

Sirdalud (Bula do profissional de saúde)
NOVARTIS BIOCIENCIAS S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Sirdalud®
cloridrato de tizanidina
Comprimidos 2 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimidos sulcados
Embalagens contendo 30 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Sirdalud contém:
cloridrato de tizanidina (equivalente a 2 mg de tizanidina) | 2,28 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1, ácido esteárico, dióxido de silício e celulose microcristalina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Sirdalud está indicado no tratamento de:
Espasmo3 muscular doloroso:
- Associado à distúrbios estáticos e funcionais da coluna (síndromes cervical e lombar);
- Após cirurgia, como por exemplo, de hérnia de disco4 intervertebral ou de osteoartrite5 do quadril.
Espasticidade6 decorrente de distúrbios neurológicos, tais como:
- Esclerose múltipla7, mielopatia8 crônica, doenças degenerativas9 da medula espinhal10, acidentes cerebrovasculares e paralisia11 cerebral.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Sirdalud é eficaz tanto contra os espasmos12 musculares dolorosos agudos como contra a espasticidade6 crônica de origem espinhal e cerebral. Reduz a resistência a movimentos passivos, alivia os espasmos12 e o clônus13 e melhora a força muscular voluntária.
Referências bibliográficas
- Weil C (1995) The indications of tizanidine (Sirdalud). Feb 1995.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Grupo farmacoterapêutico: relaxantes musculares, outros agentes de ação central. Código ATC: M03BX02.
Mecanismo de ação
A tizanidina é um relaxante muscular esquelético que atua de forma central. O seu principal local de ação é a medula espinhal10, onde evidências sugerem que, pela estimulação de receptores alfa2 pré-sinápticos, ocorre inibição da liberação de aminoácidos excitatórios que estimulam os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA). A transmissão do sinal14 polissináptico aos interneurônios15 espinhais, os quais são responsáveis pelo tônus muscular16 excessivo, é então inibida e o tônus muscular16 é reduzido. Adicionalmente às propriedades miorrelaxantes, a tizanidina também exerce um efeito analgésico17 central moderado.
Farmacodinâmica
Sirdalud é eficaz tanto contra os espasmos12 musculares dolorosos agudos como contra a espasticidade6 crônica de origem espinhal e cerebral. Reduz a resistência a movimentos passivos, alivia os espasmos12 e o clônus13, e melhora a força muscular voluntária.
A atividade antispástica (medida pelo Ashworth score e teste pendular) e efeitos adversos (frequência cardíaca e pressão sanguínea) de Sirdalud estão relacionados às concentrações plasmáticas de tizanidina.
Farmacocinética
Absorção: A tizanidina é absorvida de forma rápida e quase completa, atingindo picos de concentração plasmática aproximadamente uma hora após a administração da dose. A biodisponibilidade absoluta média da formulação em comprimidos é de cerca de 34% (coeficiente de variação - CV 38%) por causa do extenso metabolismo18 de primeira passagem. A concentração plasmática máxima média alcançada (Cmáx) da tizanidina é de 12,3 ng/mL (CV 10%) e 15,6 ng/mL (CV 13%) após administração única e administração de doses repetidas de 4 mg, respectivamente.
A ingestão concomitante de alimentos não apresenta influência significativa no perfil farmacocinético da tizanidina (administrado em 4 mg). Apesar da alimentação aumentar o valor da Cmáx em aproximadamente 1/3, isso não é considerado como sendo de qualquer relevância clínica e a absorção (ASC) não é significativamente afetada.
Distribuição: O volume médio de distribuição no steady state (estado de equilíbrio) (Vss) após a administração i.v. é de 2,6 L/kg (CV 21%). A ligação às proteínas19 plasmáticas é de 30%.
Biotransformação/metabolismo18: O fármaco20 tem demonstrado que é rápida e extensivamente metabolizado pelo fígado21 (em torno de 95%). A tizanidina é principalmente metabolizada pela citocromo P450 1A2 in vitro. Os metabólitos22 parecem ser inativos.
Eliminação: A tizanidina é eliminada da circulação23 sistêmica com uma meia-vida terminal média de duas a quatro horas após a administração de Sirdalud. Os metabólitos22 são excretados primeiramente através dos rins24 (aproximadamente 70% da dose). O fármaco20 inalterado é excretado por via urinária somente em uma pequena extensão (aproximadamente 4,5%).
Linearidade: A tizanidina possui farmacocinética linear em uma taxa de dose de 1 a 20 mg.
Populações especiais
Insuficiência renal25: Em pacientes com clearance (depuração) de creatinina26 < 25 mL/min foram encontrados valores médios dos níveis plasmáticos máximos como sendo duas vezes superiores aos de voluntários normais e a meia-vida terminal prolongou-se por aproximadamente 14 horas, resultando em valores de ASC significativamente maiores (aproximadamente seis vezes o valor médio) (vide “Advertências e precauções”).
Insuficiência hepática27: Não foram realizados estudos específicos nesta população. Como a tizanidina é extensivamente metabolizada no fígado21 pela enzima28 CYP1A2, problemas hepáticos podem aumentar a sua exposição sistêmica. Sirdalud é contraindicado em pacientes com danos hepáticos graves (vide “Contraindicações”).
Pacientes geriátricos (65 anos ou mais): Os dados de farmacocinética nesta população são limitados.
Gênero: O gênero não apresentou efeitos clínicos significativos na farmacocinética da tizanidina.
Etnia: Não foram estudados impactos de sensibilidade étnica e racial na farmacocinética da tizanidina.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos não revelaram risco especial para humanos na dose terapêutica29 recomendada com base em estudos convencionais de toxicidade30 de dose repetida, mutagenicidade e potencial carcinogênico.
Toxicidade30 aguda: A tizanidina possui uma toxicidade30 aguda de baixa ordem. Os sinais31 de superdose estão relacionados à ação farmacológica do fármaco20.
Toxicidade30 de dose repetida: Em um estudo de 13 semanas de toxicidade30 oral em ratos foram administradas doses diárias de 1,7; 8 e 40 mg/kg. A maioria dos achados: excitação motora, agressividade, tremor e convulsões, foram relacionados com a estimulação do sistema nervoso central32 (SNC33) e ocorreram principalmente na dose mais elevada.
Foram observadas alterações no eletrocardiograma34 (ECG) e efeitos no SNC33 com doses diárias maiores ou iguais a 1 mg/kg em cães (estudo de 13 semanas com doses de 0,3; 1 e 3 mg/kg/dia dadas como cápsulas e estudo de 52 semanas com 0,15; 0,45 e 1,5 mg/kg/dia). Esses representaram efeitos farmacológicos exagerados. Aumentos transitórios da TGP sérica observados com doses diárias maiores ou iguais a 1 mg/kg não foram relacionados a achados histopatológicos, porém indicam que o fígado21 é um órgão-alvo em potencial.
Carcinogenicidade e mutagenicidade: Diferenças nos ensaios in vitro, bem como nos ensaios in vivo e citogenéticos não comprovaram o potencial mutagênico da tizanidina.
Não houve indicação de carcinogenicidade potencial em ratos ou camundongos, aos quais administraram-se doses diárias de até 9 mg/kg e 16 mg/kg, respectivamente, junto com a alimentação.
Toxicidade30 reprodutiva: Para toxicidade30 reprodutiva, vide “Advertências e precauções – Gravidez”.
CONTRAINDICAÇÕES
Sirdalud é contraindicado em casos de hipersensibilidade conhecida à tizanidina ou a qualquer um dos excipientes. É também contraindicado na disfunção hepática35 grave (vide “Propriedades farmacocinéticas”). O uso concomitante de tizanidina com inibidores fortes da CYP1A2, como a fluvoxamina ou o ciprofloxacino é contraindicado (vide “Interações medicamentosas”).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com disfunção hepática35 grave (vide “Propriedades farmacocinéticas”).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Inibidores da CYP
O uso concomitante de Sirdalud com inibidores moderados da enzima28 CYP1A2 não é recomendado (vide “Interações medicamentosas”).
Deve-se ter cautela quando Sirdalud for administrado com medicamentos conhecidos por aumentar o intervalo QT (vide “Interações medicamentosas”).
Hipotensão36
Pode ocorrer hipotensão36 durante o tratamento com Sirdalud (vide “Reações adversas”) e também em decorrência da interação do fármaco20 com inibidores da CYP1A2 e/ou fármacos anti-hipertensivos (vide “Interações medicamentosas”). Também foram observadas manifestações graves de hipotensão36, como perda de consciência e colapso37 circulatório.
Síndrome38 de abstinência
Foram observadas hipertensão39 e taquicardia40 rebotes após a retirada repentina de Sirdalud, quando este é utilizado de maneira crônica, e/ou em altas doses diárias, e/ou concomitantemente com fármacos anti-hipertensivos. Em casos extremos, a hipertensão39 rebote pode levar a um acidente vascular cerebral41. Sirdalud não deve ser interrompido abruptamente, mas sim gradualmente com diminuição da dose ajustada (vide “Posologia e modo de usar” e “Reações adversas”).
Disfunção hepática35
Embora a disfunção hepática35 tenha sido raramente relatada em associação à tizanidina em doses diárias de até 12 mg, é recomendada a monitoração mensal dos testes de função hepática35 durante os primeiros quatro meses de tratamento em pacientes que recebem doses superiores ou equivalentes a 12 mg e em pacientes nos quais os sintomas42 clínicos sugerem disfunção hepática35, tais como náuseas43 sem explicação, anorexia44 ou cansaço. O tratamento com Sirdalud deve ser descontinuado se os níveis séricos da transaminase glutâmica pirúvica (TGP) ou da transaminase glutâmico oxaloacética (TGO) estiverem três vezes acima do limite superior da normalidade.
Pacientes com Insuficiência renal25
Em pacientes com clearance (depuração) de creatinina26 < 25 mL/min, a exposição sistêmica à tizanidina pode aumentar em até 6 vezes quando comparada a pacientes com função renal45 normal. Portanto, recomenda-se iniciar o tratamento com 2 mg, uma vez ao dia (vide “Posologia e modo de usar” e “Propriedades farmacocinéticas”).
Reações de Hipersensibilidade
Reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia46, angioedema47, dermatite48, erupção49 cutânea50, urticária51, prurido52 e eritema53 foram relatadas em associação com tizanidina. Observações cuidadosas dos pacientes são recomendadas de um a dois dias após a primeira dose ter sido administrada. Se a anafilaxia46 ou angioedema47 com choque anafilático54 ou dificuldade de respirar for observado, o tratamento com Sirdalud deve ser descontinuado imediatamente e tratamento médico adequado deve ser instituído.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
Sirdalud contém lactose1. Este medicamento não é recomendado a pacientes com raros problemas hereditários de intolerância à galactose55, deficiência grave de lactase ou má absorção de glicose56-galactose55.
Este medicamento contém LACTOSE1. Mulheres em idade fértil
Não existem dados que suportam as recomendações especiais em mulheres em idade fértil.
Gravidez57
Sumário do risco
Uma vez que existe pouca experiência com a utilização de Sirdalud em mulheres grávidas, a tizanidina não deve ser utilizada durante a gravidez57, a menos que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Dados em animais
Os estudos de reprodução58 realizados em ratos com uma dose de 3 mg/kg/dia e em coelhos com 30 mg/kg/dia não demonstraram evidência de teratogenicidade. Em ratas, os níveis de dose de 10 e 30 mg/kg/dia, aumentaram a duração da gestação. A perda de filhotes pré-natal e pós-natal aumentou e ocorreu o retardo no desenvolvimento. Nessas doses, a mãe mostrou sinais31 evidentes de relaxamento muscular e sedação59. Com base na área superficial do corpo (ASC), estas doses foram 2,2 e 6,7 vezes maiores do que a dose máxima recomendada para humanos de 0,72 mg/kg/dia.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez57 C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação60
Sumário do risco
Pequenas quantidades de tizanidina são excretadas no leite de ratas. Considerando que dados em humanos não estão disponíveis, Sirdalud não deve ser administrado a mulheres que estejam amamentando.
Teste de Gravidez57
Mulheres sexualmente ativas com potencial reprodutivo são recomendadas a realizarem um teste de gravidez57 antes de iniciar o tratamento com Sirdalud.
Contracepção61
Mulheres com potencial reprodutivo devem ser advertidas que estudos com animais foram realizados e demonstraram que Sirdalud é prejudicial para o desenvolvimento do feto62. Mulheres sexualmente ativas com potencial reprodutivo são recomendadas a utilizar métodos contraceptivos eficazes (métodos que resultem em taxas de gravidez57 inferiores a 1%) quando em uso de Sirdalud durante o tratamento e um dia após a interrupção do tratamento com Sirdalud.
Infertilidade63
Não existem dados sobre o efeito de Sirdalud na fertilidade humana.
Não foram observados problemas de fertilidade em ratos machos com doses de 10 mg/kg/dia e em ratos fêmeas com doses de 3 mg/kg/dia. A fertilidade foi reduzida em ratos machos recebendo 30 mg/kg/dia e em ratos fêmeas recebendo 10 mg/kg/dia. Com base na área de superfície corporal, essas doses foram 6,7 e 2,2 vezes a dose humana máxima recomendada de 0,72 mg/kg. Nessas doses, foram observados em ratos efeitos comportamentais maternos e sinais31 clínicos, incluindo sedação59 acentuada, perda de peso e ataxia64.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Os pacientes que apresentarem sonolência, tontura65 ou qualquer sintoma66 de hipotensão36 devem evitar atividades que requeiram alto grau de concentração, como, por exemplo, dirigir veículos e/ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso concomitante de fármacos conhecidos por inibirem a atividade da CYP1A2 pode aumentar os níveis plasmáticos da tizanidina (vide “Propriedades farmacocinéticas”). Os níveis plasmáticos elevados de tizanidina podem resultar em sintomas42 de superdose como prolongamento do QTc (vide “Superdose”).
O uso concomitante de fármacos conhecidos por induzir a atividade da CYP1A2 pode diminuir as concentrações plasmáticas de tizanidina (vide “Propriedades farmacocinéticas”). As baixas concentrações plasmáticas de tizanidina podem reduzir o efeito terapêutico de Sirdalud.
Interações observadas resultando em contraindicação
O uso concomitante de Sirdalud com fluvoxamina ou ciprofloxacino, ambos inibidores da CYP1A2, é contraindicado. O uso concomitante de Sirdalud com fluvoxamina ou ciprofloxacino resulta em aumentos na área sob a curva da ASC da tizanidina de 33 vezes e 10 vezes, respectivamente (vide “Contraindicações”). Hipotensão36 clinicamente significativa e prolongada pode resultar em sonolência, tontura65 e diminuição da performance psicomotora67 (vide “Advertências e precauções”). Os níveis plasmáticos elevados de tizanidina podem resultar em sintomas42 de superdose, como prolongamento do intervalo QTc (vide “Superdose”).
Interações observadas resultando em uso concomitante não recomendado
A coadministração de Sirdalud com outros inibidores da CYP1A2, como alguns antiarrítmicos (amiodarona, mexiletina, propafenona), cimetidina, algumas fluorquinolonas (enoxacino, pefloxacino, norfloxacino), rofecoxibe, contraceptivos orais e ticlopidina, não é recomendada (vide “Advertências e precauções”).
Interações observadas a serem consideradas
Deve-se ter cautela quando Sirdalud for administrado com fármacos conhecidos por prolongar o intervalo QT (incluindo, mas não limitado à cisaprida, amitriptilina e azitromicina) (vide “Advertências e precauções”).
Anti-hipertensivos: Sirdalud quando utilizado concomitantemente com anti-hipertensivos, incluindo diuréticos68, pode ocasionalmente causar hipotensão36 (vide “Advertências e precauções”) e bradicardia69. Foram observadas hipertensão39 e taquicardia40 rebotes após a retirada repentina de Sirdalud, quando este é utilizado concomitantemente com fármacos anti-hipertensivos. Em casos extremos, a hipertensão39 rebote pode levar a um acidente vascular cerebral41 (vide “Advertências e precauções” e “Reações adversas”).
rifampicina: A administração concomitante de Sirdalud com rifampicina resultou na diminuição de 50% das concentrações de tizanidina. Portanto, os efeitos terapêuticos de Sirdalud podem ser reduzidos durante o tratamento com rifampicina, o que pode ser clinicamente significante para alguns pacientes. A administração por longos períodos deve ser evitada e, caso a coadministração seja considerada, um cuidadoso ajuste de dose (aumento) pode ser requerido.
Fumantes: A administração de Sirdalud em fumantes (> 10 cigarros ao dia), resultou no decréscimo em aproximadamente 30% da exposição sistêmica à tizanidina. Terapias de longo prazo com Sirdalud em fumantes inveterados podem requerer doses maiores que as doses médias.
Álcool: Durante o tratamento com Sirdalud o consumo de álcool deve ser diminuído ou evitado, pois pode aumentar o potencial de causar reações adversas (por ex.: sedação59 e hipotensão36). Os efeitos depressores do álcool sob o Sistema Nervoso Central32 podem ser potencializados por Sirdalud.
Interações antecipadas a serem consideradas
Sedativos, hipnóticos (por ex.: benzodiazepínicos ou baclofeno) e outros medicamentos, como anti-histamínicos, podem aumentar o efeito sedativo da tizanidina.
Sirdalud deve ser evitado quando há administração de outros agonistas alfa-2 adrenérgicos70 (como clonidina) por causa de seu potencial efeito aditivo de hipotensão36.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (15–30°C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido branco, circular, plano com bordas chanfradas. Gravação: em um dos lados 2 MG e do outro com sulco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Sirdalud deve ser usado por via oral.
Sirdalud possui janela terapêutica29 estreita e alta variabilidade interpaciente devido às concentrações plasmáticas de tizanidina, o que torna importante o ajuste de dose de acordo com a necessidade do paciente.
Uma baixa dose inicial de 2 mg, três vezes ao dia, pode minimizar o risco de reações adversas. O aumento de dose deve ser ajustado cuidadosamente de acordo com as necessidades individuais do paciente. Sirdalud pode ser tomado com ou sem alimentos (vide “Propriedades farmacocinéticas”).
Para alívio dos espasmos12 musculares dolorosos
A dose usual é de 2 a 4 mg, três vezes ao dia. Em casos graves, uma dose adicional de 2 mg ou 4 mg pode ser tomada, preferencialmente à noite para minimizar a sedação59.
Espasticidade6 decorrente de distúrbios neurológicos
A dose diária inicial não deve exceder 6 mg, dividida em três doses, podendo ser aumentada gradativamente de 2 mg a 4 mg, em intervalos de 3 a 4 dias ou semanalmente. Geralmente, obtém-se resposta terapêutica29 ótima com dose diária entre 12 e 24 mg, administradas em 3 ou 4 doses, em intervalos iguais. Não se deve exceder a dose diária de 36 mg.
População especial
Pacientes pediátricos: Como a experiência em pacientes abaixo de 18 anos de idade é limitada, não se recomenda o uso de Sirdalud nessa faixa etária da população.
Pacientes geriátricos (65 anos ou mais): A experiência com o uso de Sirdalud em idosos é limitada. Entretanto, é recomendado que o tratamento seja iniciado com a menor dose e o aumento da dose deve ser realizado aos poucos, de acordo com a tolerância e eficácia.
Insuficiência renal25: Em pacientes com clearance (depuração) de creatinina26 < 25 mL/min, é recomendado iniciar o tratamento com 2 mg, uma vez ao dia. O aumento da posologia deve ser feito gradativamente, de acordo com a tolerabilidade e a eficácia. Se a eficácia precisar ser melhorada, recomenda-se aumentar primeiramente a dose única diária antes de aumentar a frequência de administração (vide “Advertências e precauções”).
Insuficiência hepática27: O uso de Sirdalud em pacientes com insuficiência hepática27 grave é contraindicado (vide “Contraindicações”).
Uma vez que Sirdalud é extensivamente metabolizado no fígado21, estão disponíveis dados limitados nesta população (vide “Propriedades farmacocinéticas”). Sua utilização foi associada com anormalidades reversíveis em testes da função hepática35 (vide “Advertências e precauções” e “Reações adversas”). Sirdalud deve ser utilizado com precaução em pacientes com problemas hepáticos moderados, e qualquer tratamento deve ser iniciado com a menor dose. Depois, o aumento de dose deve ser feito cuidadosamente e de acordo com a tolerabilidade do paciente.
Descontinuação do tratamento
Caso o uso de Sirdalud deva ser descontinuado, a dose deve ser lentamente reduzida, particularmente em pacientes que receberam altas doses por um longo período, para prevenir ou minimizar o risco de hipertensão39 e taquicardia40 rebotes (vide “Advertências e precauções”).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Com doses baixas, como as recomendadas para o alívio de espasmos12 musculares dolorosos, as reações adversas como sonolência, fadiga71, tontura65, boca72 seca, diminuição da pressão arterial73, náuseas43, problemas gastrintestinais e aumento das transaminases, têm sido relatadas, geralmente como ligeiras e transitórias.
Com doses mais elevadas, como as recomendadas para o tratamento de espasticidade6, as reações adversas observadas com doses baixas são mais frequentes e mais pronunciadas, mas raramente graves o suficiente para requerer a descontinuação do tratamento. Além disso, as seguintes reações adversas podem ocorrer: hipotensão36, bradicardia69, fraqueza muscular, insônia, distúrbio do sono, alucinação74, hepatite75.
As reações adversas a medicamentos de estudos clínicos (Tabela 1) estão listadas de acordo com a classificação sistema- órgão do MedDRA. Dentro de cada classe de sistema-órgão, as reações adversas a medicamentos estão classificadas conforme a frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas a medicamentos estão apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Além disso, a frequência correspondente utilizando a seguinte convenção (CIOMS III) também está sendo fornecida para cada reação adversa ao medicamento: muito comum (≥1/10); comum (≥1/100 a < 1/10); incomum (≥1/1.000 a < 1/100); rara (≥1/10.000 a < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000).
Tabela 1 – Reações adversas
Distúrbios psiquiátricos |
|
Comuns |
Insônia, distúrbio do sono |
Distúrbios do sistema nervoso76 |
|
Muito comuns |
Sonolência, tontura65 |
Distúrbios cardíacos |
|
Incomum |
Bradicardia69 |
Distúrbios vasculares77 |
|
Comum |
Hipotensão36 |
Distúrbios gastrintestinais
|
|
Muito comuns |
Distúrbios gastrintestinais, boca72 seca |
Comum |
Náusea78 |
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conjuntivos |
|
Muito comum |
Fraqueza muscular |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
|
Muito comum |
Fadiga71 |
Laboratoriais |
|
Comuns |
Diminuição da pressão sanguínea, aumento de transaminase |
Reações adversas a partir de relatos espontâneos e casos de literatura (frequência desconhecida)
As seguintes reações adversas a medicamentos foram reportadas durante o uso de Sirdalud após aprovação, por relatos espontâneos e casos da literatura. Como esses casos são relatados voluntariamente de uma população de tamanho incerto e estão sujeitos a fatores confusos, não é possível estimar confiavelmente sua frequência que é, portanto, classificada como desconhecida. As reações adversas a medicamentos estão listadas de acordo com a classificação sistema-órgão do MedDRA. Dentro de cada classificação sistema-órgão, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Tabela 2 – Reações adversas a partir de relatos espontâneos e casos de literatura (frequência desconhecida)
Distúrbios do sistema imunológico79 |
Reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia46, angioedema47 e urticaria51 |
Distúrbios psiquiátricos |
Alucinação74, estado confusional |
Distúrbios do sistema nervoso76 |
Vertigem80 |
Distúrbios vasculares77 |
Síncope81 |
Distúrbios oftálmicos |
Visão82 borrada |
Distúrbios hepatobiliares83 |
Hepatite75, falência hepática35 |
Distúrbios da pele84 e do tecido subcutâneo85 |
Erupção49 cutânea50, eritema53, prurido52, dermatite48 |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
Astenia86, síndrome38 de abstinência |
Síndrome38 de abstinência
Foram observadas hipertensão39 e taquicardia40 rebotes após a retirada repentina de Sirdalud. Em casos extremos, a hipertensão39 rebote pode levar a um acidente vascular cerebral41 (vide “Advertências e precauções” e “Interações medicamentosas”).
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Nos poucos relatos existentes quanto à superdose com Sirdalud, a recuperação ocorreu sem problemas, incluindo um paciente que ingeriu 400 mg de Sirdalud.
Sintomas42: náuseas43, vômitos87, hipotensão36, prolongamento do intervalo QTc, tontura65, sonolência, miose88, inquietação, dificuldade respiratória e coma89.
Tratamento: recomenda-se eliminar o medicamento ingerido, através da administração repetida de altas doses de carvão ativado. Espera-se que a diurese90 forçada acelere a eliminação de Sirdalud. A continuação do tratamento deve ser sintomática91.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS – 1.0068.0055
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150
Registrado por: Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Anovis Industrial Farmacêutica Ltda., Taboão da Serra, SP
SIC 0800 888 3003
