, bradicardia81, bloqueio de ramo, isquemia82 cerebral, infarto do miocárdio31, tromboflebite83, cefaléia84 vascular85 e arritmia75 ventricular.
Sistema digestivo86
Freqüentes: aumento no apetite. Infreqüentes: estomatite87 aftosa, disfagia88, eructação89, esofagite90, gastrite91, gengivite92, glossite93, testes de função hepática33 anormais, melena94, estomatite87 e sede. Raras: diarréia61 com sangue95, colecistite96, colelitíase97, colite98, úlcera duodenal99, enterite, incontinência fecal100, hematêmese101, hepatite102, hepatomegalia103, hipercloridria, salivação aumentada, icterícia104, fígado20 dolorido, ulceração105 na boca106, dilatação das glândulas salivares107, úlcera gástrica108, descoloração da língua109 e edema11 da língua109.
Sistema endócrino110
Infreqüentes: hipotiroidismo. Raras: bocio111 e hipertiroidismo.
Sistema hemático e linfático112
Infreqüentes: anemia113 e linfadenopatia. Raras: tempo de sangramento aumentado, discrasia sangüínea, leucopenia114, linfocitose, petequia115, púrpura116, velocidade de sedimentação aumentada e trombocitopenia117.
Metabólico e nutricional
Freqüentes: perda de peso. Infreqüentes: edema11 generalizado, hipoglicemia38, edema11 periférico e ganho de peso. Raras: desidratação118, gota119, hipercolesterolemia120, hiperglicemia39, hiperlipemia, reação hipoglicêmica, hipopotassemia121, hiponatremia47 e anemia113 por deficiência de ferro.
Sistema músculo-esquelético
Infreqüentes: artrite122, dor óssea, bursite123, tenossinovite e espasmos124. Raras: necrose125 óssea, condrodistrofia, hemorragia76 muscular, miosite, osteoporose126, fratura127 patológica e artrite reumatóide128.
Sistema nervoso56
Freqüentes: pesadelos e agitação. Infreqüentes: marcha anormal, síndrome12 cerebral aguda, acatisia129, amnésia130, apatia131, ataxia132, síndrome12 bucoglossal, estimulação do SNC133, convulsão134, delírio135, despersonalização, descontrole emocional, euforia, alucinação136, hostilidade, hipercinesia137, hiperestesia, falta de coordenação, aumento da libido138, reação maníaca, neuralgia139, neuropatia140, reação paranóica, psicose141 e vertigem142. Raras: eletroencefalograma143 anormal, reação anti-social, síndrome12 cerebral crônica, parestesia144 circum-oral, depressão do SNC133, coma145, disartria146, distonia147, síndrome12 extrapiramidal, hipertonia148, histeria, mioclonia149, nistagmo150, paralisia151, diminuição dos reflexos, estupor e torcicolo152.
Sistema respiratório153
Freqüentes: bronquite, rinite154, bocejo. Infreqüentes: asma155, epistaxe156, soluço, hiperventilação e pneumonia157. Raras: apnéia158, hemoptise159, hipóxia160, edema11 da laringe161, edema pulmonar162, fibrose24/alveolite pulmonar e derrame163 pleural.
Pele5 e anexos164
Infreqüentes: acne165, alopecia166, dermatite167 de contato, pele5 seca, herpes simples, erupção6 máculo-papular e urticária7. Raras: eczema168, eritema multiforme16, dermatite167 fúngica169, herpes zoster170, hirsutismo171, psoríase172, erupção6 purpúrica, erupção6 pustular, seborréia173, descoloração da pele5, hipertrofia174 da pele5, nódulos subcutâneos e erupção6 vesículo-bolhosa.
Órgãos dos sentidos
Infreqüentes: ambliopia175, conjuntivite176, dor no ouvido, dor nos olhos177, midríase178, fotofobia179 e tinnitus180. Raras: blefarite181, catarata182, lesão183 da córnea184, surdez, diplopia185, hemorragia76 ocular, glaucoma186, irite187, ptose188, estrabismo189 e perda do paladar190.
Sistema urogenital191
Infreqüentes: ejaculação192 anormal, amenorréia193, dor no seio194, cistite195, disúria196, seio194 fibrocístico, impotência197, leucorréia198, menopausa199, menorragia200, distúrbio ovariano, incontinência urinária201, retenção urinária202, urgência203, insuficiência204 na micção205 e vaginite206. Raras: aborto, albuminúria207, aumento do seio194, dispareunia, epididimite, lactação208, hematúria209, hipomenorréia, cálculo210 renal211, metrorragia212, orquite213, poliúria214, pielonefrite215, piúria, salpingite, dor uretral216, uretrite217, distúrbio do trato urinário218, urolitíase, hemorragia76 uterina, espasmo219 uterino e hemorragia vaginal220.
Relatórios voluntários após comercialização
Reações adversas associadas com o cloridrato de fluoxetina recebidas desde o início da comercialização, e que podem não ter uma relação causal com a droga, incluem as seguintes: anemia113 aplástica, acidente vascular cerebral221, confusão, discinesia (incluindo, por exemplo, um caso de síndrome12 buco-lingual mastigatória, com relato de protrusão involuntária222 da língua109, em uma paciente de 77 anos após 5 semanas de tratamento com fluoxetina, que desapareceu completamente em poucos meses após a interrupção da droga), equimoses223, pneumonia157 eosinofílica, hemorragia76 gastrintestinal, hiperprolactinemia, anemia hemolítica224 de causa imune, aparecimento de perturbações motoras em pacientes com fatores de risco, incluindo drogas relacionadas com tais eventos e piora de condições pré-existentes de perturbações motoras, reações semelhantes à síndrome12 maligna por neurolépticos225, pancreatite226, pancitopenia227, idéias suicidas, trombocitopenia117, púrpura116 trombocitopênica, sangramento vaginal após a suspensão da droga e comportamento violento.
Posologia de Psiquial
Depressão
Tratamento inicial
Nas pesquisas controladas, realizadas para avaliar a eficácia de fluoxetina, foram administradas aos pacientes, pela manhã, doses que variaram de 20 a 80 mg/dia.
Estudos recentes sugerem que 20 mg/dia podem ser suficientes para se obter uma resposta antidepressiva satisfatória. Consequentemente, uma dose de 20 mg/dia administrada pela manhã, é recomendada como dose inicial.
Um aumento de dose pode ser considerado, após diversas semanas, se nenhuma melhora for observada. Doses acima de 20 mg/dia devem ser administradas divididas em duas vezes (isto é, pela manhã e ao meio-dia) e não devem exceder a dose máxima de 80 mg/dia. Como outros antidepressivos, o efeito máximo pode demorar até quatro semanas ou mais de tratamento para aparecer.
Como muitos outros medicamentos, uma dose menor ou menos freqüente deve ser usada em pacientes com insuficiência renal35 e/ou hepática33. Uma dose menor ou menos freqüente deve também ser considerada em pacientes tais como idosos com doença concomitante ou que estejam usando medicação múltipla.
Manutenção, continuação e extensão do tratamento
Não há dados disponíveis que permitam precisar quanto tempo o paciente deve permanecer em tratamento com a fluoxetina.
Bulimia2 nervosa
Nos estudos clínicos controlados, usados para suportar a eficácia do cloridrato de fluoxetina no tratamento da bulimia2 nervosa, foram administradas aos pacientes doses fixas diárias de 20 ou 60 mg de cloridrato de fluoxetina ou placebo228. Os pacientes que receberam doses de 60 mg de cloridrato de fluoxetina mostraram diminuições significativamente maiores dos episódios bulímicos (comer excessivo e vomitar) em comparação com os pacientes que receberam doses de 20 mg ou placebo228. Consequentemente, a dose de 60 mg/dia é a recomendada.
Para qualquer indicação a dose diária de fluoxetina não deve ultrapassar 80 mg.
Tratamento a longo prazo
A eficácia da fluoxetina para tratamento a longo prazo, ou seja, por mais de 5 ou 6 semanas, não foi sistematicamente avaliada em pesquisas clínicas controladas.
Dessa maneira, o médico que prescrever o uso de fluoxetina por períodos prolongados deve reavaliar periodicamente a utilidade a longo prazo da droga para cada paciente.
Conduta na Superdosagem de Psiquial
Experiência humana
Até dezembro de 1987 houve duas mortes entre aproximadamente 38 relatórios de superdosagem aguda da fluoxetina, isolada ou em combinação com outras drogas e/ou álcool. Uma morte envolveu uma superdosagem de aproximadamente 1.800 mg de fluoxetina combinada com uma quantidade indeterminada de maprotilina. As concentrações plasmáticas de fluoxetina e maprotilina foram 4,57 mcg/ml e 4,18 mcg/ml, respectivamente. A segunda morte envolveu três drogas com as seguintes concentrações plasmáticas: fluoxetina 1,93 mcg/ml; norfluoxetina 1,10 mcg/ml; codeína 1,80 mcg/ml e temazepam 3,80 mcg/ml.
Um outro paciente que relatou ter tomado 3.000 mg de fluoxetina teve duas convulsões tipo grande mal que cessaram espontaneamente sem tratamento anticonvulsivante específico. A quantidade de droga absorvida pode ter sido menor devido ao fato do paciente ter vomitado.
Náuseas229 e vômito230 foram evidentes em casos de superdosagem envolvendo altas doses de fluoxetina. Outros sintomas28 evidentes de superdosagem incluíram inquietação, hipomania e outros sinais231 de excitação do SNC133. Exceto pelas duas mortes citadas anteriormente, todos os outros casos de superdosagem recuperaram-se sem seqüelas.
Desde a sua comercialização, relatos de morte por superdosagem somente com a fluoxetina têm sido extremamente raros.
Tratamento
Estabelecer e manter a ventilação232; assegurar oxigenação adequada. Carvão ativado, que pode ser usado com sorbitol233, pode ser tão ou mais eficaz do que vômito230 ou lavagem e deve ser considerado no tratamento da superdosagem.
É recomendada a monitoração dos sinais231 cardíacos e vitais, junto com as medidas sintomáticas gerais e de suporte. Baseados nas experiências em animais, que podem não ser relevantes para o homem, as convulsões produzidas pela fluoxetina que não cessarem espontaneamente podem responder ao diazepam.
Não há antídotos específicos para a fluoxetina.
Devido ao grande volume de distribuição da fluoxetina, a diurese234 forçada, diálise235, hemoperfusão ou exsanguino-transfusão236 provavelmente não serão benéficos.
No tratamento da superdosagem deve ser considerada a possibilidade do envolvimento de outras drogas. O médico deverá considerar o contato com um centro de controle de intoxicação em qualquer tratamento de superdosagem.
Venda sob prescrição médica.
PSIQUIAL - Laboratório
MERCK
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro/RJ
- CEP: 22170-571
Tel: 55 (021) 445-1661
Fax: 55 (021) 444-2124
Site: http://www.merck.com.br/
Ver outros medicamentos do laboratório "MERCK"
